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centro municipal para pessoas com autismo

Conheça o primeiro centro municipal para pessoas com autismo

Foi entregue pela Prefeitura de São Paulo nesta quarta-feira (2) o primeiro centro para pessoas com o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo). Localizado em Santana (zona norte), o local oferece piscina coberta, quadra de esportes, oficinas de música, dança, teatro e pintura.

Com a iniciativa, a missão é proporcionar a pessoas com autismo a possibilidade de desenvolver habilidades de autocuidado. Segundo a Prefeitura, a cidade terá mais três Centros TEA até 2028.

O Centro alia a busca pela autonomia a uma série de atividades que envolvem esportes, cultura e educação. Com investimento de R$ 119 milhões, foi batizado com o nome da procuradora Marina Magro Beringhs Martinez, que faleceu em novembro do ano passado e era mãe de um jovem com autismo.

centro municipal para pessoas com autismo

Cultura

O Centro tem capacidade para mais de 300 sessões individuais e 1.430 atividades coletivas por mês. Entre elas estão oficinas de música, dança, teatro, pintura e modalidades esportivas como natação, atletismo e futebol. O público também terá acesso a excursões educacionais, atividades ao ar livre, eventos culturais e passeios recreativos.

Distribuídas entre o térreo e o pavimento superior, estão piscina coberta e aquecida, quadra poliesportiva coberta, horta, jardim sensorial e playground. O centro também dispõe de teatro com  camarins acessíveis, cabines de som, luz e audiodescrição e biblioteca.

Capacitação e autonomia

Serão oferecidas aulas para capacitações direcionadas ao acesso ao mercado de trabalho, estimulando o desenvolvimento de habilidades empreendedoras por meio de estágios e oportunidades de emprego. Haverá também simulações de preparo de lanches, organização de objetos e exercícios adaptados para diferentes níveis de capacidade e funcionalidade.

A idade inicial para receber assistência no Centro é de 6 anos. Os atendimentos serão realizados por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de Psicologia, Assistência Social, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Educação Física, Psicopedagogia, Neurologia, Psiquiatria e Administração.

A gestão do Centro está a cargo do Instituto Lar Mãe do Divino Amor, uma Organização da Sociedade Civil que disputou chamamento público. Dos R$ 119 milhões investidos, R$ 54,7 milhões foram destinados à obra, R$ 1,5 milhão ao projeto e R$ 63,2 milhões ao Termo de Colaboração com a LEMDA.

Agendamento de triagem

Para agendar a triagem, acesse o site do Centro TEA e clique em “Iniciar Cadastro”. Informe os dados pessoais da pessoa a ser atendida, anexe os documentos solicitados (laudo médico e comprovante de endereço) e selecione o dia e horário de preferência para o primeiro atendimento.

A solicitação será analisada e em até sete dias úteis, segundo a Prefeitura, o munícipe receberá uma confirmação do agendamento, com a data e horário, por WhatsApp, telefone ou e-mail.

No dia do atendimento, será realizada a triagem, que inclui uma entrevista com o familiar principal e a pessoa com autismo para elaborar o Plano Individual de Atendimento, traçando um perfil e mapeando as demandas específicas para garantir um atendimento direcionado e personalizado.

O munícipe poderá ser atendido por até 12 meses, com três atendimentos diários, com possibilidade de extensão para até 24 meses. A cada trimestre, os familiares receberão feedback da equipe multidisciplinar, que poderá promover ajustes no plano de atendimento. Além disso, a equipe acompanhará a pessoa com autismo por seis meses após o término dos atendimentos previstos no PIA.

O familiar principal, cadastrado como acompanhante poderá participar de até três atividades diárias, como workshops de empreendedorismo, culinária, palestras educativas, entre outras. Já o familiar secundário, registrado separadamente, terá direito a uma atividade diária.

Profissionais como servidores públicos do município de São Paulo ou aqueles que atuam ou desejam atuar com pessoas com autismo, poderão integrar o Centro TEA por meio de capacitações especializadas, seminários, conferências e aulas sobre o tema.

Sobre o Transtorno do Espectro do Autismo

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um conjunto de desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou início da infância. Pessoas dentro desse espectro podem apresentar dificuldades na comunicação e interação social, tanto verbal quanto não verbal, além de dificuldades na reciprocidade socioemocional.

Também podem apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Embora compartilhem dessas dificuldades, cada pessoa com autismo será afetada de maneira única e em intensidades variadas, o que resulta em situações particulares que acompanham o indivíduo ao longo de toda a vida.

Serviço

Centro Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo ‘’Dra. Marina Magro Beringhs Martinez’’

Endereço: Avenida Santos Dumont, n°1.318 – Santana

Veja mais no site da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência.

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Capital terá centro voltado a pessoas com autismo

A capital vai ganhar o primeiro Centro Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme anúncio feito pela Prefeitura de São Paulo.

O espaço será destinado à convivência, acesso à cultura e lazer, prática esportiva, cuidados, bem como ao desenvolvimento pessoal e profissional para a conquista da autonomia.

Com um investimento estimado em mais de R$ 43 milhões, as obras do Centro TEA estão previstas para durar oito meses. A licitação está em fase final e deve ser concluída até o final de janeiro, de acordo com a SPObras. A estimativa de abertura é para o segundo semestre de 2024.

O local, inclusivo e adaptado para pessoas com autismo, vai oferecer as seguintes atividades:

  • Culturais: teatro, dança, música e cinema;
  • Esportivas: incluindo ginástica, aulas de natação/hidroginástica e uso de quadro poliesportiva;
  • Formativas: capacitação e palestras com temáticas relacionadas às pessoas com TEA, como saúde, educação e trabalho;
  • Autocuidado: atividades voltadas ao desenvolvimento de habilidades da vida diária.

A Prefeitura informou que também está em estudo a instalação de área com tecnologia assistida, sala e jardim sensoriais, além de cozinha experimental para ações de empreendedorismo no espaço.

O Centro TEA será, ainda, um espaço de cuidado, com equipe multiprofissional que vai abranger psicólogos e terapeutas ocupacionais, por meio da atuação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

O novo equipamento será construído na avenida Santos Dumont, 1.318, em Santana, na zona norte, em terreno de quase 4 mil m². O endereço abriga um Centro Esportivo atualmente, mas o prédio será totalmente remodelado. Apenas a quadra e a piscina semi-olímpica serão reaproveitadas.

 

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Saiba como solicitar Carteira de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

Saiba como solicitar Carteira de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

A Prefeitura de São Paulo emitiu mais de 3.870 Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista desde o lançamento do serviço, em 19 de novembro de 2022, segundo a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (Smped).

A medida busca facilitar a identificação para priorizar o atendimento das pessoas diagnosticadas com o transtorno nos serviços públicos e privados da Capital, principalmente os de saúde, educação e assistência social.  

A solicitação deve ser feita pelo portal SP156 ou nas unidades do Descomplica-SP. Os requisitos para acessar o serviço são: morar na cidade de São Paulo e ter diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) comprovado por laudo médico.  

Para solicitar no portal, a pessoa deve, além de preencher formulário, enviar os seguintes documentos: 

– RG/RNE e CPF da pessoa com TEA; 

– RG/RNE e CPF do responsável legal pela pessoa com TEA; 

– Foto 3×4 em formato de documento; 

– Comprovante de endereço recente (com prazo de até 90 dias após emissão); 

– Laudo médico que ateste o diagnóstico de TEA com o número do CID, data, assinatura e número do registro profissional (CRM) do médico responsável.

Nas unidades do Descomplica-SP, o procedimento é o mesmo adotado no SP156, com a diferença de contar com um atendente para ajudar a anexar os documentos e a inserir as informações no formulário. O prazo entre a análise e a emissão dos documentos é de 45 dias.  

Com validade de cinco anos, a carteira é expedida em formato digital pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. Cada carteira recebe um número para possibilitar o recenseamento de pessoas com transtorno do espectro autista na cidade.

Transtorno do Espectro Autista 

O transtorno do espectro autista é, na definição do Ministério da Saúde, um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízo na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos (estereotipias) e, muitas vezes, repertório restrito de interesses e atividades — chamados de hiperfocos.

Por se tratar de um espectro, o autismo se manifesta de forma diferente de pessoa para pessoa, com comprometimento variado nas áreas da comunicação, socialização e comportamento. A condição é classificada em nível 1, 2 ou 3 de suporte, que considera o nível de necessidade de suporte, apoio e adaptações para a vida cotidiana de cada uma.

O diagnóstico do TEA deve ser realizado por uma equipe interdisciplinar composta por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e considerar os diversos níveis de suporte.

Em São Paulo, a porta de entrada para esse diagnóstico é a Unidade Básica de Saúde (UBS), que por meio da avaliação médica e da equipe multidisciplinar aciona os serviços especializados de referência, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e os Centros Especializados em Reabilitação (CERs), para o apoio diagnóstico e acompanhamento compartilhado.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), nesses serviços especializados são elaborados os Planos Terapêuticos Singulares (PTS), que preveem condutas terapêuticas específicas para cada paciente, de acordo com as necessidades de cada caso.

 

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autismo

Conheça os serviços que atendem pessoas com autismo

Ao retomar as atividades depois dos meses de confinamento durante a pandemia de covid-19, a psicomotricista e neuropsicopedagoga Monique Mayumi Kamada encontrou dificuldades na socialização. Compromissos como almoços com colegas de trabalho ou amigas e reuniões familiares passaram a exigir muita energia e resultar em dias de isolamento e repouso para que pudesse se recuperar.

O que foi inicialmente tratado como um quadro de depressão revelou ser, na verdade, um diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) nível 1 de suporte, que Monique recebeu aos 51 anos de idade. Estavam explicados, por fim, fatores como seus círculos de amizade diminutos, o armário que mantinha trancado na adolescência para que ninguém da família desorganizasse suas roupas e a seletividade alimentar na infância.

Com o diagnóstico, ficou mais claro para Monique quais adaptações seriam necessárias para viver com mais conforto. Mesmo com essa nova camada de autoconhecimento, a falta de informação das pessoas em seu redor sobre o autismo cria situações em que ela se sente “invisibilizada”.

“Em alguns serviços, as pessoas querem que eu me enquadre no formato de outros educadores dos cursos, sem entender que a previsibilidade e ter uma rotina são primordiais para meu funcionamento. Parece que me acham ‘menos autista’ por eu ser funcional para muitas coisas, mas o nível de suporte não muda o transtorno”, exemplifica ela, que também atua como professora de pós-graduação.

Transtorno do espectro autista

O transtorno do espectro autista é, na definição do Ministério da Saúde, um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízo na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos (estereotipias) e, muitas vezes, repertório restrito de interesses e atividades — chamados de hiperfocos.

Por se tratar de um espectro, o autismo se manifesta de forma diferente de pessoa para pessoa, com comprometimento variado nas áreas da comunicação, socialização e comportamento. A condição é classificada em nível 1, 2 ou 3 de suporte, que considera o nível de necessidade de suporte, apoio e adaptações para a vida cotidiana de cada uma.

O diagnóstico do TEA deve ser realizado por uma equipe interdisciplinar composta por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e considerar os diversos níveis de suporte. Em São Paulo, a porta de entrada para a realização desse diagnóstico é a Unidade Básica de Saúde (UBS), que por meio da avaliação médica e da equipe multidisciplinar aciona os serviços especializados de referência, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e os Centros Especializados em Reabilitação (CERs), para o apoio diagnóstico e acompanhamento compartilhado.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), nesses serviços especializados são elaborados os Planos Terapêuticos Singulares (PTS) que preveem condutas terapêuticas específicas para cada paciente, de acordo com as necessidades de cada caso.

Diagnóstico precoce

De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce do TEA permite o desenvolvimento de estímulos para maior independência e qualidade de vida das crianças autistas. Em muitos quadros dessa condição, os sinais são percebidos ainda na infância, com base em observações dos pais, nas consultas de acompanhamento do desenvolvimento infantil ou nas percepções de profissionais da escola.

Quando identificado um possível caso de autismo nas unidades escolares municipais, a equipe da unidade educacional emite um relatório pedagógico sobre o desenvolvimento da criança. Então, orienta a família a procurar a UBS de referência para dar encaminhamento na investigação.

Nos casos em que se confirma o autismo ou outro diagnóstico, o laudo é encaminhado para o Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai) da Diretoria Regional de Ensino, que faz o encaminhamento da equipe multidisciplinar para a inclusão e desenvolvimento do estudante.

Diagnóstico na vida adulta

Ainda que boa parte dos casos de autismo seja identificado nos primeiros anos de vida, crescem os relatos de pessoas diagnosticadas apenas depois de adultas. Os sinais tendem a passar ainda mais despercebidos em meninas e mulheres, motivo pelo qual ações de conscientização sobre o transtorno têm abordado as especificidades dessas características nesse público.

Segundo pesquisas, as mulheres mostram maior necessidade e interesse pela socialização e desenvolvem maior capacidade de camuflar as características diagnósticas — um processo que recebe o nome de masking. Para Monique, isso ajuda a explicar seu diagnóstico tardio:

“Eu era uma menina muito boazinha, quietinha. Tinha algumas manias e gostava das coisas em uma rotina, mas sempre fui obediente, e acho que por não ter dado trabalho isso não chamou a atenção dos meus pais ou da escola”, reflete.

Segundo a neuropsicóloga Joana Portolese, coordenadora do Programa de Transtornos do Espectro Autista (Protea) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), é comum que a procura do diagnóstico na vida adulta se dê devido a alguma comorbidade, como foi o caso de Monique.

“Existem comorbidades muito frequentes nos autistas adultos, como a depressão, ansiedade, transtorno borderline e transtornos alimentares. Isso porque eles vão aprendendo padrões, como ler situações sociais, como camuflar essa dificuldade de socialização, só que isso tem um custo de saúde mental”, explica Joana.

Os direitos da pessoa com autismo

De acordo com a Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estão entre os direitos fundamentais das pessoas com TEA o acesso a lazer, educação e saúde, o que inclui o diagnóstico, atendimento multiprofissional, nutrição adequada e medicamentos. A lei também prevê o atendimento prioritário nos sistemas de saúde pública e privada.

Os autistas estão enquadrados no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e são contemplados com direitos como o Bilhete Único Especial da Pessoa com Deficiência, para transporte gratuito em veículos públicos municipais (ônibus, micro-ônibus) e metropolitanos (metrô e CPTM). Para solicitar o benefício, é preciso reunir a documentação necessária e procurar um dos Postos de Atendimento indicados aqui.

Também são assegurados o direito a liberação do Rodízio Municipal de Veículos, isenção de IPI e ICMS na compra de um veículo novo, vaga especial de estacionamento por meio do cartão DeFis, meia-entrada e fila preferencial. No caso da meia-entrada, o direito vale para a pessoa autista e um acompanhante, em eventos artístico-culturais e esportivos como museus, parques, shows, cinemas e jogos. Esse direito não está vinculado à renda da pessoa com deficiência e é assegurado independente do nível de suporte do diagnóstico.

No âmbito educacional, a Secretaria Municipal de Educação informa que “trabalha com a Educação Inclusiva, que tem o objetivo de assegurar o acesso, permanência, participação plena e a aprendizagem de bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades ou superdotação nas unidades educacionais e espaços educativos da Pasta”.

A rede municipal conta com cerca de 4 mil funcionários atuando em Educação Especial, entre Professores de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (PAAI), Professores de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), Auxiliar de Vida Escolar (AVE) e estagiários do programa Aprender Sem Limites. Segundo a SME, também são oferecidos atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade como as Salas de Recurso Multifuncionais, que atendem estudantes com deficiência auditiva, física, intelectual, visual, múltipla ou TEA.

Onde buscar diagnóstico de autismo em São Paulo

Além do encaminhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), avaliações para diagnóstico do TEA podem ser realizadas por psiquiatras, neurologistas, neuropediatras e psicólogos especializados, de forma particular ou por planos de saúde. O laudo diagnóstico precisa ser emitido por um médico.

Na cidade de São Paulo, outros dois serviços públicos realizam o diagnóstico de autismo. O Protea, coordenado por Joana Portolese, foi criado em 2011 e realiza avaliação em crianças e adolescentes até 17 anos de idade. A fila de espera para o atendimento é de cerca de quatro meses e, para agendar triagem para diagnóstico, é preciso enviar um e-mail para autismo.usp@hc.fm.usp.br.

Já no Ambulatório de Cognição Social Marcos Mercadante (Teamm), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), são avaliadas pessoas de qualquer faixa etária, a partir dos seis meses de idade. A lista de espera atualmente é de pelo menos seis meses e as inscrições estão sujeitas à disponibilidade das vagas. As consultas para diagnóstico ocorrem nas segundas-feiras, de forma presencial na sede do ambulatório, na Vila Mariana.

Raisa Toledo

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Cine na Praça

Cine na Praça conscientiza sobre o autismo em abril

A cada mês, a equipe de curadoria do Cine na Praça define um tema para selecionar as obras exibidas às quintas-feiras no Parque do Povo. Para abril, em que se celebra o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, foram escolhidos quatro títulos de diferentes décadas que retratam personagens dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo os organizadores do projeto, a intenção é trazer filmes que “emocionam e trazem para todos os públicos as dificuldades de inclusão, compreensão e sociabilidade de milhões de indivíduos”.

Para assistir “Rain Man”, “Forrest Gump”, “Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador” e “Tudo Que Quero” na telona e de forma gratuita, é só aparecer no parque às quintas-feiras, próximo às 19h. Os filmes são legendados e não é preciso reservar lugares ou ingressos. Além das cadeiras disponíveis, é possível levar seu próprio tapete, canga ou toalha para se instalar com mais conforto no gramado.

O Cine na Praça foi criado em 2011 para democratizar o acesso ao cinema, como conta o idealizador do projeto, Thiago Kling: “O parque exibidor nacional está presente em shoppings, cujo acesso ainda é considerado uma barreira social para muitos, assim como o valor do ingresso. O Cine nasceu do nosso desejo de conectar o público a grandes filmes de forma gratuita, contribuindo para a construção do repertório dos participantes”.

A iniciativa conta com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e, antes das sessões, exibe curta-metragens de escolas de cinema brasileiras para valorizar a produção nacional.

Conscientização do autismo

Embora não existam dados oficiais no Brasil, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que exista um caso de autismo a cada 110 pessoas. Para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o índice seria de uma a cada 160 crianças.

O TEA é caracterizado pelo comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, bem como interesses e atividades muito específicos (os hiperfocos), hipersensibilidade sensorial e a repetição de movimentos, palavras ou gestos (as estereotipias). Em geral, essas condições começam a ser observadas nos primeiros anos de vida.

Segundo a Opas, as pessoas autistas frequentemente apresentam comorbidades como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e, por se tratar de um espectro, têm níveis de funcionamento intelectual muito variados. O autismo não é dividido em “graus”, mas classificado em nível um, dois ou três de suporte, que considera a necessidade de cada indivíduo por suporte e adaptações para sua vida cotidiana.

Programação de abril

6/04 – Rain Man (1988): vencedor do Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original, Rain Man retrata o relacionamento entre Charlie (Tom Cruise) e seu irmão autista Raymond (Dustin Hoffman), que ele não sabia que existia até a morte do pai.

13/04 – Forrest Gump (1994): nesta obra que marcou a década de 90 e levou seis Oscars, Tom Hanks interpreta Forrest Gump, um jovem com deficiência intelectual que se envolve involuntariamente em alguns dos mais marcantes acontecimentos da história dos Estados Unidos.

20/04 – Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador (1993): após o suicídio do pai, o jovem Gilbert Grape (Johnny Depp) fica responsável por cuidar da mãe deprimida e do irmão caçula, Arnie (Leonardo DiCaprio), que têm deficiência intelectual — até que a família tem sua rotina sacudida pela chegada de Becky (Juliette Lewis) à cidade.

27/04 – Tudo Que Quero (2017): Dakota Fanning dá vida à jovem autista Wendy, que escreve histórias de fantasia e embarca em uma aventura para tentar entregar seu roteiro e concorrer em uma competição de escrita sobre Star Trek.

 

Serviço

Cine na Praça
Data: quintas-feiras do mês de abril (dias 6, 13, 20, 27)
Horário: 19h
Local: Parque do Povo (Av. Henrique Chamma, 420 – Pinheiros)
Evento gratuito

Raisa Toledo

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