Há crianças que poderiam ir a pé para a escola, mas não vão. Há cadeirantes que só sairão de casa quando conseguirem calçadas lisas e largas. E rampas. Há velhinhos que não encontram os vizinhos por medo das condições das ruas.
Nas discussões sobre o futuro da mobilidade, os pedestres não costumam ter muita visibilidade. Mas isso está mudando. Um dos grupos que refletem sobre o tema começou a se encontrar em 2015 e hoje é conhecido
como Cidadeapé. Outros exemplos: Sampapé, Cidade Ativa, Corrida Amiga, Como Anda e a comissão de mobilidade a pé da Associação Nacional dos Transportes Públicos, uma ONG que tem em Meli Malatesta, ex-
-funcionária da CET, uma defensora dos pedestres.
A mobilidade de quem anda a pé ainda tem poucos defensores – o veículo sempre foi o passaporte para ter direito à cidade. Só que há uma transformação em curso. O excesso de automóveis congestionou, poluiu e atrapalhou. No mundo todo, as cidades estão derrubando viadutos, diminuindo velocidades e aumentando
a área para pessoas.
Para melhorar a vida de quem anda a pé, Ana Carolina Nunes, da ONG Cidadeapé, acredita que o caminho é tentar influenciar as políticas públicas a fim de dar prioridade para melhorar calçadas, sinalizações, acessos,
segurança (e a atenção dos motoristas). Para conhecer o trabalho do grupo, visite: cidadeape.org.
(Com informações do blog Caminhadas Urbanas, de Mauro Calliari, no site do Estadão)
MAIS SOBRE MOBILIDADE URBANA
Comments 4