De um papo virtual em 2020 sobre afetividade e opressão social entre a consultora de inovação Camila Melo e dois amigos nasceu, três anos depois, a Virada da Equidade.
O resultado daquela conversa com Paulo Chaim e Fabio Manzoli, encorpado pelo apoio de redes e coletivos, poderá ser conferido a partir deste sábado (10) no Centro Cultural Grajaú, zona sul de São Paulo.
Com shows, saraus, oficinas, exibição de filmes e rodas de conversa, a Virada da Equidade chega com a proposta de fomentar o debate de questões sociais sobre temas como gênero, raça, masculinidade e sexualidade. O evento é gratuito
“Buscamos promover a equidade no sentido de dar espaço à diversidade dentro do seu contexto e da sua necessidade”, diz Camila. “Por isso, vamos trazer as vozes das pessoas, dos diferentes corpos e identidades que estão lá (no Grajaú)”, complementa.
Segundo a idealizadora, os temas serão tratados sem tecnicismo para aproximá-los do cotidiano da comunidade. A maioria dos artistas e expositores são moradores do Grajaú.
Para preparar o público para a ação no sábado, acontece a partir desta semana o “Esquenta para Virada”, com bate-papos acerca dos tópicos abordados pelo projeto, na sede da Rede Nóis por Nóis, administrado por Barbara Terra, uma das curadoras do evento.
PROGRAMAÇÃO
Esquenta para Virada
6/6 – Masculinidade – 19h e 20h
7/6 – Sexualidade – 19h e 20h
9/6 – Empoderamento Feminino – 19h e 20h
Local: Sankofa Hub – Rua São José do Rio Preto, 749 – Grajaú
Virada da Equidade
10/6
13h – DJ K-Mina
14h – Oficina Grafite
14h – Documentário O Silêncio dos Homens
14h – Oficina de Dança
15h – Sarau das Travas
15h30 – Roda: Famílias e educação sobre gênero
15h30 – Clown
16h30 – DJ Vodu Vic
16h30 – Roda: Papo de Boteco – Mattuza e Joseph
17h – Contação de Histórias – Malego Lala
18h – Ayô Tupinambá convida Gê de Lima
19h20 – Lyryca
20h – Ajulia Costa
Local: Centro Cultural Grajaú – Rua Prof. Oscar Barreto Filho, 252 – Parque América
A 22ª edição da Feira Cultural da Diversidade LGBT+ abre nesta quinta-feira (8) a programação da semana da Parada do Orgulho LGBT+, que acontece domingo (11) na avenida Paulista. A feira começa às 10h e vai até as 21 no Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Organizada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), estão previstos cem expositores e mais de 50 atrações artísticas. Haverá ainda exposição de trabalhos de moda, espaços para danças, karaokê e serviços do Tribunal Regional Eleitoral, como retificação do nome no título de eleitor.
“A Feira é a oportunidade de fomentar a geração de renda entre pequenos empreendedores LGBT+ e tornar visíveis iniciativas de instituições que apoiam, protegem e dão força à nossa comunidade”, disse Claudia Garcia, presidente da APOLGBT-SP, em comunicado à imprensa.
O evento contará com um estande da Prefeitura de São Paulo, que disponibilizará a testagem rápida e gratuita para HIV e sífilis; cadastro e início da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), com retirada de medicação no local; dispensação da Profilaxia Pós-Exposição (PEP); e a distribuição de preservativos, gel lubrificante e autotestes para HIV.
No espaço, serão realizadas rodas de conversas sobre diversos temas, como transição de gênero, harmonização, tratamento de infecções provocadas pelo uso de silicone industrial, e divulgados serviços das secretarias da Pessoa com Deficiência, dos Direitos Humanos e da Saúde.
Gratuitos, os ingressos para participar da feira devem ser obtidos pela plataforma Sympla.
SERVIÇO
22ª Feira Cultural da Diversidade LGBT+
Memorial da América Latina – avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda
8/6 – 10h às 21h
Desde o dia 1º de junho, os motoristas de São Paulo podem pagar multa de trânsito municipal com desconto de 40%. Há situações, no entanto, em que é possível não gastar nada. Basta pedir que seja aplicada apenas uma advertência por escrito. Outra vantagem ao solicitar o benefício é não somar pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Prevista no artigo 267 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a advertência por escrito busca incentivar a correção do comportamento antes de punir nos casos em que a infração é considerada leve ou média e o condutor tem um histórico favorável.
A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET/SP) informa que o pedido de advertência deve ser feito no órgão que flagrou a infração. Nos casos de autuações lavradas pela CET, deve ser efetuada pelos Correios, com envio da documentação para o Departamento de Operação do Sistema Viário.
Em 2022, A CET recebeu 2.260 requerimentos e quase 95% foram deferidos: 2.143. Apenas 516 tiveram o pedido negado por não atender aos requisitos legais. Neste ano, de janeiro a março, 843 pessoas solicitaram e o benefício foi concedido a 655 (77,7%).
Veja quando e como pedir
Quem tem direito à advertência por escrito? Todo condutor que comete uma infração de trânsito de natureza leve ou média, que renderia multas de R$ 88,98 e R$ 130,16, além de três e quatro pontos, respectivamente. O pedido só pode ser feito se não foi cometida nenhuma outra infração nos últimos 12 meses.
Quais são as infrações leves e médias? Exemplos de infrações leves autuadas pela Prefeitura de São Paulo são: usar buzina de forma irregular; transitar com o veículo na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo; parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a um metro; fazer ou deixar que se faça reparo no veículo na via pública.
Entre as infrações médias estão: desrespeitar o rodízio; ter veículo imobilizado na via por falta de combustível; estacionar em desacordo com as posições estabelecidas no CTB; parar nas esquinas; parar afastado da guia da calçada a mais de um metro; parar em local e horário proibidos especificamente pela sinalização (placa de Proibido Parar); deixar de dar a seta e deixar de dar passagem pela esquerda quando solicitado.
Quando posso pedir a advertência por escrito? O requerimento deve ser feito após o recebimento da notificação de autuação, a primeira comunicação que é feita ao motorista para dar ciência de que foi registrada uma infração no cadastro do seu veículo.
Qual é o prazo para fazer o pedido? O envio à CET deve ocorrer dentro do prazo para apresentar defesa prévia. A data limite consta da notificação. Quem aderiu ao Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) para usufruir dos 40% de desconto nas multas deve ficar atento ao aplicativo CDT (Carteira Digital de Trânsito) para não perder o prazo, pois não receberá mais notificação em casa, apenas de forma eletrônica no próprio app.
Quais documentos são necessários?
É preciso encaminhar pelos Correios, para a Caixa Postal nº 25.930 e CEP 05513-970, aos cuidados do DSV:
Requerimento de advertência por escrito, datado e assinado, contendo nome completo, números de RG, CPF e CNH, bem como o endereço completo com CEP. É preciso informar se o solicitante é o proprietário do veículo ou o condutor indicado;
Cópia simples do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo com o qual foi cometida a infração;
Cópia simples da CNH válida;
Cópia simples da Notificação de Autuação por Infração de Trânsito (enviado via app CDT ou Correios) ou do Auto de Infração de Trânsito (entregue pelo agente de trânsito);
Certidão de pontos na CNH, capaz de comprovar que não cometeu qualquer outra infração nos 12 meses imediatamente anteriores. O Detran.SP é quem emite essa certidão.
Se o requerente não for o proprietário do veículo autuado, é necessário enviar, no mesmo envelope, o Formulário de Indicação de Condutor juntamente com a documentação necessária para a indicação. Essa documentação será analisada em conjunto com o pedido da penalidade de advertência.
A indicação é exigida para que a advertência seja inserida no prontuário do condutor que realmente cometeu a infração. A partir da anotação, um novo pedido só poderá ser feito após 12 meses, desde que nenhuma outra infração tenha sido cometida no decorrer desse período.
Como emitir a certidão de pontos na CNH no Detran.SP? O documento pode ser obtido de forma online, pelo site do Detran-SP ou em uma unidade de atendimento. O pedido online deve ser feito nesta página, após fazer login. A certidão fica disponível na hora e pode ser salva em arquivo pdf e impressa na sequência para envio à CET/SP. O serviço é isento de taxas.
Estão abertas as inscrições para oficinas gratuitas de panificação neste mês em 15 Centros Educacionais Unificados (CEU). As aulas são oferecidas pela Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Os interessados devem ter 18 anos e ter terminado ou estar cursando o ensino fundamental.
Com carga horária de 8 horas, o curso ensina a preparar diferentes tipos de pão: integral, de mandioquinha, sem glúten, queijo com tapioca e focaccia. Durante a aula, o aluno deverá se apresentar sem adornos (brincos, anéis, colares, entre outros), com camiseta de manga longa, calça comprida e calçado fechado com solado emborrachado ou sapato de segurança.
Aprender a fazer pães pode render uma oportunidade no mercado de trabalho. As padarias artesanais vêm ganhando espaço pelos bairros de São Paulo nos últimos meses. Há um movimento cada vez maior dessas padarias saindo de zonas mais elitizadas, como Jardins, Pinheiros, Moema e Campo Belo, para bairros cada vez mais diversos.
Onde
As oficinas estarão disponíveis em todas as regiões de São Paulo, nos seguintes CEUs: Vila do Sol, Parelheiros, Navegantes, Jaguaré, Uirapuru, Campo Limpo, Pêra Marmelo, Vila Atlântica, Aricanduva, Inácio Monteiro, Parque Veredas, Quinta do Sol, Parque Anhanguera, Paz e Perus além do Cresan Butantã.
As inscrições para as oficinas podem ser feitas diretamente na secretaria do CEU onde irá acontecer a aula, pelo WhatsApp 11 94730-4570. Outra opção é se acessar aqui .
A Parada do Orgulho LGBT+ já tem confirmados entre os destaques da programação deste ano Daniela Mercury, Pablo Vittar, Majur e Thiago Pantaleão. Realizada desde 1997, a 27ª edição do evento ocorre no próximo domingo (11) na avenida Paulista.
Com o tema “Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, 19 trios elétricos devem percorrer a região central, com apresentação de artistas. A concentração começa às 10h, na Paulista, onde os trios partem a partir das 12h e seguem em direção à rua da Consolação e à Praça Roosevelt.
Organizada pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), a programação ainda prevê um flash mob para homenagear a drag queen Kaká Di Polly, que morreu este ano. A Prefeitura de São Paulo está entre os apoiadores do evento.
Primeira edição da Parada, em 1997 – Crédito: Luludi/Estadão
Di Polly ficou conhecida por deitar na Paulista para impedir o trânsito na via durante a primeira edição da parada. Para homenageá-la, drag queens vão repetir o ato para registro fotográfico, em frente ao primeiro trio.
No ano passado, a Parada do Orgulho LGBT+ ocorreu em 19 de junho, com o tema “Vote com Orgulho – Por uma Política que Representa”. A edição marcou o retorno presencial do evento. Devido à pandemia de Covid-19, as edições de 2020 e 2021 foram realizadas no formato virtual.
Programação
Trio 1 – Abertura – Organizações de Paradas do Orgulho LGBT+ do Brasil – Juan Guiã e Paulo Pringles
Antigo Incinerador Vergueiro, o local se tornou ponto de encontro de artistas, arquitetos, ambientalistas e moradores da região que têm em comum o interesse de transformá-lo em um centro cultural.
A área utilizada é principalmente a externa, porque o prédio, que ficou desativado por 20 anos, não está em boas condições de preservação e tem indícios de contaminação do solo. Segundo os organizadores, a ideia para o edifício é fazer um museu do meio ambiente que preserve a história das instalações.
Na parte de baixo, funcionaria um mercado de alimentos orgânicos. Tudo de forma a contemplar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e integrada ao Parque Linear Municipal do Riacho do Ipiranga, que um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de São Paulo pretende criar.
Há 11 meses, são realizadas atividades como teatro, dança, capoeira, ioga e oficinas de educação ambiental, além de programações voltadas para crianças, com brincadeiras de rua. Foram criados uma cozinha, uma biblioteca e um brechó, e festivais de forró e de rock já movimentaram o espaço.
“O que acontece é uma mobilização convidando a comunidade para dentro da Usina. É importante preservar essa história e transformar isso em um espaço devolvido à sociedade”, resume a arquiteta Débora Machado, uma das organizadoras do movimento Usina Eco-Cultural.
Movimentando o Ipiranga
Débora estima que mais de três mil pessoas já tenham passado pelo local — e cerca de 200 compõem o movimento. Em um dia de evento, o fluxo pode chegar a 250 visitantes. A professora Kéuri Santos, que mora em um prédio nas proximidades e passava pela Usina a caminho do Metrô, ficou curiosa para conhecer melhor a movimentação.
Ela conta que o primeiro evento em que participou foi o festival de forró: “A gente achou um clima super gostoso, tinha várias crianças dançando e muito mais pessoas do que a gente esperava encontrar. O projeto chama atenção porque é um bairro muito parado”.
As festividades geraram reações entre os moradores do prédio, que relataram se incomodar com o barulho.
Kéuri discorda quanto ao transtorno causado pelas músicas, mas atribui a mobilização dos moradores ao fato da região ser bastante “pacata”. “É uma mentalidade muito de ‘eu comprei aqui porque era calmo’, mas é uma área valiosíssima enquanto equipamento cultural, pensando que é do lado do Metrô e extremamente carente de entretenimento”, destaca.
O ator Oswaldo Moraes mora no bairro desde criança e acompanhou o tempo em que o prédio ficou abandonado desde que perdeu sua função de incineração de lixo doméstico e hospitalar, em 2002. Para ele, a mobilização que deu origem à Usina Eco-Cultural tem um papel importante na vida do Ipiranga. “É uma semente de muita harmonia e muita cultura, porque nós estamos aprendendo a politizar e estamos praticando cidadania. Não faço para mim, mas para o bairro, a sociedade”, afirma.
Oswaldo comanda dois dos três grupos de teatros que atuam na Usina. “Atualmente somos 14, tem pessoas idosas, LGBT, jovens, gente de fora do Brasil… é uma mistura de todos”, diz. O grupo tem apresentações previstas para os dias 3, 10 e 17 de junho, em que são abordados temas como violência, capitalismo e preservação ambiental.
Ocupação
Fruto da articulação entre ambientalistas, arquitetos e artistas, o movimento Usina Eco-Cultural conta com o apoio de membros da Câmara Municipal de São Paulo e da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Em janeiro, a vereadora Silvia da Bancada Feminista (Psol) deu entrada em uma solicitação pelo uso do espaço.
No início de maio, integrantes do movimento apresentaram o projeto ao Conselho Participativo Municipal do Ipiranga, composto por integrantes da sociedade civil, e solicitaram o uso de uma verba de R$ 6 milhões para viabilizá-lo.
No dia 27/05, o local foi alvo de uma fiscalização. Dois autos de infração que somaram R$ 42,129,30 foram emitidos no nome de Débora. Os documentos listam as infrações de “realização de evento sem a respectiva autorização emitida pela municipalidade” e “ocupação irregular de área municipal”.
Segundo o auto de intimação, caso a área não seja desocupada ou uma defesa apresentada no prazo de 15 dias, serão adotadas as medidas previstas no Decreto Municipal nº 48.832. Entre as providências, estão listadas a retirada compulsória, o isolamento da área, a interdição e a notificação para desocupação.
A Usina Eco-Cultural criou um abaixo assinado para angariar apoio para a inclusão do antigo Incinerador Vergueiro no circuito cultural da cidade de São Paulo. A petição pode ser consultada aqui.
A praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, está se tornando um lugar conhecido por receber, além dos jogos de futebol, eventos culturais.
Desde 2022 vem sendo ocupado por feiras. Uma delas é a ArPa, feira de arte, que aconteceu entre os dias 31 de maio e 4 de junho. A partir desta quarta-feira (7/6), quem passar pela praça poderá conferir lançamentos e sucessos literários na segunda edição da Feira do Livro, que começa nesta quarta-feira (7/6).
“Nosso desejo de realizar a Feira do Livro na praça Charles Miller nasceu do interesse de unir um patrimônio histórico ao debate literário. Estamos na frente de um patrimônio da arquitetura, palco de manifestações políticas, da luta pela democracia e de gols do Pelé. Isso traz um lastro para Feira”, explica Paulo Werneck, presidente da Associação Quatro Cinco Um, organizadora do evento com a Maré Produções.
“O local, onde está o Pacaembu, chamamos de recinto arquitetônico. As pessoas se sentem abrigadas ali e não é só porque não passa carro, mas por conta da geografia do lugar que abraça o estádio e a praça”, comenta Alvaro Razuk, sócio da Maré Produções, e responsável pelo desenho de toda estrutura da Feira.
O propósito da Feira do Livro é a difusão do livro na sociedade brasileira e a discussão deste mercado. Com uma programação 100% gratuita acontecendo em um espaço público, Paulo acredita que o evento democratiza o acesso ao debate literário.
Neste ano, as 94 tendas e 23 bancadas, que abrigam os 144 expositores (13% a mais que os 127 de 2022), foram montadas formando em um desenho radial, circulando a rotatória da praça e aproveitando melhor o espaço. “Esperamos que as pessoas circulem mais pelos estandes com esse novo desenho”, deseja Razuk.
A programação de 2023 também está maior. São mais de 60 autores convidados, 20% a mais do que em 2022, que participarão de mesas e conversas abertas gratuitamente ao público. Entre os destaques desta edição estão: o escritor e xamã, Davi Kopenawa Yanomami; o celebrado Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado”; o prêmio Pulitzer e destaque da poesia norte-americana contemporânea, Jericho Brown; e a francesa Fatima Daas. Confira a programação:
Quarta-feira
Às 19h, no Palco da Praça, Davi Kopenawa Yanomami, o jornalista britânico Tom Philips, a antropóloga Hanna Limulja e o músico e jornalista Xavier Bartaburu participam da abertura da Feira do Livro 2023.
Quinta-feira
– 10h, no Palco da Praça, com uma conversa com Bela Gil, que lança na feira um livro sobre alimentação saudável, e a mixologista Néli Pereira, que escreveu sobre coquetelaria brasileira, em conversa com a cozinheira Clarice Reichstul.
– 11h45, no Palco da Praça, o suíço Max Lobe conversa com o francês Abdellah Taïa, dois destaques da nova geração literária em língua francesa.
– 12h15, o historiador Luiz Antonio Simas e o crítico de arte Lorenzo Mammì fazem uma homenagem a Pelé, no Auditório Armando Nogueira.
– 13h30, no Palco da Praça, acontece o Interlúdio Musical, o pesquisador, produtor e cronista Hermínio Bello de Carvalho rememora os artistas com quem trabalhou, tendo a seu lado a cantora Joyce Moreno, com mediação da jornalista Patricia Palumbo.
– 15h, no Palco da Praça, a professora de direito e colunista da Quatro Cinco Um Bianca Tavolari conversa com o historiador carioca Luiz Antonio Simas, que vem a São Paulo para falar sobre a alma encantada das ruas.
– 17h o Palco da Praça recebe o autor João Silvério Trevisan, que conversa sobre sua trajetória e seu mais novo romance com o professor de direito Renan Quinalha.
– 17h15, no Auditório Armando Nogueira, as historiadoras Ligia Fonseca Ferreira e Hebe Mattos evocam em debate o pensamento de Luiz Gama e André.
– 19h, no Palco da Praça, a filósofa Sueli Carneiro conversa com Bianca Santana, com curadoria e mediação de Juliana Borges, colunista da Quatro Cinco Um.
Sexta-feira
– 10h, a autora italiana Ginevra Lamberti conversa no Palco da Praça com a mediação da jornalista Camila Appel sobre livros que nos ajudam a compreender a morte.
– 11h45, o pensador quilombola Antônio Bispo conversa no Palco da Praça com Bianca Tavolari sobre seu novo livro.
– 12h15, o jornalista Conrado Corsalette, co-fundador e editor-chefe do Nexo Jornal, e Natalia Viana, co-fundadora e diretora executiva da Agência Pública, investigam em livros a erosão da política brasileira nos últimos anos no Auditório Armando Nogueira.
– 13h30, Maria Stockler Carvalhosa, editora e estudante de Letras, fala sobre os desafios da produção de audiolivros no Brasil.
– 15h o Palco da Praça recebe uma das mais influentes pensadoras da atualidade, Patricia Hill Collins.
– 15h15, os ficcionistas Pedro Cesarino, Aparecida Vilaça e Rita Carelli conversam no Auditório Armando Nogueira sobre representações amazônicas na literatura.
– 17h, o Prêmio Pulitzer e destaque da poesia norte-americana contemporânea, Jericho Brown se apresenta no Palco da Praça, em conversa com sua tradutora, a poeta Stephanie Borges.
– 17h15 a historiadora Ynaê Lopes dos Santos aborda no Auditório Armando Nogueira o pensamento negro e o racismo no Brasil.
– 19h, o carioca Geovani Martins e a paulistana Luiza Romão, vencedora do prêmio Jabuti na categoria Livro do Ano em 2022, conversam no Palco da Praça.
Sábado
– 10h A líder Txai Suruí conversa com o jornalista Bernardo Esteves no Palco da Praça, às 10h, sobre as perspectivas da população indígena brasileira.
– 11h45, a contista Geni Guimarães conversa com a romancista Eliane Marques no Palco da Praça.
– 12h15 o jornalista Eugênio Bucci se apresenta no Auditório Armando Nogueira.
– 13h30, no Interlúdio Musical, Arthur Nestrovski dá uma aula — e Celso Sim canta — sobre a batida de João Gilberto.
– 15h, Fernando Pessoa, um dos poetas mais amados da língua portuguesa, é o tema da conversa entre o biógrafo Richard Zenith e o também biógrafo Lira Neto, no Palco da Praça.
– 15h15, acontece o encontro entre dois destaques da nova geração de ficcionistas, Samir Machado de Machado e Antônio Xerxenesky conversam no Auditório Armando Nogueira.
– 17h, a francesa Fatima Daas conversa no Palco da Praça com o paulistano Diogo Bercito sobre literatura e identidades LGBTQIA+.
– 17h15, no Auditório Armando Nogueira, os autores Fernando Romani Sales, Mariana Celano de Souza Amaral e Marina Slhessarenko Barreto falam sobre as estratégias de erosão democrática e como os governos autoritários são implantados no mundo.
19h, Itamar Vieira Junior, um dos principais autores da atualidade, conversa com a jornalista Adriana Ferreira Silva na mesa.
Domingo
– 10h, a ensaísta Cida Bento e a pesquisadora e consultora de diversidade Winnie Bueno conversam no Palco da Praça.
– 11h45, Milton Hatoum conversa no Palco da Praça sobre literatura, Amazônia e outros temas com Roberta Martinelli, estreando, ao vivo, o seu novo programa literário na Rádio Eldorado.
– 12h15, o fotógrafo Bob Wolfenson conversa com o colunista da Quatro Cinco Um Renato Parada no Auditório Armando Nogueira.
– 13h30, quatro cantoras paulistanas fazem uma homenagem à Rita Lee no Palco da Praça.
– 15h, Paulo Roberto Pires, o ensaísta Felipe Charbel e a artista visual e poeta Aline Motta conversam, no Palco da Praça, sobre ensaio, poesia e prosa experimental.
– 15h15, acontece uma conversa com o autor argentino Pablo Katchadjian sobre o seu último lançamento no Auditório Armando Nogueira.
– 17h, acontece o Foro na Feira: uma edição especial do Foro de Teresina, que promete um “momento cabeção” caprichado, com dicas literárias do trio de apresentadores do podcast de política da revista piauí, Fernando de Barros e Silva, Thais Bilenky e José Roberto de Toledo.
– 17h15, no Auditório Armando Nogueira, o jovem artista Pedro Vinicio e a veterana Laerte falam sobre os quadrinhos e as charges, com mediação de Isabel Diegues.
– 19h, recupera um momento marcante da Feira do Livro 2022: a foto Um Grande Dia em São Paulo, que é tema de um livro organizado pelas convidadas desta mesa, as escritoras Esmeralda Ribeiro, Natália Timerman, Paula Carvalho, e Giovana Madalosso que fará a mediação.
Serviço
A Feira do Livro
Data: de 7 a 11 de junho
Local: Praça Charles Miller — Pacaembu — região central
Entrada Gratuita
A Prefeitura de São Paulo ampliou o prazo para que os taxistas contemplados nos sorteios de alvarás de estacionamento realizados no início de 2023 agendem comparecimento ao Departamento de Transportes Públicos (DTP) para apresentação do veículo a ser utilizado como táxi e para a expedição do alvará de estacionamento.
De acordo com a portaria publicada no dia 31/05 no Diário Oficial da Cidade, os sorteados para as categorias de tempo de serviço e de motoristas mulheres passam a ter até 150 dias, a contar da publicação da homologação no DO, para realizar os procedimentos no DTP. No caso das categorias de condutores com deficiência e de veículos híbridos e elétricos, o prazo passa para até 240 dias.
Sorteios
Foram realizadas quase 14 mil inscrições ao longo do mês de janeiro para o sorteio de 5 mil novos alvarás de táxi, distribuídos da seguinte forma: 500 licenças para condutores com deficiência (PCD); 1.500 aos motoristas que comprovem maior tempo em exercício na profissão no município de São Paulo (vinculado a um alvará); 1.500 para motoristas do gênero feminino; e 1.500 para profissionais que desejam trabalhar com carros elétricos ou híbridos. Os resultados foram divulgados em fevereiro.
Resultados e calendário para emissão do alvará e apresentação de veículo no DTP:
1) Condutores com deficiência (PCD) – 500 alvarás de estacionamento
Total de inscrições: 180
Lista de contemplados: a lista com os 180 contemplados foi divulgada no Diário Oficial da Cidade em 03/02/23. Disponível neste link
Requisitos para habilitar inscritos: – Condutax válido, emitido até 4 de novembro de 2022;
– Não ser titular de outro alvará de estacionamento de táxi;
– Possuir CNH especial válida, com a anotação no verso da deficiência conforme o anexo II Resolução CONTRAN 598 com as seguintes codificações válidas: “B”, “C”, “D”, “E”, “F”, “G”, “H”, “I”, “J”, “K”, “L” e “X”;
Data limite para agendamento e comparecimento no DTP para inclusão do veículo e emissão do alvará: passa de 6 de setembro para 1º de outubro deste ano. Deve ser realizado agendamento prévio no portal de agendamento eletrônico do DTP, ou por meio do endereço eletrônico sorteiotaxi2022@prefeitura.sp.gov.br;
2) Condutoras do gênero feminino – 1.500 alvarás de estacionamento
Total de inscrições: 1.613
Lista de contempladas: a lista com as 1.500 contempladas foi divulgada no DO em 03/02/23. Disponível no link.
Requisitos para habilitar inscritas: – Condutax válido, emitido até 4 de novembro de 2022;
– Não ser titular de outro alvará de estacionamento de táxi;
– Ser do gênero biológico ou social feminino e assinar termo de autodeclaração de nome e gênero;
Data limite para agendamento e comparecimento no DTP para inclusão do veículo e emissão do alvará: passa de 8 de junho para 3 de julho deste ano. Deve ser realizado agendamento prévio no portal de agendamento eletrônico do DTP, ou pelo endereço eletrônico sorteiotaxi2022@prefeitura.sp.gov.br;
3) Veículos híbridos e elétricos – 1.500 alvarás de estacionamento
Total de inscrições: 2.015
Lista de contemplados: a lista com os 1.500 contemplados foi divulgada no DO em 04/02/23. Disponível neste link.
Requisitos para habilitar inscritos: – Condutax válido, emitido até 4 de novembro de 2022;
– Não ser titular de outro alvará de estacionamento de táxi;
– Assinatura de autodeclaração em que contemplado se declara ciente de que somente veículos híbridos ou elétricos poderão ser incluídos no alvará de estacionamento sorteado;
Data limite para agendamento e comparecimento no DTP para inclusão do veículo e emissão do alvará: passa de 6 de setembro para 2 de outubro deste ano. Deve ser realizado agendamento prévio no portal de agendamento eletrônico do DTP, ou pelo endereço eletrônico sorteiotaxi2022@prefeitura.sp.gov.br;
4) Taxistas que comprovem maior tempo de atividade profissional – 1.500 alvarás de estacionamento
Total de inscrições: 9.989
Lista de inscritos com ranking final: a lista com os 1.500 contemplados após análise de recursos foi divulgada no Diário Oficial da Cidade em 21 de março. Disponível neste link.
Requisitos para habilitar inscritos:
– Condutax válido, emitido até 4 de novembro de 2022;
– Não ser titular de outro alvará de estacionamento de táxi;
– Ter exercido a atividade profissional com vínculo regular a alvará de estacionamento perante a Prefeitura de São Paulo;
Data limite para agendamento e comparecimento no DTP para inclusão do veículo e emissão do alvará: passa de 18 de junho para 14 de agosto deste ano. Deve ser realizado agendamento prévio no portal de agendamento eletrônico do DTP, ou por meio do endereço eletrônico sorteiotaxi2022@prefeitura.sp.gov.br.
Quase na esquina entre as ruas D. Elisa e Dr. Carlos Norberto de Souza Aranha, no Alto de Pinheiros, está o último projeto residencial do arquiteto Paulo Mendes da Rocha: a casa Gerassi, nome dado em homenagem à família que encomendou o projeto. A construção foi concluída em 1990 e, pela primeira vez, está aberta a visitação pública com a mostra “Ione Saldanha & Etel Adnan”, promovida pela galeria Simões de Assis.
“Procurávamos por um espaço que conversasse com a geometria e a capacidade síntese rigorosa das artistas”, explica Julia Lima, diretora institucional da Simões de Assis, ao Expresso Bairros. “Pesquisamos por casas projetadas por arquitetos modernos, que trabalhassem com linhas retas, integrassem o espaço interno com a natureza do entorno e privilegiassem a luz natural.”
A casa Gerassi reunia todos os pré-requisitos. Começando pelo piso: um ladrilho hidráulico, projetado por Mendes da Rocha, cujo desenho geométrico lembra uma flor ou uma estrela. O sistema de construção com peças pré-fabricadas, utilizado pelo arquiteto, enfatiza a geometria da arquitetura, destacando as linhas formadas pelo encontro das placas de concreto armado.
A luz natural reina em abundância na casa rodeada de generosas janelas que permitem a integração com a copa das árvores. Há ainda uma claraboia no centro da sala para trazer mais luminosidade ao cômodo. Quem visitar a casa, no entanto, sentirá que o vão, no teto, foi construído sob medida para receber as pinturas feitas em bambus por Saldanha.
Arte & arquitetura
A exposição começa pelos quartos, onde estão as telas da gaúcha Ione Saldanha (1919–2001) realizadas na década de 1950. Estes trabalhos mostram a relação íntima da artista com a arquitetura, que explorava imagens de casarios históricos e de elementos arquitetônicos em um exercício de geometrização da paisagem urbana.
Além de pinturas abstratas, na sala, estão os trabalhos em que Saldanha se aplicou no estudo da cor e na exploração de outros suportes, como bambus e bobinas de fios elétricos. É neste local, que privilegia o encontro, onde o trabalho da artista brasileira conversa com o da libanesa Etel Adnan (1925–2021).
Nascida em Beirute, no Líbano, Adnan morou em Paris antes de passar um período na Califórnia — onde iniciou sua produção artística. A mostra apresenta alguns trabalhos nos quais a artista explora blocos de cor a partir da simplificação da paisagem do Monte Tamalpais, que era visível da janela de sua casa.
As obras das duas artistas se aproximam pelo interesse de explorar a natureza, seja como suporte (Saldanha em seus bambus) ou como assunto (a paisagem da janela de Adnan), pela paleta cromática e pelo estudo da cor em formas simplificadas. Contrastam-se, porém, na densidade da matéria. Dominando a técnica do afresco, Saldanha usava as cores trabalhando transparências, enquanto Adnan preferiu tinta mais densa criando blocos maciços de amarelo, rosa, verde e azul.
A casa de Mendes da Rocha, que pode ser considerado o terceiro artista da exposição, potencializa o encontro das obras de Saldanha e Adnan sintetizando, no espaço, os conceitos explorados nas obras apresentadas.
O curador Luiz Camillo Osório destaca que o diálogo entre forma construída e entorno natural era muito caro às duas artistas, que cresceram e viveram perto do mar, das montanhas e da luz natural. “Quiçá seja a procura pelas variadas formas de deixar a luz penetrar no espaço, seja pictórico, seja arquitetônico, o que reúne esta casa e estas obras”, comenta. A exposição e a casa ficam abertas à visitação até 23 de julho.
Serviço
Casa Gerassi: Rua Dr. Carlos Norberto de Souza Aranha, 409, Alto de Pinheiros
Ter./sex.: 10h /19h; sáb. 10h/18h.
Visitação mediante agendamento prévio no site: simoesdeassis.com/.
Grátis.
Suely Carvalho, de 47 anos, tirou da gaveta em 2019 o desejo de criar um projeto de incentivo à leitura. Naquele ano, a administradora juntou as duas afilhadas, Beatriz Costa e Fernanda Gonçalves, para desenvolver o “Lendo na Praça”, com intuito de estimular o hábito entre crianças e adolescentes, a ocupação de espaços públicos e o cuidado ambiental na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
Quando estava prestes a começar, veio a pandemia de Covid-19. O projeto acabou restrito, inicialmente, à divulgação de dicas literárias no Instagram. Só em outubro de 2021 passou a organizar atividades na praça Monteiro dos Santos, após a instalação de uma casinha de madeira que recebe doação de livros infantojuvenis.
Diferente de uma biblioteca convencional, as pessoas podem retirar os livros sem registro formal em qualquer dia da semana. O objetivo é ampliar o acesso à literatura a partir de trocas de leitura. Desde o início, mais de 1.340 obras foram catalogadas e carimbadas com a logomarca da iniciativa.
Além das casinhas, as obras podem ser entregues em pontos de coleta (veja os endereços abaixo). Não são aceitos livros didáticos, técnicos, religiosos e revistas.
Suely conta que “passa dia sim, dia não” para verificar o conteúdo do material doado na caixa. Caso seja inapropriado para a faixa etária, eles são encaminhados para iniciativas de leitura voltadas ao público adulto. Se estiver deteriorado, vai para reciclagem.
O projeto ainda trabalha com contação de história, lançamentos de livros, pinturas e oficinas de temática ambiental, como de compostagem, plantio de mudas e adubação.
Normalmente, os encontros ocorrem uma vez por mês e costumam reunir 20 participantes. Antes de cada atividade, há um café da manhã comunitário. Para saber o dia e o horário da ação, os pais ou responsáveis devem acompanhar o perfil no Instagram.
Entre as atividades, a iniciativa, em parceria com empresas e projetos ambientais e educacionais, identificou as espécies da árvore na praça com o apoio de um engenheiro agrônomo e instalou um comedouro (espaço de alimentação) para pássaros. Também são convocados mutirões para a limpeza da área.
Para a idealizadora, o intuito das ações é despertar a população para criar outros projetos no local. “A praça não é minha, é nossa”, diz. “Ela é mais do que um passeio com o cachorro ou uma passadinha para pegar o livro e ir embora”, acrescenta.
Serviço
Lendo na Praça Praça Monteiro dos Santos – Vila Mariana Contato: (11) 98111-3571 ou perfil no Instagram
Pontos de coleta
Escola Pequeno Aprendiz IEPA – Rua Leite Ferraz, 74 – Vila Mariana
Garagem do Padeiro – Praça Monteiro dos Santos, 90 – Vila Mariana
Livraria da Gente – Rua Dionísio da Costa, 20 – Vila Mariana
Doçaria da Vila – Rua Francisco Cruz, 612 – Vila Mariana
Clínica Lazar – Rua Vergueiro, 3.086 – CJ 13 – Vila Mariana
Swiss Revestimentos – Praça Gen. Polidoro, 27 – Aclimação