18 abril 2024 em Assistência Social

Com pouco mais de um ano, unidades de acolhimento provisório da Prefeitura oferecem 1.200 vagas

A Prefeitura de São Paulo inaugurou no dia 2 de abril mais uma Vila Reencontro. A unidade “Guaianases”, a primeira no extremo leste e a quinta na cidade dessa modalidade de acolhimento, pode abrigar até 256 pessoas.

Com a entrega, São Paulo oferece hoje cerca de 1.200 vagas no Programa Reencontro. Com pouco mais de um ano de execução, 100 pessoas já conseguiram obter a saída qualificada – quando a pessoa em situação de rua conquista a autonomia – por meio do projeto.

Na Vila Guaianases foram instaladas 64 unidades modulares, que têm 18 m², equipadas com banheiros e pias, mobiliário de acordo com a configuração familiar, geladeiras, fogões com duas bocas e guarda-roupas. As áreas comuns têm lavanderia, brinquedoteca, cozinha, refeitório e horta, além de playground, salas administrativas e para atendimentos sociais.

Diariamente, são servidos café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. A gestão do serviço está a cargo da Organização da Sociedade Civil Associação Comunitária São Mateus, com repasse mensal de R$ 411.837,59. A Prefeitura investiu, ao todo, R$ 4,5 milhões na instalação da Vila.

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Inspirado no modelo de acolhimento Housing First (“Moradia Primeiro”), o serviço tem como objetivo acolher famílias em situação de rua e/ou vulnerabilidade social e o desenvolvimento integral de autonomia das pessoas acolhidas.  A Vila “Guaianases” fica na Rua Mestre Valentim, s/n, na zona leste.

Oportunidade

Ir para a unidade inaugurada foi um alento para a auxiliar de serviços gerais M., 36 anos. Vítima de violência doméstica, ela está sob medida protetiva contra o ex-companheiro e vai morar na Vila Reencontro com os três filhos.

“Tive que ir para a rua por questões financeiras e por sofrer violência doméstica. Aqui é um espaço onde você tem a sua autonomia, com certa privacidade. Tenho a oportunidade de fazer a minha alimentação, de guardar as minhas coisas. É uma pré-liberdade para que eu possa agora voltar ao mercado de trabalho o mais rápido possível, colocar os meus filhos na escola e conquistar a minha moradia novamente”, disse.

Outros quatro equipamentos do gênero já foram instalados na cidade. A primeira unidade, a “Cruzeiro do Sul”, foi entregue na véspera do Natal de 2022, no bairro do Canindé, região central da cidade.

Já em fevereiro de 2023 veio a Vila Reencontro “Anhangabaú”, na Ladeira da Memória, também no Centro. Em outubro, a Prefeitura entregou a Vila Reencontro “Pari”, a maior unidade do programa, com 100 módulos e capacidade para 400 pessoas. Por fim, em dezembro, foi aberta a quarta unidade, em Santo Amaro.

A Vila 

O perfil das famílias que são acolhidas na Vila Reencontro foi definido por meio de critérios de elegibilidade específicos e constantes nas Portarias 92 e 95/2022. São casais com filhos e famílias monoparentais ou outras composições familiares com ou sem criança. Há ainda outros critérios de priorização estabelecidos, tais como, presença de crianças de 0 a seis anos e mulheres com histórico de violência doméstica.

Mais sobre o programa

Cada família pode permanecer entre 12 e 24 meses nas moradias transitórias das Vilas Reencontro. Esse período pode ser estendido de acordo com o acompanhamento da família pela equipe técnica. Além disso, as famílias devem participar de capacitações profissionais e outros atendimentos sociais com o objetivo de ganho de autonomia.

Os critérios de elegibilidade para acolhimento são as informações do Cadastro Único (CadÚnico), as famílias em que as mulheres são as responsáveis, núcleos familiares que tenham crianças e adolescentes em sua composição e que estejam em situação de rua por um período mais recente (de seis meses a 36 meses).