20 agosto 2025 em Direitos Humanos E Cidadania

Maior unidade é inaugurada em M’Boi Mirim e oferece alimentos frescos cultivados por agricultores locais

Com 765 m² de área, a região de M’Boi Mirim, na zona sul, recebeu a maior unidade do Armazém Solidário da cidade de São Paulo e a primeira a oferecer produtos cultivados por agricultores de áreas rurais locais.

Criado em 2024, o programa atende exclusivamente pessoas inscritas no CadÚnico, oferecendo alimentos e itens essenciais com descontos de até 50% em relação aos preços praticados no comércio tradicional.

Atualmente, são quase 600 itens disponíveis, entre leite integral, café, sabão em pó, óleo de soja, feijão, arroz, batata, folhas de alface e couve, além de carnes. Não são vendidos refrigerantes, bebidas alcoólicas nem alimentos ultraprocessados, reforçando o compromisso com a promoção de hábitos mais saudáveis.

O novo armazém também amplia a parceria com o programa Sampa+Rural, que conecta mais de 400 produtores da capital ao fornecimento de alimentos de qualidade, com menos agrotóxicos e preços reduzidos. Só na inauguração, o setor de hortifruti recebeu mais de 450 quilos de legumes e 2,8 mil unidades de folhosas.

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Mais de 2.800 pessoas passam diariamente pelas unidades do Armazém Solidário, atraídas pela economia no orçamento familiar e pela variedade de produtos. Entre os exemplos, o leite integral é vendido por R$ 4,19, 22% abaixo do valor encontrado no atacado e no varejo, enquanto o quilo do acém moído sai por R$ 17,99, quase 50% mais barato.

Além do M’Boi Mirim, a cidade já conta com seis outras unidades:

Zona leste – São Miguel Paulista, Guaianases e Cidade Tiradentes

Zona norte – City Jaraguá, Jaraguá e Brasilândia.

O programa também prevê a abertura de mais nove unidades nos próximos meses, priorizando regiões com maior número de famílias cadastradas no CadÚnico, unindo incentivo à agricultura familiar, segurança alimentar e economia para a população em situação de vulnerabilidade. As unidades funcionam de segunda a sábado.

Preços 

Luzivan César Pires, 40 anos, mãe de duas crianças e desempregada, encontrou no Armazém Solidário uma forma de comprar alimentos essenciais com mais frequência. “Faz muito tempo que não compro caixas de leite e hoje vou levar”, contou.

Para a aposentada Sônia Maria de Jesus, 73 anos, que mora na região há 40 anos, a proximidade do armazém facilitou o acesso a legumes e verduras frescos, essenciais para controlar a pressão alta. “Antes era muito longe. Agora ficou prático, posso vir todos os dias.”

Shirley de Eça Spinola, 51, convive com anemia falciforme, diabetes e pressão alta, condições que exigem uma alimentação regrada. Sem poder trabalhar, depende de auxílios e vê nos preços mais baixos uma ajuda para equilibrar os gastos entre comida e medicamentos caros. “Minha alimentação tem que ser natural, e os preços menores daqui podem ajudar no fim do mês.”