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Guarapiranga

Ações de moradores ajudam a limpar a Guarapiranga

Moradores dos bairros de Cidade Dutra, Jardim Ângela e Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo,  desenvolvem projetos de limpeza na Represa Guarapiranga que, juntos, já retiraram mais de 150 toneladas de resíduos do local, responsável por 22% do abastecimento de água na Região Metropolitana.

O reservatório sofre com um histórico processo de degradação ambiental provocado pela ocupação irregular, desmatamento e descarte de resíduos sólidos, entre outros fatores.

Com objetivo de conscientizar a população acerca da importância da sustentabilidade, reciclagem e o papel da comunidade para enfrentar os desafios socioambientais a partir da limpeza na represa, as ações são realizadas, geralmente, aos fins de semana. O público-alvo abrange de crianças a idosos.

Interligados, os projetos seguem o mesmo modelo: no dia da atividade, o público é convidado a levar um alimento para o café da manhã comunitário. Depois, especialistas voluntários, como biólogos, abordam noções de sustentabilidade e, em seguida, os participantes vão a campo recolher resíduos nas margens e na água. Ao final, é feita a destinação do material aos serviços de coleta da Capital ou para a reciclagem.

Para participar, compareça no dia e horário das ações divulgadas nos perfis das redes sociais dos três projetos selecionados pelo Estadão Expresso Bairros:

 

Jardim São Luís

Morador desde 1980 do bairro Jardim São Francisco, no distrito Jardim São Luís, Marcos Campos, de 45 anos, conta que a primeira lembrança de limpar a represa remonta à infância. A atitude levada como brincadeira o alçou para o ativismo ambiental. Tanto que em 2011 resolveu criar um bloquinho de Carnaval para abordar conceitos sustentáveis e a situação do reservatório.

O que começou como folia e ações esporádicas virou um chamado para a comunidade limpar regularmente a porção da represa situada no distrito do Jardim São Luís. Desde 2019, quando se estruturou, o projeto já recolheu cerca de 50 toneladas de resíduos do reservatório nas ações realizadas no segundo fim de semana de cada mês.

Outro foco é a geração de renda. Após a pesagem, Campos diz que cada participante pode receber entre R$ 60 e R$ 70 com a venda do material recolhido para um fintech que processa esses itens. Costuma participar um público que varia de 15 a 60 pessoas por encontro.

Jardim Ângela

A cada 20 dias, no bairro Riviera Paulista, no distrito Jardim Ângela, um grupo de pessoas se organiza para limpar a represa. Geralmente, a ação ocorre no terceiro final de semana do mês. Embora englobe um público diverso, o foco são as crianças e adolescentes.

Para despertar o interesse do público infanto-juvenil, são realizadas gincanas para aliar a brincadeira a atividades de coleta, que são acompanhadas por monitores. Participa das ações um público que oscila entre 30 e 60 pessoas. Desde a criação em 2018, o projeto já coletou mais de 70 toneladas de resíduos do local. A maioria provenientes de residências, como colchões e móveis.

Cidade Dutra 

No bairro Interlagos, que faz parte do distrito de Cidade Dutra, o desafio de Genival Lopes é convencer as pessoas sobre a responsabilidade de cuidar da represa para evitar que o uso recreativo dela fique impraticável. “A gente sabe que não vai conseguir limpar tudo, mas quer levar a pessoa lá para ela entenda onde vai parar o lixo que ela joga no chão”, afirma.

Normalmente, a limpeza se dá no último fim de semana do mês ou em datas temáticas ligadas ao meio ambiente. A frequência varia, em média, de 40 a 100 participantes. Desde agosto de 2020, quando o projeto iniciado em 2019 passou a reunir os dados, foram recolhidos mais de 30 toneladas de resíduos. Também já foram plantadas mais de mil árvores nativas da Mata Atlântica para reflorestar a área.

Vigilância

A Guarda Civil Metropolitana contribui fazendo o patrulhamento náutico na represa e em suas praias para fiscalização e preservação do ambiente. E a Guarda Ambiental executa de forma periódica ações de conscientização em escolas municipais por meio do Projeto Educam, em que são abordados temas relacionados à preservação do meio ambiente de forma geral.

 

Como participar  

Projeto Limpeza na Represa Guarapiranga – Jardim São Francisco
Onde: rua Itupú, 134-324 – Chácara Vista Alegre
Como participar: acompanhar divulgação de chamadas no Instagram

Projeto Limpeza na Represa Guarapiranga – Riviera Paulista
Onde: rua Açucena Campos, na altura do nº 215
Como participar: acompanhar divulgação de chamadas no Instagram

Projeto Limpeza na Represa Guarapiranga – Interlagos
Onde: avenida Atlântica, altura do nº 3834
Como participar: acompanhar divulgação de chamadas no Instagram ou Facebook

 

Abel Serafim

 

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Subprefeitura Freguesia do Ó - Igreja Nossa Senhora do Ó

Conheça a Subprefeitura Freguesia do Ó/Brasilândia

Conhecer as autoridades públicas de sua cidade para cobrar delas serviços de qualidade é fundamental para o cidadão preocupado com o local onde vive, mora ou trabalha.

Por conta de suas grandes dimensões, um município como São Paulo requer uma administração descentralizada. A capital paulista compreende várias “cidades” dentro dela, cada qual com suas características geográficas, populacionais e sociais diferenciadas.

Se levado em consideração o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada bairro, veremos que as diferenças são enormes. Por isso, em 2002 a cidade foi dividida em regiões administrativas semi-autônomas, anteriormente chamadas de Administrações Regionais e hoje denominadas de Prefeituras Regionais ou Subprefeituras.

Para entender tal divisão, o Estadão Expresso Bairros vem produzindo esta série, contando com a ajuda da inteligência artificial. Hoje você fica sabendo mais sobre a Subprefeitura Freguesia do Ó/Brasilândia, na zona norte.

Sua sede fica na João Marcelino Branco, 95, na Vila dos Andrades, onde o cidadão pode solicitar serviços como emissão de uma certidão, guia para saldar um imposto, informações sobre coleta de lixo, fazer pedidos de obras, iluminação, emitir a senha web para serviços municipais e outros assuntos. Essa subprefeitura é responsável por administrar uma área de 32 km² com aproximadamente 410 mil habitantes.

O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e deve ser agendado pelos telefones 3981-5000 e 156 ou pelo Portal SP 156. O atual subprefeito da região é o administrador Sérgio Gonelli.

História

A Freguesia do Ó é um dos bairros mais antigos da cidade, remontando a antigas fazendas que datam de 1580, nas margens do Rio Tietê. Já o distrito da Brasilândia, o outro que compõe a área dessa sub, teve sua urbanização acelerada na década de 1930, após o loteamento de antigas chácaras da região onde era plantada cana-de-açúcar.

A região é bastante verde e compreende locais históricos da cidade, como o tradicional Largo da Matriz da Freguesia do Ó. A praça é cercada por bares e restaurantes, além de ser palco de atividades culturais, show e exposições, contando ainda com uma agitada vida noturna.

Ao centro, fica a Igreja de Nossa Senhora do Ó, construída em 1901, após a igreja anterior ter sido destruída em um incêndio, em 1896. Trata-se de um dos grandes ícones do bairro.

Abaixo os bairros sob responsabilidade desta subprefeitura:

● Chácara do Rosário
● Chácara Domilice
● Chácara Nossa Sra. Aparecida
● Conj. Res. Prestes Maia
● Itaberaba
● Jardim Adélia
● Jardim Cachoeira
● Jardim Iracema
● Jardim Maristela
● Jardim Monjolo
● Jardim Monte Alegre
● Jardim Noêmia
● Jardim São Marcos
● Moinho Velho
● Nossa Senhora do Ó
● Pq. Dom Luís
● Pq. Mandi
● Pq. Monteiro Soares
● Vila Acre
● Vila Albertina
● Vila Amélia
● Vila Arcádia
● Vila Bancária Munhoz
● Vila Bela
● Vila Bracáia
● Vila Brito
● Vila Bruna
● Vila Cardoso
● Vila Cavatton
● Vila Cruz das Almas
● Vila do Congo
● Vila Dona América
● Vila Gonçalves
● Vila Hebe
● Vila Iara
● Vila Iório
● Vila Ismênia
● Vila Júlio César
● Vila Manuel Lopes
● Vila Mariliza
● Vila Marilu
● Vila Marina
● Vila Miriam
● Vila Morro Grande
● Vila Morro Verde
● Vila Nívea
● Vila Palmeiras
● Vila Peruccio
● Vila Picinin
● Vila Portuguesa
● Vila Primavera
● Vila Progresso
● Vila Ramos
● Vila Regina
● Vila Sá e Silva
● Vila Santa Delfina
● Vila São Francisco
● Vila São Vicente
● Vila Schmidt
● Vila Simões
● Vila Siqueira
● Vila Timóteo
● Vila União
● Vila Zulmira Maria
● Brasilândia
● Jardim Maracanã
● Parque Hollywood
● Parque Itaberaba
● Jardim Magali
● Jardim Elísio
● Jardim Alvorada
● Jardim Almanara
● Vila Elias Nigri
● Jardim Irene
● Vila Rica
● Vila Penteado
● Parque Pedroso
● Vila Souza
● Jardim Ondina
● Jardim Ana Maria
● Vila Ismênia
● Parque Belém
● Jardim Elisa Maria
● Parque Tietê
● Jardim Ladeira Rosa
● Vila Terezinha
● Vila Dulcina
● Vila Isabel
● Vila Áurea
● Vila Nina
● Jardim dos Guedes
● Vila Serralheiro
● Jardim do Tiro
● Vila Itaberaba
● Vila Icaraí
● Vila São João Batista
● Vila São Joaquim
● Jardim Paulistano
● Jardim Carombé
● Jardim Guarani
● Jardim Princesa
● Jardim Damasceno
● Jardim Paraná
● Jardim Vista Alegre
● Jardim Recanto
● Jardim dos Francos

 

As informações que compõem esse texto foram estruturadas pelo ChatGPT com a supervisão de um jornalista. A ferramenta de inteligência artificial será utilizada apenas para conteúdos relacionados a serviços públicos, de modo a organizar de forma clara e ágil dados disponíveis na internet.

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Centro de Memória do Circo

Instituição resgata tradição circense do Largo do Paissandu

Quem frequenta o Largo do Paissandu, hoje, talvez tenha dificuldade de imaginar que o local já foi um ponto efervescente da cultura circense. Mas os indícios estão por ali. A atual rua Abelardo Pinto, nome de batismo do icônico palhaço Piolin (1897–1973), era chamada de Beco do Paissandu, onde os circos eram instalados.

“O Paissandu é um dos sítios históricos mais importantes para o circo brasileiro”, ressalta Veronica Tamaoki, coordenadora do Centro de Memória do Circo (CMC). Ou seja, seria difícil encontrar um lugar melhor para receber a instituição, que funciona dentro da Galeria Olido, na avenida São João, 473.

O CMC foi fundado em 2009, quando a prefeitura adquiriu os acervos de duas importantes famílias circenses: o do Circo Nerino (1913 – 1964), um dos mais antigos, e o do Circo Garcia (1928 – 2003), um dos mais longevos. A coleção tem, entre documentos, fotos, figurinos e objetos, cerca de 80 mil itens. “O coração do nosso Centro de Memória é o acervo”, afirma Veronica.

Parte dele está exposto na mostra permanente “Hoje tem espetáculo”. A exposição traz uma linha do tempo contando a história do desenvolvimento do circo no Brasil, além de itens de apresentações. Estão expostas as espadas de Yorga, um dos últimos engolidores de espadas brasileiro; áudios de apresentações de palhaços, como o do Carequinha, e uma imensa maquete, elaborada pelo mestre Maranhão, que retrata as etapas de montagem da tenda de  circo e várias cenas que faziam parte do cotidiano dos artistas.

Hoje tem palhaçada? Tem, sim, senhor!

A instituição também tem uma programação dinâmica, realizando exposições temporárias, apresentações de rua com artistas circenses, além de pesquisas documentadas em publicações. “Reunir a documentação é importante, mas temos também de gerar conhecimento a partir do nosso acervo”, diz Verônica.

Nesta sexta-feira, 5 de maio, o CMC abriu a exposição “Perucas do Circo Teatro Nerino”, que mostra a importância do circo teatro, que trazia, além dos números circenses, apresentações de peças dramatúrgicas. O site da instituição, cujo endereço é:  www.memoriadocirco.org.br, começa a funcionar nesta segunda-feira (8), às 19h.

Em 11 de maio, acontece a exibição do filme “Fragmentos Sobre a Saudade”, às 13h; e, dia 29, o Picadeiro aberto, onde artistas podem se apresentar. Entre os dias 8 e 29, estão programados os Encontros de Estudos da Palhaçaria, das 14 às 17h. Todas as atividades são gratuitas e não necessitam de inscrição prévia. Para marcar uma visita monitorada ao espaço, basta agendar pelo e-mail  memoriadocirco@gmail.com.

 

Serviço

Centro de Memória do Circo (dentro da Galeria Olido)
Av. São João, 473
Seg.: 10h/18h; Qua./sex 10h/18h. Sáb./dom.: 13h/18h
Site:  www.memoriadocirco.org.br .

 

Karina Sérgio Gomes

 

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Biblioteca na zona sul é referência em cultura afro-brasileira

A Biblioteca Municipal Paulo Duarte, na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo, conta com um acervo com mais de 3,2 mil obras sobre a cultura afro-brasileira para consulta e empréstimo. Fundada em 1980 e especializada desde 2012, abriga, no total, mais de 38,9 mil livros.

Para abordar o tema, são promovidos eventos e oficinas mensais, como saraus e rodas de conversa com escritores. A biblioteca ainda oferece espaço de livros infantis e apoio do projeto Lendo na Biblioteca, da professora Andrea Bregiero, que media leituras para crianças, conforme agenda mensal do local.

“A Paulo Duarte é como uma caixa de memória na qual temos segurança de que há um olhar mais humanizado para negritude”, afirma Nelson Moraes, professor de língua portuguesa da rede municipal. Durante seu mestrado, ele frequentava a biblioteca pela facilidade de encontrar referências para pesquisa sobre o assunto.

Agora, ele retorna ao espaço como participante de um projeto de extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que começa este mês, para falar a respeito da produção de autores negros associada à realidade da região.

A biblioteca está aberta a apresentações de projetos, desde que atendam ao enfoque do espaço. Para isso, entre em contato pelo e-mail:bmpauloduarte@gmail.com.

O empréstimo de livros está condicionado à inscrição presencial. O interessado deve apresentar no setor de atendimento um documento de identidade e um comprovante de residência recente. O cadastro tem validade de um ano. O funcionamento da biblioteca é de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 10h às 14h. Cerca de 40 pessoas visitam o local por dia, em média.

 

ONDE

 Rua Arsênio Tavolieri, 45 – Jardim Oriental

 

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Teatro de Contêiner leva peças e ações sociais ao centro

Com quantos contêineres se faz um teatro? Para construir o seu espaço, a Cia de Teatro Mungunzá precisou de 11. O grupo mapeou, em 2016, terrenos ociosos da Prefeitura de São Paulo. Próximo ao galpão onde ensaiavam, na rua Prates, encontraram um espaço de mil metros quadrados na rua dos Gusmões, 43, e pediram licença ao poder municipal para usar o local por três meses.

O projeto no centro deu tão certo que o grupo segue lá há quase sete anos, expandindo sua atuação para além das artes cênicas e trabalhando como parceiro da prefeitura.

“Éramos um grupo de teatro mambembe. Andávamos com as nossas caixas e nos adaptamos às tomadas de cada lugar que nos apresentamos. Então, sabíamos o que um teatro precisava ter”, explica Lucas Beda, um dos integrantes da Mungunzá.

O espaço é versátil, o palco pode ser montado tanto no formato tradicional, de palco italiano, quanto em arena. As paredes envolta são de vidro, permitindo que o exterior faça parte da cena. A plateia comporta até 99 pessoas.

O ator ressalta que o comum dos grupos de teatro é alugar espaços para montar seus espetáculos, mas ter o próprio espaço ajuda a criar uma cultura local e uma relação de pertencimento. “Existe uma força aqui presente na potência desse espaço ser de um grupo de teatro. Podemos dizer que aqui é o nosso lugar”, afirma. Além de montar suas próprias peças, a companhia recebe projetos relacionados às artes cênicas, visuais e música de outros proponentes.

Arte & Social

Estar no entorno da Cracolândia fez com que o grupo se envolvesse com projetos de redução de danos que atuam na região e também conversassem com as pessoas em situação de rua disponibilizando banheiro, para quem quisesse usar.

No terreno do teatro há mesas, bancos, uma horta e um parquinho para crianças. Quem estiver passando e tiver vontade de entrar, o portão fica aberto. “Quando viemos para cá, havia pessoas morando na calçada. Sempre mostramos que somos um espaço aberto para o diálogo”, lembra Beda.

O teatro ocupa a maior terreno, que abriga ainda projetos sociais como o Coletivo Tem Sentimento, ação de geração de renda com e para mulheres cis e trans que vivem em situações de vulnerabilidade nos arredores da Cracolândia; e o Parque Gráfico, que desenvolve atividades que unem arte e redução de dados, como Pagode na Lata e Birico.

O espaço recebe também projetos da prefeitura, como a oficina Vocacional, programa gratuito de formação artística para jovens e adultos, que está com inscrições abertas.

Na programação teatral deste ano, o grupo irá remontar seus sucessos como “Poema suspenso para uma cidade em queda” e “Era uma era”. Em cartaz até 8 de maio, está a peça “Macbeth”, montagem do grupo Eco Teatral — ingressos a partir de R$ 5.

 

Onde

Teatro de Contêiner
Rua dos Gusmões, 4, Santa Ifigênia
Site: www.ciamungunza.com.br.

 

Karina Sérgio Gomes

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Artista vizinho do “Velho Chico” expõe na Vila Leopoldina

Ao cair da noite, nas margens do rio São Francisco, surgem os muruins. “Os muruins são uns mosquitinhos pequenos que irritam, mas não tem o que fazer. Se você for ver o pôr do sol na beira do rio, ele estará ali com você”, explica o artista davi jesus do nascimento (cujo nome gosta de escrever em letras minúsculas).

Atento ao som das palavras e tudo que acontece nas margens do Velho Chico, davi batizou sua primeira exposição individual em São Paulo com o título “Na boca da noite, os muruins”, em cartaz no Instituto Çarê, na Vila Leopoldina, até 24 de junho.

davi é como os muruins: uma presença delicada, mas impossível de passar imperceptível. O jovem, de 26 anos, também vive à beira do rio São Francisco. Nasceu e mora em Pirapora, cidade ribeirinha no norte de Minas Gerais. As referências geográficas são importantes para situar e entender o trabalho de davi. Após morar cinco anos em Belo Horizonte, o artista voltou para sua cidade natal e compreendeu que estar ali era fundamental para sua produção.

“Viver a experiência do dia a dia de estar no meu território faz com que o meu trabalho se torne mais verdadeiro. Porque eu não estou aqui passando uns dias, eu vivo aqui”, afirma.

As primeiras referências artísticas de davi vêm de seu círculo próximo: o primo Jorge, escultor carrancas, e o pai,  marceneiro, de quem herdou o nome Davi Jesus Nascimento.

Na atual mostra em cartaz, o artista apresenta todo esse universo familiar não apenas de sangue, mas de afeto. Começando pela cor marrom das paredes do espaço expositivo, pintada com tinta colorida com pigmentos vindos da terra, o tom está presente na maioria das obras: no sépia das fotografias de família, na madeira e no tamarindo usados nas instalações, nos desenhos e nas aquarelas.

Na série “gritos de alerta”, que abre a exposição, davi explora outra imagem muito presente em seu trabalho, a carranca. A partir do símbolo visto nas proas das embarcações que navegam no rio São Francisco, o artista cria um hieróglifo próprio. Com palavras em português, o artista mostra-se um guardião da oralidade de Pirapora. “Minha escrita é baseada na experiência de conversa cotidiana que tenho com a minha família. Costumo dizer que falo o dialeto barranqueiro”, ressalta.

Preservar, observar e ressignificar são verbos-chave para compreender a obra de davi, que trabalha como um arqueólogo de suas origens, recolhendo fotografias e vestígios de sua família e de sua cidade.

Em uma das salas, uma foto de sua mãe, Eliane Vieira do Nascimento, está fixada na parede com pregos grossos de uma antiga embarcação — o artista guardou esses pregos durante muito tempo até decidir como usá-los. Em um antigo galão de combustível de barco, fez uma instalação sonora com um áudio de sua bisavó paterna, Francisca Reis, que viveu até os 104 anos.

O jovem não traz só suas raízes para o eixo comercial Rio-São Paulo, mas faz questão de que galeristas, colecionadores e curadores que queiram conhecer a sua produção viajem até Pirapora, que está a 350 km de Belo Horizonte. “É do curso do trabalho. Acho bom ver as coisas saírem daqui de um jeito cuidadoso, afinal, é daqui que tudo nasce”, conclui.

De margem a margem

Assim como davi vive às margens de um rio, o Instituto Çarê, onde a exposição está em cartaz, fica também às margens — à margem do circuito de arte da zona oeste paulistana, centralizado em Pinheiros, Vila Madalena e Jardins, e próximo das margens do rio Pinheiros. “Aqui, na vila Leopoldina, não temos aparelhos culturais parecidos com o Çarê”, afirma Fabrício Lopez, diretor na instituição.

O Çarê foi inaugurado em 2019 com intuito de promover projetos que envolvam artes, música, educação e pesquisa. O espaço funciona como braço cultural do Instituto Acaia, uma escola experimental que atende em sua maioria crianças e adolescentes das favelas do Nove, da Linha e do Conjunto Habitacional Cingapura Madeirite, próximas à Ceagesp, em São Paulo.

Desde sua abertura, o instituto já promoveu duas exposições, a primeira  “Axs Nossxs Filhxs”, da artista plástica LIA D Castro, em 2019, e uma individual do artista americano Fred Sandback (1943–2003), em 2022. A ideia é montar pelo menos duas exposições ao ano, uma em cada semestre. “Na boca da noite, os muruins” abre o ano expositivo de 2023 do Çarê.

“Fizemos uma primeira exposição internacional, que foi muito bonita, mas estava deslocada do que é o centro de gravidade do instituto. Aí, vem o davi com quem acertamos no alvo. Um artista jovem brasileiro com uma linguagem contemporânea e universal, mas que fala e trabalha a partir de um centro regional”, explica Lopes.

Além da exposição em cartaz até 24 de junho, nos próximos dois meses o Çarê traz, em sua programação, atividades gratuitas que envolvem música, literatura e cinema. Confira:

  • 19 de maio: show Jean Garfunkel duo — O Sertão na Canção.
  • 20 de maio: rodas de leitura de Guimarães Rosa com Cecília Marks e o ator Odilon Esteves.
  • 2 de junho: show com Pedro Surubim, Priscila Magela, Anabel Andrés e Bicho Carranca.
  • 3 de junho: sessão de cinema comentado com o coletivo Cine Barranco.

 

Serviço

Instituto Çarê: R. Dr. Avelino Chaves, 138, Vila Leopoldina.
Ter./sáb.: 13h/18h.
Instagram: @institutoculturalcare. Grátis.

 

Karina Sérgio Gomes

 

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Bivalente chega a público acima de 18 anos neste sábado

A partir deste sábado (6), a Prefeitura de São Paulo amplia a vacinação com a Pfizer bivalente para toda população acima de 18 anos de idade. Apenas pessoas acima de 40 anos estavam recebendo o imunizante na Capital paulista até esta sexta.

Segundo a Prefeitura, a Capital recebeu na noite da última terça-feira (2), mais de 1 milhão de doses do imunizante que serão distribuídas para as 470 Unidades Básicas de Saúde. Desde o dia 27 de fevereiro, até o momento, a cidade aplicou 1.344.167 doses da vacina.

A imunização com a Pfizer bivalente é recomendada a quem completou o esquema básico de vacinação ou que já recebeu uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da mais recente dose recebida.

Também no sábado, a Secretaria Municipal da Saúde realiza o Dia D de multivacinação, com vacinas contra a Covid-19, influenza (vírus causador da gripe), vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela, BCG, pentavalente, pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), com a atualização de carteirinhas de vacinação de crianças e adolescentes com imunizantes disponíveis de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Além disso, as UBSs da capital entregarão aos adolescentes que comparecerem às unidades para se vacinar, a Declaração de Vacinação Atualizada (DVA), que deverá ser preenchida e entregue à escola em que o aluno está matriculado. A entrega da DVA tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os estudantes dos ensinos fundamental e médio, principalmente contra o HPV. A escola fará a sensibilização dos adolescentes sobre importância da imunização.

Para essas ações, todas as UBSs estarão abertas das 8h às 17h, e as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, das 7h às 19h.

Saiba mais sobre a vacinação na página Vacina Sampa.

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Ação social em Sapopemba terá show de Patati Patatá

A Subprefeitura Sapopemba divulgou a realização de um evento neste sábado, 6, com apresentações musicais e ações sociais. Para os pequenos, a dupla de palhaços Patati Patatá se apresentará a partir das 12 horas. Depois, artistas locais trarão um repertório variado, com sucessos da MPB, além da banda gospel Servos e o DJ Pantera.

Na parte social, o público terá acesso a testes de visão, limpeza de óculos, cortes de cabelo, dicas de empreendedorismo e testes rápidos de HIV e sífilis. Tudo isso ocorrerá na Rua de Lazer do Teotônio Vilela, localizada na avenida Arquiteto Vilanova Artigas.

Ruas de Lazer

O programa Ruas de Lazer é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Seme) que teve início na década de 1970. A ideia é transformar as ruas da cidade em ambientes de convivência e estimular o uso dos espaços públicos, criando a oportunidade para a organização de atividades de lazer e recreação.

As Ruas de Lazer fazem parte das atrações culturais oferecidas pela cidade, como parques, museus e teatros, mas com o diferencial de estarem mais próximas das casas da população. De acordo com a Seme, o programa garante a preservação de iniciativas culturais e esportivas que partem da comunidade e cria espaço para a expressão dessas manifestações.

 

Serviço

Ação cultural e social da subprefeitura de Sapopemba
Data: 6/5 (sábado)
Horário: Das 12h às 21h
Endereço: Avenida Arquiteto Vilanova Artigas, altura do número 1255

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Feira preserva a herança cultural do leste europeu

Uma vez por mês, os paulistanos têm um encontro marcado com um evento que traz o leste europeu para perto de casa. A Feira Cultural Leste Europeia ocorre sempre em um domingo, das 10 às 17 horas, e conta com uma variedade de artesanatos e especialidades culinárias da região em suas 70 barraquinhas, na Vila Prudente, zona leste de São Paulo.

Para quem está em busca de um presente para o Dia das Mães, a próxima edição será neste domingo, 7, e terá pratos típicos e artesanatos especiais para a ocasião.

Frequentemente, a feira também abre espaço para shows folclóricos ou artísticos e oficinas culturais. Na edição deste fim de semana, o entretenimento fica por conta da apresentação de pop rock de Fábio Giorgi e Dudu Miralles — que incluirá sucessos dos países bálticos e eslavos. O início do show está previsto para às 12h.

O evento começou com os feirantes distribuídos em dez barracas, próximo ao Largo da Vila Zelina. Atualmente, está localizada rua Aracati Mirim, bem ao lado do Parque Ecológico de Vila Prudente.

“O lazer cultural da feira se alinha com o lazer esportivo e de contemplação do CEU (Vila Alpina) e do parque, em harmonia com o trânsito, moradores e comércio locais”, descreve Victor Gers Junior, vice-presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes do Bairro de vila Zelina (Amoviza), que organiza o evento.

Ele conta que o número de visitantes varia ao longo do dia, e que o público é majoritariamente composto por pessoas de outros bairros e cidades de São Paulo. Na Feira Cultural Leste Europeia, podem ser encontrados produtos típicos da Rússia, Ucrânia, República Tcheca, Hungria, Polônia, Romênia, Bulgária, Croácia e Lituânia.

As opções gastronômicas são variadas; um verdadeiro mergulho nas tradições dos povos eslavos:

• Vareniki (Rússia), massa caseira recheada com batata (semelhante ao ravióli);
• Siliotka (Rússia), prato feito com peixe salgado e curtido;
• Pelmeni (Rússia), bolinho de massa fina recheado com carne (semelhante ao capelete);
• Bureka (Bulgária), rosquinhas folheadas;
• Milina ou Milinka (Bulgária), pão doce recheado com queijo;
• Pinene Knedlik (República Tcheca), pãozinho cozido;
• Becherovka (República Tcheca), licor de ervas;
• Kugelis (Lituânia), bolo salgado feito com batatas;
• Krupnikas (Lituânia), licor lituano feito com álcool de cereal, mel e especiarias;
• Chachlik (Hungria), espeto de churrasco misto;
• Kváss (Rússia), bebida fermentada com sabor que remete à cerveja e à sidra.

Já no quesito artesanato, estão entre as opções artigos de arte ucraniana em porcelana, peças de marchetaria búlgara (técnica de ornamentação em madeira), arte em couro da Romênia e as tradicionais matrioscas russas, conjunto de bonecas de madeira.

Divulgação cultural

Desde o início da vinda de imigrantes russos para o Brasil, a Vila Alpina e a Vila Zelina se destacaram como um reduto para essa população. Segundo o Consulado da Lituânia no Brasil, a estimativa é que antes da década de 1940 a população de lituanos e descendentes superasse 40 mil pessoas no Brasil. Após a Segunda Guerra Mundial, grupos vindos do leste europeu passaram a se concentrar na região — formando, por exemplo, uma das maiores colônias lituanas do mundo.

Segundo Victor, o empreendedorismo da comunidade de descendentes de imigrantes ajuda a divulgar a cultura dos povos do centro e leste da Europa. “Atualmente, por possuir o aspecto cultural forte herdado da imigração, podemos dizer que a região de Vila Zelina é um exemplo de harmonia e confraternização destas culturas ao mundo”, salienta.

Serviço

Feira Cultural Leste Europeia (Especial Dia das Mães)
Data: 7/5 (domingo)
Horário: Das 10h às 17h
Local: Rua Aracati Mirim (ao lado do Parque Ecológico de Vila Prudente)

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Conheça 6 cachorródromos em Centros Esportivos

Praticar exercícios, socializar e ter uma alimentação balanceada são hábitos fundamentais para o bem-estar e a qualidade de vida — e não só no caso dos humanos. Espaços onde os cães podem correr e brincar com outros de sua espécie, os cachorródromos são aliados dos tutores na promoção de qualidade de vida para os pets. Seis deles ficam localizados em Centros Esportivos da capital paulista, nas zonas sul e leste.

Os cachorródromos dos Centros Esportivos Vila Manchester, Mooca, Ceret, Tatuapé e o Modelódromo do Ibirapuera são espaços fechados com gramado e árvores e  equipados com obstáculos, rampas, túneis e bebedouros para os visitantes caninos. Para frequentar os locais, é preciso observar algumas regras:

  • Cães das raças mastim napolitano, pitbull, rottweiller, american stafforshire terrier e raças derivadas dessas devem usar focinheiras, ainda que sejam considerados dóceis por seus tutores;

  • Os animais devem obrigatoriamente usar coleira e guia para passeios em vias públicas: o único local em que podem ser soltos é o interior do cachorródromo, que é cercado;

  • Os tutores devem recolher as fezes de seus pets para diminuir a possibilidade de contaminação do solo;

  • As vacinas dos animais devem estar atualizadas, assim como tratamentos antipulgas e anticarrapatos.

Para cães e humanos

Ter uma rotina de passeios é importante para evitar problemas como obesidade, diabetes, depressão, problemas respiratórios e cardiovasculares que podem estar associados com o sedentarismo dos cãezinhos. Além de ser o espaço ideal para que eles se exercitem, brinquem e socializem, os cachorródromos frequentemente se tornam espaços importantes para os tutores.

A administradora Natallye Martins da Silva tem Yoshi, um shiba inu, desde 2020. Em 2022, adotou Nayumi e sentiu a demanda de encontros que reunissem shibas e seus humanos. Como não havia ninguém organizando, ela decidiu tomar a frente.”Eu criei a data de encontro, joguei no grupo (que participa com outros tutores) e bombou! Eu nem esperava que fosse tanta gente”, relata.

O evento no Cachorródromo do Ibirapuera foi um sucesso e teve outras edições, que ganharam mais um propósito: encontrar adotantes para shibas e também outros cachorros. “Onde eu adotei a Nayumi perguntaram se eu conhecia mais pessoas que gostariam de adotar. Então eu juntei tudo e resolvi fazer (os encontros) mensalmente”, resume.

A organizadora conta que se sente mais segura para levar Yoshi e Nayumi a um local que seja reservado para eles: “O shiba é um cachorro que costuma fugir muito, ocorrem vários acidentes. Dentro do cachorródromo, a gente consegue soltar e deixar eles mais à vontade”, explica.

Como frequentadora assídua dos espaços dedicados aos pets, ela deixa um lembrete para os outros tutores; a recomendação “para o pessoal manter os cachorródromos limpos e não quebrar os portões”.

Onde 

CE Vila Manchester – Vicente Ítalo Feola
Praça Haroldo Daltro, s/n – Vila Nova Manchester
(11) 2295-2391

CE Mooca – Salim Farah Maluf
Rua Taquari, 635 – Mooca
(11) 2694-7668

Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador – Ceret
Rua Canuto de Abreu, s/n – Tatuapé
(11) 2671-8788 | (11) 2671-8227

Modelódromo do Ibirapuera
Rua Curitiba, 290 – Paraíso
(11) 3051-2151

CE Vila Guarani – Riyuso Ogawa
Rua Lussanvira, 178 – Vila Guarani
(11) 5012-0150

Centro Esportivo Tatuapé – Brigadeiro Eduardo Gomes
Rua Apucarana, 233 – Tatuapé

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