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Toda favela tem um pouco de Quilombo dos Palmares

É urgente falar de resistência e fugir da narrativa branca e hegemônica de que Quilombos eram espaço de 'escravos fujões'

Joel Luiz Costa, advogado e coordenador executivo do Instituto Defesa da População Negra Por Joel Luiz Costa, advogado e coordenador executivo do Instituto Defesa da População Negra
18 de novembro de 2021
em Colunas, Direitos Humanos, Joel Luiz Costa, Na Perifa
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Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em 1965. A comunidade que ficou conhecida pela maior chacina da história da cidade também foi, em longínquos anos, ponto de abrigo para negros escravizados em fuga. Crédito: Wikifavelas/Creative Commons

Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em 1965. A comunidade que ficou conhecida pela maior chacina da história da cidade também foi, em longínquos anos, ponto de abrigo para negros escravizados em fuga. Crédito: Wikifavelas/Creative Commons

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Estamos no mês da Consciência Negra. O dia 20 de novembro marca no calendário o ponto focal dessas celebrações. É também o dia em que, em 1695, a coroa portuguesa, então colonizadora e exploradora do território brasileiro, emboscou e assassinou Zumbi dos Palmares.

Ainda que a narrativa padrão reduza Zumbi e Palmares a escravidão e rota de fuga, a história negra — dentro e fora de Palmares — guarda muitas outras histórias que a história branca não conta.

Palmares foi o resultado de uma junção de mocambos que eram pequenos assentamentos de ex- escravizados e agora livres, que foram construídos na divisa de Alagoas e Pernambuco, onde hoje é o estado de Alagoas, mais precisamente na região da Serra da Barriga. Essa junção formava a Confederação Quilombola, de território vasto constituído pelos mocambos do Alquatune, Andalaquituche, Subupira, Cerca Real do Macaco, entre outros.

Cerca Real do Macaco ou Mocambo do Macaco era o principal entre eles. Ficava lá o centro político de Palmares, a capital do Quilombo tendo em torno de 6 mil habitantes. Vale lembrar que toda Palmares chegou a ter 20 mil habitantes. Essa potente estrutura social era nomeada pelos quilombolas como Angola Janga ou Pequena Angola, o que deixa visível o desejo de se constituir um estado africano no novo continente.

É essencial falar de resistência. É urgente que fujamos da narrativa branca e hegemônica de que Quilombos eram basicamente espaço de ‘escravos fujões’

É importante jogar luz nessas informações e falar de Quilombos do passado e do presente. É essencial falar de resistência. É urgente que fujamos da narrativa branca e hegemônica de que Quilombos eram basicamente espaço de “escravos fujões”. Mergulhar na história de Palmares deixa evidente que a organização que lá existia era no intuito de construir uma nova sociabilidade, reproduzindo o que foi vivido em África. Desvelar isso mostra como a história do negro, sequestrado em África e trazido forçosamente ao Brasil, não se resume à escravidão, sofrimento e exclusão, quando a liberdade era conquistada a duras penas e que negros e negras reconstruíam sua vida e sociabilidade em território hostil.

Quilombos não eram esconderijos de escravizados. Essa percepção criada com muita desinformação gerou a ideia de que Quilombos eram campos de refugiados, quando na verdade eram sociedades, com origens nas africanas, que visavam reconstruir aqui o que viveram lá.

A organização, a autonomia e a resistência quilombola guardam vínculos diretos com o processo de resistência vivido atualmente nas favelas e periferias do país

A organização, a autonomia e a resistência quilombola guardam vínculos diretos com o processo de resistência vivido atualmente nas favelas e periferias do país. Ambos os espaços possuem como principal vínculo a constituição dos povos que as habitam ou habitaram, mas não só.
Favelas e periferias, assim como Quilombos rurais e urbanos, têm muito em comum. Como a existência de um inimigo de maior poder e recursos, que tenta cotidianamente minar as formas de existir nesses espaços. Se Palmares enfrentou a exploradora coroa portuguesa, as favelas enfrentam, o não menos explorador, estado branco burguês, que não admite outras formas de existir que não as suas.

A favela do Jacarezinho, por exemplo, com aproximadamente 55 mil moradores, foi moldada a partir da ocupação de um morro, uma área que foi conhecida como Preto Forro. Lá escondiam-se os negros fugitivos das fazendas dos senhores de engenho localizadas na Serra do Matheus, na boca do Mato. A história é tamanha que virou samba: “Lá na Serra do Matheus, na Boca do Mato, todo negro dono da sua liberdade, na maior felicidade, se dirigia para lá”.

A favela que ficou conhecida pela maior chacina da história da cidade, também foi, em longínquos anos, ponto de abrigo para negros escravizados em fuga. Escavações do século passado localizaram ossadas de negros escravizados na região. No decorrer do século 20, e a partir da doação de um terreno feita pela família do ex-presidente Getúlio Vargas, a favela do Jacarezinho se constituiu no lugar que ocupa hoje. A história entre favela, resistência, negros escravizados e liberdade é tamanha que faz o líder comunitário Rumba Gabriel se referir à comunidade apenas como “Quilombo Jacaré”.

Palmares e Jacarezinho — ainda que não só eles — são expoentes da história de agrupamento, reconstrução e resistência do povo preto no Brasil durante e após a escravidão. Tentar, em alguma medida, ligar essas duas histórias de um presente com um passado que ainda não passou é um dos objetivos do 20 de novembro. Mostrar, simultaneamente, que a história do povo negro trazido ao Brasil é mais do que os livros ousaram contar, que não se resume ao sofrimento do período escravocrata, ainda que, até hoje, possamos sofrer as consequências dele. Entretanto, se todo camburão tem um pouco de navio negreiro, toda favela tem muito de Quilombo de Palmares.


VEJA TAMBÉM

  • Consciência negra: um Brasil de muitas Carolinas
  • Por que devemos defender os direitos humanos na periferia?
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Tags: Favela do JacarezinhoJoel Luiz CostaMês da Consciência NegraQuilombo dos PalmaresQuilombos
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