Violência contra mulher: onde encontrar atendimento
A cidade de São Paulo atendeu mais de 39 mil casos de violência contra a mulher nos últimos oito meses, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). O número representa um crescimento de 27,6% em relação ao mesmo período do ano passado e já se aproxima do total de atendimentos de 2021: 42.219.
A SMDHC conta com uma rede de atendimento distribuída pelo município que oferece apoio jurídico, psicológico e social às vítimas: Casa da Mulher Brasileira, Centro de Referência da Mulher, Centro de Cidadania da Mulher, Casa de Acolhimento, Postos Avançados e Unidade Móvel.
A Casa da Mulher Brasileira funciona todos os dias da semana durante 24 horas e integra serviços da Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça, entre outros. Já os Centros de Cidadania da Mulher trabalham com qualificação profissional, como cursos e oficinas, para inserção no mercado de trabalho. O Centro de Referência da Mulher presta orientação e atendimento psicológico, social e jurídica.
Os Postos Avançados são espaços voltados à orientação e encaminhamento à rede de enfrentamento à violência contra a mulher. A rede conta também com as Casas de Acolhimentos, que alojam temporariamente mulheres e filhos. Completa a lista de equipamentos da Secretaria de Direitos Humanos a Unidade Móvel, responsável por levar ações a regiões distantes dos centros de atendimento.
Programa Guardiã Maria da Penha
Desde 2014, a Capital oferece o Programa Guardiã Maria da Penha, a fim de garantir o cumprimento das medidas protetivas. Os casos, encaminhados pelo Ministério Público, são acompanhados por equipes da Guarda Civil Metropolitana periodicamente. Além das rondas de fiscalização, as mulheres também recebem orientação e encaminhamento à rede municipal de assistência às vítimas.
Segundo a Secretaria de Segurança Urbana, 1.229 mulheres foram inseridas no programa até setembro deste ano. Desde 2014, a Guarda Civil Metropolitana realizou 86.786 visitas. Ao longo do primeiro semestre, foram contabilizados mais de 11 mil atendimentos.
Abel Serafim