Distanciamento físico é fundamental para reduzir sofrimento e diminuir a sobrecarga dos hospitais. Proteja os mais vulneráveis e os que não têm o privilégio de se isolar (e a si mesmo)
Coronavírus
#fiqueemcasa
Na tentativa de conter a pandemia da covid-19, a quarentena e o isolamento social são medidas fundamentais, diz Organização Mundial da Saúde. A experiência de outros países mostra que quanto mais gente ficar em casa mais achatada fica a curva de contaminação (a doença demora mais para se espelhar) e mais tempo o sistema de saúde ganha para se estruturar. Tudo indica que em meados de abril o Brasil viverá um pico de casos, que poderia ser muito maior sem a quarentena.
Estamos em quarentena. Quem pode precisa ficar em casa e idosos não devem sair de jeito nenhum – trata-se, portanto, de um gesto de autocuidado e respeito à vida de todos. O objetivo é evitar transmissão, internação e mortes por covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus. Quanto mais gente estiver contaminada e precisar de atendimento médico, mais lotados e pressionados ficam os hospitais.
Indivíduos com mais de 60 anos e/ou doenças crônicas estão no grupo de risco para contágio e manifestações graves. No entanto, todo mundo que estiver infectado passa vírus para todo mundo e há (muitos) casos em que a covid-19 é assintomática ou de sintomas bem leves. Crianças, aliás, são importantes vetores – daí a necessidade de distanciá-las dos avós.
A medida pode ser decretada por quarenta dias, com possibilidade de prorrogação. Ela é estabelecida por autoridades nacionais, estaduais ou municipais. Em geral, somente serviços essenciais como hospitais, farmácias, supermercados e transportes funcionam. Comércios devem fechar, mas pode haver serviço de entrega. Confira alguns cuidados.
• Autoridades sérias, especialistas em infectologia, médicos e cientistas de todo o mundo informam: ficar em casa é a melhor forma de diminuir a disseminação do coronavírus. Tempos muito mais difíceis ainda estão por vir. Mas se sairmos de casa vai ser pior.
• Andar de elevador com três ou mais pessoas nem pensar. Aguarde o próximo. Um individuo doente nesse ambiente pode contagiar os outros. Cuide da higiene ao apertar botões para subir e descer (vale para todo dispositivo com teclas). Procure não encostar em nada.
• Levar o cachorro para passear é permitido.
• Andar de carro, só com as janelas abertas. Esqueça o ar-condicionado.
• Exercícios físicos ao ar livre estão permitidos, mas não em grupo.
• Missa ou culto religioso, jamais. Mas a igreja pode ficar aberta para alguém ir lá rezar.
• Levar os filhos no parquinho pode, desde que não haja aglomeração de crianças e que se adote medidas de higiene. As superfícies de brinquedos podem estar contaminadas…
• Sair na rua para conversar com os amigos e vizinhos? Não pode. Reunião de condomínio? Não. Ainda que a restrição não seja absoluta, é preciso ter cuidado nas aglomerações e na etiqueta social.
• Tirar os sapatos para entrar em casa é questão de higiene desde sempre, com e sem coronavírus.
• Deixe as janelas abertas para a casa ficar arejada. Isso evita que gotículas de saliva possam contaminar outras pessoas.
O coronavírus é um vírus novo para o qual nosso sistema imunológico não está preparado. O nome da doença causada por ele é covid-19. Não há remédio específico nem vacina
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PREVENÇÃO
• Lave as mãos e o antebraço com água e sabão por 20 segundos com frequência ou use álcool gel a 70%. Lave de novo toda vez que tiver qualquer contato externo (sair de casa por qualquer motivo, pegar elevador e manipular coisas de supermercado, por exemplo). Lave dedo por dedo, a palma, o antebraço e mantenha as unhas curtas e limpas. • Higienize celulares e outros itens de uso frequente. • Não compartilhe objetos de uso pessoal. • Evite colocar as mãos no rosto (olhos, nariz e boca). • Ao espirrar e tossir, proteja a boca e o nariz com o braço ou um lenço descartável ao espirrar e tossir. Lave rosto, mãos, braços e antebraços logo em seguida. • Fique a pelo menos 1 metro de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando. • Evite aglomerações.
PANDEMIA
A propagação mundial de uma doença é chamada de pande – mia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pande – mia relacionada ao novo coronavírus no dia 10 de março de 2020. Significa que a doença espalhou-se pelo mundo, afeta um grande número de pessoas e que tem transmissão sustentada de novos casos nesses locais.
IDOSOS
Para pessoas com mais de 70 anos, a covid-19 é ainda mais perigosa. A taxa de letalidade do vírus é considerada baixa (entre 2% e 3%, segundo a OMS), mas o número sobe para 8% em quem tem de 70 a 79 anos e chega a 15% em maiores de 80 anos. Além das recomendações clássicas, o professor de Infec – tologia da Unifesp, Celso Granato, recomenda que esse grupo social evite contato com crianças. Segundo estudo recente do Pew Research Center em mais de 100 países, 16% das pessoas acima de 60 anos de idade vivem sós. A solidão, segundo os especialis – tas, também gera riscos à saúde.
CRIANÇAS
Os pequenos também podem contrair o novo coronavírus, mas os casos costumam ser leves e sem sintomas. Ainda assim, eles podem transmitir o agente infeccioso para outras pessoas. Trocar beijos e abraços por sorrisos pode gerar dúvidas nas crianças sobre o que estão vivendo. A melhor ideia é tratar o assunto com tranquilidade, no caminho da conscientização: precisamos nos proteger e vamos ficar em casa pelo bem de todas as pessoas conhecidas e desconhecidas.
FAKE NEWS
Muitos vídeos divulgados nas redes sociais a respeito de testes físicos para diagnóstico do novo coronavírus são falsos. É o caso daquele em que se uma pessoa consegue prender a respiração por alguns segundos não tem a doença. Mentira. Antes de compartilhar conteúdos, busque referências em fontes seguras e qualificadas. Confira também os serviços especializados em checagem de informações, a exemplo do Estadão Verifica e da Agência Lupa.
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