A Prefeitura de São Paulo tem três Casas de Agricultura Ecológica para prestação de assistência técnica e extensão rural para os agricultores. Com engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e gestores ambientais, os equipamentos estão localizados em Parelheiros (zona sul), Penha (zona leste) e Centro.
Os atendimentos são prestados de forma personalizada a partir de um plano de ação, de acordo com a necessidade da área de cultivo identificada pelas visitas técnicas. Estão entre os serviços, orientação sobre emissão de documentos, como nota fiscal, técnicas agroecológicas e apoio na transição para uma agricultura sustentável.
Os cidadãos atendidos ainda podem acessar os equipamentos de mecanização agrícola da Prefeitura, como tratores e tratoritos, para atividades na unidade de produção. Também são distribuídos insumos e bolsas de capacitação para apoiar o produtor rural em situação de vulnerabilidade social.
Como solicitar
Para agendar visita técnica, o interessado deve acessar a página de contato da plataforma Sampa+Rural, informar o endereço, contatos de e-mail e telefone e descrever a área de produção.
O Sampa+Rural, desenvolvido pela Prefeitura, mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores do município. Se você tem uma iniciativa e deseja incluir na plataforma, acesse o link.
São Paulo Rural
Cerca de 28% dos 1.521 km do território da cidade de São Paulo têm características rurais, conforme o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Com 80% dessa área na zona sul, a região também concentra a maior parte das unidades de produção agropecuária mapeadas pela plataforma Sampa+Rural: 571. Em seguida, aparecem a zona leste, com 126 locais, e a norte, com 34.
Somando unidades produtivas e hortas desenvolvidas nas comunidades ou em equipamentos públicos, o Sampa+Rural chegou ao número de mais de mil espaços dedicados à produção de alimentos com perfis, geralmente, familiares, voltados não só ao autoconsumo e à geração de renda, mas também à educação ambiental e ao engajamento comunitário.
Para a coordenadora de agricultura da Capital, Lia Palm, o setor agrícola tem uma função multidimensional na cidade, como a ocupação de espaços deteriorados, promoção de saúde e o acesso facilitado a alimentos em regiões periféricas. “Quando você preserva a área biodiversa e trabalha com a agricultura regenerativa num sítio, por exemplo, você está ajudando a preservar esse espaço”, afirma.
O fortalecimento da agricultura, acrescenta Palm, impede a venda de terras e, consequentemente, o avanço da área urbana nesses territórios.
Serviço
Casa de Agricultura Ecológica (Parelheiros)
Estrada Ecoturística de Parelheiros, 5252 – Jardim dos Álamos – Parelheiros
Áreas atendidas: subprefeituras Aricanduva/ Formosa/ Carrão, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus, São Miguel, Sapopemba e Vila Prudente
Casa de Agricultura Ecológica (Centro)
Avenida São João, 473, 4º andar – Centro (endereço provisório)
Áreas atendidas: subprefeituras Butantã, Campo Limpo, Casa Verde/ Cachoeirinha, Cidade Ademar, Freguesia/ Brasilândia, Jabaquara, Jaçanã/ Tremembé, Lapa, M’Boi Mirim, Perus, Pinheiros, Pirituba/ Jaraguá, Santana/ Tucuruvi, Santo Amaro, Sé, Vila Maria/ Vila Guilherme e Vila Mariana
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta semana obras para melhorar a capacidade do sistema de drenagem no Jardim Carombé, na região da Subprefeitura Freguesia-Brasilândia, na zona norte.
Os projetos, desenvolvidos pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), preveem a construção de duas novas galerias sob a avenida Manoel Bolívar, entre as ruas Hélcio da Silva e Laurindo dos Santos. As duas novas galerias terão 300 metros de extensão cada, e contarão ainda com a capacidade de reservar água.
Elas receberão o fluxo de água vindo do afluente do Córrego Bananal. A previsão é que os estudos sejam finalizados já em julho de 2023. O edital para contratação das obras deve ser publicado em agosto deste ano. O investimento previsto é de R$ 25 milhões.
Mais obras
Outra novidade para a região é um futuro piscinão, previsto no Plano Diretor de Drenagem da cidade. Os estudos iniciais apontam uma capacidade para armazenar até 60 mil m³ de água, o equivalente a 24 piscinas olímpicas.
Os investimentos na região da Subprefeitura da Freguesia / Brasilândia incluem também investimento de R$ 60 milhões em cinco obras para a redução de riscos e alagamentos.
A Vila Leopoldina é conhecida por, além de abrigar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), seus galpões de antigas indústrias da cidade. Muitos desses galpões hoje em dia, porém, estão sem uso.
Uma dessas áreas desocupadas será destinada ao Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina (PL 428/2019).
O PIU foi aprovado definitivamente com 48 votos Favoráveis no último dia 7 de junho na Câmara de Vereadores, após uma discussão de 7 anos.
Entre os principais objetivos do PIU Vila Leopoldina, está o incentivo de Construções de Habitação de Interesse Social para 835 famílias. O esvaziamento dessas antigas áreas industriais era uma preocupação do arquiteto e urbanista Philip Yang, fundador do Instituto de Urbanismo e Estudos para a Metrópole, que trabalhou no desenvolvimento desse PIU.
“São Paulo é uma cidade que se desindustrializou, deixando muitas áreas industriais ociosas com potencial urbano e imobiliário extraordinário. As decisões sobre o futuro desses espaços determinarão o futuro da cidade”, explica Yang em entrevista ao Expresso Bairros.
Previsto no plano diretor aprovado em 2014, o PIU é instrumento que permite a instituições privadas manifestar interesse em realizações de intervenções urbanísticas para transformar locais da cidade buscando atender ao interesse
público.
Ceagesp
O projeto destinado ao PIU Vila Leopoldina propõe a urbanização de uma área de 300 mil metros quadrados, entre elas o Ceagesp e o Parque Villa-Lobos, onde havia antes indústrias, em sua maioria do grupo Votorantim, e terrenos públicos.
O projeto, idealizado pela Votorantim, SDI, BVEP e URBEM, visa à verticalização da região, com a construção de prédios para diferentes faixas de renda, abertura de vias, implantação de comércios, serviços e equipamentos públicos ao longo de 15 a 20 anos. Além dos prédios comerciais, o principal destaque da proposta é a construção de habitações de interesse social para famílias que residem nas comunidades da Linha e do Nove, juntamente com o retrofit do Cingapura Madeirite.
O investimento privado previsto é de R$ 200 milhões. A contrapartida do governo municipal é a ampliação do limite de área construída, que pode variar de um mínimo de 203 mil m² a um máximo de 500 mil m².
Diferentemente de outros PIUs em discussão na cidade, o da Vila Leopoldina se distingue por abranger uma área menor. Para efeito de comparação, o PIU Setor Central, no centro da cidade, engloba uma área de 2.098 hectares, quase 70 vezes maior que a da Vila Leopoldina.
O projeto agora seguirá para a fase de leilões, na qual será escolhido o agente da iniciativa privada responsável por executar as obras.
“Além do desenvolvimento imobiliário, o PIU promove melhorias urbanas no bairro, como o assentamento das famílias que atualmente vivem em condições precárias, o desenho de ruas com calçadas mais largas e amigáveis, o surgimento
de novos estabelecimentos comerciais e espaços corporativos. A diversidade de pessoas de diferentes classes sociais convivendo em um mesmo bairro é algo extremamente saudável para a sociedade”, conclui.
São Paulo tem mais de 2 milhões de cães em residências da área urbana. A estimativa é do Inquérito de Saúde Pública da capital (ISA), que constatou a presença dos animais em 29% dos domicílios entrevistados, em 2017.
Espalhados por todas as regiões da cidade, os parcães são espaços mantidos pela Prefeitura nos quais a população canina pode passear livremente: atualmente, são 174 cachorródromos.
A entrada em todos os parcães é gratuita e exclusiva para cães e seus tutores, mas existem algumas regras a serem seguidas por quem quer fazer uso desses locais. Cães de raças que são consideradas potencialmente mais agressivas, como mastim napolitano, pitbull, rottweiller e american stafforshire terrier ou, então, raças derivadas delas, precisam estar usando focinheiras.
Além disso, os tutores devem estar atentos para recolherem as fezes dos cachorros de forma rápida, diminuindo as chances de contaminação do solo, e para manterem as vacinas do animal em dia — bem como os tratamentos com antipulgas e anticarrapatos.
Não é permitido nos parcães das praças e parques municipais:
Filhotes de até quatro meses, fêmeas no cio e cães agressivos;
Adestradores realizando atividades comerciais;
Entrar com alimentos, seja para cães ou para seus tutores;
A entrada de crianças de até 12 anos desacompanhadas de um adulto;
Entrar ou sair do espaço sem que o cão esteja usando guia.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras destaca que os tutores são legalmente responsáveis pelo comportamento de seus cães. Perante a legislação municipal, também são obrigados a vacinar os animais contra a raiva, utilizar coleira e guia para transitar em vias e logradouros públicos — sujeito à multa de R$ 100 por animal, em caso de descumprimento — , e recolher as fezes das ruas. Encontre o cachorródromo mais próximo de você:
Zona central
Subprefeitura Sé
Largo do Arouche
Parque Princesa Isabel
Praça Álvaro Cardoso de Moura
Praça Arquiteto Barry Parker
Praça Coronel Fernando Prestes
Praça Emílio Miguel Abella
Praça Franklin Roosevelt
Praça Hélio Ansaldo
Praça Miguel Forte
Praça Nicolau de Moraes Barros Filho
Praça Olavo Bilac
Praça Padre Luís Alves Siqueira Castro
Praça Rotary
Rua Wandenkolk, 610
Viaduto Júlio de Mesquita Filho
Zona oeste
Subprefeitura Butantã
Praça Laerte Garcia Rosa
Praça Vinícius de Moraes
Praça Vila de Sintra
Praça Carlos Alberto
Praça Wilson Moreira
Subprefeitura Lapa
Praça Amadeu Decome
Praça Miriam de Barros
Praça Ana Maria Poppovic
Praça Paul Klee
Praça Adroaldo Barbosa Lima
Praça ilza Weltman Hutzler
Praça Diogo do Amaral
Praça Conde Francisco Matarazzo Jr.
Praça Cunhambebe
Subprefeitura Pinheiros
Praça Guilherme Kawall
Praça Amundsen
Praça Maria Noeli Carly Lacerda
Praça da Mateus Grou
Praça do Pôr do Sol
Praça Horácio Sabino
Praça General Gentil Falcão
Praça Alexandre Gusmão
Praça San Martin
Zona norte
Subprefeitura Casa Verde/Cachoeirinha/Limão
Parcão Limão – Rua Salvador Ligabue, 246
Praça Antônia Maturano Lago
Praça José Tomaselli
Praça Centenário
Subprefeitura Freguesia/ Brasilândia
Praça Domingos Regatieri
Praça Quarto Centenário da Freguesia do Ó
Parcão BNH – Rua Leandro Bassano, 449, Vila Cruz das Almas
Praça Antônia Espinosa Picerni
Subprefeitura Jaçanã/Tremembé
Praça Vila Constança
Praça Antônio Joaquim
Praça Memória do Jaçanã – Avenida Antônio César Neto, Vila Nilo
Rua Arnaldo Pescuma
Subprefeitura Perus
Praça do Samba
Subprefeitura Pirituba/Jaraguá
Praça Grand Reserva
Praça Nelson Parreira Gama
Praça 25 de Novembro
Praça Tonico e Tinoco
Praça Fernando Bujones
Subprefeitura Santana/Tucuruvi
Praça Parque Domingos Luís
Praça Reinaldo Proetti (rua Augusto Tolle com a avenida Engenheiro Caetano Álvares)
Praça Vinícius Braidatto (rua Carapajo com rua Antônio Flaquer)
Praça Agostinho Nohama
Zona sul
Subprefeitura Capela do Socorro
Praça Marcelo Costa Tavares
Praça José Gomes da Silva Neto
Praça René Ernani Toccheton
Praça Cecília Apolinário Trapiá
Praça Geraldo Sylvestre Pacheco
Praça na Rua Augusto Ferreira de Morais
Praça Antônia Pereira
Praça Sérgio Talans
Praça Armando Fernandes
Praça Natividade Simões de França
Praça Aurélio Bracciali
Praça Deputada Ivete Vargas
Praça Adriano Emidio de Souza
Praça Yvonne dos Santos Rattis
Subprefeitura Cidade Ademar
Praça do Acuri
Praça Rubens Facchina
Parque Mar Paulista
Rua Alessio de Paolis
Rua Robélia
Rua Durval Pedroso da Silva
Subprefeitura Ipiranga
Jardim Santa Cruz (rua Amadeu Giusti)
Vergueiro
Abrahão Mussa
Praça Belmiro Vampel
Praça Raul Gonçalves
Praça da Rua Quatro
Dom Villares
Praça Antônio Claudino
Praça Pinheiro da Cunha
Praça AIDA
Praça Francisco Bautista
Praça São Sebastião
Subprefeitura Jabaquara
Praça Barão de Japurá
Praça Soares de Avelar
Praça Nova América
Subprefeitura Santo Amaro
Praça Oscar Jorge Maluf
Praça Horácio Bortz
Praça Nova Olinda (rua Tabaré com rua Oirá)
Praça Davi Capistrano Costa (rua São José com rua Senador Vergueiro)
Praça Diná – Rua Luís Correia de Melo, 168 – Vl. Cruzeiro
José Auriemo – Av. João Batista di Vitoriano, 105
Praça Adelino Ozores Neto (avenida Adolfo Pinheiro com rua São José)
Praça Fuad Elias Nauphal
Rua Manuel Pereira Guimarães
Praça Wanderley da Silva – Rua Vito Bovino
Canteiro da Rua Leal Ferreira
Praça Manoel Filizola Albuquerque – Rua Professor Authos Pagano
Rua Dr. José Bustamante
Engenheiro Dácio Morais Júnior com avenida Professor Vicente Rao, 1478
Nossa Praça – Av. Prof. Alceu Maynard Araújo, 650
Praça Hélio Smidt – (rua Jacatirão com rua Mapuá)
Parque Severo Gomes – Rua Pires de Oliveira, 356
Praça Zavuvus – Avenida Yervant Kissajikian, 272
Praça Júlio da Costa Leal – Avenida João Peixoto Viegas, 276
Praça Pierre Lotti (rua Firmino Rodrigues Silva com rua Juari)
Subprefeitura Vila Mariana
Praça Antônio Borges de Almeida
Praça Cidade de Milão
Praça Nossa Senhora Aparecida
Praça Rosa Alves da Silva
Praça Giordano Bruno
Praça Pereira Coutinho
Praça São Francisco da Glória
Praça Ayrton Senna
Praça Alexandre Cabanel
Praça Coronel Fernandes de Lima
Praça Professor Mário Autuori
Praça Professor Américo Portugal Gouveia
Praça Santa Rita De Cássia
Praça Gute
Praça David Nasser
Subprefeitura M’Boi Mirim
Avenida Luiz Gushiken, 97
Cruzamento da avenida Luiz Gushiken com a rua Leonildo Kimori
Rua Diogo Azevedo Sampaio, 145
Subprefeitura Campo Limpo
Praça dos Cachorros – Rua Domingos Lopes da Silva, 880
Zona leste
Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão
Praça O Bom Samaritano
Praça Alexandre Roberto Romano (Alemão)
Praça Marechal Rodrigues Ribas Jr.
Canteiro entre as avenidas Aguiar da Beira e Barreira Grande
Praça Sampaio Vidal
Subprefeitura Cidade Tiradentes
Praça do 65
Subprefeitura Ermelino Matarazzo
Praça Benedito Ramos
Vila Cisper
Cruzamento da rua Caiçara do Rio do Vento com a rua Barra de Santa Rosa
Praça Pedro Luiz Matavelli
Praça Mata dos Araújos
Subprefeitura Itaquera
Praça Roldão Alves Valente
Rua Rafael Albarini
Subprefeitura Mooca
Parcão Tatuapé – Praça Nossa Senhora do Bom Parto
Parcão Catumbi – Rua Paulo Andrighetti, 129
Cachorródromo Parque da Mooca – Rua Taquari, 450-516
Parcão Belém – Rua Independência, 177
Subprefeitura Penha
Praça Comunidade Nossa Senhora do Alívio de Ituaçu
Praça Luiz Moutinho
Praça Dilva Gomes Martins
Praça Maria Lorecchio Basílio
Área municipal na avenida Padre Estanislau de Campos, 58
Área municipal na avenida Dr. Bernardino Brito Fonseca de Carvalho, 1554
Praça Francisco Soto
Subprefeitura Vila Prudente
Praça Pedro Paulo Correa
Praça Alcides Franco de Lima
Praça Júlio Scantimburgo
Praça Luiz Augusto Canteiro (Praça do Samba)
Praça Pedro Paulo Correa
Subprefeitura São Miguel Paulista
Praça Guanambi, Parque Cruzeiro do Sul
Praça sem nome, localizada na Rua Américo Gomes da Costa
Praça Rainha das Avencas – Avenida do Imperador
Subprefeitura Sapopemba
Praça Torquato Plaza
Praça Alcides Galli
Praça Cristiana F. Tolentino
Praça Francisco Tavares Veloso
Cruzamento da rua Reverendo Simão Salém com a rua Sofia Castelane
Começou neste sábado (17) o programa Escola Aberta, iniciativa em que escolas municipais abrem as portas aos fins de semana para receber atividades de lazer, culturais e esportivas.
Cinco unidades estão incluídas no projeto piloto: Emef Fernando de Azevedo (DRE São Miguel), na zona leste, que abriu as atividades no sábado, EMEF Vladimir Herzog (DRE Guaianases), Ministro Aníbal Freire (DRE Pirituba/Jaraguá), Palimércio de Rezende (DRE Campo Limpo) e Vargem Grande (DRE Capela do Socorro).
Aos sábados, as atividades ocorrem das 8h30 às 17h30 e, aos domingos, das 9h às 13h. Fazem parte do cronograma aulas de esporte, iniciação ao teatro, expressão corporal a partir de coreografias de ritmos diversos e cursos de formação digital, além de jogos e brincadeiras circenses, musicalização, oficinas de artes plásticas, culinária e de temas ligados à sustentabilidade e reciclagem.
A estimativa da Prefeitura de São Paulo é de que pelo menos 500 pessoas participem do programa por fim de semana. Não é necessário fazer inscrição para participar. As oficinas vão obedecer a ordem de chegada dos participantes e a lotação máxima de sua capacidade.
A acumulação compulsiva é considerada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) uma “situação em que a pessoa mantém excesso de objetos, resíduos ou animais, associada à dificuldade de organização e manutenção da higiene do ambiente, em casos relacionados a transtornos mentais ou outras causas”. No momento, 15 casos são acompanhados pela Prefeitura de São Paulo.
Em 2022, foram 162, que resultaram na retirada de 426,09 toneladas de resíduos pelas equipes de limpeza urbana. Neste ano, até o momento foram 24,47 toneladas. A porta de entrada para o atendimento de pessoas em situação de acumulação é a rede municipal de saúde, por meio dos serviços especializados em saúde mental.
Segundo a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), também existem profissionais aptos a participar do encaminhamento de pessoas em situação de acumulação nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
Desde 2016, a cidade de São Paulo conta com uma Política Municipal de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Acumulação. A partir dela, foi criado o Comitê Intersecretarial de Atenção Integral às Pessoas em Situação de Acumulação (Crasa). O trabalho prevê um projeto terapêutico para cada indivíduo na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da SMS.
O que pode causar a acumulação compulsiva?
Incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, do inglês Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) apenas em 2013, o Transtorno de Acumulação (TA) ainda é uma condição pouco compreendida.
Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se do “acúmulo de objetos devido à aquisição excessiva ou dificuldade de descartá-los, independentemente de seu valor real”, tornando os espaços desordenados a ponto de que seu uso ou segurança sejam comprometidos.
Apesar do que o nome sugere, o comportamento visto em reality shows como o Acumuladores Compulsivos nem sempre corresponde ao TA. Daniel Costa, psiquiatra e pesquisador do Programa de Transtornos Obsessivos-Compulsivo (Protoc) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP, explica que ele pode estar associado a diferentes condições, como depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), quadros de demência ou transtorno do espectro autista (TEA).
“Antes de bater o martelo para transtorno de acumulação, é preciso investigar outras causas que possam eventualmente explicar melhor aquele comportamento”, ressalta.
Como outros transtornos, o TA também pode apresentar diferentes níveis de gravidade, o que significa que o comportamento impossibilita a circulação ou utilização de espaços em diferentes escalas; pode ser um cômodo específico ou, então, tomar conta da casa inteira.
Um dos principais critérios que o caracterizam é a progressão do quadro com a idade e a dificuldade de se livrar do que é acumulado, atrelado a um desconforto intenso que pode ser acompanhado de ansiedade. As razões têm a ver com o valor sentimental dos itens e com a sensação de segurança associada ao processo de guardá-los.
Em casos de depressão, por exemplo, o acúmulo é mais relacionado à falta de disposição e energia para organizar e limpar o ambiente. Já em quem tem TOC, envolve a compulsão de guardar itens como um comportamento para aliviar obsessões e pensamentos intrusivos.
Independentemente da causa, o que é acumulado varia, de roupas, embalagens e aparelhos eletrônicos a casos de acumulação de animais. Já os riscos costumam ser os mesmos: a dificuldade de organizar e limpar, ameaça a saúde individual e coletiva com infestações de animais, maior chance de incêndio e prejuízo das relações pessoais.
Em casos de acumuladores de animais, o recolhimento pode ser realizado pela Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ) quando há situação de agressão, invasão a instituições públicas ou locais de risco à saúde pública e animais que sofrem com doença incurável. As denúncias desse tipo de ocorrência devem ser feitas pelo telefone 156 ou pelo site.
Tratamento
Quando se trata de transtorno de acumulação, destaca o médico psiquiatra, o diagnóstico é muito recente — e não existem medicamentos para o distúrbio em si. Alguns, no entanto, podem ser prescritos quando há comorbidades como depressão e TOC.
O tratamento consiste principalmente de psicoterapia de orientação comportamental, que envolve o treinamento de habilidades como planejar o descarte de objetos, tomar a decisão e efetivamente descartá-los.
Nesse processo, o apoio dos familiares é visto como fundamental. “Pensando no cenário ideal, seria ótimo se a família pudesse se engajar no tratamento, porque eles podem funcionar como auxiliares na conscientização que envolve a psicoterapia”, diz Daniel Costa.
As redes sociais têm ganhado conteúdos de divulgação sobre a acumulação compulsiva. Dentro do nicho CleanTok — cuja hashtag conta com mais de 80 bilhões de visualizações no TikTok —, a finlandesa Auri Katarina foi uma das precursoras na limpeza gratuita das casas de pessoas que sofrem de transtornos psiquiátricos.
No Brasil, influencers como o diarista Guilherme Gomes, do Diárias do Gui, e a modelo Ellen Milgrau realizam um trabalho semelhante, e aproveitam a plataforma para disseminar mensagens de conscientização sobre os problemas de saúde mental.
Seja para se aproximar da natureza ou para desfrutar de uma tarde ao ar livre, as mais de 23 milhões visitas em parques municipais no primeiro semestre deste ano mostram que eles se mantêm como uma opção de lazer atemporal na vida dos paulistanos.
Em contraposição ao visual urbano de São Paulo, os 114 pontos de encontro com a natureza espalhados pelas regiões sul, norte, leste e oeste já receberam mais de 100 milhões de visitas quando observado desde março de 2020, mês inicial da contagem. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informou que o mês de junho, de 5/6 a 11/6, teve a semana mais movimentada com 1,5 milhão de visitas.
Além do panorama geral de visitação aos parques, a pasta divulgou também quais são os 10 mais visitados até o momento e a lista vai além do eixo central. Confira:
1- Ibirapuera
Crédito: Sebastião Moreira/Estadão
O Parque Ibirapuera lidera com folga o ranking dos mais visitados em 2023. São 7.383.436 de visitas somente neste primeiro semestre do ano. Mas, esses números não são novidade. O parque foi o mais visitado em 2022 (12.048.988 visitas). Por concentrar diversas atrações ao longo do ano, museus e espaços para atividade esportiva, o Ibirapuera atrai muitos munícipes e turistas.
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana. Horário: 5h às 23h
2- Parque do Povo
O Parque do Povo recebeu 2.494.569 visitas nos primeiros meses de 2023. Oferecendo um lazer completo para famílias, tem alguns pontos centrais que atraem visitantes: os seus tabuleiros gigantes de xadrez, o Jardim Sensitivo e as pistas para práticas esportivas.
Endereço: Av. Henrique Chamma, 420 – Pinheiros. Horário: 6h às 22h.
3 – Parque Independência
Crédito: L. Santana/Estadão Expresso Bairros
Cenário de muitas fotos de turistas e de todos que ali passam, o Parque Independência reuniu 1.977.801 visitas em 2023. Com seus jardins de estilo francês, esse parque abriga um dos museus mais importantes do país: o Museu do Ipiranga. Fica às margens do riacho Ipiranga, onde foi declarada a Independência do Brasil, além de contar com pistas de cooper e o Museu de Zoologia.
Endereço: Avenida Nazareth, s/n°, Ipiranga. Horário: 5h às 20h
4- Parque do Carmo
Alcançando 1.298.616 de visitas neste primeiro semestre do ano, o Parque do Carmo é uma opção de lazer em meio à natureza na zona leste. Com cerca de 1,5 milhão de metros quadrados, é o maior parque de São Paulo. Abriga bosque de cerejeira e o Museu do Meio Ambiente, além de uma variada fauna e flora.
Endereço: Av. Afonso de Sampaio e Sousa, 951 – Itaquera. Horário: 5h30 às 20h
5- Parque Jardim da Luz
Crédito: Tiago Queiroz/Estadão
O parque mais antigo da cidade não poderia ficar de fora do ranking. Só nos seis primeiros meses deste ano, foram 870.637 visitas ao Parque Jardim da Luz, que oferece grutas, aquários, mirantes, lagos, trilhas e exposição permanente de esculturas.
Endereço: Praça da Luz, s/n°, Bom Retiro. Horário: 9h às 18h
6- Parque Aclimação
Crédito: Alf Ribeiro/Estadão
Quem passa pelos bairros Liberdade e Paraíso já deve ter visto o verde do Parque Aclimação cortando a cidade. Neste ano, até o momento, o parque recebeu 759.836 visitas. Sede do primeiro zoológico de São Paulo, o Parque Aclimação oferece pistas de caminhada, playground, concha acústica e jardim japonês com espelho d’água.
Endereço: Rua Muniz de Sousa, 1.119 – Aclimação. Horário: 6h às 22h
7 – Parque Augusta
Crédito: L. Santana/Estadão Expresso Bairros
O mais novo desta lista, o Parque Augusta recebeu 724.550 visitas neste primeiro semestre de 2023. Próximo da Praça Roosevelt, corta o visual de prédios com a sua flora formada por centenas de árvores. Muito utilizado para piqueniques, disponibiliza espaço redário, deck elevado, parquinho infantil e um cachorródromo.
Endereço: Rua Augusta, 200 – Consolação. Horário: 5h às 21h
8- Parque Trianon
Crédito: Hélvio Romero/Estadão
O fato de ter uma de suas entradas pela avenida Paulista não foi o bastante para colocar o Parque Trianon no topo da lista. Ele recebeu 465.732 visitas este ano. Com uma flora vasta, os visitantes podem observar esculturas, aproveitar as trilhas, sendo a Trilha do Fauno a mais conhecida, ou apenas descansar nos bancos para esquecer um pouco o trânsito de uma das vias mais movimentadas de São Paulo.
O Parque Santos Dias recebeu 453.093 nestes seis meses de 2023. Os moradores do bairro Capão Redondo e outros munícipes que vão ao parque podem aproveitar a diversidade de quadras poliesportivas, academia para terceira idade, viveiro de mudas e plantas e o Bosque da Leitura.
Endereço: Travessa Jasmim da Beirada, 71 (Portão I) – Capão Redondo. Horário: Diariamente das 6h às 18h
10 – Parque Vila Prudente
O Parque Vila Prudente fecha a lista com 419.038 visitas nos primeiros seis meses deste ano. Oferecendo um lazer completo para a família inteira, conta com jardim japonês, playground, equipamentos de ginástica e viveiro. O parque nasceu com o nome Parque Ecológico de Vila Prudente, mas passou a se chamar Parque Professora Lydia Natalízio Diogo.
Endereço: Rua João Pedro Lecor, S/n°- Vila Prudente. Horário: Diariamente 6h às 22h
Reportagem do Estadão Imóveis sobre poluição sonora mostrou que o distrito de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, lidera o ranking de reclamações referentes ao Programa Silêncio Urbano (Psiu). Das 41.059 denúncias registradas nos últimos cinco anos na cidade pelo portal SP156 (via telefone, internet ou aplicativo) da Prefeitura, 1.406 vieram da região, conhecida pela vida noturna agitada.
O Psiu fiscaliza estabelecimentos comerciais, instituições de ensino e templos religiosos para coibir ruídos previstos na legislação municipal. O cidadão pode pedir a fiscalização da Prefeitura em estabelecimentos não residenciais, como comércios, indústrias, empresas, escolas, bares, lojas de conveniência e academias de ginástica. Também é possível recorrer ao serviço nos casos de veículo estacionado com som alto e de ruídos em obras particulares sujeitas a alvarás.
Os pedidos para vistorias do Psiu estão disponíveis na central de atendimento 156, portal SP156 e nas praças de atendimento das subprefeituras. O solicitante deve informar o endereço do local, os horários de maior incômodo e a atividade exercida pelo estabelecimento.
Constatado o ruído acima do permitido, o proprietário do estabelecimento ou do veículo estacionado com som alto é notificado e autuado. As multas variam de R$ 12 mil a R$ 36 mil. Se o problema persistir, o local pode ser interditado e fechado administrativamente. Já aparelhos sonoros de veículos ou o próprio veículo podem ser apreendidos na repetição da ocorrência.
Queixas no Psiu de 2018 a abril de 2013 por bairros
Pinheiros – 1406
Santana – 1250
Itaim Bibi – 1122
Vila Prudente – 1088
Santa Cecília – 1062
Tatuapé – 942
Mooca – 799
Capão Redondo – 776
República- 744
Vila Mariana – 727
Danos à saúde
De acordo com a Secretaria Municipal de Subprefeituras (Smsub), a média de limites de decibéis permitidos na Capital é de 60 dB das 7h às 19h, 55 dB das 19h às 22h e de 50 dB das 22h às 7h. Em zonas residenciais, os limites são menores.
Ruídos excessivos podem provocar distúrbios do sono, estresse, dores de cabeça e aumento do batimento cardíaco, entre outros problemas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a poluição sonora de 50 decibéis (dB) já é prejudicial. A partir de 75 dB, a exposição rotineira pode acarretar perda auditiva. A buzina de um carro, por exemplo, chega a cerca de 100 dB.
Preste atenção aos sinais do corpo. O zumbido no ouvido é um alerta, explica Ektor Onishi, professor afiliado da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo Onishi, o comum é o incômodo passar no período de 24 horas. Caso contrário, é recomendável procurar ajuda médica para avaliar possível comprometimento da audição.
De janeiro a maio deste ano, foram registrados 1.341 casos de violência contra pessoas com 60 anos ou mais na cidade de São Paulo. Em 2022, foram 2.980 notificações, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. São contabilizados diferentes tipos de violência, como física, psicológica ou moral, sexual e patrimonial ou financeira.
Para chamar atenção à questão, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece, desde 2011, o dia 15 de junho como o Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. O mês ganha também a campanha Junho Violeta, realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e endossada por entes estaduais e municipais.
Para identificar esse tipo de situação, a Prefeitura de São Paulo conta com Núcleos de Prevenção à Violência (NPVs), compostos por equipes multiprofissionais, em todos os equipamentos de saúde da rede municipal. Os serviços municipais de saúde e assistência social podem ser acionados para diferentes tipos de violência contra a pessoa idosa.
Assim como em casos de violência contra crianças e adolescentes, os agressores costumam ser membros da família. “Mais de 80% das violações ocorrem dentro dos domicílios. São filhos, netos, irmãos, e muitas vezes o idoso não notifica, porque não quer ver seus parentes com penalidades”, pontua a socióloga Maria do Carmo Guido Di Lascio, de 74 anos, que integra o Conselho Municipal da Pessoa Idosa (CMPI).
Acionando os serviços municipais
Para solicitar visitas domiciliares com o objetivo de averiguar se o idoso se encontra em uma situação de risco, o recomendado é procurar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Já para casos de risco de saúde, pode-se entrar em contato com a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), as equipes dos NPVs das UBSs podem ser buscadas para articular o cuidado de forma integral e acionar serviços de assistência social.
O Conselho Municipal da Pessoa Idosa, entre outras atribuições, recebe, examina e encaminha denúncias para os órgãos competentes. O mesmo vale para os Fóruns Regionais do Direito da Pessoa Idosa (CMPI), distribuídos por todas as regiões da cidade.
Tipos de violência contra a pessoa idosa:
Negligência: quando os responsáveis pelo idoso se omitem de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos e alimentação;
Abandono: pode ser material ou moral e ocorre quando os responsáveis deixam de atender necessidades da pessoa idosa, de maneira intencional ou não, de forma a colocar em risco sua integridade física, moral ou psíquica;
Violência física: quando empregada força na forma de golpes ou da administração de comida ou remédios compulsoriamente, causando dor, ferimentos, incapacidade ou até a morte;
Violência sexual: qualquer tipo de atividade sexual sem consentimento;
Violência psicológica e moral: atitudes que causam danos emocionais e à autoestima, tais como ofensas, sustos, infantilização, constrangimento e confinamento;
Violência patrimonial: exploração imprópria ou ilegal de recursos financeiros e materiais sem o consentimento da pessoa idosa, como impedí-la de usar seu próprio dinheiro, obrigá-la a fazer um empréstimo ou vender seus bens;
Violência institucional: qualquer tipo de violência exercida dentro de instituições públicas ou privadas (como Casas de Repouso, Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), casas de acolhimento e abrigos);
Discriminação ou idadismo: preconceito que se manifesta, por exemplo, na exclusão do acesso a recursos de saúde e na disseminação de discursos que associam os idosos a improdutividade e inutilidade.
De acordo com Maria do Carmo, as mulheres idosas correspondem a um capítulo à parte na temática, principalmente pelo papel de cuidadoras que muitas assumem, mesmo na velhice. “A gente encontra inúmeros casos de mulheres octogenárias que tomam conta dos seus companheiros também octogenários. Cuidar de uma pessoa com incapacidade cognitiva ou com deficiência é um trabalho do qual se ocupa vinte e quatro horas por dia, então essas mulheres têm essa sobrecarga”, explica.
Ao trabalho que integra a chamada economia do cuidado, somam-se outras especificidades associadas aos papéis de gênero: “A estatística da violência cometida contra as mulheres idosas é muito superior à da violência sofrida pelos homens, e nós também somos mais longevas, então muitas acabam sozinhas porque ficaram viúvas ou os maridos saíram de casa”.
Conscientização
De janeiro a maio deste ano, o serviço Disque 100 registrou um aumento de 57% nas denúncias de violência contra a pessoa idosa, segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Foram mais de 47 mil denúncias, contra 30 mil realizadas no mesmo período do ano passado. Quase 15% da população brasileira é composta por pessoas com 60 anos ou mais — são cerca de 31,2 milhões de idosos, segundo dados do IBGE divulgados no ano passado.
Para especialistas, trata-se de um fenômeno complexo que demanda uma abordagem multiprofissional voltada para a política de cuidados, já que não basta suspender o contato com o agressor ou removê-lo do ambiente. “A gente precisa pensar na articulação de todos os serviços de assistência e saúde para resolver, porque se não ela (a pessoa idosa) pode sofrer uma violência institucional”, ressalta Renata Tibyriça, coordenadora do Núcleo Especializado de Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência (Nediped) da Defensoria Pública do Estado.
A defensora pública considera que a conscientização acerca da violência contra a pessoa idosa tem crescido, mas falta, ainda, um conhecimento mais amplo sobre onde deve ser feita cada tipo de denúncia.
A Defensoria Pública, por exemplo, é buscada para uma diversidade de casos, mas como uma instituição jurídica de defesa de direitos, não pode, por exemplo, iniciar uma ação penal. O correto, portanto, é acionar o órgão em casos como a omissão de outros serviços.
Outras formas de denunciar
Demais órgãos que recebem, examinam e encaminham denúncias para órgãos competentes: Disque 100 (ligações anônimas e gratuitas e atendimento 24 horas) e Conselho Estadual do Idoso (CEI).
Em casos de risco grave de saúde: acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ligando 192. Para situações que configuram crimes ou demandam auxílio e orientação: Delegacias Especializadas de Proteção ao Idoso.
Atendimento urgente de flagrantes de violência, agressões ou ofensas: Disque 190 da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Para casos em que algum atendimento solicitado a outros serviços públicos não foi prestado (por exemplo, uma vaga em Instituição de Longa Permanência não foi fornecida): Nediped da Defensoria Pública do Estado de São Paulo ou Centro de Apoio Operacional (CAO) do Ministério Público do Estado de São Paulo (pode ser contatado pelo e-mail caoidoso@mpsp.mp.br ou pelos telefones (11) 3119-9944 e (11) 3119-9086).
O cartão de estacionamento para idoso é uma autorização especial que permite estacionar veículos em vagas reservadas, sinalizadas com a inscrição “Idoso”. Além de ser obrigatório para usufruir dessas vagas em vias públicas, também é necessário para as de estacionamentos privados de uso coletivo, como shoppings, supermercados, hospitais e bancos.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET/SP), emite o documento de forma online, sem custo. Têm direito ao cartão as pessoas com 60 anos ou mais, residentes na Capital e que conduzam ou sejam transportadas em veículo automotor.
O pedido deve ser feito pelo Portal 156. É preciso digitalizar e enviar um documento de identificação com foto e número do CPF, que pode ser a CNH ou o RG, e um comprovante de residência emitido, no máximo, há três meses. São aceitas correspondências de bancos, cartões de crédito, planos de saúde, condomínio, multas de trânsito, além de contas de luz, água, telefone ou gás.
Caso o requerente não tenha correspondências em seu nome, é possível apresentar um comprovante de residência em nome do cônjuge ou terceiro, acompanhado de uma declaração de que moram juntos.
Confira abaixo o passo a passo para fazer o requerimento on-line:
-Selecione o serviço “Cartão de estacionamento idoso – Solicitação” e informe os dados necessários (nome completo, endereço, RG, gênero e data de nascimento);
-Leia e concorde com o termo de aceite eletrônico;
-Anexe o comprovante de residência (a declaração, quando for o caso, deve ser enviada no mesmo arquivo);
-Anexe o documento de identificação;
-Clique em enviar e, na sequência, em “Finalizar”.
Será enviado um e-mail com o protocolo para acompanhamento, que poderá ser realizado pelo próprio Portal 156. O prazo para ficar pronto é de 15 dias. Após a solicitação ser deferida, basta imprimir o cartão em uma folha sulfite A4 comum. Para isso, acesse “Minhas Solicitações”, localize o protocolo do serviço, clique em “Imprimir o seu cartão” e, por fim, confirme o CPF.
Como usar o cartão de estacionamento para idoso?
Com o cartão impresso em mãos, sempre que for estacionar em vaga reservada para idoso, é preciso deixar o documento de forma visível no painel, com a frente voltada para cima para evitar multa. O documento não dá direito a estacionar de graça, sendo necessário utilizar também o Cartão Azul Digital-CAD em área de estacionamento rotativo pago Zona Azul.
Conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estacionar sem credencial que comprove a condição de idoso é infração gravíssima, punida com multa de quase R$ 300, sete pontos na CNH e remoção do veículo, que implicará em gastos com guincho e diária de pátio. É proibido o empréstimo para terceiros.
Não esqueça: mesmo em vagas de estádio, supermercado, shoppings ou qualquer outro estabelecimento privado o uso do cartão é obrigatório. A credencial tem prazo de validade de cinco anos, devendo ser renovada após esse período.
A segunda via, se necessária, pode ser obtida pelo Portal 156. Também é possível requerer presencialmente em uma unidade do Descomplica SP, mediante agendamento prévio – que pode ser feito via telefone 156 ou pelo site agendadesc.prefeitura.sp.gov.br.
O cartão é válido em todo o território nacional. Da mesma forma, quem reside em outra cidade e obteve o documento com a prefeitura local pode usá-lo para estacionar nas vagas para idosos de São Paulo. Quando o município não é integrado ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), a emissão é feita pelo Detran.SP.