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Artra: o novo espaço de arte nos Jardins

O bairro dos Jardins é um lugar conhecido pelos casarões da alta sociedade paulistana e pelo circuito de galerias de arte da cidade, que mistura nomes tradicionais, como Luisa Strina, Dan, Nara Roesler e Triângulo, e novos — a exemplo de Zipper e Lume. A partir desta terça-feira (11/4), o número 365, na rua Venezuela, se junta ao grupo. Ali, está a Artra, novo espaço de exposição e venda de obras de arte.

Este é o primeiro empreendimento de Anita Kuczynski, que nasceu rodeada de trabalhos de Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Mira Schendel e outros grandes artistas brasileiros. Seu pai, Paulo Kuczynski, é um dos principais marchands da cidade de São Paulo. Após trabalhar em galerias de mercado primário e no escritório de arte da família, a jovem, de 29 anos, resolveu empreender com ajuda de sua sócia, a empreendedora Shannon Chang.

“Essa é a primeira vez que tenho um espaço onde posso trabalhar de forma autônoma. Escolher as obras e os artistas aos quais quero me dedicar”, explica a galerista ao Expresso Bairros. O espaço escolhido para sua estreia é um casarão dos 1950, que já estava preparado para receber obras de arte, porque antes recebeu o projeto Gema Gema Gema, voltado para jovens artistas.

O local  abriga ainda o Tau Cozinha, capitaneado pelos chefs Gabriel Haddad e Fabio Battistella. Ocupando a cozinha e a sala de jantar da casa, os cozinheiros promovem jantares intimistas com um menu fechado de pratos vegetarianos (a partir de R$ 180) para degustar. É preciso agendar seu lugar na mesa de jantar.

“É um ambiente acolhedor e mais intimista do que o cubo branco das galerias de arte”, ressalta Anita. O espaço residencial é sedutor para apresentar obras de arte para colecionadores, pois incita os clientes a imaginar como telas, gravuras, esculturas e objetos poderiam ser instalados em jardins, quartos e corredores de suas casas.

O modelo de negócio de Anita também se difere do escritório de arte do pai e das galerias em que trabalhou. A Artra não terá acervo próprio nem representará artistas. As exposições são montadas a partir da consignação de trabalhos para apresentar e vender, fazendo parte de um projeto curatorial elaborado pelas sócias. Elas também estudam receber iniciativas de outros agentes do sistema de arte como galeristas, curadores, pesquisadores, artistas e art advisors.

Um bom começo

O contato com arte, vindo desde o berço, refinou o gosto da marchand que pretende se dedicar apenas a artistas consagrados. O projeto escolhido para abrir a Artra mostra que Anita não está para brincadeira: uma individual do artista Nelson Leirner (1932 – 2020).

“É um artista que gosto muito do trabalho e com quem eu sempre tive muita afinidade. Ele morreu em março de 2020, quando estourou a pandemia de Covid-19 no Brasil. Na época, não foi possível prestar a devida homenagem. Escolhi abrir o espaço com trabalhos do Nelson para celebrá-lo e para que seu nome não caia no esquecimento”, ressalta.

Leirner foi um dos mais provocativos e importantes artistas brasileiros. Trabalhou com pintura, gravura, desenho e instalações. Sua obra, muitas vezes bem-humorada, fazia provocações e críticas à sociedade. Uma de suas ações mais célebres foi o envio de um porco empalhado para o 4º Salão de Arte Moderna de Brasília, em 1967, que foi aceito para a surpresa do artista, que depois questionou os critérios de seleção do evento.

A mostra “Por uma outra lógica” apresenta trabalhos produzidos por Leirner entre os anos 1960 e 2010. O público poderá conferir os icônicos “Homenagem a Fontana” e “Você faz parte” (iniciadas nos anos 1960) e raridades — a exemplo da série “Uma linha dura… Não dura” (anos 1970) e suas obras de forte carga erótica, de 1964.

Para acompanhar a mostra, Anita prepara ainda um catálogo com texto do crítico Tadeu Chiarelli, ex-curador-chefe de importantes museus brasileiros, como Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea, e projeto gráfico de Raul Loureiro, que já assinou o design de catálogos do Masp e livros da Companhia das Letras.

Onde

Artra: Rua Venezuela, 365. Ter./sáb.: 12h/19h. Instagram: @artra.sp. Grátis.


Karina Sérgio Gomes

 

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dengue

Ação contra a dengue visita mais de 62 mil casas

Nos últimos dias de março, uma força-tarefa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) levou mais de 2 mil agentes às ruas para reforçar o combate à dengue nas áreas que mais registraram novos casos da doença. A ação ocorreu nos distritos de Cidade Tiradentes; Itaquera; Ermelino Matarazzo; Guaianases; Itaim Paulista; São Miguel; Vila Maria/Vila Guilherme; Sé; Butantã; Capela do Socorro; M’Boi Mirim; Campo Limpo; Lapa; Pinheiros; Santo Amaro; Cidade Ademar e Parelheiros.

Até o dia 3 de abril, foram confirmados 2.507 casos de dengue na Capital paulista. O bairro que lidera em número de casos é Tremembé, na zona norte, com 142 casos, seguido por Cachoeirinha, na zona norte, e Itaquera, na zona leste, com 66. Em seguida, aparecem Perdizes, na zona oeste (60); Freguesia do Ó, na zona norte, Jardim Ângela, na zona sul (59); Brasilândia (58) e Vila Maria, na zona norte (57).

Para desacelerar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, entre os dias 27 e 31 de março os agentes realizaram visitas a 62.393 imóveis. Também foram realizados trabalhos de nebulização em 65.597 imóveis. As ações de combate à dengue são coordenadas pelo Núcleo de Vigilância, Prevenção e Controle de Fauna Sinantrópica (NVSIN) e executadas pelos agentes de endemias das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) de cada Coordenadoria Regional de Saúde (CRS).

Ações de combate à dengue em 2023

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, ações de prevenção e combate à dengue ocorrem de forma contínua em todas as regiões da cidade, realizadas pelas 28 Uvis.

Em 2023, foram feitas 1.256.080 ações contra o mosquito na cidade de São Paulo. Esse número inclui 317.175 visitas a domicílios, 12.220 vistorias em imóveis e pontos estratégicos, 895.875 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações de inseticida. Durante todo o ano de 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações, segundo a SMS.

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influenza

Vacinação contra influenza começa nesta segunda

A Prefeitura de São Paulo inicia na próxima segunda-feira (10) a campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe. As 1.489.000 doses destinadas pelo Ministério da Saúde (MS) ao município serão aplicadas inicialmente nos grupos prioritários.

A partir do dia 10 serão vacinadas pessoas com mais de 60 anos, crianças (com idade a partir de 6 meses e menores de 6 anos), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), imunossuprimidos e indígenas.

No dia 17 de abril serão incluídos no esquema vacinal profissionais de saúde, da educação, pessoas com deficiência permanente, com comorbidades, profissionais de transporte coletivo rodoviários de passageiros urbano e de longo curso, profissionais portuários, das forças de segurança e salvamento, das forças armadas, do sistema prisional e população privada de liberdade, incluindo adolescentes em medidas socioeducativas.

O imunizante estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Saiba mais aqui sobre a vacinação contra o vírus influenza. 

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parques e museus

Parques e museus para curtir em 3 dias no feriadão

Quem vai ficar na cidade de São Paulo para curtir o feriado prolongado de Páscoa encontra nos parques e nos museus excelentes opções de passeios para se divertir, fazer exercícios físicos e ainda ter contato com novas experiências e aprendizados.

Para te ajudar a decidir aonde ir, conte com a ajuda dos roteiros feitos pela inteligência artificial. Eles são para três dias, mas nada impede, claro, que você extraia daqui uma sugestão de passeio para apenas um dia ou mesmo uma manhã ou tarde.

Confira abaixo algumas sugestões de locais e temas a explorar, com diferentes durações, além de locais onde você pode levar as crianças neste feriado.

 

Parques em 3 dias

 

Dia 1:

Comece o dia no Parque Ibirapuera, um dos parques mais famosos da cidade, com muitas áreas verdes, um lago, trilhas para caminhadas e ciclovias. Visite o Pavilhão japonês, o Planetário, o Museu de Arte Contemporânea e o Obelisco. À tarde, siga para o Parque do Povo, um parque menor, mas igualmente agradável, com muitas árvores, um lago e áreas para piquenique.

Dia 2:

Comece o segundo dia no Parque Villa-Lobos, popular entre as famílias, com uma grande área verde, playgrounds, quadras esportivas e áreas para piquenique. Em seguida, siga para o Parque da Água Branca, um parque menor, mas charmoso, com um jardim botânico, um zoológico de pequenos animais, uma feira orgânica aos sábados e domingos, além de um bosque para caminhadas.

Dia 3:

Comece o último dia no Parque Estadual da Cantareira (Horto Florestal), um parque grande e bonito que oferece atividades ao ar livre, como trilhas, cachoeiras e lagos. Perfeito para quem gosta de explorar a natureza. Em seguida, siga para o Parque Estadual da Serra do Mar, área de conservação ambiental que oferece uma grande variedade de flora e fauna. É um ótimo lugar para uma trilha mais desafiadora e aventuras mais radicais.

Onde

Parque do Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral – Vila Mariana

Parque do Povo
Av. Henrique Chamma, 420 – Pinheiros

Parque Villa Lobos
Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto de Pinheiros

Parque da Água Branca
Av. Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca

Parque Estadual da Cantareira
R. do Horto, 1799 – Horto Florestal

 

Museus em 3 dias

 

Dia 1:

Comece o dia no Masp (Museu de Arte de São Paulo), um dos museus mais famosos da cidade do mundo, com uma grande coleção de arte européia e latino-americana. Fica bem perto do Instituto Moreira Salles (IMS), um museu com exposições de fotografia, cinema, música e literatura, além de um café com uma vista incrível da cidade.

Dia 2:

Comece o segundo dia no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, local com uma coleção de arte contemporânea brasileira e internacional, além de exposições temporárias. Em seguida, siga para o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), que abriga uma coleção de arte moderna e contemporânea, além de exposições temporárias.

Dia 3:

Comece o último dia no Museu do Futebol, um museu dedicado à história e cultura do futebol brasileiro, localizado dentro do Estádio do Pacaembu. À tarde, visite o Museu Catavento, um museu de ciências interativo e divertido, com muitas atividades educativas e experimentos científicos. Estes também são os museus que mais atraem as crianças na cidade.

Onde

MASP
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista,

Instituto Moreira Salles
Av. Paulista, 2424 – Bela Vista

MAC USP
Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 – Vila Mariana

MAM
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana (no Parque do Ibirapuera)

Museu do Futebol
Praça Charles Miller, s/n° – Pacaembu

Museu Catavento
Avenida Mercúrio, Parque Dom Pedro II, s/n

 

As informações que compõem esse texto foram estruturadas pelo ChatGPT com a supervisão de um jornalista. A ferramenta de inteligência artificial será utilizada apenas para conteúdos relacionados a serviços públicos, de modo a organizar de forma clara e ágil dados disponíveis na internet

 

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mercados municipais

Roteiro por mercadões vai muito além do centro

O Mercado Municipal Paulistano, no centro, costuma roubar a cena quando o assunto é popularidade entre os turistas, mas a cidade conta com outros 14 mercados municipais espalhados por diferentes regiões. De acordo com a Secretaria Executiva de Abastecimento do Município, desde o início, a criação desses espaços busca atender a três condições: melhorar as condições de comercialização, com mais infraestrutura para vendedores e produtores; garantir preço e qualidade dos produtos vendidos.

Essa função social dos mercados municipais varia com o tempo. Nas décadas passadas, destacava-se o abastecimento dos bairros mais afastados do centro sem que os moradores dependessem da “caderneta” do armazém mais próximo. Hoje, em meio a numerosas opções de outros mercados, de todos os portes, ganham peso as relações sociais, os vínculos afetivos com o “mercadão” do bairro e os serviços que contribuem para a praticidade no dia a dia.

As atrações gastronômicas, por exemplo, viram motivo para passeios em família e encontros com amigos. Dos quiosques de pastel e de yakissoba do Mercado Municipal de Guaianases ao Mocotó Café do chef Rodrigo Oliveira, no Mercado Municipal de Pinheiros, passando pelos quitutes árabes do Esfiha’s Barjud’s, no Mercado Municipal do Ipiranga, elas acabam se tornando paradas obrigatórias nas visitas aos mercadões.

Mais que local para compras e refeições, esses espaços agregam serviços, como o quiosque de lavanderia no Mercado Municipal Teotônio Vilela, e dão capilaridade para ações da Prefeitura, como as campanhas de vacinação realizadas no Mercado Municipal da Lapa. E, assim como o papel dos mercadões nos bairros, o atendimento também se reinventa com o tempo: em boa parte deles, restaurantes, boxes e quiosques contam com o serviço de delivery — muitas vezes facilitado pelo WhatsApp, direto com o atendente da loja.

Segundo estimativa da Secretaria Municipal das Subprefeituras, que abrange mercados municipais, sacolões municipais e centrais de abastecimento, esses equipamentos têm um faturamento mensal de cerca de R$ 64 milhões e são responsáveis pela geração de aproximadamente 50 mil empregos. Circulam por esses espaços um contingente de um milhão de pessoas por semana — ou 76 mil pessoas por dia.

 

Conheça os mercados municipais

 

Central de Abastecimento Leste
Av. Imperador, 1.900 (São Miguel Paulista, zona leste)
Fundada em 1995, conta com 28 áreas para comércio atacadista e varejista de hortifrúti, avícolas, laticínios, pães, roupas e acessórios.

 

Mercado Municipal Cantareira (Kinjo Yamato)
Rua da Cantareira, 377 (Sé, zona central)
Antigo “Mercado Caipira”, o Kinjo Yamato está localizado em frente ao Mercado Municipal Paulistano. Já é centenário e inicialmente era especializado em hortifrúti.

 

Mercado Municipal de Guaianases (Leonor Quadros)
Praça Presidente Getúlio Vargas s/n° (Guaianases, zona leste)
Com 48 boxes, o prédio foi construído onde acontecia uma feira livre, com o objetivo de abastecer os bairros de Guaianases, Lajeado e Cidade Tiradentes.

 

Mercado Municipal do Ipiranga (José Gomes de Moraes Neto)
Rua Silva Bueno, 2.109 (Ipiranga, zona sul)
Fundado em junho de 1940, fica em uma das mais famosas ruas de comércio da região.

mercados municipais

Mercado Municipal do Ipiranga – Crédito: Tiago Queiroz/Estadão

 

Mercado Municipal da Lapa (Rinaldo Rivetti)
Rua Herbart, 47 (Lapa, zona oeste)
Na década de 1950, em que foi inaugurado, os clientes eram principalmente imigrantes europeus, que buscavam produtos vindos de suas terras natais.

mercados municipais

Mercado Municipal da Lapa – Crédito: Paulo Liebert/Estadão

 

Mercado Municipal Paulistano
Rua da Cantareira, 306 (Sé, zona central)
O mais conhecido dos mercados municipais conta com cerca de 300 boxes e recebe aproximadamente 50 mil pessoas por semana.

Mercado Municipal Paulistano (Sé) – Crédito: Felipe Rau/Estadão

 

Mercado Municipal da Penha (Senador Antonio Emygdio de Barros)
Avenida Gabriela Mistral, 160 (Penha, zona leste)
Inaugurado em 1971, fruto de reivindicações da população local.

 

Mercado Municipal de Pinheiros (Engenheiro João Pedro de Carvalho Neto)
Rua Pedro Cristi, 89 (Pinheiros, zona oeste)
Com 39 boxes divididos em empório, mercearia, frios e laticínios, charutaria, hortifrúti, açougue, peixaria, avícola, cereais e floricultura, o local também conta com opções gastronômicas renomadas.

mercados municipais

Mercado Municipal de Pinheiros – Crédito: Taba Benedicto/Estadão

 

Mercado Municipal de Pirituba
Rua Almirante Isaías de Noronha, 163 (Pirituba, zona norte)
O projeto do prédio ganhou, na década de 70, dois prêmios internacionais de estrutura. Hoje, é ponto de referência do bairro e conta com uma grande área de estacionamento gratuito.

 

Mercado Municipal São Miguel Paulista (Doutor Américo Sugai)
Avenida Marechal Tito, 567 (São Miguel Paulista, zona leste)
Com três pavilhões, o mercado está localizado no coração do bairro de São Miguel Paulista e impulsionou o desenvolvimento do centro comercial da região.

 

Mercado Municipal Sapopemba (Antônio Gomes)
Avenida Sapopemba, 7.911 (Sapopemba, zona leste)
Criado em 1989 para ser um sacolão, foi reinaugurado como mercado municipal em 2000, resultado de demanda da população.

 

Mercado Municipal de Santo Amaro
Rua Ministro Roberto Cardoso Alves, 359 (Santo Amaro, zona sul)
Importante centro de abastecimento da região de Santo Amaro e bairros adjacentes, foi reaberto no fim de 2022 após um incêndio que consumiu grande parte de sua estrutura.

mercados municipais

Mercado Municipal de Santo Amaro – Crédito: JF Diorio/Estadão

 

Mercado Municipal Teotônio Vilela
Arquiteto Vilanova Artigas, 1.900 (Sapopemba, zona leste)
O espaço possui 14 boxes de hortifrúti, açougue, avícola, peixaria, empório, lacticínios, pet shop, alimentação e serviços.

 

Mercado Municipal Tucuruvi
Av. Nova Cantareira, 1.686 (Santana/Tucuruvi, zona norte)
Tem 60 anos de serviços à comunidade. Hoje, conta com estacionamento próprio gratuito e manobrista, caixas eletrônicos e é centro de referência para a aquisição de artigos nacionais ou importados.

 

Mercado Municipal Vila Formosa (Antônio Meneghini)
Praça das Canárias, s/nº (Aricanduva/Vila Formosa)
Inaugurado em 1971 para abastecer a região do entorno, o local tem 36 boxes e um estacionamento com cem vagas.

Raisa Toledo

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Aprenda a trabalhar com chocolate na zona leste

Com foco na Páscoa, 60 moradores da zona leste de São Paulo estão participando de um curso de confeitaria a partir do uso do chocolate. Realizado pelo negócio social Gastronomia Periférica, em parceria com a empresa de chocolate Hershey’s, a capacitação busca aperfeiçoar o trabalho de profissionais da área e estimular o empreendedorismo para quem procura uma renda extra.

Com formato híbrido e duração de três meses, o curso aborda educação financeira, sustentabilidade, higiene e segurança, empreendedorismo e técnicas de confeitaria, além de letramento digital. No módulo online, as aulas são gravadas e podem ser acessadas de acordo com a agenda do aluno.

As aulas práticas ocorrem aos sábados no Galpão Zona Leste, no Jardim Lapenna, no distrito de São Miguel Paulista. Com profissionais especializados, os participantes aprendem, a partir de técnicas de derretimento, temperagem, precificação, armazenamento e embalagem, a produzir brownie e ovo de Páscoa de colher.

Segundo a coordenadora socioeducativa do Gastronomia Periférica, Bárbara Lima, os alunos, com dificuldades de acesso à internet recebem um auxílio financeiro para uso dos dados móveis, cujo valor depende do serviço da operadora, e contam com apoio de profissionais do projeto para dúvidas relacionadas ao ensino remoto.

O curso, que começou em fevereiro, deve terminar no próximo dia 15. À medida que o participante conclui uma disciplina, recebe um certificado. Ao final da capacitação, cada aluno deve receber um kit para iniciar a atividade empreendedora, com derretedeira, espátula, formas, termômetros, entre outros objetos.

Chega de “olhômetro”

Milca de Aquino, de 67 anos, procurou o curso para conhecer novas técnicas de confeitaria. Ela diz que já aprendeu a substituir o “olhômetro” pelas anotações e cálculos para comprar os ingredientes e definir o preço dos produtos. Pensionista, ela encontrou na cozinha uma oportunidade para complementar a renda mensal de dois salários mínimos.

Com a venda por encomendas de doces e bolos, ela afirma que a margem de lucro por mês varia entre R$ 800 e R$ 1.500. Nesta Semana Santa, ela está dedicada à produção de pão de mel.

Ao longo do ano, serão ofertadas duas novas turmas. Uma em junho, voltada a receitas de inverno e Dia dos Pais, e a outra em setembro, com foco no Halloween e no Natal. Para participar dos cursos, é preciso ter idade mínima de 18 anos e morar na zona leste da Capital. Informações sobre inscrição são divulgadas no perfil @gastronomiaperiferica.

 

ONDE

Galpão Zona Leste
Rua Serra da Juruoca, 112 – Jardim Lapenna (zona leste)

 

Abel Serafim

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vacina bivalente

Vacina bivalente chega a outros grupos em SP

Nesta quarta-feira (5), a vacina bivalente contra a Covid-19 está disponível a novos grupos prioritários: profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades.

A Pfizer bivalente já estava liberada para grávidas e puérperas, pessoas com mais de 60 anos, residentes em Instituições de longa permanência, funcionários destes estabelecimentos, pessoas com imunossupressão e indígenas com mais de 12 anos.

Podem receber a vacina as pessoas desses grupos que completaram o esquema básico ou que já receberam doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da dose mais recente recebida.

Com outros imunizantes (monovalentes), a vacinação contra Covid-19 segue disponível para todas as faixas etárias a partir dos 6 meses de idade. A primeira dose de reforço (1ª DR) é aplicada a partir dos três anos e a segunda dose de reforço (2ªDR) em toda a população acima de 18 anos de idade, sempre respeitados quatro meses de intervalo. Também a partir dos 18 anos está disponível a terceira dose de reforço (3ª DR) para pessoas imunossuprimidas.

Multivacinação infantil

Também nas AMAs/UBSs Integradas e UBSs, a capital prossegue com a vacinação voltada ao público infantil, com a disponibilização de imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

Poliomielite

A campanha de vacinação contra a poliomielite segue para crianças a partir de um ano até 4 anos e 11 meses de idade. O objetivo é imunizar com a vacina oral (VOP) as crianças que estejam com o esquema prioritário com a vacina inativada (VIP) completo, aumentando a cobertura vacinal. Afinal o Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), apresenta um alto risco de voltar a ter circulação do poliovírus e, consequentemente, a ocorrência da poliomielite, doença que pode provocar sequelas graves e permanentes.

Na cidade de São Paulo, acompanhe a vacinação acessando o Vacina Sampa.

 

SERVIÇO

5 de abril (quarta-feira)

Unidades Básicas de Saúde
Vacinação crianças, adolescentes e adultos – Funcionamento das 7h às 19h.

AMAs/UBSs Integradas
Vacinação crianças, adolescentes e adultos – Funcionamento das 7h às 19h.

Megaposto
Vacinação adolescentes e adultos – Funcionamento das 8h às 17h.

 

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Cine na Praça

Cine na Praça conscientiza sobre o autismo em abril

A cada mês, a equipe de curadoria do Cine na Praça define um tema para selecionar as obras exibidas às quintas-feiras no Parque do Povo. Para abril, em que se celebra o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, foram escolhidos quatro títulos de diferentes décadas que retratam personagens dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo os organizadores do projeto, a intenção é trazer filmes que “emocionam e trazem para todos os públicos as dificuldades de inclusão, compreensão e sociabilidade de milhões de indivíduos”.

Para assistir “Rain Man”, “Forrest Gump”, “Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador” e “Tudo Que Quero” na telona e de forma gratuita, é só aparecer no parque às quintas-feiras, próximo às 19h. Os filmes são legendados e não é preciso reservar lugares ou ingressos. Além das cadeiras disponíveis, é possível levar seu próprio tapete, canga ou toalha para se instalar com mais conforto no gramado.

O Cine na Praça foi criado em 2011 para democratizar o acesso ao cinema, como conta o idealizador do projeto, Thiago Kling: “O parque exibidor nacional está presente em shoppings, cujo acesso ainda é considerado uma barreira social para muitos, assim como o valor do ingresso. O Cine nasceu do nosso desejo de conectar o público a grandes filmes de forma gratuita, contribuindo para a construção do repertório dos participantes”.

A iniciativa conta com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e, antes das sessões, exibe curta-metragens de escolas de cinema brasileiras para valorizar a produção nacional.

Conscientização do autismo

Embora não existam dados oficiais no Brasil, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que exista um caso de autismo a cada 110 pessoas. Para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o índice seria de uma a cada 160 crianças.

O TEA é caracterizado pelo comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, bem como interesses e atividades muito específicos (os hiperfocos), hipersensibilidade sensorial e a repetição de movimentos, palavras ou gestos (as estereotipias). Em geral, essas condições começam a ser observadas nos primeiros anos de vida.

Segundo a Opas, as pessoas autistas frequentemente apresentam comorbidades como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e, por se tratar de um espectro, têm níveis de funcionamento intelectual muito variados. O autismo não é dividido em “graus”, mas classificado em nível um, dois ou três de suporte, que considera a necessidade de cada indivíduo por suporte e adaptações para sua vida cotidiana.

Programação de abril

6/04 – Rain Man (1988): vencedor do Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original, Rain Man retrata o relacionamento entre Charlie (Tom Cruise) e seu irmão autista Raymond (Dustin Hoffman), que ele não sabia que existia até a morte do pai.

13/04 – Forrest Gump (1994): nesta obra que marcou a década de 90 e levou seis Oscars, Tom Hanks interpreta Forrest Gump, um jovem com deficiência intelectual que se envolve involuntariamente em alguns dos mais marcantes acontecimentos da história dos Estados Unidos.

20/04 – Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador (1993): após o suicídio do pai, o jovem Gilbert Grape (Johnny Depp) fica responsável por cuidar da mãe deprimida e do irmão caçula, Arnie (Leonardo DiCaprio), que têm deficiência intelectual — até que a família tem sua rotina sacudida pela chegada de Becky (Juliette Lewis) à cidade.

27/04 – Tudo Que Quero (2017): Dakota Fanning dá vida à jovem autista Wendy, que escreve histórias de fantasia e embarca em uma aventura para tentar entregar seu roteiro e concorrer em uma competição de escrita sobre Star Trek.

 

Serviço

Cine na Praça
Data: quintas-feiras do mês de abril (dias 6, 13, 20, 27)
Horário: 19h
Local: Parque do Povo (Av. Henrique Chamma, 420 – Pinheiros)
Evento gratuito

Raisa Toledo

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Bilhete único perdido ou roubado: saiba o que fazer

São poucos os passos para recuperar o bilhete e, se houver créditos no cartão, eles também são restituídos em um prazo de até 72 horas:

Primeiro passo: cancelar

A principal dica é que em caso de perda, roubo, furto ou extravio do Bilhete Único se faça o cancelamento imediatamente pelo site de Atendimento Digital ou nos Postos de Atendimento da SPTrans (os Postos de Atendimento localizados nos Terminais da SPTrans funcionam, diariamente, das 6h às 22h, e a lista de locais nos terminais está disponível neste link).

Quem estiver na Capital pode ainda contatar a central 156, fornecer o número do RG e solicitar o cancelamento. Os usuários de outros municípios podem contatar a CPTM (telefone 0800-055-012, das 5h às 22h – sábado, das 6h às 18h), ou a SPTrans (telefone 0800-0110-156, atendimento 24 h), fornecer o número do RG e solicitar o cancelamento.

Após o cancelamento: segunda via

Cancelado o Bilhete Único roubado ou perdido, o dono deverá solicitar a segunda via do cartão, mas há custo. Ele equivale a sete tarifas de ônibus vigentes no momento (atualmente, R$ 30,80) e deve ser paga em dinheiro. Para a solicitação, também é necessário apresentar documento oficial com foto, com data de emissão de até dez anos.

Isso é feito no momento da retirada do novo bilhete no Posto de Atendimento da SPTrans mais próximo. O horário, relembrando, é das 6h às 22h. A emissão é imediata.

Outra opção é aguardar 72 horas após o registro de cancelamento pela Central 156. Decorrido esse prazo, o usuário deve se dirigir a um dos Postos de Atendimento da SPTrans. Neste caso, as exigências são as mesmas: apresentar documento oficial com foto, com data de emissão de até dez anos, além de quitar o valor referente ao custo de emissão da 2ª via, 7 tarifas de ônibus vigentes, que deverá ser pago em dinheiro diretamente no posto.

É prevista em lei, em determinados casos, a isenção do pagamento da 2ª via do Bilhete Único, mas não em caso de perda ou roubo. Ela só ocorre quando o cancelamento é motivado por defeito de fabricação do cartão.

Estudantes

Em caso de perda ou roubo do Bilhete Único do Estudante, o aluno deverá solicitar a nova via neste site, preenchendo os números de RG e CPF. Deve, ainda, revisar e ajustar todas as informações solicitadas como endereço, contatos e documentos. O valor é o mesmo – sete tarifas atuais de ônibus. O pagamento do valor referente à emissão do cartão, neste caso, deve ser feito antecipadamente. Somente após a liberação do benefício no site, o estudante deve comparecer ao posto de sua escolha para retirada do bilhete.

Em caso de o cartão ainda ter saldo quando foi roubado ou perdido

Quando existir saldo remanescente a restituição dos valores ocorrerá após 72h. Decorrido esse prazo, o saldo eventualmente existente no bilhete cancelado estará disponível para restituição em qualquer máquina de recarga. Para realizar a transferência dos créditos para o novo cartão, basta aproximá-lo de uma máquina de recarga/consulta de saldo.

É importante lembrar que o Bilhete Único é pessoal e intransferível, e o uso indevido do cartão pode levar a penalidades. Portanto, se você perder o seu cartão, tome as medidas necessárias o quanto antes para evitar problemas.

 

As informações que compõem esse texto foram estruturadas pelo ChatGPT com a supervisão de um jornalista. A ferramenta de inteligência artificial será utilizada apenas para conteúdos relacionados a serviços públicos, de modo a organizar de forma clara e ágil dados disponíveis na internet

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Masp abre o ano dedicado à arte indígena

A icônica rampa de Lina Bo Bardi, que liga o primeiro ao segundo subsolo do Museu de Arte de São Paulo (Masp), está diferente. O vermelho, pela primeira vez, cedeu espaço para pinturas de símbolos da cultura huni kuin, feitas pelo grupo Mahku. A obra integra a mostra “Mahku: Mirações”, no segundo subsolo. No primeiro, está a individual de Carmézia Emiliano: “A árvore da vida”. As duas mostras inauguram o ano Histórias Indígenas, em que o museu volta-se às diferentes manifestações indígenas ao redor do mundo.

“As pinturas murais participam de uma maneira protagonista das exposições do grupo. Queríamos trazer isso para Masp, mas o andar onde está a exposição é rodeado por janelas”, conta ao Expresso Bairros Guilherme Giufrida, curador-assistente da instituição, que teve a ideia de indicar a escada como suporte para o mural. “O que eu acho interessante das pinturas murais é que elas não têm os aspectos de comercialização. Elas têm outra natureza na produção.”

O trabalho tem um caráter efêmero e ficará exposto no Masp até o fim deste ano, quando a rampa será novamente pintada de vermelho.  A comercialização das obras do Mahku, entretanto, faz parte da operação o grupo, cujo slogan é: “Vendo tela, compro terra”. Eles já expuseram seu trabalho em importantes instituições dentro e fora do Brasil, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e a Fundação Cartier, em Paris.

A partir das experiências institucionais e comerciais, o grupo criou o lema de vender tela para comprar terra. Com a venda dos trabalhos — hoje, o Mahku é representado pela galeria Carmo Johnson Projects —, eles conseguem financiar melhorias de infraestrutura na aldeia, a exemplo de construção de banheiros e de uma cozinha comunitária, e comprar terras para preservar a mata local.

“Tudo que é vendido é voltado para a comunidade. Dependendo do governo, as terras podem ser tiradas dos huni kuin. Mas, se comprarmos, ninguém pode nos tirar. Estamos preservando a floresta, a cultura da comunidade e as espécies raras de plantas que servem de remédios para muitas doenças”, ressalta Kássia Borges, curadora-adjunta do Masp e integrante do grupo Mahku.

Hora do chá

Além do expressivo mural produzido no guarda corpo da rampa, a exposição apresenta cerca de 120 obras, entre pinturas, desenhos e esculturas. Os trabalhos são criados a partir dos cantos, mitos e histórias dos huni kuin. As obras de arte são parte do ritual de nixi pae — que envolve a ingestão de ayahuasca.

“Você toma o chá, senta e fica bem quietinho. Ao entoar o primeiro canto, você começa a ver uma luz e cores fortes, como um caleidoscópio. Depois, é feito o segundo canto, quando os participantes têm as mirações”, explica Borges.

As mirações são experiências visionárias que aparecem durante os rituais e depois são traduzidas tanto nos desenhos e pinturas do coletivo quanto nos cantos que integram o cotidiano da aldeia Chico Curumim, no Acre, onde vivem os artistas do Mahku.

A ideia de traduzir as experiências e registrar os mitos em desenho partiu de Ibã Huni Kuin, líder do grupo e curador convidado da exposição. Com um colorido vibrante, eles traduzem em imagens lendas como o de “kapewë pukeni”, o jacaré-ponte, figura símbolo do grupo e muito presente nas obras expostas.

A alegoria ilustra a passagem dos huni kuin da Ásia para a América, através do Estreito de Behring. Um jacaré gigante os teria ajudado na travessia do Oceano Pacifico. O pagamento para o transporte seria feito em troca de comida e o respeito à condição do povo não matar filhotes jacarés e dar a carne para ele comer. Quando a variedade de animais se torna escassa, porém, os huni kuin teriam cassado um pequeno jacaré, traindo a confiança do jacaré grande.

O desrespeito ao combinado teria feito com que as pessoas falassem línguas diferentes e se separassem em outros povos. “O mundo sempre foi dividido. Quem atravessa o mundo é quem já conquistou os conhecimentos. Por isso, cantamos a música do jacaré, em nossas reuniões, para abrir os caminhos”, explica Ibã Huni Kuin.

A fotógrafa dos Macuxis

Se a obra dos huni kuin tem sua inspiração em imagens do subconsciente e das fábulas, a artista Carmézia Emiliano trabalha com os dois pés na realidade. A mostra “Árvore da Vida” traz 35 pinturas produzidas na última década. Em suas telas, Emiliano apresenta a vida e as tradições dos Macuxis, população indígena situada na região Circum-Roraima, cujo principal cartão postal é o Monte Roraima.

Como em um filme, a artista registra o passo a passo das tradições e manifestações culturais dos macuxis, como a dança do parixara, os jogos e brincadeiras relacionados aos períodos de festas. Outro trabalho que se destaca é um autorretrato no qual a artista, em uma pintura a óleo, se representa em frente a um cavalete pintando o Monte Roraima em uma tela.

“Nessa pintura, há muitas simbologias fundamentais para pensar o próprio gênero. Uma delas é a representação da própria subjetividade”, destaca Amanda Carneiro, curadora da mostra. “A individualidade, característica muito presente no autorretrato, é rompida nesta representação pelo jeito como ela faz. A artista se coloca no centro da tela, mas apresenta, à sua volta, as malocas, expondo sua relação com a comunidade.”

Pioneira

Emiliano, de 63 anos, é autodidata e começou a pintar nos anos 1990. A entrada de seu trabalho em ambientes institucionais de arte acontece a partir da Bienal Naïfs do Brasil, realizada no Sesc Piracicaba, interior de São Paulo, no início dos anos 2000.

Embora hoje classificar um artista como “naïf” seja algo questionável, pois não há nos trabalhos desses artistas nada de ingênuo, a pintora ostenta em sua linha biográfica nas redes sociais a nomeação de “artista naïf”. Em suas telas, entretanto, apresenta método, estilo e pensamento complexo de tema e composição.

“Essa é uma categoria bastante ambígua. Mas trabalhar com arte é trabalhar com a contradição”, ressalta a curadora. “A classificação como ‘artista naïf’ foi fundamental para a inserção de vários artistas no sistema de artes. É natural que eles estejam apegados a ela.”

Emiliano é uma das primeiras artistas de origem indígena a se inserir no sistema de arte. A apresentação de seu trabalho lembra o público que, apesar de a arte indígena estar ganhando destaque nos últimos anos, esses artistas estão no sistema de arte há décadas. Em 2023, com a programação tematizada em “Histórias Indígenas”, o Masp almeja discutir e dar visibilidade a essa produção.

 

Serviço

Masp: Av. Paulista, 1578 — Bela Vista
“Carmézia Emiliano: árvore da vida”: até 6 de junho de 2023; “Mahku: Mirações”: até 4 de junho.
Ter.: 10h/19h, qua./dom.: 10h/17h
Ingresso: R$ 60, (ter.: grátis)
Site: masp.org.br.

 

Karina Sérgio Gomes

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