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Os serviços de aluguel de bicicletas já são bem conhecidos na cidade de São Paulo. Mas que tal pegar uma magrela emprestada sem pagar nada? A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Seme), em parceria com a Associação Brasileira de Ciclomobilidade (ABC), promove o projeto Pedal Sampa, que oferece o empréstimo de bicicletas gratuito até 2024.
No primeiro dia de ativação do programa (6/8), 334 pessoas pedalaram gratuitamente. O empréstimo pode ser feito aos domingos e feriados, entre os meses de agosto de 2023 e fevereiro de 2024, das 8h às 16h, em seis locais diferentes, abrangendo todas as regiões de São Paulo (confira abaixo). Cada local conta com 120 bicicletas dos modelos MTB em aros 29, 26 e 20, além dos modelos “balance” infantil e triciclo infantil.
As bicicletas devem ser utilizadas apenas na ciclofaixa, ciclovia ou parque. O empréstimo tem duração de uma hora, podendo ser renovado caso não haja fila de espera. Idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida têm prioridade, com uma quantidade de bicicletas reservadas estabelecida conforme a procura no local.
Oficinas
Nos locais de empréstimo, existem monitores para fornecer o apoio necessário. Além disso, são oferecidas oficinas para quem quiser aprender a fazer pequenos consertos. Nas aulas, os participantes aprendem a realizar reparos simples e de emergência, como calibragem de pneus, regulagem de câmbio e freio, além de receberem dicas sobre os componentes das bicicletas e sobre como pedalar com segurança.
Para o empréstimo ou a utilização da oficina, não é necessária inscrição prévia. Basta comparecer em cada um dos locais com um documento original e com foto, válido em território nacional, onde serão solicitados dados pessoais, como RG, CPF, meios de contato, aceite ao termo de responsabilidade e deixar o documento enquanto utiliza a bicicleta.
Segundo a Prefeitura, o programa visa ao desenvolvimento de atividades e ações voltadas para o esporte educacional, promovendo a inclusão social de crianças, jovens e idosos. Confira abaixo os pontos que oferecem o serviço:
Zona leste
Centro Esportivo Tiquatira | CEE Luiz Martinez
Avenida Governador Carvalho Pinto, 2 – Tiquatira
Parque do Carmo
Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 951 – Itaquera
Zona oeste
Centro Esportivo Butantã | CEE Solange Nunes Bibas
Rua Dr. Ernâni da Gama Corrêa, 367 – Butantã
Zona norte
Centro Esportivo Jd. São Paulo | CEE Alfredo Ignácio Trindade
Rua Viri, 425 – Jardim São Paulo
Zona sul
Parque Praia do Sol
Avenida Atlântica, 3100 – Capela do Socorro
Centro
Rua Vergueiro
Em frente ao nº 2850, entre as estações Ana Rosa e Vila Mariana do Metrô
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), da Prefeitura de São Paulo, lançou a campanha “Agosto Dourado”, dedicada ao incentivo à amamentação. A iniciativa busca destacar os benefícios do aleitamento materno, ressaltando seu papel na redução da mortalidade infantil e na promoção da saúde pós-parto.
Entre as vantagens da amamentação, destacam-se a redução da mortalidade neonatal, a contribuição para a diminuição do sangramento pós-parto e no retorno mais rápido do útero ao estado normal, bem como na melhora do desempenho cognitivo e na saúde geral da criança. Além de suprir as necessidades nutricionais do bebê, a amamentação cria vínculos emocionais entre mãe e filho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deve ser exclusivo durante os primeiros seis meses e continuado, com outros alimentos, até pelo menos dois anos.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ressalta que o aleitamento materno precoce, iniciado dentro da primeira hora após o nascimento, protege os recém-nascidos contra infecções gastrointestinais e estimula a produção de hormônios necessários para manter a oferta de leite, criando um ciclo de alimentação saudável para o bebê.
Muitas mães, no entanto, enfrentam desafios e inseguranças ao iniciar o processo de amamentação. Uma questão comum é a dificuldade do bebê em manter a pega correta do seio.
Segundo Helina Reis Pinto, coordenadora do Banco de Leite do Hospital Alípio Corrêa Netto, em Ermelino Matarazzo, essa dificuldade muitas vezes ocorre devido a concepções equivocadas, como a crença de que o bebê deve mamar diretamente no mamilo. Na verdade, a amamentação eficaz envolve o bebê abocanhar uma parte significativa da aréola, o que previne desconfortos e lesões. Essa técnica é ensinada na maternidade.
Saiba como doar leite materno
A Prefeitura aproveita a campanha Agosto Dourado para conscientizar sobre a importância da doação de leite humano para beneficiar bebês que necessitam de cuidados especiais.
A rede municipal de saúde conta com três Bancos de Leite Humano (BLH), situados nos hospitais e maternidades Cachoeirinha, Ermelino Matarazzo e Campo Limpo, nas zonas norte, leste e sul da cidade, respectivamente.
Em 2022, esses bancos coletaram mais de 3.500 litros de leite, provenientes de aproximadamente 2.200 doadoras, beneficiando mais de 2.700 bebês. Este ano já foram coletados 1.564 litros, que auxiliaram no cuidado de mais de 1.300 recém-nascidos.
Kamilla Mateos Peres frisa como o banco de leite foi fundamental para a saúde de sua filha Eloá Victória, de 2 meses, que nasceu com uma condição rara, conhecida como síndrome de Pierre Robin, uma anomalia congênita caracterizada por micrognatia, quando a mandíbula é pouco desenvolvida; glossoptose, que é a língua deslocada para trás.
No primeiro mês, o leite de Kamilla secou porque Eloá não conseguia mamar. “O banco de leite tem sido essencial para minha filha durante esse processo.”
Como doar
As mães interessadas em doar leite podem entrar em contato por telefone com o BLH mais próximo ou ir diretamente às unidades localizadas nos hospitais municipais. Podem doar tanto as mães que ainda estão nas maternidades quanto aquelas que já estão amamentando em casa e possuem leite excedente.
Para ser elegível para a doação, as interessadas devem atender a alguns critérios, como ter produção de leite excedente, não ter recebido transfusão de sangue nos últimos 12 meses, não apresentar doenças infecciosas, não fumar, não ingerir álcool, drogas ilícitas ou medicamentos incompatíveis com amamentação e doação.
Os Bancos de Leite Humano da cidade estão nos seguintes endereços:
Hospital Municipal Maternidade-Escola Vila Nova Cachoeirinha: Avenida Dep. Emílio Carlos, 3100 – Vila Nova Cachoeirinha, zona norte. Telefone: (11) 3986-1011.
Hospital Municipal Fernando Mauro Pires da Rocha: Rua Thereza Mouco de Oliveira, 71 – Vila Maracanã – Campo Limpo, zona sul. Telefone: (11) 3394-7678.
Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (Ermelino Matarazzo): Alameda Rodrigo de Brum, 1989 – Ermelino Matarazzo, zona leste. Telefone: (11) 3394-8046/8153.
Até o dia 28 de agosto, moradores de 11 distritos da zona leste podem dar suas contribuições para o Plano de Intervenção Urbana (PIU) Arco Leste, que está em sua segunda fase de desenvolvimento. São eles: Belém, Tatuapé, Vila Maria, Penha, Ponte Rasa, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, São Miguel, Vila Curuçá e Itaim Paulista.
Para participar, existem três formas, igualmente válidas:
Acessar, na consulta pública on-line, a apresentação sobre o PIU, mapas e quadros que mostram as intervenções sugeridas e, então, enviar a sua contribuição;
Responder um questionário on-line para indicar problemas e soluções para a região em que mora;
Preencher o formulário de forma manual, em uma das subprefeituras contempladas (Itaim Paulista, São Miguel, Ermelino Matarazzo, Penha, Vila Maria/Vila Guilherme e Mooca), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Além da consulta pública, a Prefeitura afirma que serão promovidos diálogos com a sociedade civil organizada e com os conselhos participativos locais. Ainda segundo a administração municipal, as contribuições serão consolidadas em Planos de Ação Integrada, que serão submetidos a nova rodada de diálogos e a nova consulta pública.
O que são os PIUs
O PIU é um estudo elaborado pela Prefeitura de São Paulo para identificar possibilidades de melhorias em habitação, mobilidade, desenvolvimento econômico e meio ambiente. Sua proposição atende ao Plano Diretor Estratégico (PDE), que determina a elaboração de PIUs para áreas que compõem a Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM), de papel estratégico na reestruturação urbana da cidade.
Entre as iniciativas que podem ser articuladas a partir deles estão a provisão habitacional; implantação de equipamentos públicos (como CEUs, escolas e UBS); requalificação de calçadas, parques e praças; parques e corredores verdes; ciclovias; recuperação de córregos e apoio à implantação de corredores de ônibus e à construção de hidrovia e portos fluviais no Rio Tietê.
Segundo a Prefeitura, no caso do PIU Arco Leste, as ações propostas terão como prioridade a redução da precariedade habitacional; a ampliação do acesso da população à rede de serviços públicos; o equilíbrio entre empregos e moradias; o fortalecimento e expansão de novas centralidades locais nas áreas mais povoadas e menos providas de ofertas de trabalho; o incentivo a modos de transporte não motorizados (pedestres e ciclistas) e associados ao transporte coletivo.
O Arco Leste definido pelo PDE abrange uma área de 4.536 hectares e distritos das subprefeituras Mooca, Vila Maria-Vila Guilherme, Penha, Ermelino Matarazzo, São Miguel e Itaim Paulista. Por essa região, passam uma linha de Metrô (Linha 3-Vermelha), três linhas de trem da CPTM (Linha 11-Coral, Linha 12-Safira e Linha 13-Jade), terminais de ônibus e faixas exclusivas.
O atendimento de serviços de urgências e emergências médicas será ampliado na capital. A Prefeitura de São Paulo vai investir cerca de R$ 28,5 milhões na construção de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs): A UPA Cidade Tiradentes 2, na zona leste, e a Unidade Básica de Saúde (UBS)/UPA Integrada Anhanguera, na zona norte.
As UPAs, assim como as UBSs, são a porta de entrada para o atendimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). Funcionam 24 horas por dia, todos os dias, e concentram atendimentos de alta complexidade. Podem ser acionadas em casos de urgências e emergências, relacionados à pressão, febre alta, fraturas, cortes, infarto ou derrame, por exemplo.
Os equipamentos possuem estrutura simplificada, com raio-x, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Da UPA, o paciente pode ser encaminhado para receber acompanhamento na UBS ou ser internado em hospital.
UBS/UPA Integrada Anhanguera
A Unidade Básica de Saúde/Unidade de Pronto Atendimento Integrada Anhanguera será construída na estrada Pirapora, 1.290, na região de Perus, zona norte. O início das obras está previsto para setembro deste ano e a conclusão deve ocorrer em até 18 meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
A UBS/UPA Integrada vai substituir a atual UBS Jardim Rosinha, situada na rua Dalva de Oliveira, 82, e deverá proporcionar um espaço mais amplo e confortável aos moradores da região.
Com um investimento de R$ 14,5 milhões do fundo municipal de saúde, a unidade terá um custeio mensal de R$ 3,5 milhões. Serão 265 colaboradores no total, sendo 61 na UBS e 204 na UPA. O quadro de médicos será composto por 61 profissionais, quatro atuando na UBS e 57 em regime de plantão na UPA.
A capacidade da UBS/UPA Integrada Anhanguera será de mais de 13 mil consultas médicas por mês, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, enquanto a UPA estará disponível 24 horas por dia.
A líder comunitária Célia Maria Rocha da Silva comentou a importância da unidade integrada para a região.
“Vamos ganhar muito com esta unidade integrada, um equipamento de saúde que vai trazer mais médicos que poderão acompanhar nossa saúde e ainda mais próximo de casa, auxiliando assim muito a nossa região”, ressaltou.
UPA Cidade Tiradentes 2
A UPA Cidade Tiradentes 2 ficará na avenida dos Metalúrgicos, próximo ao número 1.800, na zona leste, com investimento aproximado de R$ 14 milhões, provenientes do programa Avança Saúde SP. As obras não têm data para começar, mas a SMS informou que a construção terá início logo após a licitação, já autorizada pelo prefeito, e vai durar até 18 meses.
A nova unidade terá capacidade para cerca de 13.500 atendimentos mensais e contará com 423 profissionais, além de 27 leitos para atendimento ininterrupto.
Expansão
As novas UPAs fazem parte do plano da rede municipal de saúde para aumentar a capacidade de atendimento, da atenção primária à hospitalar. Nos últimos anos, houve um aumento no número de equipamentos de saúde, que subiu de 910 para 1.030, ao todo.
Desde 2016, a cidade passou de três para 23 UPAs. O número de UBSs também aumentou: eram 451 e hoje são 470. A rede de saúde mental cresceu de 147 para 216 equipamentos, incluindo 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, a capital ganhou dez novos hospitais.
Segundo a Prefeitura, parte desse crescimento é resultado do Avança Saúde SP, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa já entregou 90 obras das 107 contratadas e 17 estão em andamento, sendo que oito estão previstas para 2023 e sete para 2024.
A SMS também firmou Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de mais 12 unidades de saúde, das quais três estão devem começar a funcionar neste segundo semestre e as outras nove, em 2024.
Novas unidades
Confira abaixo a relação de todas as novas unidades previstas, até o momento, para serem entregues no segundo semestre de 2023 e nos próximos anos:
2023
UPA Carrão (rua Luiz Pinto, 652)
HD São Mateus (rua São Carlos, 03)
UBS Keralux (rua Batuira da Campo, s/n)
UBS Atualpa (rua Antônio João de Medeiros, 136)
CCI Leste (rua Fioravante Lopes Garcia, 699)
UPA Jardim Helena (avenida Kumaki Aoki, 785)
UPA Rio Pequeno (avenida Politécnica/rua Pauli Batista Conte/ rua José Vicente da Cruz)
UBS Cosmopolita (rua Chuvas de Verão, s/n)
UPA Vila Maria Baixa (praça Engenheiro Hugo Brandi, 15)
São Paulo terá seu primeiro modo de transporte coletivo por embarcações, o Aquático SP. Em junho, a Prefeitura autorizou a compra, por parte da concessionária Transwolff, de dois barcos com capacidade para 60 passageiros cada, que serão utilizados para trajetos de travessia da represa Billings, no extremo sul da cidade. Eles devem ser entregues até o dia 30 de setembro.
A SPTrans já está preparando a operação assistida do primeiro trecho do Aquático SP. A viagem neste trajeto será realizada entre Cantinho do Céu, no Grajaú, e Mar Paulista, das 6h às 20h.
O Sistema de Transporte Público Hidroviário deve beneficiar diretamente cerca de 385 mil moradores dos bairros do Grajaú, Cocaia e Pedreira, na zona sul. A população do bairro Cantinho do Céu, por exemplo, poderá realizar a travessia por embarcações até Pedreira em tempo reduzido quando comparado ao transporte terrestre.
Atualmente, quem mora na região viaja por 1h20 utilizando duas linhas de ônibus, para chegar a Pedreira. A previsão é de que a ligação por barco seja feita em aproximadamente 30 minutos. O intervalo entre viagens também será de 30 minutos.
O projeto prevê a construção de atracadouro de barco, parada de ônibus e interligação entre os transportes terrestre e hidroviário. Está prevista, também, a integração do novo modal ao sistema existente na cidade, inclusive com o uso do Bilhete Único.
O projeto do Aquático SP consta do Programa de Metas 2021-2024 — e o transporte hidroviário está previsto no Plano Diretor Estratégico e no Plano de Mobilidade.
As embarcações
A concessionária Transwolff, que atua na região do Grajaú, será responsável pela operação assistida do Aquático entre os parques Cantinho do Céu e Mar Paulista. Uma embarcação de apoio também deve ser adquirida para futura utilização em casos de resgate, reboque, manutenção e transporte de materiais, necessários para a segurança do serviço.
Os veículos devem obedecer às normas aplicáveis da Autoridade Marítima (Normam). O projeto prevê que tenham capacidade para transportar 60 usuários sentados; duas portas laterais para embarque e desembarque de passageiros; espaço para cadeirantes e banheiro acessível; espaço para acomodação de bicicletas; ar-condicionado e tomada USB.
Eles serão adquiridos pela concessionária e, após 11 anos de operação, terão sua propriedade revertida para a Prefeitura.
Até o dia 31 de agosto, os equipamentos públicos de São Paulo recebem rodas de conversa, contação de histórias e apresentações sobre a temática indígena. É o Agosto Indígena 2023, realizado pela Coordenação dos Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (Smdhc) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
Até quarta-feira, estão programadas Rodas de Saberes Indígenas e a exibição de curtas do Festival Entretodos. Já no fim de semana, o Teatro Flávio Império recebe o Encontro dos Povos Indígenas, que terá também venda de artesanato.
A programação se estende às bibliotecas municipais até o dia 31 de agosto. O projeto Povos Originários traz povos indígenas de diversas regiões do país para mostrarem sua cultura e tradições.
Povos indígenas em São Paulo
No dia 9, comemora-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas para homenagear e reconhecer as tradições desses povos originários e promover a conscientização sobre a sua inclusão na sociedade e as garantias dos seus direitos.
Segundo o censo de 2022 do IBGE, São Paulo tem uma população de 19.777 pessoas que se autodeclaram indígenas. Dessas, apenas 7% moram em territórios oficialmente delimitados nas regiões do Jaraguá e Parelheiros; as demais vivem em contexto urbano.
São 18 aldeias indígenas existentes no município: Pyau, Itakupe, Yvy Porã, Ita Endy, Itawera e Ytu, que ficam na Terra Indígena do Jaraguá; as aldeias Kalipety, Karumbe’i, Yyrexakã, Tekoa Porã, Tape Mirim, Yporã, Ka’aguy Miri, Tenondé Porã, Kuaray Oua, Takua Ju Miri, Ka’aguy Hovy, naTerra Indígena Tenondé Porã; e a aldeia Krukutu, na Terra Indígena Krukutu.
Coordenação dos Povos Indígenas
A Coordenação dos Povos Indígenas da Smdhc foi criada em 2020 para atuar na defesa e na promoção da ancestralidade e dos direitos dos povos indígenas aldeados e em contexto urbano do município.
As ações da Coordenação visam dar condições para que essa população tenha participação ativa no desenvolvimento de projetos e políticas públicas voltados a suas comunidades, além de terem preservadas a cultura e a estrutura social.
O Conselho Municipal dos Povos Indígenas, vinculado à secretaria, tem composição paritária e é integrado por quatro titulares e quatro suplentes, com representantes do poder público e da população indígena das etnias Guarani-Mbya, Pankararu, Fulni-ô, Kariri-Xocó e Pankararé.
Serviço
Agosto Indígena 2023
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
09/08
Exibição de curtas do Festival Entretodos, no período da manhã
Local: Auditório da Smdhc (Rua Líbero Badaró, 119, Centro)
Filmes: Priara Jõ – Depois do Ovo, A Guerra; Para onde vão as andorinhas; Bandeira; Fantasia de Índio; Ava Marangatu; (Des)matamento; Mandayaki e Takino; Nigiro: Meu Nome, Minha Ancestralidade; Topawa; Ñande Mbaraete’I Katu.
10/08
Roda de Saberes Indígenas com Avani Fulni-Ô, do Povo Fulni-Ô
Horário: 10h às 12h30
Local: Casa de Cultura Chico Science (Av. Pres.Tancredo Neves, 1265, Vila Moinho Velho)
Roda de Saberes Indígenas com Renato, do Povo Pankararé
Horário: 10h às 12h30
Local: Centro de Referência de Promoção da Igualdade Racial na Fábrica de Cultura da Brasilândia (Av. General Penha Brasil, 2508, Brasilândia)
Roda de Saberes Indígenas com Tranquilino, do povo Guarani M’bya da Aldeia Krukutu
Horário: 14h às 17h30
Local: Centro de Referência de Promoção da Igualdade Racial na Fábrica de Cultura da Brasilândia (Av. General Penha Brasil, 2508, Brasilândia)
11/08
Roda de Saberes Indígenas sobre a cosmovisão andina com Juan, do Povo Aymara
Horário: 10h às 12h30
Local: Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) Oriana Jara (Rua Major Diogo, 834, Bela Vista)
Roda de Saberes Indígenas com Ivone, do Povo Pankararu
Horário: 14h às 17h30
Local: Centro de Cidadania da Mulher Santo Amaro (Praça Salim Farah Maluf, s/n, Santo Amaro)
12/08 e 13/08
Encontro de Povos Indígenas, com apresentações, rodas de conversa e venda de artesanato indígena
Horário: 10h às 17h30
Local: Teatro Flávio Império, tenda central (Rua Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba)
Secretaria Municipal da Cultura
Minha Infância pelas Águas do Rio Negro; contação de histórias por Maã Dahse (Caiçaró)
Classificação indicativa: Criança (7 a 14 anos). Duração: 60 minutos.
09/08 às 10h – Biblioteca Raimundo de Menezes
10/08 às 14h – Biblioteca Vicente Paulo Guimarães
17/08 às 14h30 – Biblioteca Vinicius de Moraes
22/08 às 14h30 – Biblioteca Rubens Borba Alves de Moraes
24/08 às 14h – Biblioteca Jamil Almansur Haddad
30/08 às 14h – Biblioteca Hans Christian Andersen
Histórias da tradição oral indígena com Auritha Tabajara
Classificação indicativa: Criança (7 a 14 anos). Duração: 45 minutos.
12/08 às 11h – Ponto de Leitura Parque do Piqueri
18/08 às 14h – Biblioteca Thales Castanho de Andrade
24/08 às 10h – Biblioteca Nuto Sant’Anna
24/08 às 14h – Biblioteca Afonso Schmidt
26/08 às 11h – Bosque de Leitura Parque Anhanguera
Curumierê Desperte a Criança em Você; intervenção artística musicalizada por Raízes Afroindígena Coletiva
Classificação indicativa: Criança (7 a 14 anos). Duração: 2 horas.
09/08 às 15h – Biblioteca Ricardo Ramos
17/08 às 11h – Biblioteca Lenyra Fraccaroli
23/08 às 14h – Biblioteca Padre José de Anchieta
25/08 às 10h – Ponto de Leitura Praça Bambuzal
30/08 às 14h – Biblioteca Professor Arnaldo Magalhães Giácomo
31/08 às 13h – Ponto de Leitura Graciliano Ramos
Algum destes é seu parente?; cortejo musical por Coletivo Estopô Balaio
Classificação indicativa: Criança (7 a 14 anos). Duração: 60 minutos.
09/08 às 14h30 – Biblioteca José Mauro de Vasconcelos
13/08 às 11h – Bosque de Leitura Parque Lions Clube Tucuruvi
17/08 às 14h – Biblioteca Cassiano Ricardo
25/08 às 10h – Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda
Cortejo Encantado; obra cênica por Grupo Refinaria Teatral
Classificação indicativa: Adulto (18 a 59 anos). Duração: 40 minutos.
10/08 às 10h – Biblioteca Afonso Schmidt
24/08 às 14h – Biblioteca Helena Silveira
Vozes Periféricas; circuitos de debates poéticos e literários em referência ao Dia Internacional dos Povos Indígenas
Classificação indicativa: Jovem (15 a 17 anos). Duração: 60 minutos.
16/08 às 14h: Originárias Resistências, com Brisa Flow e Ayra Arruda – Biblioteca Brito Broca
17/08 às 14h: Coração na Aldeia, Pés no Mundo, com Auritha Tabajara e Wescritor – Biblioteca Marcos Rey
18/08 às 14h: Livros por uma Literatura Nativa, com Olívio Jekupé e Owerá MC – Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato
19/08 às 11h: Ritual: Almas Indomáveis, com Souto MC e Auritha Tabajara – Biblioteca Adelpha Figueiredo
22/08 às 14h: A Resistência Tybyra, com Juão Nyn e Diego Rbor – Biblioteca Malba Tahan
Criado em 2020 como uma ação emergencial para atender a pessoas em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia de Covid-19, o programa Cidade Solidária se transformou no ano passado em política permanente da Prefeitura de São Paulo.
De acordo com balanço da atual gestão municipal, 7,9 milhões de cestas básicas já foram adquiridas para distribuição desde o início do programa. Nos primeiros sete meses deste ano houve mais de 878 mil encaminhamentos. Com investimento anual de R$ 134 milhões e integrado ao Programa de Segurança Alimentar e Nutricional do município de São Paulo, a iniciativa funciona em parceria com entidades sem fins lucrativos.
Este ano o Cidade Solidária passou por uma reformulação no cadastramento para incluir informações como o perfil do público a ser atendido. Entidades interessadas em receber as cestas devem realizar o novo cadastro por meio do portal SP156 até 14 de agosto.
No portal, o interessado deve apresentar informações como o nome da organização da sociedade civil, endereço, número de famílias ou grupos atendidos, indicação de duas ou mais pessoas para representar a instituição e comprovante de CNPJ atualizado.
Melhoria no cadastro
Para a coordenadora do Cidade Solidária, Lylian Concellos, as mudanças vão aprimorar o cadastro para o monitoramento da distribuição de cestas a partir da identificação do perfil e da quantidade de atendidos. “É um monitoramento também para subsidiar as políticas de segurança alimentar do município”, afirma.
O programa conta com 3,2 mil entidades cadastradas, que devem realizar o recadastramento. É o caso da Instituição Esperança para Todos. Segundo o presidente da organização, Jaimielto Rodrigues, são distribuídas 200 cestas por mês nos distritos do Jaçanã e Tremembé, na zona norte, e cem no Jardim Ângela, na zona sul. ”A iniciativa é um grande incentivo para as comunidades se reabilitarem”, diz.
Os kits alimentícios contêm leite em pó integral, arroz, feijão, farinha de mandioca, açúcar, óleo de soja, sal, macarrão, polpa ou purê de tomate e sardinha em óleo comestível.
Em média, são distribuídas 7 mil cestas por dia. O intervalo de entrega para cada entidade é, em média, de 70 dias. O prazo considera o tempo de envio e análise da prestação de contas feitas pelas organizações para liberação de novas remessas.
Cinco Centros de Educação Unificada de São Paulo (CEUs) recebem ao longo de 2023 o projeto Linha Mestra, uma iniciativa para a formação de mulheres periféricas em artes têxteis, com foco em empreendedorismo e geração de renda.
A partir de agosto até novembro, o projeto lança também uma exposição itinerante para mostrar as obras autorais criadas por mulheres das comunidades e por artistas convidadas. A mostra inclui rodas de conversas, oficinas gratuitas e apresentações artísticas.
Entre outras curiosidades que fazem referência ao cotidiano dessas mulheres e a imagens da literatura brasileira, o público poderá conferir como trabalhos individuais bem finalizados nas oficinas deram origem a uma grande obra coletiva: a Rede de Retalhos, na qual partindo da pergunta “o que nos une?”, cada mulher escolheu um tecido quadrado para bordar a sua resposta. A obra é compartilhada entre os CEUS e vai crescendo até o final do ano.
Já a Árvore da Memória é uma estrutura de ferro retorcido em formato de árvore, onde estão pendurados círculos de duas faces contendo, de um lado, uma memória marcante bordada por cada integrante e no verso o retrato das autoras.
O Teia de Aranha, que é responsável pelas oficinas de bordado e foi formado há mais de 20 anos por mulheres que utilizam a literatura brasileira como fonte para o trabalho, leva para a exposição uma série de bordados que compõem a obra “Memórias do Sertão”. O grupo multiplica seu trabalho por todo o país, com oficinas que estimulam a leitura e a tradução artística.
Exposição no CEU Parque Novo Mundo (zona Norte), de 5 a 10 de agosto
Além da exposição oficial, o Parque Novo Mundo recebe também o grupo Tereza Vale a Pena, um negócio social criado pelo Instituto Humanitas360 para mulheres egressas do sistema prisional e vítimas de violência doméstica. O Tereza apresentará peças criadas a partir da reciclagem de garrafas PET e ministrará oficinas gratuitas de empreendedorismo social.
Mostra segue para o CEU Alvarenga (zona Sul), de 12 a 17 de agosto
A exposição no CEU Alvarenga inclui o coletivo BordaEMia, da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), que apresentará o “Jardim de Boro”, uma investigação entre linhas, mulheres e plantas; e “Raízes: narrativas da terra,” uma trama têxtil que vislumbra outros modos de vida e desfaz narrativas de hierarquias humanas.
CEU Perus (9 a 14 de setembro), CEU Parelheiros (4 a 9 de novembro) e CEU Sapopemba (11 a 16 de novembro)
Desenvolvido pela empresa Mina Cultural, o Linha Mestra conta em sua equipe com coletivo Teia de Aranha (oficinas de arte) e a especialista Vera Santana (oficinas de empreendedorismo). O projeto acontece por meio do Promac da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com parceria da Secretaria de Educação e patrocínio da Meta.
No final do ano, o Linha Mestra lançará um webdocumentário sobre o projeto e impactos do novo trabalho artístico na vida dessas mulheres. “Uma vez capacitadas, essas mulheres poderão estar mais tempo em casa e em grupos (em oposição aos longos trajetos para o trabalho precarizado ou à vida solitária de privações e violências nas periferias), utilizando materiais de baixo custo para produzir objetos e vestimentas com valor artístico que poderão ser comercializados na própria comunidade e em quaisquer outros lugares”, afirma a produtora executiva da Mina Cultural, Maysa Lepique.
Serviço
Exposição Linha Mestra
CEU Parque Novo Mundo
De 5 a 10 de agosto, das 10h às 19h, entrada gratuita
Endereço: Av. Ernesto Augusto Lopes, 100 – Parque Vila Maria
Atividades: 05/08, 11h: roda de conversa e ciranda; 06/08, 11h e 14h: oficinas gratuitas de empreendedorismo social
CEU Alvarenga
De 12 a 17 de agosto, das 10h às 19h, entrada gratuita
Endereço: Estrada do Alvarenga, 3752 – Balneário São Francisco
Atividades: 12/08, 11h: Roda de conversa e ciranda; 14h: vivência gratuita de bordado; e 17h: apresentação artística com o Coletivo BordaEmia
Próximas exposições
CEU Perus (zona Norte)
De 9 a 14 de setembro
Rua Bernado José de Lorena, S/N – Vila Fanton
CEU Sapopemba (zona Leste)
De 11 a 16 de novembro.
Rua Manuel Quirino De Mattos, S/N – Jardim Sapopemba
CEU Parelheiros (zona Sul)
De 4 a 9 de novembro
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Foi durante um evento familiar que o mecânico aposentado Jorge Marcos Vigo Langrafi, 62 anos, ficou sabendo do Curso de Pilotagem Segura, promovido pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O treinamento é disponibilizado gratuitamente desde 1998, quando houve aumento significativo de motocicletas no trânsito de São Paulo.
“Me inscrevi por curiosidade. Mas saí muito impressionado com a quantidade de informações passadas e a paciência dos professores, tanto na teoria quanto na prática”, afirma Langrafi ao Expresso Bairros. “Me abriu um leque de novas visões para o trânsito atual e a realidade de São Paulo, nossa cidade.”
O mecânico optou pelo curso presencial, composto por dois dias intensos, um de teoria e outro de prática. Neste formato, os alunos têm a oportunidade de praticar os conceitos aprendidos por meio de atividades contextualizadas e exercícios para fixação.
“Os exercícios propiciam a correção de ações e posturas que interferem na nossa pilotagem”, acrescenta.
Langrafi enfatiza a importância das aulas para se livrar de vícios ao dirigir. “Praticamos a parada brusca sem apertar a embreagem — o que é muito desafiador para quem já está acostumado a dirigir usando esses comandos. Isso me ajudou a acabar com a crença limitante de que eu não posso deixar a moto morrer. A moto pode morrer, sim. Eu que não posso correr o risco de machucar uma pessoa”, conclui.
O curso
O curso é dividido em quatro módulos, abrangendo o histórico da motocicleta desde seus primórdios até os dias de hoje, além de destacar a importância dos equipamentos de segurança. Nas aulas, também são abordadas estratégias para evitar acidentes, como manter distância segura, lidar com condições adversas e compreender os riscos do trânsito.
Além das aulas presenciais, há o formato online, criado em 2010. A modalidade contempla todos os conteúdos do presencial, e os tutores são os mesmos. A principal diferença está na parte prática. No presencial, o aluno participa de aulas em uma pista de treinamento com motocicletas da CET. No entanto, quem concluiu o curso à distância pode complementá-lo fazendo a parte prática na mesma pista de treinamento.
Desde 1998 até hoje, 11.137 alunos já fizeram o Curso de Pilotagem Segura presencial, enquanto 4.438 motociclistas concluíram no formato de ensino à distância. O presencial tem duração de 16 horas, sendo oito horas de teoria e oito horas de prática, enquanto o curso EaD são oito horas, que podem ser cursadas em duas semanas.
As inscrições podem ser feitas pelo site da CET (http://www.cetsp.com.br/consultas/educacao/ensino-a-distancia/inscricao-ps.aspx). Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3871-8625 ou por e-mail dco2@cetsp.com.br.
O Brasil soma mais de um milhão de casos de queimaduras por ano, dos quais cerca de 40 mil requerem hospitalização, de acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras. Para lidar com essa demanda, o País conta com 57 unidades de terapia de queimados, sendo uma delas referência no tratamento: o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), instalado no Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
O CTQ é uma instituição que atende a pacientes com diversos graus de queimaduras, provenientes de diferentes tipos de acidentes. A maior parte dos atendimentos varia entre as queimaduras de primeiro e terceiro graus. Neste ano, já foram assistidos 266 pacientes.
A equipe do centro é composta por profissionais como cirurgiões plásticos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistente social e nutricionistas.
Para o coordenador do CTQ, André Toshiaki Nishimura, a presença de uma equipe qualificada é essencial para garantir atendimentos mais precisos e de melhor qualidade.
“Dependendo da gravidade da queimadura e do acidente, os pacientes podem necessitar de cuidados intensivos durante o tratamento. A pele com cicatriz perde elasticidade precisando de fisioterapeuta. Já os acidentes graves ou que atingem o rosto precisam de um acompanhamento psicológico.”
Estrutura
O CTQ possui 20 leitos de enfermaria e mais quatro unidades de cuidados intensivos. Em períodos específicos, o número de internações pode aumentar, principalmente devido a festas que envolvem o uso de fogo, como as comemorações de Ano Novo com fogos de artifício e as festas juninas com fogueiras improvisadas.
O Hospital do Tatuapé, subordinado à Administração Hospitalar Municipal (AHM), pertence à Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste, que abrange uma população de mais de 2 milhões de moradores. Além de atender à população local, o hospital também recebe pacientes encaminhados de outros estados.