Time de especialistas degustou às cegas os produtos mais populares nas gôndolas e diz quais são as mais deliciosas e quais ficam para “nunca mais”
Uma boa manteiga deve ser cremosa, delicada e com sabor de leite. Ranço e acidez em excesso são sinais de manteiga velha ou matéria-prima de má qualidade. A textura precisa ser ser untuosa — manteiga boa não esfarela.
Com reportagem de Renata Mesquita, O Estado de S. Paulo. Mais detalhes? Clique aqui
1º President
(R$ 14,99; 200g no Pão de Açúcar)
Douradinha, de sabor suave, levemente ácida e com final frutado e retrogosto amendoado. Cremosa ao passar no pão ainda levemente gelada. Tem tudo que se espera de uma manteiga sem sal.
2º La Serenissima
(R$ 11,29; 200g no Mambo)
Com aroma fresco, sabor lácteo e de gordura suave, é saborosa e levemente adocicada — tem “doçura leitosa”, textura firme e cremosa. Foi muito elogiada. Agradou a todos os jurados.
3º Paysan Breton
(R$ 11,99; 200g no Natural da Terra)
Untuosa, não quebra (ótimo sinal da gordura), tem sabor lácteo delicado e foi notada como “fresca” por alguns dos jurados, com leve acidez agradável no final. Quase empatou com a segunda colocada.
4º Tirolez
(R$ 13,99; 200g, no Pão de Açúcar)
Sem defeitos, descrita como uma manteiga correta, padrão, no bom sentido. Tem sabor, leve amendoado no final e gosto preciso. Perdeu alguns pontos pela textura um tanto “quebradiça”.
5º Aviação
(R$ 13,99; 200g, no Pão de Açúcar)
Aroma limpo e suave, sabor agradável, lácteo e levemente herbal. Uma manteiga correta, porém com certa timidez na boca. A textura é lisa e homogênea, apresenta untuosidade, mas poderia ser mais cremosa.
6º Itambé
(R$ 10,99; 200g, no Mambo)
Sabor pouco marcante, aroma neutro, leve lembrança láctea na boca, bem discreta no final. É homogênea, mas falta untuosidade. Quebradiça. Mais indicada para preparos do que para passar no pão.
7º Batavo
(R$ 13,99; 200g, no Natural da Terra)
Sem grandes qualidades, mas também sem grandes defeitos. Textura aceitável, sabor neutro. Não impressionou, mas também não desagradou.
8º Roni
(R$ 36,40; 500g, na Casa Santa Luzia)
Intensa, mais rústica, tem sabor lácteo acentuado e acidez também. Foi a preferida por alguns dos jurados para passar no pão. Lembra pasto, que pode ser bom ou ruim, a depender da expectativa.
9º Regina
(R$ 10,90; 200g, no St.Marche)
Aroma forte denuncia um produto rançoso, mas na boca é neutra. Todos os jurados notaram defeitos na textura: muito quebradiça e porosa; falta untuosidade e gordura mais homogênea. Uma manteiga incorreta.
10º Granarolo
(R$ 18,50; 200g, na Casa Santa Luzia)
A marca italiana decepcionou os jurados: com aparência ressecada, sabor metálico, rançosa e artificial. A textura foi descrita como fibrosa, quase arenosa, “a menos cremosa de todas”, escreveu um deles.
11º Jersey de Itu
(R$ 47,29; 500g, no Quitanda)
De tom amarelo bem forte, foi a mais artesanal do painel. Menos padrão, com forte aroma que remete a estábulo, tem sabor bem marcante, lácteo, com bastante gordura e lembra mato. Uma questão de costume.
JURADOS Alethea Suedt, @a_padeira: padeira, ela planta o próprio trigo para fazer os pães vendidos em sua loja, na Vila Beatriz Carlos Siffert, @csiffert: professor da Escola Wilma Kövesi de Cozinha e consultor do empório Casa Santa Luzia Francisco Lobello, @brividosp: mestre-queijeiro responsável pelas disputadas ricotas da Brivido, sua marca em Jacareí (SP) Luiz Filipe Souza, @luizfilipe: chef do restaurante italiano Evvai, está entre os mais técnicos e criativos da cidade Renata Braune, @renatabraune: chef pela Le Cordon Bleu Paris e consultora gastronômica, comandou o Le Chef Rouge por vários anos