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Pessoas brancas: vocês estão dispostas a ser antirracistas?

Livia Lima, Nós, Mulheres da Periferia Por Livia Lima, Nós, Mulheres da Periferia
10 de outubro de 2022
em Colunas, Mulheres da periferia, Nós, Na Perifa
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Cena do filme Medida Provisória, de Lázaro Ramos, com Thais Araújo

'Medida Provisória': filme se passa num futuro próximo, mas reflete sobre racismo, violência institucionalizada e opressão governamental. Foto: divulgação

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A sociedade precisa se engajar no combate ao racismo estrutural

Há algumas semanas estive em uma sessão comentada do filme Medida Provisória, com participação do diretor Lázaro Ramos. Foi em São Paulo, no Instituto Moreira Salles (SP). Sem dar spoiler (vejam o filme), a conversa mudou a opinião que eu tive sobre o desfecho do personagem Santiago quando vi o longa pela primeira vez — Santiago é um homem branco, que na história trabalha no departamento de execução da medida provisória. Nos comentários que ouvi no IMS e depois, até trocando com o próprio Lázaro, fiz uma outra leitura e entendi como o diretor quis evidenciar o risco de a branquitude se calar diante do racismo.

Quando pessoas brancas deixam de participar, de agir na luta antirracista, todos nós perdemos. Como sempre, é claro que nós, pessoas negras, perdemos muito mais

Durante a pandemia da covid-19, sensibilizadas sobretudo pelo movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), dos Estados Unidos, pessoas negras e brancas admitiram que, como  afirma a filósofa e ativista Angela Davis, não basta não ser racista. É preciso ser também antirracista.

Mas o que significa, de fato, ser antirracista do ponto de vista da ação?

Alguém pode dizer que é muito fácil ser uma pessoa antirracista, afinal, exceto em grupos extremistas e radicais, pega mal ser a favor do racismo, não é mesmo? Mas só falar, da boca pra fora, que é antirracista também não resolve muita coisa. É necessário que todas as pessoas se engajem de fato no combate ao racismo estrutural.

Em um ensaio publicado na edição 41 da revista Serrote, do IMS, a escritora portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida, fala sobre as complexidades de ser uma mulher negra que escreve e aponta para a forma como a questão racial hoje está mais evidente, na “crista da onda”, e como, muitas vezes, as pessoas brancas consomem a literatura de pessoas negras como frutas da estação, e só porque agora estão na moda, amanhã sendo substituídas por outra.

Em um trecho, a autora afirma: “Que significa uma mulher ser uma moda? Sim, agora as pretas estão na moda. Serei uma mulher ou uma coisa? (…). Está a passar, vêm aí as asiáticas, as eslavas, as coreanas são melhores do que as nigerianas, mais misteriosas (…). Outono-inverno 2015-2016 — ou escravidão?”

Me identifiquei muito com a reflexão de Djaimilia, porque, como mulher negra, tenho a sensação que pessoas brancas que conheço e convivo se relacionam de forma muito superficial com as discussões raciais.

‘O quanto as pessoas brancas estariam dispostas a ceder seus lugares de poder, de protagonismo? Até onde vai o antirracismo?’ Foto ilustrativa: Getty Images

Em muitas das atividades e eventos que frequento, principalmente culturais, nas quais as temáticas, artistas, obras são protagonizadas por pessoas negras, é também de pele preta que é formado o público, a plateia. Em rodas de conversa sobre racismo, a maioria sempre é negra. Onde estão os brancos antirracistas nessas horas?

Tenho a sensação que pessoas brancas que conheço e convivo se relacionam de forma muito superficial com as discussões raciais. (…) Em rodas de conversa sobre racismo, a maioria sempre é negra. Onde estão os brancos antirracistas nessas horas?

Em salas de debates, rodas de conversa, onde estão as pessoas brancas para escutar e acolher nossas demandas? Nas ruas em protesto por mortes negras, muitas vezes o que temos é apenas, mais uma vez, nós por nós, nos apoiando em nossas dores e lutas. Sinto que apenas quando há espetáculos, performances e exibições, aí sim, as pessoas brancas participam. Continuarão apenas reproduzindo uma lógica de zoológico colonialista?!

Enquanto a branquitude se relacionar com as questões raciais apenas como estatísticas e conceitos de forma abstrata, distante de sua realidade, só porque não sentem na pele o que nos atravessa diariamente como pessoas negras, fica difícil contar com ela.

Sinto quase como uma falta de respeito pessoas supostamente progressistas e intelectualizadas desconhecerem nossas produções, autores, teorias, pensamentos, relegando-as apenas a nichos especializados, subestimando o quanto a discussão racial perpassa tudo o que diz respeito à nossa sociedade.

Eu gostaria de contar mais com presença, apoio e escuta ativa de pessoas brancas. Vocês estão dispostas a isso? No contexto eleitoral, contar com apoio de pessoas brancas na promoção de candidaturas negras seria fundamental. Mas o que vemos é que entre as pessoas eleitas, ainda é desproporcional nossa presença. O quanto as pessoas brancas estariam dispostas a ceder seus lugares de poder, de protagonismo? Até onde vai o antirracismo?


Tags: AntirracismoRacismo
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