Startup oferece serviço de transporte e acompanhamento porta a porta para quem tem mais de 60 anos. A chamada é feita por aplicativo. Saiba como funciona
A startup EuVô, aplicativo de transporte e acompanha – mento voltado para a velhice, ganhou o aval da Prefeitura de São Paulo para atuar na capital paulista. Desde 2017, quando foi fundada pela dupla de irmãos Gabriel e Victória Barboza, a empresa operava só em São Carlos, no interior do Estado.
A plataforma tem mais de 40 motoristas cadastrados na capital. Na lista de espera, há outros 1.500. Com dois anos de operação em São Carlos, a Eu – Vô soma em média 1.500 clientes e 18 condutores – estes fazem em média de 150 corridas por mês. A expectativa é mais do que dobrar os números até o final deste ano. “Nosso foco é chegar a 5.000 viagens por mês e cerca de 500 motoristas cadastrados”, diz Victória.
História
A ideia da empresa nasceu de uma necessidade pessoal, quando os irmãos se viram obrigados, em 2016, a voltar para São Carlos para cuidar da mãe, portadora de esclerose múltipla. Diante da dificuldade de locomoção e das aulas de pós-graduação de Victória sobre o mercado da terceira idade, eles enxergaram a oportunidade para empreender no ramo. “A EuVô tem o objetivo de dar autonomia para o público 60+”, conta Victória.
Como funciona
Pela EuVô, o condutor ajuda no transporte em atividades diárias e também serve de acompanhante. Para agendar a corrida, o pedido deve ser feito no mínimo três horas antes via aplicativo, site, WhatsApp ou telefone. “Muitas vezes quem cadastra é o filho ou neto. Dentro do app a pessoa consegue colocar o parente como passageiro”, explica Victória.
Para atuar no aplicativo, os motoristas precisam passar por um treinamento presencial e padronizado elaborado em parceria com o médico Egídio Dória, diretor da Faculdade Aberta dos Idosos.
Em um mercado de gigantes de transporte como Uber, 99 e Cabify, Victoria afirma não ver essas empresas como concorrentes, e sim complementares, já que o foco da EuVô está no atendimento e no acompanhamento. Em troca, o motorista ganha uma maior porcentagem de corrida, diz ela, e recebe até com o carro parado, porque também é remunerado pelo acompanhamento. “Já tivemos casos de condutores que fizeram R$ 150 em três horas. Em outros aplicativos o tempo de trabalho é muito maior para alcançar esse valor.”
Reportagem de Mateus Apud, estagiário sob a supervisão do editor de Economia Alexandre Calais
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