O Estadão Expresso São Paulo é produzido com conteúdo selecionado e editado pelo Estadão.
Traz também informações de utilidade pública emitidas pelos diversos órgãos da Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Site produzido com conteúdo selecionado e editado pelo Estadão, além de informações de
utilidade pública emitidas pelos diversos órgãos da Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Vai até 28 de abril o prazo de inscrição no SPTaxi, aplicativo oficial da Prefeitura de São Paulo voltado exclusivamente a taxistas e seus passageiros. Serão bloqueados os alvarás daqueles que não estiverem inscritos. E a categoria tem até o fim de outubro para ter o aplicativo e seus equipamentos devidamente instalados.
A medida segue as determinações do Decreto nº 62.217/23 do prefeito Ricardo Nunes, que instituiu o cadastramento obrigatório, e da Portaria SMT.SETRAM nº 5/23, que definiu que o alvará de estacionamento de táxi e o Registro de Condutor de táxi passarão a ser emitidos exclusivamente em formato eletrônico e por meio do aplicativo.
Cadastro e instalação
Os taxistas deverão realizar o cadastramento prévio no aplicativo pelo portal institucional do SPTaxi (https://sptaxi.prefeitura.sp.gov.br). Quem não se cadastrar no prazo terá de comparecer ao departamento para regularizar a situação.
Após o cadastro, os motoristas vinculados a um veículo com alvará de estacionamento de táxi serão convocados para a instalação do desacoplador, que faz parte do SPTaxi. Trata-se de um dispositivo que faz a conexão direta entre o taxímetro e o celular cadastrado no aplicativo, garantindo corridas pagas com o valor exato registrado no taxímetro.
O desacoplador será disponibilizado gratuitamente e sua instalação não terá custo, sendo realizada em oficinais autorizadas pelo app e credenciadas pelos fabricantes de taxímetros e pelo Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo). Os taxistas que estiverem regularizados no DTP e na plataforma SPTaxi terão acesso automático e digitalizado do Condutax e alvará de estacionamento.
Já os que não possuem vínculo a um alvará de estacionamento deverão apenas baixar o aplicativo SPTaxi no smartphone. O Condutax eletrônico, exigido pela nova legislação, estará disponível dentro do próprio aplicativo.
Agendamento
O agendamento para a instalação dos dispositivos será realizado mediante convocação feita pelo SPTaxi. Quem já agendou, mas ainda aguarda a data para concluir o procedimento pode apresentar os documentos físicos à fiscalização DTP. Os taxistas que não comparecerem ao agendamento serão reagendados uma única vez e, em caso de não comparecimento, o alvará será bloqueado.
Renovação do alvará de estacionamento
A partir de maio de 2023, somente condutores que cadastrados no SPTaxi e com desacoplador instalado poderão renovar os alvarás de estacionamento. Toda a frota deve estar com o app e respectivos equipamentos instalados até 31 de outubro de 2023. O descumprimento pode acarretar suspensão da licença do veículo, multa e retenção do veículo pela fiscalização.
Ao retomar as atividades depois dos meses de confinamento durante a pandemia de covid-19, a psicomotricista e neuropsicopedagoga Monique Mayumi Kamada encontrou dificuldades na socialização. Compromissos como almoços com colegas de trabalho ou amigas e reuniões familiares passaram a exigir muita energia e resultar em dias de isolamento e repouso para que pudesse se recuperar.
O que foi inicialmente tratado como um quadro de depressão revelou ser, na verdade, um diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) nível 1 de suporte, que Monique recebeu aos 51 anos de idade. Estavam explicados, por fim, fatores como seus círculos de amizade diminutos, o armário que mantinha trancado na adolescência para que ninguém da família desorganizasse suas roupas e a seletividade alimentar na infância.
Com o diagnóstico, ficou mais claro para Monique quais adaptações seriam necessárias para viver com mais conforto. Mesmo com essa nova camada de autoconhecimento, a falta de informação das pessoas em seu redor sobre o autismo cria situações em que ela se sente “invisibilizada”.
“Em alguns serviços, as pessoas querem que eu me enquadre no formato de outros educadores dos cursos, sem entender que a previsibilidade e ter uma rotina são primordiais para meu funcionamento. Parece que me acham ‘menos autista’ por eu ser funcional para muitas coisas, mas o nível de suporte não muda o transtorno”, exemplifica ela, que também atua como professora de pós-graduação.
Transtorno do espectro autista
O transtorno do espectro autista é, na definição do Ministério da Saúde, um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízo na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos (estereotipias) e, muitas vezes, repertório restrito de interesses e atividades — chamados de hiperfocos.
Por se tratar de um espectro, o autismo se manifesta de forma diferente de pessoa para pessoa, com comprometimento variado nas áreas da comunicação, socialização e comportamento. A condição é classificada em nível 1, 2 ou 3 de suporte, que considera o nível de necessidade de suporte, apoio e adaptações para a vida cotidiana de cada uma.
O diagnóstico do TEA deve ser realizado por uma equipe interdisciplinar composta por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e considerar os diversos níveis de suporte. Em São Paulo, a porta de entrada para a realização desse diagnóstico é a Unidade Básica de Saúde (UBS), que por meio da avaliação médica e da equipe multidisciplinar aciona os serviços especializados de referência, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e os Centros Especializados em Reabilitação (CERs), para o apoio diagnóstico e acompanhamento compartilhado.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), nesses serviços especializados são elaborados os Planos Terapêuticos Singulares (PTS) que preveem condutas terapêuticas específicas para cada paciente, de acordo com as necessidades de cada caso.
Diagnóstico precoce
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce do TEA permite o desenvolvimento de estímulos para maior independência e qualidade de vida das crianças autistas. Em muitos quadros dessa condição, os sinais são percebidos ainda na infância, com base em observações dos pais, nas consultas de acompanhamento do desenvolvimento infantil ou nas percepções de profissionais da escola.
Quando identificado um possível caso de autismo nas unidades escolares municipais, a equipe da unidade educacional emite um relatório pedagógico sobre o desenvolvimento da criança. Então, orienta a família a procurar a UBS de referência para dar encaminhamento na investigação.
Nos casos em que se confirma o autismo ou outro diagnóstico, o laudo é encaminhado para o Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai) da Diretoria Regional de Ensino, que faz o encaminhamento da equipe multidisciplinar para a inclusão e desenvolvimento do estudante.
Diagnóstico na vida adulta
Ainda que boa parte dos casos de autismo seja identificado nos primeiros anos de vida, crescem os relatos de pessoas diagnosticadas apenas depois de adultas. Os sinais tendem a passar ainda mais despercebidos em meninas e mulheres, motivo pelo qual ações de conscientização sobre o transtorno têm abordado as especificidades dessas características nesse público.
Segundo pesquisas, as mulheres mostram maior necessidade e interesse pela socialização e desenvolvem maior capacidade de camuflar as características diagnósticas — um processo que recebe o nome de masking. Para Monique, isso ajuda a explicar seu diagnóstico tardio:
“Eu era uma menina muito boazinha, quietinha. Tinha algumas manias e gostava das coisas em uma rotina, mas sempre fui obediente, e acho que por não ter dado trabalho isso não chamou a atenção dos meus pais ou da escola”, reflete.
Segundo a neuropsicóloga Joana Portolese, coordenadora do Programa de Transtornos do Espectro Autista (Protea) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), é comum que a procura do diagnóstico na vida adulta se dê devido a alguma comorbidade, como foi o caso de Monique.
“Existem comorbidades muito frequentes nos autistas adultos, como a depressão, ansiedade, transtorno borderline e transtornos alimentares. Isso porque eles vão aprendendo padrões, como ler situações sociais, como camuflar essa dificuldade de socialização, só que isso tem um custo de saúde mental”, explica Joana.
Os direitos da pessoa com autismo
De acordo com a Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, estão entre os direitos fundamentais das pessoas com TEA o acesso a lazer, educação e saúde, o que inclui o diagnóstico, atendimento multiprofissional, nutrição adequada e medicamentos. A lei também prevê o atendimento prioritário nos sistemas de saúde pública e privada.
Os autistas estão enquadrados no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e são contemplados com direitos como o Bilhete Único Especial da Pessoa com Deficiência, para transporte gratuito em veículos públicos municipais (ônibus, micro-ônibus) e metropolitanos (metrô e CPTM). Para solicitar o benefício, é preciso reunir a documentação necessária e procurar um dos Postos de Atendimento indicados aqui.
Também são assegurados o direito a liberação do Rodízio Municipal de Veículos, isenção de IPI e ICMS na compra de um veículo novo, vaga especial de estacionamento por meio do cartão DeFis, meia-entrada e fila preferencial. No caso da meia-entrada, o direito vale para a pessoa autista e um acompanhante, em eventos artístico-culturais e esportivos como museus, parques, shows, cinemas e jogos. Esse direito não está vinculado à renda da pessoa com deficiência e é assegurado independente do nível de suporte do diagnóstico.
No âmbito educacional, a Secretaria Municipal de Educação informa que “trabalha com a Educação Inclusiva, que tem o objetivo de assegurar o acesso, permanência, participação plena e a aprendizagem de bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades ou superdotação nas unidades educacionais e espaços educativos da Pasta”.
A rede municipal conta com cerca de 4 mil funcionários atuando em Educação Especial, entre Professores de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (PAAI), Professores de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), Auxiliar de Vida Escolar (AVE) e estagiários do programa Aprender Sem Limites. Segundo a SME, também são oferecidos atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade como as Salas de Recurso Multifuncionais, que atendem estudantes com deficiência auditiva, física, intelectual, visual, múltipla ou TEA.
Onde buscar diagnóstico de autismo em São Paulo
Além do encaminhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), avaliações para diagnóstico do TEA podem ser realizadas por psiquiatras, neurologistas, neuropediatras e psicólogos especializados, de forma particular ou por planos de saúde. O laudo diagnóstico precisa ser emitido por um médico.
Na cidade de São Paulo, outros dois serviços públicos realizam o diagnóstico de autismo. O Protea, coordenado por Joana Portolese, foi criado em 2011 e realiza avaliação em crianças e adolescentes até 17 anos de idade. A fila de espera para o atendimento é de cerca de quatro meses e, para agendar triagem para diagnóstico, é preciso enviar um e-mail para autismo.usp@hc.fm.usp.br.
Já no Ambulatório de Cognição Social Marcos Mercadante (Teamm), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), são avaliadas pessoas de qualquer faixa etária, a partir dos seis meses de idade. A lista de espera atualmente é de pelo menos seis meses e as inscrições estão sujeitas à disponibilidade das vagas. As consultas para diagnóstico ocorrem nas segundas-feiras, de forma presencial na sede do ambulatório, na Vila Mariana.
A Prefeitura de São Paulo amplia a partir desta segunda-feira (17) a vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, a novos grupos prioritários.
Poderão se imunizar profissionais da saúde; profissionais da educação: pessoas com deficiência permanente ou com comorbidades; profissionais de transporte coletivo rodoviário, de passageiros urbano e de longo curso; profissionais portuários; trabalhadores das forças de segurança e salvamento, das forças armadas e do sistema prisional; além da população privada de liberdade, incluindo adolescentes em medidas socioeducativas.
Desde a última segunda-feira (10), primeiro dia da vacinação na cidade, até quinta-feira (13), 218.713 pessoas já receberam o imunizante. Ao todo, 2.071.000 doses foram destinadas pelo Ministério da Saúde (MS) ao município para serem aplicadas inicialmente nos grupos prioritários, sendo 582 mil recebidas nesta sexta-feira (14). Em 2022, foram vacinadas 4.457.341 pessoas.
Além dos novos grupos, também estão sendo vacinadas pessoas com mais de 60 anos de idade, crianças (com idade a partir de 6 meses e menores de 6 anos), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), imunossuprimidos e indígenas.
O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.
Para ter acesso a mais informações sobre a vacinação contra o vírus influenza, clique aqui .
A Prefeitura de São Paulo abriu no dia 11/04 um programa que concede descontos nos juros e multas de dívidas. O objetivo é possibilitar que setores economicamente mais afetados pela pandemia regularizem seus débitos por acordo de transação tributária.
A medida deve beneficiar 26 mil devedores e regularizar R$ 2 bilhões em débitos inscritos na dívida ativa. Serão concedidos descontos de até 95% nas dívidas de IPTU para os imóveis cadastrados na Prefeitura como uso 70 (cinema, teatro, casa de diversão, clube ou congênere) ou 80 (hotel, pensão ou hospedaria), localizados em qualquer região do município. O mesmo desconto também se aplica aos imóveis localizados no Setor Centro Histórico, independentemente do uso cadastrado na Prefeitura.
Já os descontos de ISS foram conferidos aos serviços mais prejudicados pelas restrições decorrentes da pandemia, como academias de ginástica, cabeleireiros, ateliês de costura, transportes escolares, entre outros.
Podem ser incluídos débitos tributários (IPTU e ISS) inscritos em dívida ativa, mesmo aqueles que estejam protestados ou em discussão judicial. Os débitos poderão ser parcelados em até 120 meses, sendo R$25 o valor mínimo de cada parcela para pessoa física e R$150 para pessoa jurídica. Com a realização do acordo, ocorre a suspensão da exigibilidade do crédito — o que significa que o nome do devedor é retirado do CADIN, processos de cobrança (execuções fiscais) são suspensos, e permite a emissão de certidão.
As parcelas são corrigidas pela Selic e, em caso de atraso, poderão ser pagas com multa e juros. O atraso superior a 90 dias de 3 parcelas (seguidas ou não) acarreta no rompimento do acordo, assim como o atraso de qualquer parcela por esse período.
Em caso de rompimento, todos os benefícios são perdidos e a cobrança é retomada pelo valor sem descontos, já abatido o que foi pago. Além disso, o rompimento impede uma nova transação para o mesmo devedor pelo prazo de 2 anos, ainda que relativa a outras dívidas.
O edital foi publicado no dia 12 de abril e início das adesões é previsto para o dia 24 de abril, com prazo de 120 dias – ou seja, com encerramento previsto para 21 de agosto.
– Selecionar a condição de pagamento (parcela única ou, se parcelado, o número de parcelas) e gerar o boleto. O acordo começa a valer quando o pagamento da primeira parcela (ou da parcela única) é reconhecido pelo sistema de transação, o que ocorre em até 3 dias úteis.
O bairro de Santana, na zona norte de São Paulo, vai sediar a primeira edição do Cuida Pet SP, ação promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) e Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
O evento será realizado neste sábado (15), das 8h às 17h, e marca o Abril Laranja – mês voltado à prevenção dos maus-tratos e abandono de animais. Serão oferecidos diversos serviços gratuitos, como o Registro Geral do Animal (RGA), a identificação por microchip e vacinação contra a raiva, além de atividades educativas. Também haverá uma feira de adoção com cachorros e gatos.
Deixar de dar a vacina antirrábica pode levar o tutor a responder pelo crime de maus-tratos, cuja pena chega a cinco anos de prisão. Imunizar os animais de estimação é um ato de responsabilidade e cuidado com a saúde deles e das pessoas ao redor, pois a raiva é uma doença viral grave que pode afetar os bichos e os seres humanos.
O crime de maus-tratos vai além da agressão física. Privar os animais de alimentação, negar assistência veterinária, abandoná-los, bem como feri-los de forma intencional, também são atitudes caracterizadas como crueldade. Por isso, o Cuida Pet SP também servirá para incentivar a guarda responsável, que consiste em garantir a saúde física e mental, a segurança e o bem-estar do animal de estimação.
A participação é gratuita e não requer inscrição. Basta ir à Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), que fica na Rua Santa Eulália, 86, em Santana, e sediará o evento. É preciso levar documento de identidade (RG ou CPF) e comprovante de endereço atualizado em nome do tutor, além de uma foto digital do animal e a carteira de vacinação, se tiver.
O microchip é implantado de forma rápida, sem necessidade de anestesia, e contém todos os dados relativos ao pet (espécie, sexo, cor do pelo, idade e raça). O Registro Geral Animal é a carteira de identidade de cães e gatos residentes na Capital, obrigatória por lei. Feito o RGA, o dono do animal recebe na hora uma plaqueta de identificação, com o número do registro, que deve ser preso à coleira. A carteira digital é enviada por e-mail.
As medidas servem para facilitar a localização do tutor caso o animal se perca. Segundo a SMS, o Cuida Pet SP não será restrito aos moradores de Santana. Sendo assim, quem reside em outra localidade também pode comparecer. O órgão ressalta, ainda, que o RGA também pode ser feito de forma online, pelo Portal 156, com envio da documentação pela internet.
A Prefeitura de São Paulo adquiriu 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas desenvolvidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que começaram a ser instaladas nesta quarta-feira (12).
A cidade está investindo R$ 8,9 milhões na ação, que deve durar 12 meses. Serão usadas 20 mil armadilhas pela Capital, segundo a Prefeitura. “É uma tecnologia que já é utilizada em mais de 40 países. A Vigilância Sanitária testou o produto e essa metodologia por dois anos e, uma vez aprovada, nós estamos fazendo a instalação”, disse o prefeito Ricardo Nunes. Os agentes de saúde farão o monitoramento por um software e visitarão as residências que estão com as armadilhas de 30 em 30 dias para monitorar e repor o produto.
O equipamento é uma nova estratégia que se somará às demais do Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e Demais Arboviroses, como os equipamentos de nebulização veicular e visitas casa a casa.
As instalações das armadilhas serão feitas pelas equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que participaram de uma capacitação em 16 de fevereiro e um treinamento prático nos dias 23 e 24 de março.
Inicialmente, os novos equipamentos serão instalados em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue e distribuídos nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Na região do Jardim Ângela, cerca de 100 agentes atuaram nesta quarta-feira (12) para a implantação das armadilhas.
Os equipamentos serão montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval. O larvicida utilizado nas armadilhas não afeta a saúde humana nem dos animais domésticos e tem liberação da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A Prefeitura de São Paulo tem investido em todos os bairros, tanto com a nebulização de inseticida como caso a caso, mas são mais as características dos próprios imóveis que fazem com que algumas áreas da cidade tenham mais casos e outras menos”, explicou o coordenador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Vieira Caldeira.
Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.379.513 ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo. Ao todo, foram 327.852 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.004 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.006.666 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.
Desde o último dia 5, o projeto piloto “Operação Centro Limpo”, da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula), em parceria com a concessionária Loga, coletou 346 toneladas de resíduos sólidos da região central de São Paulo.
A agência informou que a escolha da região levou em consideração o acúmulo de descarte e catação irregular de resíduos, número alto de reclamações sobre a limpeza e o desrespeito de estabelecimentos comerciais às normas vigentes de coleta pública, entre outros fatores.
Para reforçar a limpeza do local, o projeto recolhe, de modo contínuo, os resíduos sólidos nos horários das 6h às 14h e das 14h às 22h. Cada período conta com seis equipes de coleta, acompanhadas de um caminhão, além de dois agentes de conscientização.
Com funcionamento diário, a operação funciona apenas em regime de plantão aos domingos, com uma equipe por turno. De acordo com a Loga, as coletas diárias regulares, a partir das 18h, e as seletivas, que ocorrem uma vez por semana, a partir das 9h, não foram afetadas pelo projeto de intensificação de limpeza.
Além do recolhimento de resíduos sólidos, são realizadas ações de conscientização ambiental sobre o descarte e o manejo correto dos materiais para o público da região, que contam com o apoio da equipe de fiscalização da Gerência de Saneamento Ambiental, da agência reguladora. Após período de teste, a ação pode ser ampliada para as regiões do Canindé, Bela Vista, Bom Retiro, Brás e Luz.
Heliópolis, maior favela do Brasil, na zona sul de São Paulo, vai ganhar um teatro com infraestrutura moderna, equipado para receber diversos tipos de espetáculos. Denominado Teatro Baccarelli, o espaço deve abrir as portas no segundo semestre de 2024 para mais de 500 pessoas. Com 1.200 m², haverá 409 assentos na plateia e 138 lugares nos balcões.
Entre os recursos previstos estão uma central de audiovisual, que tornará o teatro 100% autônomo para gravações e transmissões ao vivo, e um fosso móvel, permitindo que uma orquestra toque embaixo enquanto encenações de óperas e balés, por exemplo, ocorrem no palco.
Além disso, o palco contará com mecanismo móvel para visualização da orquestra e do maestro por todos os lados. O projeto prevê, ainda, espaço de acervo, uma biblioteca e uma área verde aberta ao público, que deverá ser utilizada como espaço de convívio da comunidade.
O equipamento servirá para fortalecer as múltiplas expressões artísticas da favela, além de estimular o acesso à cultura. O objetivo é colocar Heliópolis no mapa da cultura da cidade e atrair grandes orquestras internacionais e nacionais, como a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), bem como peças teatrais e outras atrações.
Projeto antigo
O teatro foi idealizado pelo Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos criada em 1996, que dá nome ao equipamento e atua na comunidade há 26 anos, com foco em três eixos: social, educacional e cultural. O teatro já estava previsto no projeto original da sede do instituto, cuja construção foi iniciada em 2009, e funcionará em terreno cedido pela Prefeitura de São Paulo. Além da concessão da área, a administração municipal poderá entrar com recursos financeiros caso seja necessário.
De acordo com Edilson Ventureli, diretor executivo do instituto, a construção está prevista para começar a partir do segundo semestre de 2023 e será financiada 100% por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O investimento total será de cerca de R$ 37 milhões. O dinheiro, no entanto, não sairá diretamente dos cofres públicos, mas sim da iniciativa privada.
No momento, o Instituto Baccarelli está em busca de patrocinadores. O evento de lançamento do projeto para captação do recurso para as obras ocorreu no início de março. A iniciativa já conta com o patrocínio de empresas como a B3 (Bolsa de Valores), Sabesp, Itaú e Comgás. Em contrapartida, a Lei Rouanet concede uma renúncia fiscal: a empresa que investir no teatro poderá deduzir 100% do valor do imposto de renda.
Ventureli diz que o palco é fundamental para o processo de formação artística dos 1.200 alunos atendidos no local. Com a chegada do teatro, podem ser oferecidos outros cursos pelo instituto, como o de iluminador, cenografia e figurino. Atualmente, são ministradas aulas para 18 turmas de musicalização infantil, 16 de canto coral e 44 turmas de coletivos de instrumentos (viola, violino, trompete, tuba, violoncelo, entre outros). Tudo gratuito.
É permitido ingressar no instituto a partir dos quatro anos de idade na musicalização infantil, onde são introduzidos os princípios básicos da música e se trabalha a coordenação motora. Os pequenos também começam a aprender a cantar. Aos sete anos podem compor os corais e começar a estudar instrumentos musicais de forma coletiva. Dependendo do desempenho, aos nove ou 10 anos estão aptos a receber aulas individuais de instrumentos.
O Instituto também promove a prática orquestral. São quatro orquestras: infantil, infanto-juvenil, juvenil e a principal, a Orquestra Sinfônica de Heliópolis (OSH). Formada por 80 instrumentistas, em média, a OSH já se apresentou em inúmeros palcos do Brasil e do mundo. Agora, vai poder se apresentar “dentro de casa”, para a própria comunidade.
Formando talentos
Quezia Vieira, de 19 anos, é a única artista profissional da família. Ela conta que sua mãe só viu um concerto por volta dos 50 anos de idade. Toda a família passou a consumir mais cultura a partir da sua vivência no Instituto Baccarelli, onde entrou aos seis anos de idade.
Treze anos depois, além de aluna de viola, instrumento ao qual se dedica desde criança, Quezia virou professora de ensaios de naipes (um conjunto de instrumentos da orquestra) no local. Além disso, faz parte da orquestra juvenil e dá aulas particulares. Neste ano, começou a cursar licenciatura em música em uma universidade pública (Unesp) e sonha continuar lecionando na área, além de se aprofundar na pesquisa de música inclusiva, para crianças especiais.
Neste momento, a organização aceita pré-candidaturas para musicalização infantil e canto coral. É preciso estudar em uma escola municipal, fazer a pré-inscrição pelo site do Instituto Baccarelli e aguardar o contato. No espaço, os estudantes recebem café da manhã e, após o término da reforma do restaurante, que deve ser concluída em dois meses, serão oferecidos também almoço e café da tarde. É concedida bolsa-auxílio de R$ 1.800,00 aos integrantes da orquestra principal e de R$ 800,00 aos que compõem a juvenil.
O 2º Fórum #TodosPeloCentro, iniciativa da Prefeitura de São Paulo que trata da requalificação do centro da Capital, está com inscrições abertas para participação popular até o dia 25 deste mês. O evento será promovido em 27 de abril, das 9h30 às 12h, com o tema “Ativação do Triângulo Histórico de São Paulo”.
Segundo a Casa Civil, que preside o Comitê Intersecretarial Todos Pelo Centro, o objetivo é ouvir a sociedade para esclarecer dúvidas e receber sugestões com foco nas ações em curso e nas programadas para a região. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas de forma online pelo site Sympla.com.br.
Na oportunidade, os participantes poderão conhecer mais detalhes sobre as propostas do Comitê, os incentivos fiscais previstos para o Triângulo Histórico, o projeto urbanístico desenhado para o centro, entre outras iniciativas do projeto. Também será divulgado o resultado da pesquisa feita em março para analisar o perfil de quem frequenta a área e quais ações tornariam o centro mais convidativo.
O Triângulo Histórico é um recorte no perímetro das ruas Líbero Badaró, Benjamin Constant e Boa Vista. Nele se encontram importantes pontos históricos da cidade, como o Largo São Bento, Pateo do Collegio, Largo São Francisco, entre outros.
Atualmente, o local recebe obras que buscam dar cara nova à região, atraindo moradores e investimentos, sem deixar de preservar a história da área, transformando-a em um território mais seguro para permanência, negócios e lazer, principalmente à noite.
As ações envolvem várias secretarias e se concentram em seis eixos de transformação prioritários: Requalificação Urbana e Mobilidade; Atração de Investimentos; Segurança; Habitação; Social; e Meio Ambiente, Lazer e Cultura.
Foi justamente para conectar todas as intervenções, previstas para os distritos do Bom Retiro, Belém, Pari, Sé, República, Brás e Santa Cecília, que surgiu o Comitê Intersecretarial Todos Pelo Centro. As melhorias serão promovidas em perímetro de 2.089 hectares, o equivalente a 2 mil campos de futebol.
Serviço
2º Fórum de Participação Social #TodosPeloCentro Quando: 27 de abril de 2023, das 9h30 às 12h Local: Prefeitura de São Paulo – Auditório do 7º andar Endereço: Viaduto do Chá, nº 15 – Centro – São Paulo Inscrições:Sympla.com.br
No meio do vai-vem da praça República, no centro de São Paulo, entre pessoas apressadas para pegar o metrô ou o ônibus, crianças passeando montadas em triciclos quebram o ar sisudo e frenético da região. O passeio faz parte do projeto “Motoca na Praça”, da Escola Municipal de Ensino Infantil Armando Arruda Pereira, localizada na praça da república, onde estudam cerca de 300 alunos de 4 e 5 anos.
“Queríamos que as crianças tivessem uma maior vivência com o entorno do bairro no qual elas estudam”, explica ao Expresso Bairros a professora Lívia Arruda, idealizadora do projeto. “Levá-los para passear com o triciclo foi uma tentativa de criar uma rotina como esses passeios, que teve uma aceitação logo de cara.”
O projeto começou em 2019, quando a professora, que trabalha na EMEI há 12 anos, teve a ideia de usar os triciclos que havia na escola para fazer com as crianças um passeio na praça. Antes de sair com os alunos, foi preciso fazer um treino para que eles aprendessem a usar o brinquedo como transporte — afinal, nem todos sabiam pedalar, mas é liberado usar os pés para dar impulso para quem não alcança ou não tem força para empurrar o pedal. Depois, com os alunos, estipularam as regras: não pode passar na frente do colega nem correr.
Os primeiros passeios aconteceram na própria praça. Guiando as motocas, eles saem em fila da escola e seguem a professora. Mais dois funcionários da escola acompanham o passeio para tomar conta do grupo.
Para identificação visual, as crianças usam coletes da escola e os adultos, coletes de travessia cedidos pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Lívia ressalta que a obrigação das crianças de cuidarem do brinquedo durante o trajeto faz com elas fiquem mais cuidadosas e atentas, além de chamar a atenção de quem cruza o caminho do comboio.
Novos caminhos
A experiência de circular com as crianças pela praça encorajou Lívia a ampliar o trajeto. A postos em seus triciclos, os alunos visitaram o Copan, o Sesc 24 Maio, a Galeria Olido, a Biblioteca Mário de Andrade, o Teatro Municipal e o Viaduto do Chá — todos os destinos ficam em um raio de 500 metros da escola. Durante os passeios os pequenos fazem desenhos de observação e conversam sobre o que viram.
“As crianças às vezes não têm acesso a esses lugares pelo desconhecimento da família. Depois que visitam, elas pedem aos pais para voltar aos lugares. A experiência cria nelas um senso de pertencimento à cidade e dessas atrações culturais bacanas”, explica Lívia. “A motoca tem o seu lado lúdico, da brincadeira, mas é o nosso transporte, porque elas usam o brinquedo para chegar até o destino.”
Hoje, o projeto criado por Lívia é replicado em todas as turmas da escola, que saem com os alunos pelo menos uma vez na semana. “Eu sempre enfatizei muito a importância de não ser algo esporádico e ter uma constância para que entrasse para a rotina dos alunos e assim eles estabelecessem uma relação com a cidade”, ressalta.
Passear rotineiramente com as crianças montadas no triciclo também despertou o olhar da comunidade para a EMEI. Os espaços culturais do entorno passaram a convidar as crianças para atividades; voluntários pediram para participar da escola, realizando oficinas com os alunos; e o projeto foi premiado. Em 2022, o “Motoca na Praça” recebeu os prêmios “Territórios”, do Instituto Tomie Ohtake, e “Paulo Freire”, da Prefeitura de São Paulo.
“Os prêmios municipal e nacional valorizam o projeto e nos dão respaldo. Não é mais apenas uma atividade de uma professora em uma escola isolada. Espero que o Motoca na Praça inspire outras escolas a pensar em alternativas possíveis de atividades educativas para os seus alunos”, conclui.