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Sampa+Rural

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Sampa+Rural produz mais de 2 mil toneladas de alimentos por ano

A capital paulista já tem 1.100 pontos de agricultura impulsionados pelo programa Sampa+Rural, da Prefeitura de São Paulo. São 507,6 km² de áreas concentradas nos distritos de Grajaú, Parelheiros e Marsilac, na zona sul, que contam com produção de alimentos baseada na agricultura familiar e orgânica. A produção anual ultrapassa as 2 mil toneladas, segundo a administração municipal.

O programa auxilia empresas como o Recanto Magini, especializado no cultivo de frutas nativas da Mata Atlântica, entre elas o cambuci. Para Junior Magini, de 42 anos, administrador do negócio ao lado da mãe, Elizabeth, 63 anos, o apoio da Prefeitura é fundamental para o negócio familiar.

“O projeto preserva a biodiversidade, mantém a floresta em pé e mostra que dá para gerar renda e ter qualidade de vida usando o que a bioeconomia e a ecogastronomia local têm a oferecer”, diz Junior Magini.

Victor Muller Camilo, 30 anos, agricultor e proprietário do Meliponário MullerMol, diz que a parceria faz toda a diferença. “Ajuda muito, a gente se sentir abraçado. O projeto ajuda no network de pequenos agricultores.”

Há ainda três as Casas de Agricultura Ecológica (CAEs) nas zonas sul, leste e norte e uma Unidade Demonstrativa de Bioinsumos, em Parelheiros. São pontos especializados para agricultores da região, oferecendo tecnologias e técnicas de agricultura.

A estrutura ajuda pessoas como Matilde Rogéria, 63, descendente de indígenas e filha de agricultores da região de Engenheiro Marsilac. “Planto milho, feijão, tenho abelhas sem ferrão, faço sabonete e cremes naturais e sou convidada pelo Sampa+Rural para participar de feiras, onde eu levo os produtos e acabo vendendo”, diz Matilde.

Na plataforma online do Sampa+Rural é possível encontrar mais detalhes não só sobre as iniciativas de agricultura da capital, mas também de turismo rural e feiras de alimento orgânico e alimentação saudável.

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Sampa+Rural prorroga inscrições para aceleração de projetos agrícolas

As inscrições para o Sampa+Rural – Acelerando Hortas foram prorrogadas e os interessados têm até o dia 15 de abril para participar.

Para a segunda edição, serão selecionados até 20 projetos de Iniciativas de agricultura que atuam em áreas urbanas, periurbanas e rurais para receber apoio no desenvolvimento de plano de negócio, orientação técnica e gerencial individual durante seis meses e a realização de encontros coletivos, além de um aporte de R$ 30 mil em estrutura, materiais e serviços. As inscrições são realizadas pelo site adesampa.com.br/hortasurbanas.

A aceleração, operada pela Agência São Paulo de Desenvolvimento (Ade Sampa), integra o programa Sampa+Rural, iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

Além de impulsionar as organizações selecionadas, a aceleração busca apoiar na estruturação, funcionamento e gestão das iniciativas, utilização de tecnologias sociais ou sustentáveis com potencial de replicabilidade e desenvolvimento de soluções que promovam o aumento da geração de renda, educação ambiental, segurança alimentar e nutricional e estímulo à permanência de agricultores na prática agrícola.

Para participar, cada iniciativa de agricultura deverá ser composta por dois proponentes maiores de 18 anos, residentes da cidade de São Paulo e proprietários ou terem autorização de uso do imóvel da iniciativa.

Os projetos devem ser desenvolvidos no município de São Paulo, realizar práticas de manejo orgânico/agroecológico, não estar inscrito no CADIN, não ter sido beneficiados no programa Semeando Negócios e estar cadastrado na Plataforma Sampa+Rural, ou estar pendente de aprovação do cadastro no site: sampamaisrural.prefeitura.sp.gov.br/incluir-local.

Pilares

A segunda edição do Sampa+Rural foca em sete temas estruturantes: Implantação e estruturação de novas hortas; Implantação de tecnologias sociais e/ou sustentáveis; Comercialização e logística; Produção de mudas; Produção e distribuição de insumos; Turismo de vivência rural; e Beneficiamento de produtos naturais.

São Iniciativas de Agricultura aquelas que realizam atividades voltadas à agricultura comercial, de subsistência, comunitária e educativa, bem como oferecerem serviços vinculados à cadeia produtiva: Unidades produtivas rurais e urbanas; Agricultura em Aldeias Guarani; Hortas comunitárias; Produção de mudas; Produção/comercialização de insumos; Beneficiamento de produtos agrícolas locais; Comercialização de produtos agrícolas locais; Logística de produtos agrícolas locais; e organizações de articulação, associativismo e cooperativismo da cadeia da agricultura urbana e periurbana.

Para participar da seleção, é importante a leitura completa do edital disponível em adesampa.com.br/hortasurbanas. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: hortasurbanas@adesampa.com.br.

 

 

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Sampa+Rural

Sampa+Rural abre inscrições para acelerar projetos agrícolas

O programa Sampa+Rural – Acelerando Hortas abriu as inscrições para a aceleração de até 20 projetos de Iniciativas de Agricultura que atuem em áreas urbanas, periurbanas e rurais.

A segunda edição do programa oferece aporte de R$ 30 mil em estrutura, materiais e serviços para cada um dos projetos selecionados, além de apoio para desenvolvimento de plano de negócio, orientação técnica e gerencial individual durante seis meses e a realização de encontros coletivos. As inscrições estão abertas até 25 de março pelo site adesampa.com.br/hortasurbanas.

Além de impulsionar as organizações, a aceleração do Sampa+Rural apoia a estruturação, funcionamento e gestão das iniciativas, utilização de tecnologias sociais ou sustentáveis com potencial de replicabilidade e desenvolvimento de soluções que promovam o aumento da geração de renda, educação ambiental, segurança alimentar e nutricional e estímulo à permanência de agricultores na prática agrícola.

A segunda edição do programa está focada no apoio a projetos em sete temas estruturantes:

  • Implantação e estruturação de novas hortas;
  • Implantação de tecnologias sociais e/ou sustentáveis;
  • Comercialização e logística;
  • Produção de mudas; Produção e distribuição de insumos;
  • Turismo de vivência rural;
  • Beneficiamento de produtos naturais.

Operada pela Agência São Paulo de Desenvolvimento (Ade Sampa), a aceleração integra o programa Sampa+Rural, iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

@estadao

CONTEÚDO FEITO EM PARCERIA com a @Cidade de São Paulo Conheça a iniciativa transforma área degradada em horta de orgânicos. Aos 39 anos, o instrutor ambiental Rafael Victor Bordon contabiliza pelo menos um terço de sua vida entre plantar, construir e ensinar sobre ecossistemas e biodiversidade. Nos últimos três anos, dedica-se à Horta-pro-nóbis.sp, na Jova Rural, bairro da zona norte da capital. Ora-pro-nóbis, planta que tem ganhado destaque na alimentação por ser rica em proteína, inspira o nome da iniciativa agroecológica comunitária, que nasceu com a assistência técnica do projeto Sampa+Rural, da Prefeitura de São Paulo, e das Casas de Agricultura Ecológica do município. O #SampaMaisRural mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores locais https://bit.ly/3udJncd

♬ original sound – Estadão

Inscrições

Para participar, cada iniciativa de agricultura deverá ser composta por dois proponentes, que deverão ser maiores de 18 anos, residentes da cidade de São Paulo e proprietários ou terem autorização de uso do imóvel da iniciativa.

Os projetos devem ser desenvolvidos no município de São Paulo, realizar práticas de manejo orgânico/agroecológico, não estar inscrito no CADIN, não ter sido beneficiados no programa Semeando Negócios e estar cadastrado na Plataforma Sampa+Rural, ou estar pendente de aprovação do cadastro no site: sampamaisrural.prefeitura.sp.gov.br/incluir-local.

São Iniciativas de Agricultura aquelas que realizam atividades voltadas à agricultura comercial, de subsistência, comunitária e educativa, bem como oferecerem serviços vinculados à cadeia produtiva:

  • Unidades produtivas rurais e urbanas;
  • Agricultura em Aldeias Guarani;
  • Hortas comunitárias;
  • Produção de mudas;
  • Produção/comercialização de insumos;
  • Beneficiamento de produtos agrícolas locais;
  • Comercialização de produtos agrícolas locais;
  • Logística de produtos agrícolas locais;
  •  Organizações de articulação, associativismo e cooperativismo da cadeia da agricultura urbana e periurbana.

Para participar da seleção, é importante a leitura completa do edital disponível em adesampa.com.br/hortasurbanas. Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: hortasurbanas@adesampa.com.br.

Acelerando Hortas 1 – Balanço

A primeira turma do Sampa+Rural – Acelerando Hortas foi encerrada no início de fevereiro, em um encontro presencial realizado no Centro de Inovação Verde – Bruno Covas, que contou com apresentações sobre a evolução dos participantes e uma roda de conversa.

Durante o programa, que teve duração de seis meses, 18 projetos receberam R$ 30 mil para investir em suas hortas urbanas ou Espaços de Práticas Agrícolas (EPAs), além de apoio técnico e gerencial, com orientações sobre gestão de negócios.

Por meio da aceleração ofertada para os projetos acelerados, mais de 12.700 residentes das áreas urbanas, periurbanas e rurais do município de São Paulo foram beneficiados direta ou indiretamente.

Além disso, 82% das organizações evoluíram no geral, 76,5% evoluíram em gestão financeira, 76,5% evoluíram em gestão do processo produtivo, com aumento de 45,7% na capacidade de produção, além de uma porcentagem de 70,6% no que diz respeito à evolução em contribuição socioambiental, com destaque para controle de indicadores de impacto, com aumento de 44,7%. Também houve um registro de 23.720 unidades plantadas durante o processo de aceleração.

Sobre o Sampa+Rural

O Sampa+Rural prevê ações que visam expandir a Assistência Técnica e Extensão Rural, a inserção de beneficiários do POT – Programa Operação Trabalho, também da Prefeitura, na área da agricultura e da estruturação de 400 locais de agricultura na capital.

A Coordenadoria de Agricultura, responsável pelo programa, conta com três CAEs – Casas de Agricultura Ecológica nas zonas sul, leste e norte, sendo a última responsável pelo atendimento também dos distritos da região central, oeste e sul em sua porção urbana.

 

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Iniciativa transforma área degradada em horta de orgânicos

Iniciativa transforma área degradada em horta de orgânicos

Aos 39 anos, o instrutor ambiental Rafael Victor Bordon contabiliza pelo menos um terço de sua vida entre plantar, construir e ensinar sobre ecossistemas e biodiversidade.

Nos últimos três anos, dedica-se à Horta-pro-nóbis.sp, na Jova Rural, bairro da zona norte da capital. Ora-pro-nóbis, planta que tem ganhado destaque na alimentação por ser rica em proteína, inspira o nome da iniciativa agroecológica comunitária, que nasceu com a assistência técnica do projeto Sampa+Rural, da Prefeitura de São Paulo, e das Casas de Agricultura Ecológica do município.

O Sampa+Rural mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores locais.

Desde 2011, Rafael Bordon atua como coordenador de projetos socioambientais que agregam empreendedorismo e tecnologias sociais. É especialista em instalação de estufas agrícolas em bambu, cisternas em ferro e cimento, sanitários secos e saneamento ecológico e estruturas geodésicas – cúpulas elaboradas com uma trama geométrica que servem como estufas e viveiros de mudas e plantas.

Banana da Horta Ora-pro-nóbis.sp – Foto: L. Santana/Especial para o Estadão

 

Como professor, seu trabalho sempre foi itinerante, levando sua experiência a outros estados e até para o exterior. Mas Rafael queria “fincar pé” na terra onde passou a vida e continuar pesquisando e trocando experiências.

Em contatos com a administração pública, conseguiu por em prática um trabalho de biodiversidade “no seu quintal”. Encontrou na Jova Rural uma área com potencial, que antes era utilizada como depósito de lixo, e propôs a transformação do terreno.

Em três anos, com o aval e apoio da área técnica das Casas de Agricultura, ele e mais sete trabalhadores que ganharam oportunidade pelo POT (Programa Operação Trabalho) transformaram o local, cedido pela Prefeitura, em uma horta onde hoje brotam alface, couve, rúcula, milho, abóbora, cenoura, beterraba, berinjela e, claro, ora-pro-nobis. Além de temperos como cebolinha, louro, coentro, pimenta rosa e urucum, e um pomar com frutas como banana, morango, pitanga e açaí.

@estadao

CONTEÚDO FEITO EM PARCERIA com a @Cidade de São Paulo Conheça a iniciativa transforma área degradada em horta de orgânicos. Aos 39 anos, o instrutor ambiental Rafael Victor Bordon contabiliza pelo menos um terço de sua vida entre plantar, construir e ensinar sobre ecossistemas e biodiversidade. Nos últimos três anos, dedica-se à Horta-pro-nóbis.sp, na Jova Rural, bairro da zona norte da capital. Ora-pro-nóbis, planta que tem ganhado destaque na alimentação por ser rica em proteína, inspira o nome da iniciativa agroecológica comunitária, que nasceu com a assistência técnica do projeto Sampa+Rural, da Prefeitura de São Paulo, e das Casas de Agricultura Ecológica do município. O #SampaMaisRural mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores locais https://bit.ly/3udJncd

♬ original sound – Estadão

“O trabalho que começou com a revitalização do solo e tomada de canteiros para o plantio, hoje é um espaço que reúne educação ambiental, geração de emprego para oito famílias, recebe a comunidade para a interação social, além de ser um espaço de formação para professores e alunos”, comenta Rafael Bordon.

Sua iniciativa também serve de sala de aula para professores e alunos, crianças, jovens e idosos, que realizam visitas monitoradas à horta, que se transforma em palco de atividades artísticas durante os fins de semana.

Saiba como pedir assistência rural em São Paulo:

Horta-pro-nóbis.sp 

Rua Antônio Sérgio de Matos, 99 – Conjunto Habitacional Jova Rural
Funcionamento: de segunda à sexta-feira, das 10h às 16h. Aos fins de semana recebe eventos sob demanda

Sampa+Rural

Para agendar visita técnica, o interessado deve acessar a página da plataforma Sampa+Rural. Acesse por este link. Informe endereço, contatos de e-mail e telefone e descreva a área de produção. Se você já tem uma iniciativa agroecológica e deseja incluir na plataforma, acesse por aqui. A plataforma, que disponibiliza cartilhas e cursos on-line, também serve para agendar atendimento nas Casas de Agricultura Ecológica

Casa de Agricultura Ecológica (Centro)

Avenida São João, 473, 4º andar – Centro (endereço provisório)

Áreas atendidas: subprefeituras Butantã, Campo Limpo, Casa Verde/Cachoeirinha, Cidade Ademar, Freguesia/Brasilândia, Jabaquara, Jaçanã/Tremembé, Lapa, M’Boi Mirim, Perus, Pinheiros, Pirituba/Jaraguá, Santana/Tucuruvi, Santo Amaro, Sé, Vila Maria/Vila Guilherme e Vila Mariana

Casa de Agricultura Ecológica (Parelheiros)

Estrada Ecoturística de Parelheiros, 5252 – Jardim dos Álamos – Parelheiros

Áreas atendidas: subprefeituras Capela do Socorro e Parelheiros

Casa de Agricultora (Penha)

Rua Candapuí, 492 – Penha

Áreas atendidas: subprefeituras Aricanduva/Formosa/Carrão, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus, São Miguel, Sapopemba e Vila Prudente

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Hortas comunitárias: aliadas do ambiente e da saúde

Joelma Marcelino dos Santos, de 50 anos, diz que vive mais animada após aceitar o convite para ajudar no cultivo de horta comunitária da Associação Mulheres do GAU, no bairro União de Vila Nova, na zona leste de São Paulo. À época, ela enfrentava problemas de saúde, como obesidade, depressão e trombose.

Há cinco anos, Joelma vem se dedicando diariamente à atividade, cultivando, regando e colhendo. Além da mudança no estilo de vida, o contato com a terra a transportou para a infância, em Ilhéus (BA), onde os avós e bisavós se dedicavam à produção do cacau, conta.

Atualmente, Joelma coordena o polo de educação ambiental do coletivo – uma área de 1.600 metros quadrados que cultiva hortaliças, frutíferas e plantas ornamentais.

“É o pulmão verde do bairro”, diz. Para quem quer começar, preste atenção nas dicas da agricultora: botar a mão na massa, contar com apoio de especialistas e colocar em prática o que está no papel.  

Hortas mapeadas

Morango, boldo, cúrcuma, manjericão, tomate e pimentão estão na lista de cerca de 300 tipos de plantas comestíveis e medicinais cultivadas na Horta das Corujas, que ocupa uma área de 800 metros quadrados na praça Dolores Ibarruri, no Sumarezinho (zona oeste de São Paulo).

Além de reforçar os laços comunitários, a iniciativa fomenta a educação ambiental e nutricional. A Horta das Corujas é uma das 425 mapeadas pela plataforma Sampa+Rural, da Prefeitura, sendo 147 em espaços urbanos e 278 em equipamentos públicos, como unidades de saúde e centros educacionais.

Somando unidades produtivas e hortas, a plataforma chegou a mais de mil espaços dedicados à produção de alimentos com perfis, geralmente, familiares e voltados não só ao autoconsumo e à geração de renda, mas também à educação ambiental e ao engajamento comunitário.

Como montar uma 

O primeiro passo para quem se interessa em criar uma horta é identificar o setor responsável pelo espaço para realizar o pedido formal. Para obter essa informação, o interessado pode procurar a subprefeitura mais próxima da sua casa.

Os procedimentos variam de acordo com os equipamentos municipais. Se a área pretendida for em um parque municipal ligado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por exemplo, é necessário consultar o conselho gestor do parque para verificar, no plano de manejo ou de gestão, se o tipo de atividade é permitido e compatível com o espaço.

Os critérios para liberação são relevância do projeto e ligação direta com a política pública do órgão responsável. De acordo com a Prefeitura, o instrumento frequente para solicitar o uso de áreas públicas é  jurídico-administrativo, cujo documento deve ser solicitado na subprefeitura de referência.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras também informou que hortas podem ser cultivadas no âmbito do programa Adote uma Praça. Pessoas físicas e jurídicas podem adotar áreas verdes e praças no município de São Paulo, zelando pela sua conservação e manutenção conforme proposta apresentada. 

Cursos 

A Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (Umapaz) promove o curso “Como fazer uma horta”. No próximo ano, ocorrerá de 7 de março a 16 de maio e de 1º de agosto a 3 de outubro. Com carga horária de 30 horas, a atividade realiza encontros semanais de três horas. 

Recomenda-se que o participante tenha, no mínimo, 16 anos. As inscrições, geralmente, ficam disponíveis 15 dias antes do início das aulas e devem ser preenchidas por meio de formulário digital. Acompanhe aqui a programação da Umapaz. 

Cate

O Portal Cate também oferece o curso “Agroecologia, Agricultura Urbana e Periurbana”. Com carga horária de 7 horas, os conteúdos abordam introdução à agricultura na cidade de São Paulo, o reconhecimento do local à colheita e a comercialização. Para se inscrever, cadastre-se no site

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Sampa+Rural mapeia produção agrícola na Capital

Com cerca de 28 mil prédios com mais de 20 metros, São Paulo é predominantemente verticalizada, ou seja, tem mais prédios que casas. Ainda assim, 28% de seu território têm características rurais, segundo o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Um mapeamento da Sampa+Rural, plataforma da Prefeitura da Cidade de São Paulo, contabiliza que existam mais de mil áreas de cultivo distribuídas por toda a cidade.

Cerca de 80% da área com características rurais na Capital fica na zona sul, onde estão 571 das unidades de produção agropecuária levantadas pela Sampa+Rural. Em segundo lugar está a zona leste, com 126. Em muitas dessas áreas, famílias vindas do interior do estado e de outras partes do país preservam o hábito do cultivo de alimentos e plantas medicinais.

Assim é nas terras cultivadas pelos produtores que formam a Associação de Agricultores da Zona Leste (AAZL), que tem associados nas regiões de São Miguel Paulista, Guaianases, São Mateus, Itaquera e Cidade Tiradentes. A organização, que conta com 12 hortas, começou em 2004, em São Mateus, com reuniões em que os agricultores trocavam experiências e davam os primeiros passos para fortalecer sua representação como grupo.

Histórias

A pernambucana Sebastiana de Farias, de 72 anos, foi uma das pioneiras na movimentação e ajudou a fundar a AAZL junto com o marido, Genival de Farias, falecido em 2017. “Era um grupo pequeno, isolado, mas que não parava de produzir. Quando junta, enriquece muito a gente que trabalha com essas coisas diferentes, que precisa aprender a fazer adubos que não são agressivos.  Então, a coisa cresceu”, diz.

Em São Mateus, ela tem sua horta no mesmo terreno há 12 anos, e conta que, no momento, colhe-se alface, salsinha, coentro, couve, almeirão, beterraba e cenoura. Também há as PANCs (Plantas Alimentícias Não-Convencionais) azedinha e peixinho-da-horta e ervas como hortelã, melissa e capim-santo.

Segundo a agricultora urbana, apesar de os associados trabalharem em locais distantes um dos outros, a troca de experiências constante traz a sensação de proximidade: “Pelo celular a gente fala sobre as dificuldades, manda fotos, participa das plantações”.

Representação e solidariedade

A psicóloga Regiane Nigro faz parte da AAZL e é vizinha de dona Sebastiana. Contribui, principalmente, sugerindo novos projetos, pesquisando e intermediando o acesso a políticas públicas e trazendo pautas para as reuniões mensais, que ocorrem de forma rotativa entre as hortas.

Embora os associados participem, eventualmente, de feiras como a do Parque do Carmo e a Feira Orgânica de Itaquera, na avenida Maria Luiza Americano, a maior parte da comercialização dos alimentos é feita nas hortas para vizinhos, amigos e membros da comunidade. Também existe uma parceria recente com as creches conveniadas do Município, que podem comprar diretamente dos agricultores.

Diferente de uma cooperativa, as hortas são independentes para desenvolver seus próprios modelos de gestão e aplicar seus próprios preços. “Como associação, o principal objetivo é trocar ideias, técnicas, trabalhar na segurança fundiária, ter uma representação política, ajudar quando alguém está doente. É mais a questão da solidariedade”, relata Regiane.

O perfil dos agricultores é predominantemente de idosos e mulheres. Muitos já estão aposentados, mas há quem tire da terra a principal renda da casa  — e muitos geram empregos, contratando mão de obra para o cultivo. Os associados da AAZL praticam a agroecologia, técnica baseada em princípios como o respeito aos ciclos ecológicos, o comércio justo e as metodologias participativas, além do foco no aproveitamento dos recursos naturais e na preocupação com as condições de trabalho dos produtores.

A organização também mantém parcerias com instituições do terceiro setor, programas municipais e universidades. Por meio de parceria com a ONG Instituto Kairós, as sobras da colheita podem ser compradas e destinadas a cozinhas comunitárias espalhadas pela periferia paulistana. “A gente consegue distribuir isso da melhor forma e remunerar o agricultor”, explica a psicóloga.

Já um grupo da Universidade de São Paulo tem ensinado o funcionamento de um novo tipo de compostagem, técnica que transforma resíduos orgânicos da comunidade em adubo para as hortas. O processo aproveita materiais como cascas de verduras, folhas, galhos e pó de café.

Alimentação saudável

Na zona leste, a maioria das áreas de atividade agrícola fica embaixo de linhões de transmissão elétrica, formando uma espécie de “cinturão verde” de produção de hortaliças e verduras. “A gente gera um microclima melhor com as hortas e melhora a drenagem urbana com o aumento da penetração de água”, conta Regiane. “E, com relação ao mercado, não tem outro lugar que você possa comprar orgânicos em São Mateus”, exemplifica.

Uma pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou que, durante a pandemia, a preocupação com a alimentação saudável aumentou na cidade de São Paulo.

O levantamento foi realizado com agricultores e consumidores de alimentos agroecológicos e indica que 24% dos entrevistados começaram a consumir orgânicos motivados pelas circunstâncias do período pandêmico. Entre os motivos para a mudança de hábitos alimentares estão a preocupação com a saúde (84%), o aumento dos conhecimentos sobre o impacto dos agrotóxicos (32%) e a vontade de apoiar e valorizar a agroecologia e as práticas sustentáveis (24%).

Com a valorização do tema, as hortas e agroflorestas têm atraído também o interesse de pessoas mais jovens. Alguns têm procurado a AAZL para aprender com os agricultores mais experientes. “A gente veio da terra, eu já nasci dentro do campo, trabalhando, mas é importante mostrar para eles que a terra é a mãe que dá tudo para a gente comer, que precisa de cuidado para o alimento vir saudável”, reflete Sebastiana.

Para a agricultora, consumir alimentos como os plantados pelos membros da AAZL é uma forma de viver com mais qualidade e construir uma cidade melhor. “As pessoas que moram perto de uma horta e têm consciência do alimento que vem dali, não vão longe comprar. Evitam gastar gasolina ou ficar no trânsito e pegam a verdura tirada ali, no momento e levada pra casa”, enfatiza.

Para saber onde ficam as hortas da AAZL: agricultoreszonaleste.org.br/nossas-hortas/

 

Raisa Toledo

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Saiba como pedir assistência rural em São Paulo

A Prefeitura de São Paulo tem três Casas de Agricultura Ecológica para prestação de assistência técnica e extensão rural para os agricultores. Com engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e gestores ambientais, os equipamentos estão localizados em Parelheiros (zona sul), Penha (zona leste) e Centro.  

Os atendimentos são prestados de forma personalizada a partir de um plano de ação, de acordo com a necessidade da área de cultivo identificada pelas visitas técnicas. Estão entre os serviços, orientação sobre emissão de documentos, como nota fiscal, técnicas agroecológicas e apoio na transição para uma agricultura sustentável.  

Os cidadãos atendidos ainda podem acessar os equipamentos de mecanização agrícola da Prefeitura, como tratores e tratoritos, para atividades na unidade de produção. Também são distribuídos insumos e bolsas de capacitação para apoiar o produtor rural em situação de vulnerabilidade social.  

Como solicitar

Para agendar visita técnica, o interessado deve acessar a página de contato da plataforma Sampa+Rural, informar o endereço, contatos de e-mail e telefone e descrever a área de produção. 

O Sampa+Rural, desenvolvido pela Prefeitura, mapeia iniciativas nas áreas de agricultura, turismo, ações e políticas públicas e mercados, como feiras livres e comércios que vendem produtos de agricultores do município. Se você tem uma iniciativa e deseja incluir na plataforma, acesse o link.  

São Paulo Rural 

Cerca de 28% dos 1.521 km do território da cidade de São Paulo têm características rurais, conforme o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Com 80% dessa área na zona sul, a região também concentra a maior parte das unidades de produção agropecuária mapeadas pela plataforma Sampa+Rural: 571. Em seguida, aparecem a zona leste, com 126 locais, e a norte, com 34. 

Somando unidades produtivas e hortas desenvolvidas nas comunidades ou em equipamentos públicos, o Sampa+Rural chegou ao número de mais de mil espaços dedicados à produção de alimentos com perfis, geralmente, familiares,  voltados não só ao autoconsumo e à geração de renda, mas também à educação ambiental e ao engajamento comunitário. 

Para a coordenadora de agricultura da Capital, Lia Palm, o setor agrícola tem uma função multidimensional na cidade, como a ocupação de espaços deteriorados, promoção de saúde e o acesso facilitado a alimentos em regiões periféricas. “Quando você preserva a área biodiversa e trabalha com a agricultura regenerativa num sítio, por exemplo, você está ajudando a preservar esse espaço”, afirma. 

O fortalecimento da agricultura, acrescenta Palm, impede a venda de terras e, consequentemente, o avanço da área urbana nesses territórios. 

 

Serviço

 

Casa de Agricultura Ecológica (Parelheiros) 

Estrada Ecoturística de Parelheiros, 5252 – Jardim dos Álamos – Parelheiros 

Atendimento mediante agendamento no Sampa+Rural 

Áreas atendidas: subprefeituras Capela do Socorro e  Parelheiros

 

Casa de Agricultora (Penha) 

Rua Candapuí, 492 – Penha

Atendimento mediante agendamento no Sampa+Rural 

Áreas atendidas:  subprefeituras Aricanduva/ Formosa/ Carrão, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus, São Miguel, Sapopemba e Vila Prudente

 

Casa de Agricultura Ecológica (Centro) 

Avenida São João, 473, 4º andar –  Centro (endereço provisório)

Atendimento mediante agendamento no Sampa+Rural 

Áreas atendidas: subprefeituras Butantã, Campo Limpo, Casa Verde/ Cachoeirinha, Cidade Ademar, Freguesia/ Brasilândia, Jabaquara, Jaçanã/ Tremembé, Lapa, M’Boi Mirim, Perus, Pinheiros, Pirituba/ Jaraguá, Santana/ Tucuruvi, Santo Amaro, Sé, Vila Maria/ Vila Guilherme e Vila Mariana

 

Abel Serafim

 

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