Das ruas para as escolas. Das escolas para as ruas. É esse o intercâmbio que o Slam Interescolar propõe e reforça a cada grito antes de os competidores, estudantes de 11 a 17 anos, recitarem suas poesias. O projeto não para de crescer e chega à sua 9ª edição este ano com 333 escolas do estado, entre municipais, estaduais e particulares.
Com objetivo de levar as batalhas de poesia falada ao ambiente escolar, o projeto, promovido pelo coletivo Slam da Guilhermina, alcança todas as regiões da capital: nesta edição são 223 colégios, sendo 92 da rede municipal. Desses, a maior parte é da zona leste (55). Depois vêm zona sul (19); zona norte (14) e zona oeste (4).
Atualmente, o projeto está na fase do Ciclo Formativo, quando 13 poetas formadores vão às escolas para palestras e oficinas sobre o slam. Em março e abril, as escolas se inscrevem. De junho a agosto, entram no ciclo formativo. Por fim, ocorrem as seletivas online em outubro e a final em novembro. Para competir, as unidades são divididas entre ensino fundamental 2 e ensino médio.
Segundo o slammaster, poeta e um dos idealizadores do projeto, Emerson Alcade, o Slam Interescolar envolve toda a comunidade escolar. Os professores passam por workshop para poderem propagar aos alunos. Todas as escolas podem se inscrever. Há apenas uma regra: a unidade precisa promover um slam interno para seus alunos.
E é justamente nesta fase que está a Emef Professor Rivadavia Marques Júnior, no bairro São Mateus, na zona leste. No dia 29 de junho a escola se reúne para o seu slam interno. Segundo Dhiancarlo Miranda, professor orientador da sala de leitura, o slam já tem uma tradição de nove anos na EMEF e de oito anos no Slam Interescolar. “No início, tínhamos por volta de 7 a 8 alunos que se empolgavam. Hoje praticamente todos da escola participam”, diz Miranda.
Edição de 2022 do Slam Interescolar – Crédito: Divulgação/Sergio Silva
Histórico
Como explicou Alcade, foi pela sua participação na Copa do Mundo de Poesias, em 2014, na França, que ele teve contato com o slam nas escolas.
Decidiu, junto de Cristina Assunção, participante também do coletivo Slam da Guilhermina, importar a ideia para a realidade paulistana. A iniciativa que começou com os slammers – nome dado aos poetas que participam de slams – indo às escolas de São Paulo para levar a poesia falada, colocou o aluno como poeta também.
“A gente (ele e Cristina) começou, cada um em sua escola, a desenvolver oficinas de slam com regularidade. Criamos o Slam Intersalas e propusemos no final de ano um protótipo da minha escola versus a dela. E assim nasce a ideia do Slam Interescolar”, relembrou Alcade.
A primeira edição, em 2015, reuniu quatro escolas. No ano seguinte, o número aumentou para 20. E não parou mais de crescer até as 333 de edição de 2023.
Marcos Vieira é um dos alunos impactados. Com apenas 15 anos, ele já escreveu dois livros de poesias, participou de alguns slams e foi o segundo colocado no edição interescolar de 2021.
“Interessei-me por ser uma forma de poesia que eu não conhecia. Quando vi que se encaixava com a minha realidade, que parecia que estavam falando comigo, gostei muito. Tem um gosto de evolução quando o pessoal da periferia tem essa voz é uma imensa revolução”, diz Vieira.
“Um museu deveria ser um espaço em que o visitante sonolento fosse intimado a reagir em contato com obras sublimes”, escreveu André Lhote em “Les Cahiers de la république des lettres, sciences et arts”. Infelizmente, nem sempre o visitante de uma instituição de arte consegue reagir e decodificar esse espaço sozinho.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) está empenhado em aproximar o público de suas exposições, oferecendo cursos gratuitos para professores da rede municipal e uma programação de férias repleta de atividades para famílias.
“Este é um trabalho em que todos ganham. Ganha o museu, a escola, o setor educativo e as famílias. É uma troca muito grande de arte, processos pedagógicos, vivências diferentes de educação formal e não formal”, explica Mirela Estelles, coordenadora do setor educativo do MAM. “Nossa missão é difundir conhecimento e trazer cada vez mais pessoas para perto.”
Elaborado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, de 29/06 a 24/08, está disponível o curso Experiências Poéticas e Experiências Educativas a partir da exposição “Elementar: Fazer Junto”, em cartaz no museu. Entre as atividades programadas para os encontros, está uma visita mediada à exposição com a equipe curatorial da mostra e do setor educativo.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas por meio do formulário online. Em setembro, haverá um novo ciclo. Os professores que participam da atividade têm pontos validados no sistema de avaliação da Prefeitura e ganham catálogos de exposições para integrar os acervos das bibliotecas das escolas em que trabalham.
“Os professores já entenderam esse espaço como lugar de aprendizagem, conhecimento e relacionamento. Eles vêm em busca de renovar suas práticas e se inspirar para levar outras propostas para a sala de aula”, ressalta.
Elementar: ir ao museu
Neste ano, o MAM comemora 75 anos, e a programação traz uma série de mostras comemorativas. “Elementar: Fazer Junto”, com curadoria de Mirela Estelles, Cauê Alves e Valquíria Prates, é uma celebração do setor educativo e reforça a importância deste trabalho para o museu. “A exposição nasce a partir da seleção de obras da coleção do MAM que tivessem relação com os elementos da natureza, considerando o acervo de conhecimentos e pesquisas do núcleo educativo”, explica Estelles.
Ao imaginar uma exposição que envolve, em sua concepção, uma equipe ligada à educação, rapidamente emergem as lembranças de instalações interativas. Não é o caso de “Elementar: Fazer Junto”. O visitante pode passear pela mostra inteira de forma apenas contemplativa, sem interagir com nenhuma das obras, se essa for sua vontade.
A participação do espectador consiste, em geral, em ver e refletir sobre os temas levantados na fricção entre os cerca de 70 trabalhos de artistas como Leda Catunda, Marcelo Moscheta e Cildo Meireles. Ao mesmo tempo, o visitante pode sentar nas cadeiras do coletivo OPAVIVARÁ, as quais são também obras, e apreciar o jardim do museu ou um trabalho.
“A exposição tem em seu cerne a educação. Nos textos de curadoria, que são poéticos e gostosos de ler, há proposições que conversam diretamente com o público. Há também inserções de produções do setor educativo. Dessa forma, nosso desejo é que o público não passe rapidinho, mas permaneça na exposição interagindo e refletindo sobre as obras expostas”, explica.
É possível assistir a vídeos feitos pela equipe durante o período de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, que apresentam, por meio de proposições poéticas, obras do acervo do MAM; jogar Minecraft no cenário do museu desenvolvido para o jogo; e quem quiser participar de maneira analógica pode usar os carimbos, dispostos em uma mesa no centro sala, com palavras que você encontra em todos os textos que guiam a mostra.
“A exposição foi permeada pela escuta das equipes do MAM de diferentes áreas. O que nos perguntamos durante o processo e propomos ao público refletir é: o que é elementar fazer junto? O que é elementar no trabalho de cada artista? O que podemos perguntar olhando para cada obra?”, conclui Mirela.
Durante o mês de julho, o MAM quer ainda “fazer junto” com o público uma série de atividades — algumas relacionadas à exposição. As inscrições devem ser feitas com 30 minutos de antecedência na recepção do museu. A participação nas atividades educativas garante a gratuidade nas exposições. Confira a programação.
01/07 (sáb) às 11h: Programa de Visitação
Visita aberta à exposição “Elementar: fazer junto” com MAM educativo
O MAM educativo convida o público a conhecer a mostra a partir de uma visita mediada que será acompanhada de experiências poéticas.
01/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Xirezinho: brincando com a natureza com Priscila Obaci
Xirê é uma palavra em yorubá que quer dizer “brincadeira”. Xirezinho é uma atividade musical, sensorial e formativa que propõe movimentações e interações a partir da relação dos elementos da natureza que cada Orixá representa.
02/07 (dom) às 11h: Domingo MAM + Arte e Ecologia
Desenho de observação das plantas presentes no Jardim de Esculturas com MAM Educativo
A partir da observação ativa da paisagem do jardim das esculturas do MAM São Paulo, que extrapolam a visão, o público será convidado a desenhá-la. Para tal, contaremos com uma sensibilização e disparadores poéticos para a contemplação do jardim.
02/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Jogar junto: Jogo de queimada + roda de conversa para corpos diversos com Coletivo Gaymada São Paulo Domingo MAM
A partir do jogo de queimada, a Gaymada São Paulo visa a acessibilidade do esporte para todas as pessoas, independente do tipo físico, idade, etnia, sexualidade ou gênero. Com foco na valorização e respeito à diversidade, este evento mescla ativismo e esporte com objetivo à democratização dos espaços públicos e ao direito às práticas esportivas.
04/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Brinquedos da terra: oficina de construção de brinquedos com MAM educativo
A terra é um elemento que sustenta a vida. Assim, propomos olhar para ela como uma ferramenta do brincar. Esta oficina presencial é um convite aos participantes para investigarem o que a terra nos entrega e assim criarem brinquedos que partam dela.
05/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Oficina de autorretrato com elementos da natureza MAM Educativo
Como nos vemos diante do universo que somos? Como nos identificamos enquanto parte da natureza? Nesta oficina propomos uma reflexão sobre como habitamos o espaço e como o espaço nos habita.
05, 12, 19 e 26/07 (qua) às 16h: Programa de Visitação
Para ler junto com equipe MAM Educativo
Para ler junto é o espaço de encontro que acontece todas às quartas-feiras do mês de julho, cada data será dedicada à leitura dos textos do catálogo da exposição Elementar: Fazer Junto e/ou textos selecionados pelo MAM educativo e convidadas/os.
06/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Riscadores com pigmentos naturais com Leonardo Sassaki
Diversos elementos que encontramos na natureza possuem potencial tintório e são usados para colorir o mundo, como alguns tipos de terras, temperos, flores e frutos. Nesta oficina conheceremos técnicas de produção e experimentação dos riscadores naturais.
06/07 (qui) às 19h00: Família MAM
Histórias no Jardim com Cristino Wapichana
A série de vídeos “Histórias no Jardim” convida o público para uma relação do lúdico e do brincar com as obras do Jardim, com narrações de histórias e apresentações musicais que contam com a participação de Ana Luísa Lacombe, Grupo êBA! e Grupo Sementeira. Nesta edição contamos com a presença do artista indígena Cristino Wapichana.
07/07 (sex) às 15h: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Experimentação com tintas naturais para bebês com MAM educativo
A partir de tintas produzidas de forma caseira com materiais naturais e comestíveis (trigo, maisena, gelatina, frutas e condimentos). A atividade é voltada para bebês de 0 meses a 2 anos.
08/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Narração de história: a onça e o fogo com Cristino Wapichana
Cristino Wapichana narra a história do seu livro A onça e o fogo, que resgata uma história indígena do povo Wapichana. O duelo entre a onça e o fogo é travado em um tempo fantástico, cheio de perigos e aventuras.
09/07 (dom) às 14h: Domingo MAM
Karaokê: Vozes negras
Inspirados pelo mês que marca o dia Nacional de Combate à Discriminação Racial e pelo dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o mam educativo convida o público a soltar a voz com músicas compostas e interpretadas por mulheres negras.
11/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Desenhando com elementos da natureza com MAM Educativo
Para os povos originários que já habitaram o local onde hoje é o Parque do Ibirapuera, objetos e paisagens que consideramos sem vida, são, na verdade, seres, que como a gente, tem sentimentos e se relacionam entre si. Nesta oficina, propomos um olhar atencioso para objetos que consideramos inanimados e sem vida na natureza, para construir coletivamente um quadro de proporção monumental.
12/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Narrativas fantásticas com MAM Educativo
Quais histórias podemos criar juntos? O que uma imagem ou palavra contidas em revistas e materiais impressos pode nos contar? Aqui nesta experiência a ideia é juntar os imaginários de cada um e elaborar uma narrativa fantástica coletiva.
13/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Percurso poético musical na exposição com Tamara David e MAM Educativo
Inspirada na exposição Elementar: Fazer Junto, o percurso poético musical com Tâmara Davi e MAM educativo propõem uma relação entre as artes visuais presentes na exposição e a música brasileira.
14/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Oficina de foto montagem
A partir de imagens das obras da exposição Elementar: Fazer Junto faremos releituras poéticas das obras, alterando-as por meio de papéis transparentes e da colagem.
15/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
“Passando de Raspão” com Núcleo Histórias de Comadres
O Núcleo Histórias de Comadres encontrou nos instrumentos musicais presentes no universo da Capoeira Angola a inspiração para criar narrativas e imagens.
16/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Breaking Ibira: Edição Lampião e Maria Bonita
Breaking ibira é um evento criado por b.boys e b.girls (nomenclatura atribuída a dançarinos de breaking) cujo objetivo é reunir b.boys e b.girls para celebrar a cultura hip hop, encontrar desafios através da dança e expressar sua criatividade e habilidade em suas sessions (sequência organizada de passos de breaking).
18/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Folhario: oficina de construção de móbiles com elementos da natureza com Amanda Paralela
Móbiles são peças formadas por estruturas horizontais nas quais diferentes elementos são pendurados por fios ou cordões para assim oscilar e dançar com o sopro do vento. Nesta oficina, construiremos pequenos e grandes móbiles, individuais e coletivos, a partir da coleta de elementos da natureza.
19/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Esse ateliê é pra dançar! com Amanda Paralela
Desenhar, pintar, modelar, bordar, recortar, escrever… num espaço de ateliê todas as linguagens artísticas são bem vindas, por isso nesta oficina abriremos espaço para a dança! Prepare um look confortável e contribua com a playlist da oficina inserindo suas músicas favoritas para dançar.
20/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Carimbo-mundo com elementos da natureza com mam educativo
Esta atividade propõe o olhar investigativo para as diferentes texturas e formas dos elementos da natureza. No percurso criativo, conheceremos técnicas de carimbos naturais, frotagem e outras.
21/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Gotas de flor: experimentações com tintas naturais com Leonardo Sassaki
Estamos acostumados a consumir produtos industrializados e nos esquecemos ou nem mesmo sabemos de onde eles vêm. Neste encontro, será experimentado a aquarela com tintas de flores através do processo de maceração, como funciona a coleta consciente da matéria e suas possibilidades.
22/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Oficina de danças e brincadeiras populares brasileiras com o Núcleo Histórias de Comadres.
A oficina explora passos, ritmos e musicalidade de diferentes danças populares e brincadeiras do Brasil como o Jongo, o Samba de Roda, o Afoxé, o Cacuriá, a Ciranda e o Coco.
23/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Visita à exposição Elementar: fazer junto com experiência poética com MAM Educativo
A exposição Elementar: fazer junto apresenta obras, experiências artísticas e educativas que fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. O MAM educativo convida o público a conhecer a mostra a partir de uma visita mediada que será acompanhada de experiências poéticas.
25/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Visita ao mundo MAM no Minecraft Education Edition com MAM Educativo
A partir da exposição que só existe na plataforma Minecraft: Educational Edition visitaremos o museu, seu Jardim de Esculturas e diversas obras de seu acervo dentro da plataforma do jogo. Trazendo reflexões sobre o concretismo, neoconcretismo e as intersecções entre jogo, educação e artes visuais.
25/07 (ter) às 19h: Contatos com a arte
Ressoar vozes de mulheres negras com Sansorai Oliveira
Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, data com o propósito de dar visibilidade ao papel da mulher negra na história brasileira. Apresentaremos artistas visuais que utilizam esta linguagem como manifestação de suas experiências cotidianas.
26/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Brincar junto no Jardim de Esculturas com MAM Educativo
A partir de um repertório especialmente selecionado pelo MAM Educativo, a atividade convida as crianças para uma maratona de brincadeiras ao ar livre no espaço do Jardim de Esculturas do mam.
27/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Ser bebê é natural com Ana Thomé
Com ambiente planejado e propostas simples de exploração livre, ofereceremos aos bebês um momento para brincarem com a natureza junto de suas famílias.
27/07 (qui) às 16h: Contatos com a arte
Artistas mulheres no Museu de Arte Moderna com Amanda Falcão e Amanda Paralela
Neste encontro, convidamos o público para uma conversa sobre algumas artistas que fazem parte da história do museu, buscando a ampliação de repertórios e propondo reflexões sobre a diversidade e a potência da mulher no campo das artes.
28/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Elementar: tecer junto com Amanda Falcão
Assim como os contos e as histórias, os trabalhos manuais estão presentes em nossa sociedade há milhares de anos, costurando fios entre gerações. Neste encontro propomos a interação entre as duas tramas assim como a ativação de um grande tear coletivo.
29/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Uma gota de rio: criando pinturas líquidas
Em São Paulo, os rios estão por toda parte, por mais que não seja possível vê-los ao ar livre. Nesta oficina, brincaremos com gotas de tintas como se fossem as gotas dos rios, criando pinturas e desenhos líquidos para percorrer nossos caminhos.
30/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Criação de ficções: Oficina de experimentação com tinta spray com Daniel Cruz
Nesta oficina, utilizaremos nossa liberdade de composição para construir cenários com tinta spray, inspirados no grafite e na arte de rua, e os personagens de nossas histórias.
SERVIÇO:
Museu de Arte Moderna de São Paulo: Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera. Ter./dom.: 10h/18h. Ingressos a partir de R$12,50. Site: mam.org.br.
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta semana obras para melhorar a capacidade do sistema de drenagem no Jardim Carombé, na região da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia, na zona norte.
Os projetos, desenvolvidos pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), preveem a construção de duas novas galerias sob a avenida Manoel Bolívar, entre as ruas Hélcio da Silva e Laurindo dos Santos. As duas novas galerias terão 300 metros de extensão cada, e contarão ainda com a capacidade de reservar água.
Elas receberão o fluxo de água vindo do afluente do Córrego Bananal. A previsão é que os estudos sejam finalizados já em julho de 2023. O edital para contratação das obras deve ser publicado em agosto deste ano. O investimento previsto é de R$ 25 milhões.
Mais obras
Outra novidade para a região é um futuro piscinão, previsto no Plano Diretor de Drenagem da cidade. Os estudos iniciais apontam uma capacidade para armazenar até 60 mil m³ de água, o equivalente a 24 piscinas olímpicas.
Os investimentos na região da Subprefeitura da Freguesia / Brasilândia incluem também investimento de R$ 60 milhões em cinco obras para a redução de riscos e alagamentos.
De um pequeno sobrado na região de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, já foram capturadas imagens de mais de 5 mil meteoros. O responsável pelo feito é o geógrafo Sérgio Mazzi, também astrônomo amador e presidente da Associação Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).
Depois de conhecer a Bramon, ele instalou a primeira câmera em 2019, como um teste. “Eu gosto de fazer ciência. Era um desafio, aí logo na primeira noite ela pegou um meteoro e não parou mais”, conta. Logo veio a segunda câmera e, então, as seguintes. Hoje, já são 20: cinco funcionam durante o dia, e o restante monitora o céu à noite.
Outros integrantes da associação também têm as suas próprias câmeras, o que permite que o grupo determine, a partir da triangulação, parâmetros como a órbita de objetos celestes, sua provável origem, velocidade, ângulo e provável massa. “Elas mandam as imagens para um software, que analisa o movimento e consegue fazer a filtragem, se é um meteoro ou um avião. Aí a gente analisa esses dados e eles vão para o servidor”, explica.
Confira abaixo algumas das imagens captadas por Sérgio e as câmeras que ele utiliza:
A astronomia é uma paixão antiga de Sérgio e influenciou, inclusive, a escolha de sua formação profissional: “É uma das coisas que me move, desde que me conheço por gente”. Entre os objetos mais interessantes e inusitados que já capturou em suas câmeras, ele lista alguns meteoros grandes, a aceleração de uma sonda chinesa que está em Marte e alguns balões soltos ilegalmente, em chamas.
A dedicação à observação do céu na cidade de São Paulo tem seus desafios. “Tem a poluição luminosa, a poluição do ar, às vezes o clima não é legal por causa da nebulosidade. Mas a gente é resistente e, mesmo assim, conseguimos contribuir com a pesquisa”, afirma.
Relevância científica
O objetivo, da atuação pessoal de Sérgio e também da Bramon, é contribuir para pesquisas na área e para que cientistas, não apenas brasileiros, consigam encontrar meteoritos — nome que recebe o que resta do meteoro após o contato com a atmosfera. Prestam apoio, por exemplo, para o grupo Meteoríticas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), composto em sua maioria por cientistas mulheres.
A colaboração é possível porque, analisando as órbitas de meteoros, asteroides ou cometas, o local da queda pode ser estimado. “Quando você consegue achar um objeto desse, é como se uma nave espacial tivesse pego uma amostra de um planeta ou de um asteroide. Então, você consegue analisar sem precisar fazer uma viagem espacial”, pontua Sérgio.
As imagens capturadas podem, também, ajudar a solucionar dúvidas sobre objetos celestes avistados. Nesta semana, luzes azuladas e esverdeadas geraram um debate sobre do que se tratava: um meteoro, pedaço de rocha atraído pelo campo gravitacional da Terra, ou lixo espacial voltando à atmosfera do planeta — hipótese defendida por astrônomos ligados ao Observatório Nacional.
Para a Bramon, no entanto, o corpo avistado é um objeto natural, ou seja, um meteoro. A informação, segundo Sérgio, pode ser comprovada a partir de dados como a velocidade e o ângulo do objeto, assim como uma comparação com a trajetória do satélite chinês que seria a origem do lixo espacial.
Rede de colaboradores
As câmeras utilizadas por Sérgio variam bastante, das mais baratas às mais caras. “Cheguei a comprar duas por cinquenta e seis reais, que o pessoal estava se desfazendo. Fiz uma modificação e elas trabalham hoje observando o céu”, diz.
Como presidente da Bramon, ele diz que um dos objetivos da associação é aumentar a sua rede de operadores de câmeras — hoje bastante concentrada no sudeste. “A gente tenta incentivar quem gosta disso a montar uma estação e agregar dados.” Aos interessados, basta entrar em contato com a Bramon e seguir as orientações de instalação da câmera e do software usado, para que as imagens façam parte do banco de dados dos pesquisadores.
A Vila Leopoldina é conhecida por, além de abrigar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), seus galpões de antigas indústrias da cidade. Muitos desses galpões hoje em dia, porém, estão sem uso.
Uma dessas áreas desocupadas será destinada ao Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina (PL 428/2019).
O PIU foi aprovado definitivamente com 48 votos Favoráveis no último dia 7 de junho na Câmara de Vereadores, após uma discussão de 7 anos.
Entre os principais objetivos do PIU Vila Leopoldina, está o incentivo de Construções de Habitação de Interesse Social para 835 famílias. O esvaziamento dessas antigas áreas industriais era uma preocupação do arquiteto e urbanista Philip Yang, fundador do Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole, que trabalhou no desenvolvimento desse PIU.
“São Paulo é uma cidade que se desindustrializou, deixando muitas áreas industriais ociosas com potencial urbano e imobiliário extraordinário. As decisões sobre o futuro desses espaços determinarão o futuro da cidade”, explica Yang em entrevista ao Expresso Bairros.
Previsto no plano diretor aprovado em 2014, o PIU é instrumento que permite a instituições privadas manifestar interesse em realizações de intervenções urbanísticas para transformar locais da cidade buscando atender ao interesse
público.
Ceagesp
O projeto destinado ao PIU Vila Leopoldina propõe a urbanização de uma área de 300 mil metros quadrados, entre elas o Ceagesp e o Parque Villa-Lobos, onde havia antes indústrias, em sua maioria do grupo Votorantim, e terrenos públicos.
O projeto, idealizado pela Votorantim, SDI, BVEP e URBEM, visa à verticalização da região, com a construção de prédios para diferentes faixas de renda, abertura de vias, implantação de comércios, serviços e equipamentos públicos ao longo de 15 a 20 anos. Além dos prédios comerciais, o principal destaque da proposta é a construção de habitações de interesse social para famílias que residem nas comunidades da Linha e do Nove, juntamente com o retrofit do Cingapura Madeirite.
O investimento privado previsto é de R$ 200 milhões. A contrapartida do governo municipal é a ampliação do limite de área construída, que pode variar de um mínimo de 203 mil m² a um máximo de 500 mil m².
Diferentemente de outros PIUs em discussão na cidade, o da Vila Leopoldina se distingue por abranger uma área menor. Para efeito de comparação, o PIU Setor Central, no centro da cidade, engloba uma área de 2.098 hectares, quase 70 vezes maior que a da Vila Leopoldina.
O projeto agora seguirá para a fase de leilões, na qual será escolhido o agente da iniciativa privada responsável por executar as obras.
“Além do desenvolvimento imobiliário, o PIU promove melhorias urbanas no bairro, como o assentamento das famílias que atualmente vivem em condições precárias, o desenho de ruas com calçadas mais largas e amigáveis, o surgimento
de novos estabelecimentos comerciais e espaços corporativos. A diversidade de pessoas de diferentes classes sociais convivendo em um mesmo bairro é algo extremamente saudável para a sociedade”, conclui.
Um lugar para se reerguer e ter um novo começo. É assim que Ellen Cristina Benite Vieira, de 38 anos, enxerga a ONG Selo Amor Espresso, onde participa, até o final de julho, da Turma 8 de formação de barista.
Gratuito, o aprendizado não fica restrito a conhecer os vários tipos de cafés, métodos de preparo, como regular a máquina de espresso ou vaporizar bem o leite para um saboroso latte. Para ela, que já amava café, o diferencial é o suporte psicológico e emocional oferecido no espaço.
“Às vezes eu chego triste lá, mas saio mais confiante. Sinto-me muito privilegiada porque muitas pessoas gostariam de estar fazendo esse curso”, disse com a voz embargada.
Segundo Fernanda Samaia, psicóloga, presidente da ONG e idealizadora do projeto, junto com sua amiga Maria Alexandra, as alunas têm uma rede de apoio do começo ao fim. É feito o acolhimento, capacitação, desenvolvimento da autonomia emocional, encaminhamento para entrevista de emprego e acompanhamento por até seis meses após o término da formação.
Estar desempregada é requisito para ser selecionada no projeto, que começou em uma comunidade da zona norte de São Paulo, em 2020. De lá para cá, cerca de 60 mulheres realizaram a formação de barista, que tem duração de nove semanas, atualmente, com aulas às segundas e quartas-feiras, das 16h30 às 20h30.
Nesse período, as participantes têm aulas teóricas e práticas sobre como preparar um bom café especial com a professora Bia Sobral, barista profissional. Com mais uma psicóloga, Fernanda dá aulas sobre inteligência emocional, que passa pelos pilares do autoconhecimento, autoregulacao, habilidades sociais e comunicação não violenta. Também aprendem sobre finanças básicas, a montar um currículo e como se portar na entrevista de emprego.
“Além disso, aprendem a traçar metas para que não dependam de motivação externa. Muitas vezes, o ambiente externo é completamente contra elas se desenvolverem. Então, auxiliamos a fortalecer o lado interno”, explica Fernanda. Ela ressalta que todas saem com currículo pronto e duas entrevistas de emprego garantidas, pois a ONG faz a ponte com cafeterias e docerias.
Para Ellen, que foi vítima de violência doméstica e passa por um processo de separação do ex-marido, a possibilidade de conquistar um emprego fixo é “uma luz no fim do túnel”, pois representa a chance de conseguir a guarda das duas filhas, que estão com ele. Formada em administração, ela tem experiência como chefe de cozinha e sonha em cursar gastronomia.
Inclusão
Maryele Araújo, de 21 anos, moradora de Interlagos, na zona sul, conquistou o primeiro emprego com carteira assinada pelo projeto. Ela fez parte da Turma 7, encerrada em 12 de abril de 2023. Sete dias depois, em 19 de abril, começou a trabalhar em uma cafeteria localizada em Perdizes.
Além da parte profissional, que Maryele pretende continuar desenvolvendo, com a realização de um curso de latte art em breve, o Selo Amor Espresso contribuiu para sua evolução mental. “Melhorou também na parte do emocional porque tinha muita coisa que eu não sabia lidar e as aulas de acompanhamento emocional ajudaram”.
Origem
A iniciativa foi inspirada em modelos de projetos nos quais Fernanda trabalhou nos Estados Unidos, onde morou por 11 anos, fez graduação e depois mestrado em psicologia clínica.
Não é sobre café. O Selo Amor Espresso, apesar de se desenvolver dentro de uma cafeteria, é sobre “transformar a vida de mulheres em situação de vulnerabilidade”, afirma Fernanda. A bebida é usada como ferramenta, pois sua família tem uma fazenda de café em Brotas, no interior de São Paulo, e doa os grãos usados nas aulas.
Além disso, a escolha foi pautada em outros fatores: o mundo dos cafés especiais está em crescimento, para ser barista não precisa de formação acadêmica e a área possibilita o crescimento dos profissionais.
“Não queremos que elas tenham trabalho em troca de dinheiro. Ajudamos elas a entenderem o potencial que têm e a construir uma carreira. Pelo momento do mercado, o barista pode crescer, participar de concursos, empreender, dar cursos”, frisa Fernanda.
A cafeteria que leva o mesmo nome emprega duas ex-alunas e, para incentivar o empreendedorismo, acabou de lançar um curso particular, com duração de uma hora, que ensina a extrair o café no método que o cliente escolher. A aula será ministrada pelas ex-alunas e parte da renda será revertida a elas.
Gabriela Magalhães Feitosa, de 19 anos, é uma das funcionárias da cafeteria, aberta em setembro deste ano. Em maio fez um ano que ela concluiu a formação. Foi da Turma 5, quando o curso ainda era promovido na zona norte. Pegava quatro ônibus e dois metrôs e levava três horas no percurso para se deslocar da sua casa, no Jabaquara, zona sul.
Se não fosse o auxílio transporte fornecido pela ONG e o suporte emocional, talvez tivesse desistido. “O curso agregou muito na minha vida. Não só na parte financeira, mas desenvolveu minha parte emocional.
Parcerias
A ONG atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e cerca de 90% sofreram ou já estiveram inseridas em algum tipo de violência doméstica. Para ajudar na independência financeira e autonomia de vida das participantes, a Selo Amor Espresso conta com algumas parcerias.
Uma delas é justamente para a seleção das mulheres que se encontram em um momento de vida propício para se dedicar à capacitação. Outras ONGs que desenvolvem ações com esse público fazem as indicações, como a Casa Mariás, por meio da qual Ellen conseguiu a vaga na capacitação.
Os pré-requisitos são:
ter a partir de 18 anos;
estar desempregada;
disponibilidade para trabalhar em período integral (44 horas por semana), com uma folga semanal;
saber falar, ler e escrever em português;
filho acima de um ano, se tiver;
ter celular com WhatsApp;
ter Bilhete Único; e
não ter vício em bebida alcoólica ou outras drogas.
Algumas também chegam por indicação de ex-alunas ou após conhecerem o projeto nas redes sociais. As alunas são escolhidas via entrevista e preenchimento de um formulário. Ao começar o curso, recebem vale-transporte, apostila e avental para as aulas práticas, além de todos os produtos utilizados no preparo dos cafés, que também vêm de doação.
Há empresas que doam leites e xaropes, outras fazem contribuição financeira, existem os parceiros de contratação, que empregam as alunas ao final da formação de barista e há, ainda, docerias e cafeterias que revertem parte do lucro com alguns cafés de seus menus para o treinamento. Quem quiser apoiar o projeto, pode entrar em contato pelo site da ONG.
SERVIÇO
Cafeteria Amor Espresso
Alameda Santos, 1.298, das 8h às 19h
São diversos tipos de bebidas com café, desde o tradicional espresso aos elaborados com doce de leite. O cliente escolhe o grão, entre as quatro variedades (Paraíso, Arara, IAC e IPR), e o método de extração para o preparo. Os coados são feitos na Hario, Koar, Clever ou AeroPress. Os preços variam de R$ 6,50 a R$ 20.
Com sua tradição centenária, as feiras de rua fazem parte do cotidiano dos bairros da Capital. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, existem 953 feiras livres em funcionamento regular na cidade, número 11,2% superior em relação a 2020. Apenas na zona oeste são 38, realizadas de terça a domingo. O Estadão Expresso Bairros compilou em um guia. Confira:
Barra Funda
Terça: Av. Francisco Matarazzo n°455 – 7h às 12h e 16h às 20h
Sábado: rua Professor Abrahão Berezin, n°108 – 8h às 14h
Domingo: Av. Francisco Matarazzo, n°455 – 7h às 12h
Butantã
Terça: rua Plínio Salgado, Jardim Peri Peri – 7h30 às 13h30
Quinta: rua Romão Gomes com rua Agostinho Cantu – 7h às 15h
Sábado: avenida Cláudio Franchi – 6h às 15h
Sábado: rua José Alves Cunha Lima – 7h às 14h
Domingo: rua Luís Antônio Martins – 7h às 14h
Jardim Paulista
Sexta: rua Batataes – 7h às 14h
Sábado: rua Interativa – 08h à 14h00
Lapa
Terça: rua Dronsfield – 8h às 14h
Quarta: rua Sales Junior, n°8 – 07h30 às 13h30
Quarta: rua Filomena Matarazzo – 8h às 14h
Quinta: rua Dom João V, n°226 – 8h às 14h
Sábado: rua Dom Romeu Alberti – 07h30 às 13h30
Sábado: rua Dronsfield – 8h às 14h
Perdizes
Terça: rua Ministro Godói, n° 1261 – 7h30 às 13h30
Quinta: rua Aimberê, n°526 – 7h às 14h
Sábado: rua Arnaldo José Pacífico – 7h às 14h
Pinheiros
Terça: Praça Benedito Calixto, n° 240 – 7h às 14h
Quarta: rua Dr. Manoel Carlos Ferraz de Almeida – 7h às 14h
Quinta: rua Eugênio de Medeiros, n° 413 – 6h às 13h
Domingo: rua Padre Carvalho – 7h às 14h
Rio Pequeno
Terça: avenida Otacílio Tomanik, n° 72 – 7h às 16h
Sexta: avenida Pujais Sabate – 08h à 14h
Sábado: rua José Alves Cunha Lima – 7h às 14h
Vila Madalena
Sábado: rua Mourato Coelho, n° 1074 – 6h às 14h
Vila Pompéia
Sexta: rua Salvador Caruso, n° 705 – 7h às 14h
Sexta: rua Min. Ferreira Alves, n° 333 – 8h às 14h
Sábado: rua Barão do Bananal, n° 1513 – 6h às 14h
Vila Jaguara
Quinta: rua Sandoval Ferreira Cabral – 7h às 14h
Domingo: rua Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança – 6h às 14h
Vila Leopoldina
Quinta: rua Aliança Liberal, n° 452 – 8h às 14h
Morumbi
Sexta: rua Isaac Albeniz – 8h às 14h
Domingo: avenida Barão de Monte Mór – 07h30 às 13h30
Itaim Bibi
Terça: rua Prof. Tamandaré Toledo, n°64 – 6h às 14h
São Paulo tem mais de 2 milhões de cães em residências da área urbana. A estimativa é do Inquérito de Saúde Pública da capital (ISA), que constatou a presença dos animais em 29% dos domicílios entrevistados, em 2017.
Espalhados por todas as regiões da cidade, os parcães são espaços mantidos pela Prefeitura nos quais a população canina pode passear livremente: atualmente, são 174 cachorródromos.
A entrada em todos os parcães é gratuita e exclusiva para cães e seus tutores, mas existem algumas regras a serem seguidas por quem quer fazer uso desses locais. Cães de raças que são consideradas potencialmente mais agressivas, como mastim napolitano, pitbull, rottweiller e american stafforshire terrier ou, então, raças derivadas delas, precisam estar usando focinheiras.
Além disso, os tutores devem estar atentos para recolherem as fezes dos cachorros de forma rápida, diminuindo as chances de contaminação do solo, e para manterem as vacinas do animal em dia — bem como os tratamentos com antipulgas e anticarrapatos.
Não é permitido nos parcães das praças e parques municipais:
Filhotes de até quatro meses, fêmeas no cio e cães agressivos;
Adestradores realizando atividades comerciais;
Entrar com alimentos, seja para cães ou para seus tutores;
A entrada de crianças de até 12 anos desacompanhadas de um adulto;
Entrar ou sair do espaço sem que o cão esteja usando guia.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras destaca que os tutores são legalmente responsáveis pelo comportamento de seus cães. Perante a legislação municipal, também são obrigados a vacinar os animais contra a raiva, utilizar coleira e guia para transitar em vias e logradouros públicos — sujeito à multa de R$ 100 por animal, em caso de descumprimento — , e recolher as fezes das ruas. Encontre o cachorródromo mais próximo de você:
Zona central
Subprefeitura Sé
Largo do Arouche
Parque Princesa Isabel
Praça Álvaro Cardoso de Moura
Praça Arquiteto Barry Parker
Praça Coronel Fernando Prestes
Praça Emílio Miguel Abella
Praça Franklin Roosevelt
Praça Hélio Ansaldo
Praça Miguel Forte
Praça Nicolau de Moraes Barros Filho
Praça Olavo Bilac
Praça Padre Luís Alves Siqueira Castro
Praça Rotary
Rua Wandenkolk, 610
Viaduto Júlio de Mesquita Filho
Zona oeste
Subprefeitura Butantã
Praça Laerte Garcia Rosa
Praça Vinícius de Moraes
Praça Vila de Sintra
Praça Carlos Alberto
Praça Wilson Moreira
Subprefeitura Lapa
Praça Amadeu Decome
Praça Miriam de Barros
Praça Ana Maria Poppovic
Praça Paul Klee
Praça Adroaldo Barbosa Lima
Praça ilza Weltman Hutzler
Praça Diogo do Amaral
Praça Conde Francisco Matarazzo Jr.
Praça Cunhambebe
Subprefeitura Pinheiros
Praça Guilherme Kawall
Praça Amundsen
Praça Maria Noeli Carly Lacerda
Praça da Mateus Grou
Praça do Pôr do Sol
Praça Horácio Sabino
Praça General Gentil Falcão
Praça Alexandre Gusmão
Praça San Martin
Zona norte
Subprefeitura Casa Verde/Cachoeirinha/Limão
Parcão Limão – Rua Salvador Ligabue, 246
Praça Antônia Maturano Lago
Praça José Tomaselli
Praça Centenário
Subprefeitura Freguesia/ Brasilândia
Praça Domingos Regatieri
Praça Quarto Centenário da Freguesia do Ó
Parcão BNH – Rua Leandro Bassano, 449, Vila Cruz das Almas
Praça Antônia Espinosa Picerni
Subprefeitura Jaçanã/Tremembé
Praça Vila Constança
Praça Antônio Joaquim
Praça Memória do Jaçanã – Avenida Antônio César Neto, Vila Nilo
Rua Arnaldo Pescuma
Subprefeitura Perus
Praça do Samba
Subprefeitura Pirituba/Jaraguá
Praça Grand Reserva
Praça Nelson Parreira Gama
Praça 25 de Novembro
Praça Tonico e Tinoco
Praça Fernando Bujones
Subprefeitura Santana/Tucuruvi
Praça Parque Domingos Luís
Praça Reinaldo Proetti (rua Augusto Tolle com a avenida Engenheiro Caetano Álvares)
Praça Vinícius Braidatto (rua Carapajo com rua Antônio Flaquer)
Praça Agostinho Nohama
Zona sul
Subprefeitura Capela do Socorro
Praça Marcelo Costa Tavares
Praça José Gomes da Silva Neto
Praça René Ernani Toccheton
Praça Cecília Apolinário Trapiá
Praça Geraldo Sylvestre Pacheco
Praça na Rua Augusto Ferreira de Morais
Praça Antônia Pereira
Praça Sérgio Talans
Praça Armando Fernandes
Praça Natividade Simões de França
Praça Aurélio Bracciali
Praça Deputada Ivete Vargas
Praça Adriano Emidio de Souza
Praça Yvonne dos Santos Rattis
Subprefeitura Cidade Ademar
Praça do Acuri
Praça Rubens Facchina
Parque Mar Paulista
Rua Alessio de Paolis
Rua Robélia
Rua Durval Pedroso da Silva
Subprefeitura Ipiranga
Jardim Santa Cruz (rua Amadeu Giusti)
Vergueiro
Abrahão Mussa
Praça Belmiro Vampel
Praça Raul Gonçalves
Praça da Rua Quatro
Dom Villares
Praça Antônio Claudino
Praça Pinheiro da Cunha
Praça AIDA
Praça Francisco Bautista
Praça São Sebastião
Subprefeitura Jabaquara
Praça Barão de Japurá
Praça Soares de Avelar
Praça Nova América
Subprefeitura Santo Amaro
Praça Oscar Jorge Maluf
Praça Horácio Bortz
Praça Nova Olinda (rua Tabaré com rua Oirá)
Praça Davi Capistrano Costa (rua São José com rua Senador Vergueiro)
Praça Diná – Rua Luís Correia de Melo, 168 – Vl. Cruzeiro
José Auriemo – Av. João Batista di Vitoriano, 105
Praça Adelino Ozores Neto (avenida Adolfo Pinheiro com rua São José)
Praça Fuad Elias Nauphal
Rua Manuel Pereira Guimarães
Praça Wanderley da Silva – Rua Vito Bovino
Canteiro da Rua Leal Ferreira
Praça Manoel Filizola Albuquerque – Rua Professor Authos Pagano
Rua Dr. José Bustamante
Engenheiro Dácio Morais Júnior com avenida Professor Vicente Rao, 1478
Nossa Praça – Av. Prof. Alceu Maynard Araújo, 650
Praça Hélio Smidt – (rua Jacatirão com rua Mapuá)
Parque Severo Gomes – Rua Pires de Oliveira, 356
Praça Zavuvus – Avenida Yervant Kissajikian, 272
Praça Júlio da Costa Leal – Avenida João Peixoto Viegas, 276
Praça Pierre Lotti (rua Firmino Rodrigues Silva com rua Juari)
Subprefeitura Vila Mariana
Praça Antônio Borges de Almeida
Praça Cidade de Milão
Praça Nossa Senhora Aparecida
Praça Rosa Alves da Silva
Praça Giordano Bruno
Praça Pereira Coutinho
Praça São Francisco da Glória
Praça Ayrton Senna
Praça Alexandre Cabanel
Praça Coronel Fernandes de Lima
Praça Professor Mário Autuori
Praça Professor Américo Portugal Gouveia
Praça Santa Rita De Cássia
Praça Gute
Praça David Nasser
Subprefeitura M’Boi Mirim
Avenida Luiz Gushiken, 97
Cruzamento da avenida Luiz Gushiken com a rua Leonildo Kimori
Rua Diogo Azevedo Sampaio, 145
Subprefeitura Campo Limpo
Praça dos Cachorros – Rua Domingos Lopes da Silva, 880
Zona leste
Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão
Praça O Bom Samaritano
Praça Alexandre Roberto Romano (Alemão)
Praça Marechal Rodrigues Ribas Jr.
Canteiro entre as avenidas Aguiar da Beira e Barreira Grande
Praça Sampaio Vidal
Subprefeitura Cidade Tiradentes
Praça do 65
Subprefeitura Ermelino Matarazzo
Praça Benedito Ramos
Vila Cisper
Cruzamento da rua Caiçara do Rio do Vento com a rua Barra de Santa Rosa
Praça Pedro Luiz Matavelli
Praça Mata dos Araújos
Subprefeitura Itaquera
Praça Roldão Alves Valente
Rua Rafael Albarini
Subprefeitura Mooca
Parcão Tatuapé – Praça Nossa Senhora do Bom Parto
Parcão Catumbi – Rua Paulo Andrighetti, 129
Cachorródromo Parque da Mooca – Rua Taquari, 450-516
Parcão Belém – Rua Independência, 177
Subprefeitura Penha
Praça Comunidade Nossa Senhora do Alívio de Ituaçu
Praça Luiz Moutinho
Praça Dilva Gomes Martins
Praça Maria Lorecchio Basílio
Área municipal na avenida Padre Estanislau de Campos, 58
Área municipal na avenida Dr. Bernardino Brito Fonseca de Carvalho, 1554
Praça Francisco Soto
Subprefeitura Vila Prudente
Praça Pedro Paulo Correa
Praça Alcides Franco de Lima
Praça Júlio Scantimburgo
Praça Luiz Augusto Canteiro (Praça do Samba)
Praça Pedro Paulo Correa
Subprefeitura São Miguel Paulista
Praça Guanambi, Parque Cruzeiro do Sul
Praça sem nome, localizada na Rua Américo Gomes da Costa
Praça Rainha das Avencas – Avenida do Imperador
Subprefeitura Sapopemba
Praça Torquato Plaza
Praça Alcides Galli
Praça Cristiana F. Tolentino
Praça Francisco Tavares Veloso
Cruzamento da rua Reverendo Simão Salém com a rua Sofia Castelane
Começou neste sábado (17) o programa Escola Aberta, iniciativa em que escolas municipais abrem as portas aos fins de semana para receber atividades de lazer, culturais e esportivas.
Cinco unidades estão incluídas no projeto piloto: Emef Fernando de Azevedo (DRE São Miguel), na zona leste, que abriu as atividades no sábado, EMEF Vladimir Herzog (DRE Guaianases), Ministro Aníbal Freire (DRE Pirituba/Jaraguá), Palimércio de Rezende (DRE Campo Limpo) e Vargem Grande (DRE Capela do Socorro).
Aos sábados, as atividades ocorrem das 8h30 às 17h30 e, aos domingos, das 9h às 13h. Fazem parte do cronograma aulas de esporte, iniciação ao teatro, expressão corporal a partir de coreografias de ritmos diversos e cursos de formação digital, além de jogos e brincadeiras circenses, musicalização, oficinas de artes plásticas, culinária e de temas ligados à sustentabilidade e reciclagem.
A estimativa da Prefeitura de São Paulo é de que pelo menos 500 pessoas participem do programa por fim de semana. Não é necessário fazer inscrição para participar. As oficinas vão obedecer a ordem de chegada dos participantes e a lotação máxima de sua capacidade.
A acumulação compulsiva é considerada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) uma “situação em que a pessoa mantém excesso de objetos, resíduos ou animais, associada à dificuldade de organização e manutenção da higiene do ambiente, em casos relacionados a transtornos mentais ou outras causas”. No momento, 15 casos são acompanhados pela Prefeitura de São Paulo.
Em 2022, foram 162, que resultaram na retirada de 426,09 toneladas de resíduos pelas equipes de limpeza urbana. Neste ano, até o momento foram 24,47 toneladas. A porta de entrada para o atendimento de pessoas em situação de acumulação é a rede municipal de saúde, por meio dos serviços especializados em saúde mental.
Segundo a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), também existem profissionais aptos a participar do encaminhamento de pessoas em situação de acumulação nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
Desde 2016, a cidade de São Paulo conta com uma Política Municipal de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Acumulação. A partir dela, foi criado o Comitê Intersecretarial de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Acumulação (Crasa). O trabalho prevê um projeto terapêutico para cada indivíduo na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da SMS.
O que pode causar a acumulação compulsiva?
Incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, do inglês Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) apenas em 2013, o Transtorno de Acumulação (TA) ainda é uma condição pouco compreendida.
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se do “acúmulo de objetos devido à aquisição excessiva ou dificuldade de descartá-los, independentemente de seu valor real”, tornando os espaços desordenados a ponto de que seu uso ou segurança sejam comprometidos.
Apesar do que o nome sugere, o comportamento visto em reality shows como o Acumuladores Compulsivos nem sempre corresponde ao TA. Daniel Costa, psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos Obsessivos-Compulsivo (Protoc) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP, explica que ele pode estar associado a diferentes condições, como depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), quadros de demência ou transtorno do espectro autista (TEA).
“Antes de bater o martelo para transtorno de acumulação, é preciso investigar outras causas que possam eventualmente explicar melhor aquele comportamento”, ressalta.
Como outros transtornos, o TA também pode apresentar diferentes níveis de gravidade, o que significa que o comportamento impossibilita a circulação ou utilização de espaços em diferentes escalas; pode ser um cômodo específico ou, então, tomar conta da casa inteira.
Um dos principais critérios que o caracterizam é a progressão do quadro com a idade e a dificuldade de se livrar do que é acumulado, atrelado a um desconforto intenso que pode ser acompanhado de ansiedade. As razões têm a ver com o valor sentimental dos itens e com a sensação de segurança associada ao processo de guardá-los.
Em casos de depressão, por exemplo, o acúmulo é mais relacionado à falta de disposição e energia para organizar e limpar o ambiente. Já em quem tem TOC, envolve a compulsão de guardar itens como um comportamento para aliviar obsessões e pensamentos intrusivos.
Independentemente da causa, o que é acumulado varia, de roupas, embalagens e aparelhos eletrônicos a casos de acumulação de animais. Já os riscos costumam ser os mesmos: a dificuldade de organizar e limpar, ameaça a saúde individual e coletiva com infestações de animais, maior chance de incêndio e prejuízo das relações pessoais.
Em casos de acumuladores de animais, o recolhimento pode ser realizado pela Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ) quando há situação de agressão, invasão a instituições públicas ou locais de risco à saúde pública e animais que sofrem com doença incurável. As denúncias desse tipo de ocorrência devem ser feitas pelo telefone 156 ou pelo site.
Tratamento
Quando se trata de transtorno de acumulação, destaca o médico psiquiatra, o diagnóstico é muito recente — e não existem medicamentos para o distúrbio em si. Alguns, no entanto, podem ser prescritos quando há comorbidades como depressão e TOC.
O tratamento consiste principalmente de psicoterapia de orientação comportamental, que envolve o treinamento de habilidades como planejar o descarte de objetos, tomar a decisão e efetivamente descartá-los.
Nesse processo, o apoio dos familiares é visto como fundamental. “Pensando no cenário ideal, seria ótimo se a família pudesse se engajar no tratamento, porque eles podem funcionar como auxiliares na conscientização que envolve a psicoterapia”, diz Daniel Costa.
As redes sociais têm ganhado conteúdos de divulgação sobre a acumulação compulsiva. Dentro do nicho CleanTok — cuja hashtag conta com mais de 80 bilhões de visualizações no TikTok —, a finlandesa Auri Katarina foi uma das precursoras na limpeza gratuita das casas de pessoas que sofrem de transtornos psiquiátricos.
No Brasil, influencers como o diarista Guilherme Gomes, do Diárias do Gui, e a modelo Ellen Milgrau realizam um trabalho semelhante, e aproveitam a plataforma para disseminar mensagens de conscientização sobre os problemas de saúde mental.