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Na zona leste de São Paulo, samba de terreiro usa a música para discutir o racismo

Reunido em uma ocupação, coletivo toca pontos de terreiro e debate discriminação

Luiz Carvalho, colaborador do Na Perifa Por Luiz Carvalho, colaborador do Na Perifa
29 de março de 2022
em Ação social, Cultura e Lazer, Na Perifa
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A Companhia Canto de Omiô se apresenta como um projeto de estudo e desenvolvimento das artes negras e manifestações tradicionais por meio da oralidade. Mas promover o (re)encontro de cada integrante com as próprias raízes é o principal objetivo. Foto: Zé Amaral/Divulgação

A Companhia Canto de Omiô se apresenta como um projeto de estudo e desenvolvimento das artes negras e manifestações tradicionais por meio da oralidade. Mas promover o (re)encontro de cada integrante com as próprias raízes é o principal objetivo. Foto: Zé Amaral/Divulgação

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Tudo começou em uma festa de confraternização na Ocupação Cultural de Ermelino Matarazzo (zona leste de São Paulo), entre o final de 2018 e o início de 2019, antes da chegada da pandemia de covid-19 ao País. Quando soaram os primeiros toques de samba de cabula, a educadora e produtora cultural Natália Santos começou a cantar sambas de terreiro. De repente, o grupo se deu conta de que já estava há quatro horas numa brincadeira de macumba que transformou o espaço numa espécie de gira de umbanda.

Ninguém faz samba só porque prefere, afirma João Nogueira na canção Poder da Criação, sendo assim, o que era apenas uma farra virou a Companhia Canto de Omiô. O nome faz referência às iabás das águas, divindades femininas do panteão iorubano e é mais uma pista do que o público presenciava nos encontros mensais do coletivo nas primeiras sextas do mês. Depois do mundo virar outra coisa após a pandemia, a companhia ainda planeja uma nova agenda para os toques.

Natália toca samba de terreiro na Companhia Canto do Omiô. Foto: Zé Amaral/Divulgação
Natália toca samba de terreiro na Companhia Canto do Omiô. Foto: Zé Amaral/Divulgação

O Canto de Omiô se apresenta como um projeto de estudo e desenvolvimento das artes negras e manifestações tradicionais por meio da oralidade. Mas o reencontro de cada integrante com as próprias raízes é o principal objetivo das atividades, explica Natália. A educadora integra há 15 anos uma tenda de umbanda na zona leste de São Paulo.

A partir das cantigas utilizadas para convocar as entidades dentro dos terreiros, o projeto resgata uma tradição das antigas casas de puxar a roda de samba após os trabalhos — muitas vezes com a presença dos espíritos ainda incorporados nos médiuns. Ao final de cada ponto, discutem-se temas como a discriminação racial e seus subprodutos. “Ao longo do tempo, o batuque dentro dos terreiros foi ficando de lado e a ideia é manter o samba ‘macumbizado’”, diz Natália. “A gente consegue com esses encontros abertura para discutir o mundo racista no qual vivemos e apontar que essa é a razão de tanta intolerância.”

Exu primeiro — Antes das reuniões são feitas as oferendas para saudar Exu, entidade responsável pela conexão entre o plano espiritual e o material, e pedir que mantenha longe do espaço qualquer um capaz de atrapalhar a noite.

Quando o toque começa, além da presença dos pontos, outra característica do samba de terreiro que a Omiô realiza é a figura quase exclusiva dos atabaques que marcam o ritmo, vez ou outra acompanhados por conga e cavaquinho. Ainda para manter a distância entre o sagrado e o profano, antes das apresentações todos tomam banhos de erva para proteção e, ao final, de descarrego e proteção.

Bem perto do pé — Diz uma lenda iorubá que Exu, o orixá do movimento, de quem as entidades mais polêmicas dos terreiros tomaram emprestado o nome, matou um pássaro ontem com uma pedra que jogou hoje e assim reinventa o passado por meio do presente.

Descendente de um bisavô negro praticante do Xangô, em Pernambuco, que migra para São Paulo na década de 1950 e se integra ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e de uma bisavó da etnia Kariri-Xokó, Natália mostra que a oralidade permanece ainda como uma fonte fundamental de compartilhamento de conhecimentos e de luta.

“O diabo presente em muitos pontos não é o cristão. Meu avô contava que ouviu de seu bisavô muitas histórias sobre como diziam fazer algo ruim, que iam chamar o diabo como uma forma de se protegerem da exploração. Porque a religião era a única coisa que dava medo nos brancos”, recorda.

Num ambiente aberto e educativo, onde todos falam e escutam, o diálogo é uma arma para acabar com preconceitos e conhecer a própria história para além da versão dos vencedores e dos europeus, como indica Natália. Para ela, o sorriso diante da vida ainda é o melhor cartão de visitas que o samba de terreiro pode oferecer. “Sou extremamente feliz. Se minha felicidade não for o maior presente que ganhei de Olodumare, não sei o que foi.”

SAMBA
O samba nasceu da mistura de ritmos africanos, na Bahia, no século 19. 
Expressão da cultura afro-brasileira e associado às populações periféricas, o ritmo sofreu com o preconceito e os primeiros sambistas tinham de driblar a Lei dos Vadios e Capoeiragem, de 1890, promulgada dois anos depois da Lei Áurea.
Estar com cavaquinho ou instrumentos de percussão poderia render até 30 dias de detenção. Pelo Telefone, de Donga, gravado em 1916, é considerado o primeiro samba da história.
A perseguição só diminuiria com a popularização do Carnaval de rua e a chegada do ritmo às elites brasileiras, na década de 1940
Tags: cultura afro-brasileiramacumbaReligiões de matriz africanaSambaToque de terreiro
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