Unidos venceremos: conheça 16 coworkings visitados pela reportagem do Estadão em várias regiões da cidade. Esse tipo de escritório compartilhado atualiza o conceito de sala comercial e atrai de microempreendedores individuais a gigantes da economia
LETÍCIA GINAK
O ESTADO DE S. PAULO
Um local de arquitetura agradável, excelente conexão de internet, que favorece a criatividade e o networking, tem estrutura para receber e fazer reuniões, é bem localizado e não demanda esforços com manutenção e limpeza. Este é o escritório dos sonhos de muita gente. A solução que reúne tantos atributos (e happy hour!) é o coworking. De acordo com o censo realizado pelo site Coworking Brasil, o País fechou 2018 com 1.194 espaços desse tipo – e 214 mil pessoas circulando diariamente por eles. Com o objetivo de fazer uma curadoria na capital paulista, o Estadão reuniu 230 endereços no Guia do Coworking Estadão PME. No buscador, dá para filtrar por endereço, estação do metrô, se tem ou não bicicletário e sala de reunião, entre outras facilidades. Dezesseis desses destaques você conhece nas galerias abaixo, separadas por bairro.
DEZESSEIS DESTAQUES DO GUIA DO COWORKING
AVENIDA PAULISTA
Endereço de muitos microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas por meio dos coworkings. A concentração maior é perto da Rua da Consolação
PINHEIROS
No bairro-desejo que tem o metro quadrado de aluguel comercial mais caro da cidade (R$ 55,57, segundo o FipeZAP de abril) ficam dois dos principais espaços na categoria impacto social
VILA OLÍMPIA + BERRINI
Os coworkings acompanham o estilo imponente da região. Com prédios inteiros e redes globais de escritórios, o ato de compartilhar pode ser com o mundo todo. Presencial ou online
COWORKINGS DE NICHO
Espaços especializados em dar visibilidade e oportunidade a pequenos empreendedores de moda, comida e startups. Tem até lugar grátis

VEJA TAMBÉM
FRANQUIA
Modelo de negócio ainda engatinha
Mesmo com o crescente número de coworkings no País, o modelo de negócio ainda não mostrou a que veio quando o tema é franquear marcas. Atualmente, apenas uma das 230 unidades mapeadas pelo Estadão PME em São Paulo é associada da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a My Place Office. Na ABF, está também a Ôshi, com franquia em Campinas e outras cidades, mas sem escritórios na capital paulista. Para a consultora e especialista em franchising Ana Vecchi, apesar do movimento tímido, as marcas de coworking são franqueáveis. “Qualquer negócio que tenha histórico de venda e de faturamento pode se tornar uma franquia. Porém, sabemos que es – se modelo requer um investimento maior e que, por isso, ele não se tornará moda, por exemplo”, diz.
O presidente da Associação Nacional de Coworking e Escritórios Virtuais (Ancev), Ernísio Dias, acredita, no entanto, que o modelo não é adequado para franquia. “Não há segredos de gestão ou tecnologia na administração de um coworking, fatores importantes no franchising. O importante é saber atender o público. As taxas de franquias são muito altas para um franqueado com espaço pequeno. E, para quem tem um local grande, não compensa ser franquia. Pode ter a própria marca.” Ana Vecchi afirma ser indispensável trabalhar o conceito da marca para que o modelo funcione no franchising. “A prática do compartilhar, o networking, a probabilidade de fazer negócios com outras pessoas contam mais do que o café de graça”, diz Ana.
My Place Office
A rede, inaugurada em 2010, abriu o modelo para franquia em 2017 e tem atualmente 12 franqueados com unidades em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e Vila Velha. A taxa de franquia (R$ 40 mil) não inclui o valor da estrutura para montar o espaço (mínimo 60 metros quadrados), estimado em R$ 80 mil. O prazo para retorno do investimento é de 24 meses. “Oferecemos treinamento, suporte e acompanhamento para que o franqueado tenha condições de tocar o negócio sozinho após três meses, sem depender tanto da rede”, diz Daniele Lopes, gerente de novos negócios da My Place.
