9 agosto 2023 em Mobilidade Urbana

Prefeitura já autorizou a compra de duas embarcações e a operação assistida está sendo preparada

São Paulo terá seu primeiro modo de transporte coletivo por embarcações, o Aquático SP. Em junho, a Prefeitura autorizou a compra, por parte da concessionária Transwolff, de dois barcos com capacidade para 60 passageiros cada, que serão utilizados para trajetos de travessia da represa Billings, no extremo sul da cidade.  Eles devem ser entregues até o dia 30 de setembro.

A SPTrans já está preparando a operação assistida do primeiro trecho do Aquático SP. A viagem neste trajeto será realizada entre Cantinho do Céu, no Grajaú, e Mar Paulista, das 6h às 20h.

O Sistema de Transporte Público Hidroviário deve beneficiar diretamente cerca de 385 mil moradores dos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira, na zona sul. A população do bairro Cantinho do Céu, por exemplo, poderá realizar a travessia por embarcações até Pedreira em tempo reduzido quando comparado ao transporte terrestre.

Atualmente, quem mora na região viaja por 1h20 utilizando duas linhas de ônibus, para chegar a Pedreira. A previsão é de que a ligação por barco seja feita em aproximadamente 30 minutos. O intervalo entre viagens também será de 30 minutos.

O projeto prevê a construção de atracadouro de barco, parada de ônibus e interligação entre os transportes terrestre e hidroviário. Está prevista, também, a integração do novo modal ao sistema existente na cidade, inclusive com o uso do Bilhete Único.

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O projeto do Aquático SP consta do Programa de Metas 2021-2024  — e o transporte hidroviário está previsto no Plano Diretor Estratégico e no Plano de Mobilidade.

As embarcações

A concessionária Transwolff, que atua na região do Grajaú, será responsável pela operação assistida do Aquático entre os parques Cantinho do Céu e Mar Paulista. Uma embarcação de apoio também deve ser adquirida para futura utilização em casos de resgate, reboque, manutenção e transporte de materiais, necessários para a segurança do serviço.

Os veículos devem obedecer às normas aplicáveis da Autoridade Marítima (Normam). O projeto prevê que tenham capacidade para transportar 60 usuários sentados; duas portas laterais para embarque e desembarque de passageiros; espaço para cadeirantes e banheiro acessível; espaço para acomodação de bicicletas; ar-condicionado e tomada USB.

Eles serão adquiridos pela concessionária e, após 11 anos de operação, terão sua propriedade revertida para a Prefeitura.