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Maior polo comercial e financeiro do país, saber onde ficam as principais ruas de comércio especializado de São Paulo pode te fazer economizar tempo e dinheiro.
Com várias lojas concorrentes em uma mesma via, a competição de preços é maior, permitindo encontrar produtos com custo mais baixo. A economia é a principal vantagem, mas não a única: a diversidade também vale a visita.
As ruas de comércio temático concentram estabelecimentos que oferecem uma ampla variedade de um segmento específico. A proximidade entre as lojas é outro benefício.
Confira abaixo algumas ruas que reúnem itens do mesmo segmento na Capital:
Moda extra grande
A rua Domingos de Morais, na Vila Mariana, é o destino de quem busca roupas com tamanhos maiores. Há opções para todos os gêneros e idades. É possível comprar modelos esportivas, casuais e até de banho. Fica próxima à estação Ana Rosa da linha azul do Metrô.
Essências
A rua Silveira Martins, na Sé, exala essências. São dezenas de lojas especializadas, que vendem também itens usados para produzir velas, perfumes e sabonetes. Há embalagens, sais de banho, difusores, borrifadores, frascos e óleos essenciais.
Acessórios para moto
Rua General Osório – Crédito: Tiago Queiroz/Estadão
Quem é apaixonado pelo mundo das duas rodas precisa conhecer a rua General Osório, onde tem peças e acessórios, como botas, luvas, capacetes e jaquetas específicas para pilotar motocicleta com mais segurança. Há oferta de diversas marcas, nacionais e internacionais. Próxima à estação República da linha vermelha do Metrô.
Instrumentos musicais
A rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, é o paraíso dos instrumentos musicais. São vendidos desde instrumentos de corda, como guitarra, violão e baixo, até pianos, saxofone e equipamentos de percussão. Por lá, também há a oferta de cursos em escolas de músicas. Perto da estação Clínicas, da linha verde do Metrô.
Vestido de noiva
A rua São Caetano, no Bom Retiro, segue como referência para os casais apaixonados que estão prestes a subir no altar. A via tem diversas lojas especializadas em vestidos de noiva e daminhas de honra. É mais conhecida como “Rua das Noivas”.
Equipamentos para pesca e caça
Essa dica é para os amantes da pesca ou da caça. A avenida Senador Queiróz, na Sé, e a rua Brigadeiro Tobias, na República, reúnem estabelecimentos especializados em equipamentos para a prática dessas atividades.
Joias
Quem quer comprar joias de ouro, prata ou bijuterias com preço mais em conta deve ir à rua Barão de Paranapiacaba, na Sé, conhecida como rua do ouro. São vários prédios com inúmeras lojas que vendem brincos, colares, pingentes, anéis e alianças. Também há oferta de ferramentas para joalheiros.
Equipamento fotográfico
Se você é apaixonado por fotografia, a rua Conselheiro Crispiniano, no centro, é um paraíso. Seja para fazer algum reparo no seu equipamento, seja para comprar itens usados ou novos com atendimento de vendedores que entendem do assunto.
Temperos e grãos
Feijão verde, fava, arroz negro, aveia, linhaça, chia, cominho, pápicra, cardamomo, noz-moscada, frutas desidratadas, chás, farinhas de todos os tipos e mais temperos, grãos e cereais são vendidos por peso na rua Santa Rosa, no Brás, conhecida como zona cerealista. Os preços compensam em relação aos praticados pelos supermercados.
Lustres e luminárias
A rua da Consolação, na região central, agrupa vários estabelecimentos que vendem lustres e luminárias, das mais modernas às mais clássicas, com cristais. Também é possível encontrar objetos de decoração.
Eletrônicos
Seja para comprar ou consertar algum equipamento eletrônico, como tablet, smartphone, smartwatch, câmeras, games, GPS, computadores, entre outros, a rua Santa Ifigênia, na região central, é o destino. São inúmeras lojas entre o Viaduto Santa Ifigênia e a rua Duque de Caxias.
Ferramentas
Rua Florêncio de Abreu – Crédito: Tiago Queiroz/Estadão
Seja você um construtor ou simplesmente precisa consertar algo, a ferramenta necessária para o serviço é vendida na rua Florêncio de Abreu, na Sé. Não faltam opções de lojas, que trabalham com diversas marcas do mercado.
Uniformes
Quem procura uniforme profissional pode ir direto à avenida Tiradentes, na Luz. A variedade é grande: uniformes militares, para indústria alimentícia, farmacêutica, bandas, fanfarras, para seguranças, entre outras profissões.
Chapéus e boinas
Houve um tempo em que tanto homens quanto mulheres não saiam de cada sem chapéu. Nas décadas de 40 e 50, principalmente, o item era quase obrigatório. Ainda hoje, no entanto, está presente na moda. Em São Paulo, o acessório é encontrando na rua Quintino Bocaiúva, na Sé, e na rua do Seminário, na República.
Objetos antigos
Na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, e na Praça Dom Orione, na Bela Vista, estão alguns antiquários. A feira da Praça Benedito Calixto, na Cardeal, é bem conhecida e tem, além de antiguidades, artesanato e obras de arte.
Roupas e calçados
O Brás é uma ótima opção para comprar roupa e pagar menos. Por lá, a concorrência é grande, mas uma dica é ir na Feirinha da Madrugada, na Rua Monsenhor de Andrade, 987, das 2h às 16h. É preciso chegar cedo para conseguir as melhores peças. Vários boxes dão desconto para quem paga em dinheiro.
São Paulo é uma conhecida por muitos de seus atributos grandiosos. Cidade mais populosa da América Latina, lar de imigrantes do mundo inteiro, centro financeiro do país, referência em gastronomia etc. Alguns fatos sobre essa metrópole, no entanto, podem ser considerados surpreendentes, até mesmo para os paulistanos de longa data. Selecionamos alguns deles. Confira:
Áreas verdes predominam
Apesar do apelido de “Selva de Pedra”, mais da metade do território da Capital é formado por áreas verdes. Segundo a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a cobertura vegetal é de 54,13%. Há, inclusive, cachoeiras, algumas com acesso pelo Parque da Cantareira. Também não faltam opções de trilhas em parques municipais, que permitem o contato mais próximo com a natureza.
Rinoceronte com 100 mil votos
Foi em 1959. O rinoceronte Cacareco recebeu 100 mil votos para vereador. Os paulistanos “elegeram” o animal como forma de protesto, demonstrando a insatisfação com a política da época. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o animal foi o mais votado para o cargo. Cacareco era uma fêmea emprestada pelo zoológico do Rio de Janeiro a São Paulo na década de 1950. O ficou tão popular que acabou escolhido pelos eleitores, que à época ainda tinham de escrever o nome do candidato na cédula de papel. Os votos destinados a ela foram considerados nulos, obviamente.
Primeira partida de futebol
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi disputado pelo time do paulistano Charles Charles, o São Paulo Railway e o Companhia de Gás, em 14 de abril de 1885, em um campo da Várzea do Carmo, na região central, que hoje faz parte do bairro Cambuci. Os jogadores eram ingleses residentes na Capital.
Touradas na Praça da República
A Praça da República, na região central, já foi palco de touradas. O espaço onde hoje existe o Edifício Eiffel, do arquiteto Oscar Niemeyer, pontes, chafarizes, árvores e um lago artificial, já teve uma arena onde ocorriam eventos e touradas, que eram populares. Estima-se que a primeira tauromaquia, como também era conhecida, ocorreu em 1832, mas a morte do toureiro suspendeu o evento, sendo retomado após 1877. À época, o local chamava-se Largo dos Curros, onde ficavam os animais. A prática foi proibida em 1906.
Cratera formada por corpo extraterrestre
Crédito: Divulgação/Fapesp
Foi descoberta nos anos 60 por meio de fotos áreas e imagens de satélites, no extremo sul, na região de Parelheiros. Não se sabe exatamente quando, mas foi formada há milhões de anos por um corpo extraterrestre que atingiu o solo, segundo estudo coordenado pelo geólogo Victor Velázquez Fernandez, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). O impacto provocou uma abertura de aproximadamente 3,6 quilômetros de diâmetro, com cerca de 300 metros de profundidade. A cratera tem sedimentos em seu interior e a borda é constituída por vegetação. Dentro dela, formou-se o bairro Vargem Grande.
Maior cafezal do mundo perto da Paulista
Bem próximo à icônica avenida Paulista fica uma plantação de café, considerado o maior cafezal do mundo. Ele pertence ao Instituto Biológico, ocupa uma área de cerca de 10 mil m² e é aberto ao público (agende via e-mail: cafezalurbanoib@biologico.sp.gov.br). As primeiras mudas foram plantadas na década de 1950, com o objetivo de servir à pesquisa científica, e a lavoura é totalmente orgânica desde 2017. Atualmente, possui cerca de mil pés de café das variedades Mundo Novo e Catuaí e outros 1,5 mil pés de seis variedades desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O cafezal fica na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, Vila Mariana.
Sede de aldeias indígenas
Povos indígenas também fazem de São Paulo sua moradia. Segundo a Prefeitura de São Paulo, são cerca de 13 mil pessoas autodeclaradas indígenas e três mil estão em aldeias demarcadas nos bairros do Jaguará, na zona norte, e em Parelheiros, no extremo sul da cidade. São aldeias na Terra Indígena do Jaraguá: Pyau, Itakupe, Yvy Porã, Ita Endy, Ita Vera, Ytu. Já a Terra Indígena Tenondé Porã fica em Parelheiros e reúne as aldeias Kalipety, Karumbe’i, Yyrexakã, Tekoa Porã, Tape Mirim, Yporã, Ka’aguy Miri, Tenondé Porã, Kuaray Oua, Takua Ju Miri, Ka’aguy Hovy. Também é no extremo sul, às margens da represa Billings, que se encontra a aldeia Krukutu.
A Prefeitura de São Paulo tem três Casas de Agricultura Ecológica para prestação de assistência técnica e extensão rural para os agricultores. Com engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e gestores ambientais, os equipamentos estão localizados em Parelheiros (zona sul), Penha (zona leste) e Centro.
Os atendimentos são prestados de forma personalizada a partir de um plano de ação, de acordo com a necessidade da área de cultivo identificada pelas visitas técnicas. Estão entre os serviços, orientação sobre emissão de documentos, como nota fiscal, técnicas agroecológicas e apoio na transição para uma agricultura sustentável.
Os cidadãos atendidos ainda podem acessar os equipamentos de mecanização agrícola da Prefeitura, como tratores e tratoritos, para atividades na unidade de produção. Também são distribuídos insumos e bolsas de capacitação para apoiar o produtor rural em situação de vulnerabilidade social.
Como solicitar
Para agendar visita técnica, o interessado deve acessar a página de contato da plataforma Sampa+Rural, informar o endereço, contatos de e-mail e telefone e descrever a área de produção.
O Sampa+Rural, desenvolvido pela Prefeitura, mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores do município. Se você tem uma iniciativa e deseja incluir na plataforma, acesse o link.
São Paulo Rural
Cerca de 28% dos 1.521 km do território da cidade de São Paulo têm características rurais, conforme o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Com 80% dessa área na zona sul, a região também concentra a maior parte das unidades de produção agropecuária mapeadas pela plataforma Sampa+Rural: 571. Em seguida, aparecem a zona leste, com 126 locais, e a norte, com 34.
Somando unidades produtivas e hortas desenvolvidas nas comunidades ou em equipamentos públicos, o Sampa+Rural chegou ao número de mais de mil espaços dedicados à produção de alimentos com perfis, geralmente, familiares, voltados não só ao autoconsumo e à geração de renda, mas também à educação ambiental e ao engajamento comunitário.
Para a coordenadora de agricultura da Capital, Lia Palm, o setor agrícola tem uma função multidimensional na cidade, como a ocupação de espaços deteriorados, promoção de saúde e o acesso facilitado a alimentos em regiões periféricas. “Quando você preserva a área biodiversa e trabalha com a agricultura regenerativa num sítio, por exemplo, você está ajudando a preservar esse espaço”, afirma.
O fortalecimento da agricultura, acrescenta Palm, impede a venda de terras e, consequentemente, o avanço da área urbana nesses territórios.
Serviço
Casa de Agricultura Ecológica (Parelheiros)
Estrada Ecoturística de Parelheiros, 5252 – Jardim dos Álamos – Parelheiros
Áreas atendidas: subprefeituras Aricanduva/ Formosa/ Carrão, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus, São Miguel, Sapopemba e Vila Prudente
Casa de Agricultura Ecológica (Centro)
Avenida São João, 473, 4º andar – Centro (endereço provisório)
Áreas atendidas: subprefeituras Butantã, Campo Limpo, Casa Verde/ Cachoeirinha, Cidade Ademar, Freguesia/ Brasilândia, Jabaquara, Jaçanã/ Tremembé, Lapa, M’Boi Mirim, Perus, Pinheiros, Pirituba/ Jaraguá, Santana/ Tucuruvi, Santo Amaro, Sé, Vila Maria/ Vila Guilherme e Vila Mariana
Qual história você conhece de São Paulo? Com pontos turísticos espalhados por todos os bairros, pouco se fala sobre as comunidades negras que não só se instalaram, como ajudaram a construir a Capital paulista.
E foi com o objetivo de relembrar e ressignificar essa história que o coletivo Cartografia Negra, recém-indicado ao Prêmio Pipa, nasceu em 2017. Integrado pelos pesquisadores Raíssa Albano de Oliveira, Carolina Piai Vieira e Pedro Vinicius Alves, o coletivo já mapeou alguns pontos da metrópole e faz parcerias com instituições para promover esses locais.
“O questionamento começou a partir do núcleo familiar entendendo também a cidade como um ser que perdeu parte de sua história”, diz Alves, acerca de como a partir de uma inquietação particular em conhecer os seus antepassados, os pesquisadores se juntaram para mapear lugares históricos.
As pesquisas do coletivo, e de outros pesquisadores e organizações, mostram como São Paulo tem um passado não somente ligado à escravidão, mas também à resistência da comunidade negra e como isso foi se perdendo com o tempo.
Para a pesquisadora Carolina, esse resgate vai além das construções: é importante para identificação dos cidadãos. “A gente não está falando só de arquitetura, existe também a construção de vida, de cultura e de conhecimento.”
O Expresso Bairros convidou o coletivo Cartografia Negra para indicar alguns dos lugares mapeados que contam um pouco da história negra na cidade. Confira:
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Quem passa diariamente pelo Largo de Paissandú, no centro da cidade, rumo amo a museus, faculdades e estabelecimentos comerciais, provavelmente já notou a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. É um importante símbolo da comunidade negra em São Paulo e mantém missas afro centradas e com santos negros. A igreja ficava na Praça Antônio Prado, quando foi demolida pelo irmão de Antônio Prado nas obras de modernização de São Paulo. Está no Paissandú desde 1906.
Endereço: Largo do Paissandú, s/nº – Centro Histórico de São Paulo
Largo da Misericórdia
Largo da Misericórdia, no centro, em 1907 – Crédito: Arquivo/Estadão
O Largo da Misericórdia abrigou o primeiro abastecimento público da cidade, o Chafariz da Misericórdia ou de Tebas, uma homenagem ao arquiteto e engenheiro negro Joaquim Pinto de Oliveira Tebas, que o construiu em 1792. De acordo com o levantamento do coletivo, o Largo era bem movimentado pela população negra, que encontrava tempo entre as enchidas de baldes de água para conversar e organizar resistência à escravidão. “É um lugar interessante para lembrar da história do Joaquim, que também era chamado de Tebas. Inclusive tem a estátua dele (perto da Igreja do Carmo, na Praça da Sé), construída em homenagem”, diz Vieira, estendendo o roteiro de visitação.
Endereço: Largo da Misericórdia, s/n – Centro Histórico de São Paulo
Capela Nossa Senhora dos Aflitos
Crédito: Tiago Queiroz/Estadão
O bairro da Liberdade é conhecido por ser uma viagem ao continente asiático. Há, contudo, uma raiz negra para se conhecer por lá. Inaugurada em 1779, a Capela Nossa Senhora dos Aflitos tem origem ligada ao surgimento do Cemitério dos Aflitos, o primeiro público da cidade e onde os índigenas, negros e escravos eram enterrados.
Endereço: Traves. Rua dos Estudantes – alt. nº 52 – R. dos Aflitos, 70
Butantã
Em parceria com a Casa Sueli Carneiro, o coletivo Cartografias Negras mapeou recentemente o bairro Butantã, na zona oeste. A região é conhecida por abrigar um dos campus da Universidade de São Paulo (USP). E é justamente a ligação com a sua construção que o coletivo mapeou. Migrantes trabalharam na construção do campus Butantã e se estabeleceram nas redondezas. Mesmo após o fim das obras, essa comunidade de trabalhadores permaneceu, dando origem à Favela de São Remo, ao lado do campus e que abriga 13 mil habitantes.
Outros locais foram mapeados no bairro, como o rio Pirajussara. Documentos acessados pelo coletivo recordam que comunidades se instalaram às margens do rio, mostrando a vivência de quilombolas na região de Pinheiros e o intercâmbio de pessoas negras com povos originários no século 19, que ensinavam técnicas de pesca e caça, e as características daquela terra para esconderijos e fugas.
Endereço: Próximo das Avenidas Rio Pequeno e Corifeu de Azevedo Marques
Sítio da Ressaca
Na zona sul, o Sítio da Ressaca vale um olhar diferenciado. A data de construção aproximada da casa do sítio remonta a 1719, de acordo com o site do Museu da Cidade de São Paulo. Localizado próximo ao antigo caminho de Santo Amaro, a construção chama atenção pelo estilo colonial, chamada de casa bandeirante. O imóvel foi encomendado pela neta do ex-governador da capitania de São Vicente. Com 8.750 metros quadrados, o terreno já foi um quilombo de passagem, ou seja, era onde os escravizados fugitivos descansavam de suas viagens antes de seguirem para o Quilombo do Jabaquara, lugar que abrigou cerca 10 mil escravizados.
Neste sábado, 24 de junho, celebra-se o Dia de São João Batista. No Brasil, a festa junina foi trazida pelos portugueses e incorporada ao calendário cristão. Por isso, diversas paróquias promovem eventos nesta data. Mas as festividades não ficam restritas às igrejas e há opções espalhadas por toda a cidade de São Paulo. É uma oportunidade, portanto, para aproveitar o dia com as deliciosas comidas típicas, jogos, muita música e quadrilhas. Confira abaixo oito quermesses selecionadas pelo Estadão Expresso Bairros:
Triângulo Junino
Evento com decoração temátima promovido pela Prefeitura de São Paulo, no centro, próximo ao Farol Santander. Tem entrada e shows musicais gratuitos, que vão do forró ao MPB. Serão cinco apresentações musicais neste sábado, quando sobem no palco: Ó do Forró, às 11h; Dona Zefa, às 12h30; Lucyana Villar, às 14h; Ana Rafaela, às 16h; e Anastácia convida Daniel Gonzada, às 18h.
Quando: 24 de junho
Onde: Praça Antônio Prado, Centro, em frente ao Farol Santander
Quermesse do Calvário
Quermesse do Calvário, em Pinheiros – Crédito: Sidney Oliveira
Bem conhecida em São Paulo, por isso mesmo costuma ser mais cheia. Em sua 44ª edição, a festa junina da Paróquia São Paulo da Cruz, a Igreja do Calvário, teve início em 27 de maio e tem shows, comidas típicas em diversas barracas e entrega de brindes, com a realização de sorteios. A entrada custa R$ 25 e dá direito a um vale bingo. Idosos entre 60 e 80 anos pagam R$ 10. Pessoas com mais de 80 anos e crianças de até 10 anos têm gratuidade.
Quando: até 2 de julho, aos sábados e domingos, a partir das 17h30
Onde: rua Cardeal Arcoverde, 950, Pinheiros
Festa junina da Consolação
Após três anos sem festa, a Paróquia Nossa Senhora da Consolação, na região central, retomou a sua tradicional quermesse. Este será o último final de semana de evento, recheado com muitos quitutes e bebidas da época, além de música ao vivo e brincadeiras. O grupo Forró Zada está confirmado para este sábado.
Quando: 24 e 25 de junho, das 17h às 22h
Onde: rua da Consolação, 585, Consolação (próximo ao metrô República e ao lado da Praça Roosevelt)
São João de Nóis Tudim
Oportunidade de participar de uma tradicional festa junina, semelhante às do nordeste, sem pagar para entrar. O Centro de Tradições Nordestinas, na zona norte, realiza a 7ª edição do evento, com quadrilhas e mais de cem atrações, entre shows, personagens interativos e missas. O local também dispõe de 23 restaurantes para todos os paladares. Em 2022, a festa atraiu mais de 300 mil pessoas.
Quando: de 3 de junho a 30 de julho, sábados e domingos, a partir das 11h. Entrada gratuita.
Onde: rua Jacofer, 615, Limão
Festa Junina Nossa Sra. Conceição
A Paróquia Nossa Senhora da Conceição promove sua festa, que tem clima de quermesse tradicional, desde o dia 27 de maio. Além das comidinhas de época, oferece música ao vivo e muitas brincadeiras, entre elas o bingo. É um bom local para levar as crianças, que podem se divertir nos brinquedos infláveis. Toda a renda arrecadada será revertida para projetos sociais que ajudam a comunidade. Não paga para entrar.
Quando: até 2 de julho, aos sábados e domingos, das 17h às 23h
Onde: Praça Sílvio Romero, Tatuapé
Arraiá da Paróquia da Assunção
Perto da Paulista, a opção é a festa junina da Assunção, que começa a partir das 12h, com a Santa Missa. Na sequência, o público poderá curtir brincadeiras, dança de quadrilha adulta e infantil, música e se deliciar com as comidas e bebidas típicas. A entrada é gratuita.
Quando: 24 de junho, das 12h às 22h
Onde: Alameda Lorena, 665 A, Jardim Paulista
Paróquia San Gennaro
Essa é uma festa junina diferente, com macarrão! Mas faz todo sentido por ser na Mooca, na zona leste, bairro com forte presença italiana. Inclusive, San Gennaro é o padroeiro do bairro. O famoso espaguete das mammas divide espaço com churrasco, pastel, pizza, cachorro quente e lanche de pernil. Tem também doces típicos, milho, quentão e vinho quente. Além de entrada gratuita, haverá música ao vivo. Será o último dia de quermesse.
Quando: 24 de junho, das 17h30 às 23h
Onde: rua San Gennaro, 214, Mooca
Festa Junina Família no Parque
Essa também é boa para levar a criançada, pois o que não faltam são opções de brincadeiras. Desde as mais tradiconais, como boca do palhaço, pescaria, argola, corrida de saco e cabo de guerra, até tirolesa e laser combat. Não cobram a entrada, mas os jogos pagos custam R$ 8 o ticket unitário. A partir de 10 unidades, sai por R$ 6. O Vip Pass custa R$ 150. O evento traz quadrilha com música ao vivo e comidas típicas.
Quando: 24 e 25 de junho, das 10h às 18h
Onde: Parque Villa-Lobos, na avenida Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, Pinheiros (entrada principal, à esquerda, em frente às bicicletas e quadras de basquete)
Das ruas para as escolas. Das escolas para as ruas. É esse o intercâmbio que o Slam Interescolar propõe e reforça a cada grito antes de os competidores, estudantes de 11 a 17 anos, recitarem suas poesias. O projeto não para de crescer e chega à sua 9ª edição este ano com 333 escolas do estado, entre municipais, estaduais e particulares.
Com objetivo de levar as batalhas de poesia falada ao ambiente escolar, o projeto, promovido pelo coletivo Slam da Guilhermina, alcança todas as regiões da capital: nesta edição são 223 colégios, sendo 92 da rede municipal. Desses, a maior parte é da zona leste (55). Depois vêm zona sul (19); zona norte (14) e zona oeste (4).
Atualmente, o projeto está na fase do Ciclo Formativo, quando 13 poetas formadores vão às escolas para palestras e oficinas sobre o slam. Em março e abril, as escolas se inscrevem. De junho a agosto, entram no ciclo formativo. Por fim, ocorrem as seletivas online em outubro e a final em novembro. Para competir, as unidades são divididas entre ensino fundamental 2 e ensino médio.
Segundo o slammaster, poeta e um dos idealizadores do projeto, Emerson Alcade, o Slam Interescolar envolve toda a comunidade escolar. Os professores passam por workshop para poderem propagar aos alunos. Todas as escolas podem se inscrever. Há apenas uma regra: a unidade precisa promover um slam interno para seus alunos.
E é justamente nesta fase que está a Emef Professor Rivadavia Marques Júnior, no bairro São Mateus, na zona leste. No dia 29 de junho a escola se reúne para o seu slam interno. Segundo Dhiancarlo Miranda, professor orientador da sala de leitura, o slam já tem uma tradição de nove anos na EMEF e de oito anos no Slam Interescolar. “No início, tínhamos por volta de 7 a 8 alunos que se empolgavam. Hoje praticamente todos da escola participam”, diz Miranda.
Edição de 2022 do Slam Interescolar – Crédito: Divulgação/Sergio Silva
Histórico
Como explicou Alcade, foi pela sua participação na Copa do Mundo de Poesias, em 2014, na França, que ele teve contato com o slam nas escolas.
Decidiu, junto de Cristina Assunção, participante também do coletivo Slam da Guilhermina, importar a ideia para a realidade paulistana. A iniciativa que começou com os slammers – nome dado aos poetas que participam de slams – indo às escolas de São Paulo para levar a poesia falada, colocou o aluno como poeta também.
“A gente (ele e Cristina) começou, cada um em sua escola, a desenvolver oficinas de slam com regularidade. Criamos o Slam Intersalas e propusemos no final de ano um protótipo da minha escola versus a dela. E assim nasce a ideia do Slam Interescolar”, relembrou Alcade.
A primeira edição, em 2015, reuniu quatro escolas. No ano seguinte, o número aumentou para 20. E não parou mais de crescer até as 333 de edição de 2023.
Marcos Vieira é um dos alunos impactados. Com apenas 15 anos, ele já escreveu dois livros de poesias, participou de alguns slams e foi o segundo colocado no edição interescolar de 2021.
“Interessei-me por ser uma forma de poesia que eu não conhecia. Quando vi que se encaixava com a minha realidade, que parecia que estavam falando comigo, gostei muito. Tem um gosto de evolução quando o pessoal da periferia tem essa voz é uma imensa revolução”, diz Vieira.
“Um museu deveria ser um espaço em que o visitante sonolento fosse intimado a reagir em contato com obras sublimes”, escreveu André Lhote em “Les Cahiers de la république des lettres, sciences et arts”. Infelizmente, nem sempre o visitante de uma instituição de arte consegue reagir e decodificar esse espaço sozinho.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) está empenhado em aproximar o público de suas exposições, oferecendo cursos gratuitos para professores da rede municipal e uma programação de férias repleta de atividades para famílias.
“Este é um trabalho em que todos ganham. Ganha o museu, a escola, o setor educativo e as famílias. É uma troca muito grande de arte, processos pedagógicos, vivências diferentes de educação formal e não formal”, explica Mirela Estelles, coordenadora do setor educativo do MAM. “Nossa missão é difundir conhecimento e trazer cada vez mais pessoas para perto.”
Elaborado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, de 29/06 a 24/08, está disponível o curso Experiências Poéticas e Experiências Educativas a partir da exposição “Elementar: Fazer Junto”, em cartaz no museu. Entre as atividades programadas para os encontros, está uma visita mediada à exposição com a equipe curatorial da mostra e do setor educativo.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas por meio do formulário online. Em setembro, haverá um novo ciclo. Os professores que participam da atividade têm pontos validados no sistema de avaliação da Prefeitura e ganham catálogos de exposições para integrar os acervos das bibliotecas das escolas em que trabalham.
“Os professores já entenderam esse espaço como lugar de aprendizagem, conhecimento e relacionamento. Eles vêm em busca de renovar suas práticas e se inspirar para levar outras propostas para a sala de aula”, ressalta.
Elementar: ir ao museu
Neste ano, o MAM comemora 75 anos, e a programação traz uma série de mostras comemorativas. “Elementar: Fazer Junto”, com curadoria de Mirela Estelles, Cauê Alves e Valquíria Prates, é uma celebração do setor educativo e reforça a importância deste trabalho para o museu. “A exposição nasce a partir da seleção de obras da coleção do MAM que tivessem relação com os elementos da natureza, considerando o acervo de conhecimentos e pesquisas do núcleo educativo”, explica Estelles.
Ao imaginar uma exposição que envolve, em sua concepção, uma equipe ligada à educação, rapidamente emergem as lembranças de instalações interativas. Não é o caso de “Elementar: Fazer Junto”. O visitante pode passear pela mostra inteira de forma apenas contemplativa, sem interagir com nenhuma das obras, se essa for sua vontade.
A participação do espectador consiste, em geral, em ver e refletir sobre os temas levantados na fricção entre os cerca de 70 trabalhos de artistas como Leda Catunda, Marcelo Moscheta e Cildo Meireles. Ao mesmo tempo, o visitante pode sentar nas cadeiras do coletivo OPAVIVARÁ, as quais são também obras, e apreciar o jardim do museu ou um trabalho.
“A exposição tem em seu cerne a educação. Nos textos de curadoria, que são poéticos e gostosos de ler, há proposições que conversam diretamente com o público. Há também inserções de produções do setor educativo. Dessa forma, nosso desejo é que o público não passe rapidinho, mas permaneça na exposição interagindo e refletindo sobre as obras expostas”, explica.
É possível assistir a vídeos feitos pela equipe durante o período de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, que apresentam, por meio de proposições poéticas, obras do acervo do MAM; jogar Minecraft no cenário do museu desenvolvido para o jogo; e quem quiser participar de maneira analógica pode usar os carimbos, dispostos em uma mesa no centro sala, com palavras que você encontra em todos os textos que guiam a mostra.
“A exposição foi permeada pela escuta das equipes do MAM de diferentes áreas. O que nos perguntamos durante o processo e propomos ao público refletir é: o que é elementar fazer junto? O que é elementar no trabalho de cada artista? O que podemos perguntar olhando para cada obra?”, conclui Mirela.
Durante o mês de julho, o MAM quer ainda “fazer junto” com o público uma série de atividades — algumas relacionadas à exposição. As inscrições devem ser feitas com 30 minutos de antecedência na recepção do museu. A participação nas atividades educativas garante a gratuidade nas exposições. Confira a programação.
01/07 (sáb) às 11h: Programa de Visitação
Visita aberta à exposição “Elementar: fazer junto” com MAM educativo
O MAM educativo convida o público a conhecer a mostra a partir de uma visita mediada que será acompanhada de experiências poéticas.
01/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Xirezinho: brincando com a natureza com Priscila Obaci
Xirê é uma palavra em yorubá que quer dizer “brincadeira”. Xirezinho é uma atividade musical, sensorial e formativa que propõe movimentações e interações a partir da relação dos elementos da natureza que cada Orixá representa.
02/07 (dom) às 11h: Domingo MAM + Arte e Ecologia
Desenho de observação das plantas presentes no Jardim de Esculturas com MAM Educativo
A partir da observação ativa da paisagem do jardim das esculturas do MAM São Paulo, que extrapolam a visão, o público será convidado a desenhá-la. Para tal, contaremos com uma sensibilização e disparadores poéticos para a contemplação do jardim.
02/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Jogar junto: Jogo de queimada + roda de conversa para corpos diversos com Coletivo Gaymada São Paulo Domingo MAM
A partir do jogo de queimada, a Gaymada São Paulo visa a acessibilidade do esporte para todas as pessoas, independente do tipo físico, idade, etnia, sexualidade ou gênero. Com foco na valorização e respeito à diversidade, este evento mescla ativismo e esporte com objetivo à democratização dos espaços públicos e ao direito às práticas esportivas.
04/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Brinquedos da terra: oficina de construção de brinquedos com MAM educativo
A terra é um elemento que sustenta a vida. Assim, propomos olhar para ela como uma ferramenta do brincar. Esta oficina presencial é um convite aos participantes para investigarem o que a terra nos entrega e assim criarem brinquedos que partam dela.
05/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Oficina de autorretrato com elementos da natureza MAM Educativo
Como nos vemos diante do universo que somos? Como nos identificamos enquanto parte da natureza? Nesta oficina propomos uma reflexão sobre como habitamos o espaço e como o espaço nos habita.
05, 12, 19 e 26/07 (qua) às 16h: Programa de Visitação
Para ler junto com equipe MAM Educativo
Para ler junto é o espaço de encontro que acontece todas às quartas-feiras do mês de julho, cada data será dedicada à leitura dos textos do catálogo da exposição Elementar: Fazer Junto e/ou textos selecionados pelo MAM educativo e convidadas/os.
06/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Riscadores com pigmentos naturais com Leonardo Sassaki
Diversos elementos que encontramos na natureza possuem potencial tintório e são usados para colorir o mundo, como alguns tipos de terras, temperos, flores e frutos. Nesta oficina conheceremos técnicas de produção e experimentação dos riscadores naturais.
06/07 (qui) às 19h00: Família MAM
Histórias no Jardim com Cristino Wapichana
A série de vídeos “Histórias no Jardim” convida o público para uma relação do lúdico e do brincar com as obras do Jardim, com narrações de histórias e apresentações musicais que contam com a participação de Ana Luísa Lacombe, Grupo êBA! e Grupo Sementeira. Nesta edição contamos com a presença do artista indígena Cristino Wapichana.
07/07 (sex) às 15h: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Experimentação com tintas naturais para bebês com MAM educativo
A partir de tintas produzidas de forma caseira com materiais naturais e comestíveis (trigo, maisena, gelatina, frutas e condimentos). A atividade é voltada para bebês de 0 meses a 2 anos.
08/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Narração de história: a onça e o fogo com Cristino Wapichana
Cristino Wapichana narra a história do seu livro A onça e o fogo, que resgata uma história indígena do povo Wapichana. O duelo entre a onça e o fogo é travado em um tempo fantástico, cheio de perigos e aventuras.
09/07 (dom) às 14h: Domingo MAM
Karaokê: Vozes negras
Inspirados pelo mês que marca o dia Nacional de Combate à Discriminação Racial e pelo dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o mam educativo convida o público a soltar a voz com músicas compostas e interpretadas por mulheres negras.
11/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Desenhando com elementos da natureza com MAM Educativo
Para os povos originários que já habitaram o local onde hoje é o Parque do Ibirapuera, objetos e paisagens que consideramos sem vida, são, na verdade, seres, que como a gente, tem sentimentos e se relacionam entre si. Nesta oficina, propomos um olhar atencioso para objetos que consideramos inanimados e sem vida na natureza, para construir coletivamente um quadro de proporção monumental.
12/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Narrativas fantásticas com MAM Educativo
Quais histórias podemos criar juntos? O que uma imagem ou palavra contidas em revistas e materiais impressos pode nos contar? Aqui nesta experiência a ideia é juntar os imaginários de cada um e elaborar uma narrativa fantástica coletiva.
13/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Percurso poético musical na exposição com Tamara David e MAM Educativo
Inspirada na exposição Elementar: Fazer Junto, o percurso poético musical com Tâmara Davi e MAM educativo propõem uma relação entre as artes visuais presentes na exposição e a música brasileira.
14/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Oficina de foto montagem
A partir de imagens das obras da exposição Elementar: Fazer Junto faremos releituras poéticas das obras, alterando-as por meio de papéis transparentes e da colagem.
15/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
“Passando de Raspão” com Núcleo Histórias de Comadres
O Núcleo Histórias de Comadres encontrou nos instrumentos musicais presentes no universo da Capoeira Angola a inspiração para criar narrativas e imagens.
16/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Breaking Ibira: Edição Lampião e Maria Bonita
Breaking ibira é um evento criado por b.boys e b.girls (nomenclatura atribuída a dançarinos de breaking) cujo objetivo é reunir b.boys e b.girls para celebrar a cultura hip hop, encontrar desafios através da dança e expressar sua criatividade e habilidade em suas sessions (sequência organizada de passos de breaking).
18/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Folhario: oficina de construção de móbiles com elementos da natureza com Amanda Paralela
Móbiles são peças formadas por estruturas horizontais nas quais diferentes elementos são pendurados por fios ou cordões para assim oscilar e dançar com o sopro do vento. Nesta oficina, construiremos pequenos e grandes móbiles, individuais e coletivos, a partir da coleta de elementos da natureza.
19/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Esse ateliê é pra dançar! com Amanda Paralela
Desenhar, pintar, modelar, bordar, recortar, escrever… num espaço de ateliê todas as linguagens artísticas são bem vindas, por isso nesta oficina abriremos espaço para a dança! Prepare um look confortável e contribua com a playlist da oficina inserindo suas músicas favoritas para dançar.
20/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Carimbo-mundo com elementos da natureza com mam educativo
Esta atividade propõe o olhar investigativo para as diferentes texturas e formas dos elementos da natureza. No percurso criativo, conheceremos técnicas de carimbos naturais, frotagem e outras.
21/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Gotas de flor: experimentações com tintas naturais com Leonardo Sassaki
Estamos acostumados a consumir produtos industrializados e nos esquecemos ou nem mesmo sabemos de onde eles vêm. Neste encontro, será experimentado a aquarela com tintas de flores através do processo de maceração, como funciona a coleta consciente da matéria e suas possibilidades.
22/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Oficina de danças e brincadeiras populares brasileiras com o Núcleo Histórias de Comadres.
A oficina explora passos, ritmos e musicalidade de diferentes danças populares e brincadeiras do Brasil como o Jongo, o Samba de Roda, o Afoxé, o Cacuriá, a Ciranda e o Coco.
23/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Visita à exposição Elementar: fazer junto com experiência poética com MAM Educativo
A exposição Elementar: fazer junto apresenta obras, experiências artísticas e educativas que fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. O MAM educativo convida o público a conhecer a mostra a partir de uma visita mediada que será acompanhada de experiências poéticas.
25/07 (ter) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM
Visita ao mundo MAM no Minecraft Education Edition com MAM Educativo
A partir da exposição que só existe na plataforma Minecraft: Educational Edition visitaremos o museu, seu Jardim de Esculturas e diversas obras de seu acervo dentro da plataforma do jogo. Trazendo reflexões sobre o concretismo, neoconcretismo e as intersecções entre jogo, educação e artes visuais.
25/07 (ter) às 19h: Contatos com a arte
Ressoar vozes de mulheres negras com Sansorai Oliveira
Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, data com o propósito de dar visibilidade ao papel da mulher negra na história brasileira. Apresentaremos artistas visuais que utilizam esta linguagem como manifestação de suas experiências cotidianas.
26/07 (qua) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Brincar junto no Jardim de Esculturas com MAM Educativo
A partir de um repertório especialmente selecionado pelo MAM Educativo, a atividade convida as crianças para uma maratona de brincadeiras ao ar livre no espaço do Jardim de Esculturas do mam.
27/07 (qui) às 14h30: Família MAM + Férias no MAM + Arte e Ecologia
Ser bebê é natural com Ana Thomé
Com ambiente planejado e propostas simples de exploração livre, ofereceremos aos bebês um momento para brincarem com a natureza junto de suas famílias.
27/07 (qui) às 16h: Contatos com a arte
Artistas mulheres no Museu de Arte Moderna com Amanda Falcão e Amanda Paralela
Neste encontro, convidamos o público para uma conversa sobre algumas artistas que fazem parte da história do museu, buscando a ampliação de repertórios e propondo reflexões sobre a diversidade e a potência da mulher no campo das artes.
28/07 (sex) às 10h30: Família MAM + Férias no MAM
Elementar: tecer junto com Amanda Falcão
Assim como os contos e as histórias, os trabalhos manuais estão presentes em nossa sociedade há milhares de anos, costurando fios entre gerações. Neste encontro propomos a interação entre as duas tramas assim como a ativação de um grande tear coletivo.
29/07 (sáb) às 15h: Família MAM + Férias no MAM
Uma gota de rio: criando pinturas líquidas
Em São Paulo, os rios estão por toda parte, por mais que não seja possível vê-los ao ar livre. Nesta oficina, brincaremos com gotas de tintas como se fossem as gotas dos rios, criando pinturas e desenhos líquidos para percorrer nossos caminhos.
30/07 (dom) às 15h: Domingo MAM
Criação de ficções: Oficina de experimentação com tinta spray com Daniel Cruz
Nesta oficina, utilizaremos nossa liberdade de composição para construir cenários com tinta spray, inspirados no grafite e na arte de rua, e os personagens de nossas histórias.
SERVIÇO:
Museu de Arte Moderna de São Paulo: Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera. Ter./dom.: 10h/18h. Ingressos a partir de R$12,50. Site: mam.org.br.
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta semana obras para melhorar a capacidade do sistema de drenagem no Jardim Carombé, na região da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia, na zona norte.
Os projetos, desenvolvidos pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), preveem a construção de duas novas galerias sob a avenida Manoel Bolívar, entre as ruas Hélcio da Silva e Laurindo dos Santos. As duas novas galerias terão 300 metros de extensão cada, e contarão ainda com a capacidade de reservar água.
Elas receberão o fluxo de água vindo do afluente do Córrego Bananal. A previsão é que os estudos sejam finalizados já em julho de 2023. O edital para contratação das obras deve ser publicado em agosto deste ano. O investimento previsto é de R$ 25 milhões.
Mais obras
Outra novidade para a região é um futuro piscinão, previsto no Plano Diretor de Drenagem da cidade. Os estudos iniciais apontam uma capacidade para armazenar até 60 mil m³ de água, o equivalente a 24 piscinas olímpicas.
Os investimentos na região da Subprefeitura da Freguesia / Brasilândia incluem também investimento de R$ 60 milhões em cinco obras para a redução de riscos e alagamentos.
De um pequeno sobrado na região de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, já foram capturadas imagens de mais de 5 mil meteoros. O responsável pelo feito é o geógrafo Sérgio Mazzi, também astrônomo amador e presidente da Associação Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).
Depois de conhecer a Bramon, ele instalou a primeira câmera em 2019, como um teste. “Eu gosto de fazer ciência. Era um desafio, aí logo na primeira noite ela pegou um meteoro e não parou mais”, conta. Logo veio a segunda câmera e, então, as seguintes. Hoje, já são 20: cinco funcionam durante o dia, e o restante monitora o céu à noite.
Outros integrantes da associação também têm as suas próprias câmeras, o que permite que o grupo determine, a partir da triangulação, parâmetros como a órbita de objetos celestes, sua provável origem, velocidade, ângulo e provável massa. “Elas mandam as imagens para um software, que analisa o movimento e consegue fazer a filtragem, se é um meteoro ou um avião. Aí a gente analisa esses dados e eles vão para o servidor”, explica.
Confira abaixo algumas das imagens captadas por Sérgio e as câmeras que ele utiliza:
A astronomia é uma paixão antiga de Sérgio e influenciou, inclusive, a escolha de sua formação profissional: “É uma das coisas que me move, desde que me conheço por gente”. Entre os objetos mais interessantes e inusitados que já capturou em suas câmeras, ele lista alguns meteoros grandes, a aceleração de uma sonda chinesa que está em Marte e alguns balões soltos ilegalmente, em chamas.
A dedicação à observação do céu na cidade de São Paulo tem seus desafios. “Tem a poluição luminosa, a poluição do ar, às vezes o clima não é legal por causa da nebulosidade. Mas a gente é resistente e, mesmo assim, conseguimos contribuir com a pesquisa”, afirma.
Relevância científica
O objetivo, da atuação pessoal de Sérgio e também da Bramon, é contribuir para pesquisas na área e para que cientistas, não apenas brasileiros, consigam encontrar meteoritos — nome que recebe o que resta do meteoro após o contato com a atmosfera. Prestam apoio, por exemplo, para o grupo Meteoríticas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), composto em sua maioria por cientistas mulheres.
A colaboração é possível porque, analisando as órbitas de meteoros, asteroides ou cometas, o local da queda pode ser estimado. “Quando você consegue achar um objeto desse, é como se uma nave espacial tivesse pego uma amostra de um planeta ou de um asteroide. Então, você consegue analisar sem precisar fazer uma viagem espacial”, pontua Sérgio.
As imagens capturadas podem, também, ajudar a solucionar dúvidas sobre objetos celestes avistados. Nesta semana, luzes azuladas e esverdeadas geraram um debate sobre do que se tratava: um meteoro, pedaço de rocha atraído pelo campo gravitacional da Terra, ou lixo espacial voltando à atmosfera do planeta — hipótese defendida por astrônomos ligados ao Observatório Nacional.
Para a Bramon, no entanto, o corpo avistado é um objeto natural, ou seja, um meteoro. A informação, segundo Sérgio, pode ser comprovada a partir de dados como a velocidade e o ângulo do objeto, assim como uma comparação com a trajetória do satélite chinês que seria a origem do lixo espacial.
Rede de colaboradores
As câmeras utilizadas por Sérgio variam bastante, das mais baratas às mais caras. “Cheguei a comprar duas por cinquenta e seis reais, que o pessoal estava se desfazendo. Fiz uma modificação e elas trabalham hoje observando o céu”, diz.
Como presidente da Bramon, ele diz que um dos objetivos da associação é aumentar a sua rede de operadores de câmeras — hoje bastante concentrada no sudeste. “A gente tenta incentivar quem gosta disso a montar uma estação e agregar dados.” Aos interessados, basta entrar em contato com a Bramon e seguir as orientações de instalação da câmera e do software usado, para que as imagens façam parte do banco de dados dos pesquisadores.
A Vila Leopoldina é conhecida por, além de abrigar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), seus galpões de antigas indústrias da cidade. Muitos desses galpões hoje em dia, porém, estão sem uso.
Uma dessas áreas desocupadas será destinada ao Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina (PL 428/2019).
O PIU foi aprovado definitivamente com 48 votos Favoráveis no último dia 7 de junho na Câmara de Vereadores, após uma discussão de 7 anos.
Entre os principais objetivos do PIU Vila Leopoldina, está o incentivo de Construções de Habitação de Interesse Social para 835 famílias. O esvaziamento dessas antigas áreas industriais era uma preocupação do arquiteto e urbanista Philip Yang, fundador do Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole, que trabalhou no desenvolvimento desse PIU.
“São Paulo é uma cidade que se desindustrializou, deixando muitas áreas industriais ociosas com potencial urbano e imobiliário extraordinário. As decisões sobre o futuro desses espaços determinarão o futuro da cidade”, explica Yang em entrevista ao Expresso Bairros.
Previsto no plano diretor aprovado em 2014, o PIU é instrumento que permite a instituições privadas manifestar interesse em realizações de intervenções urbanísticas para transformar locais da cidade buscando atender ao interesse
público.
Ceagesp
O projeto destinado ao PIU Vila Leopoldina propõe a urbanização de uma área de 300 mil metros quadrados, entre elas o Ceagesp e o Parque Villa-Lobos, onde havia antes indústrias, em sua maioria do grupo Votorantim, e terrenos públicos.
O projeto, idealizado pela Votorantim, SDI, BVEP e URBEM, visa à verticalização da região, com a construção de prédios para diferentes faixas de renda, abertura de vias, implantação de comércios, serviços e equipamentos públicos ao longo de 15 a 20 anos. Além dos prédios comerciais, o principal destaque da proposta é a construção de habitações de interesse social para famílias que residem nas comunidades da Linha e do Nove, juntamente com o retrofit do Cingapura Madeirite.
O investimento privado previsto é de R$ 200 milhões. A contrapartida do governo municipal é a ampliação do limite de área construída, que pode variar de um mínimo de 203 mil m² a um máximo de 500 mil m².
Diferentemente de outros PIUs em discussão na cidade, o da Vila Leopoldina se distingue por abranger uma área menor. Para efeito de comparação, o PIU Setor Central, no centro da cidade, engloba uma área de 2.098 hectares, quase 70 vezes maior que a da Vila Leopoldina.
O projeto agora seguirá para a fase de leilões, na qual será escolhido o agente da iniciativa privada responsável por executar as obras.
“Além do desenvolvimento imobiliário, o PIU promove melhorias urbanas no bairro, como o assentamento das famílias que atualmente vivem em condições precárias, o desenho de ruas com calçadas mais largas e amigáveis, o surgimento
de novos estabelecimentos comerciais e espaços corporativos. A diversidade de pessoas de diferentes classes sociais convivendo em um mesmo bairro é algo extremamente saudável para a sociedade”, conclui.