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Adubo pode ser retirado de graça nos Pátios de Compostagem

A compostagem é um processo de transformação de resíduos orgânicos — tais como restos de frutas, legumes e verduras (FLV) — em composto orgânico, que pode ser usado como adubo em hortas, jardins e vasos.

Em São Paulo, esse composto está disponível para retirada nos cinco Pátios de Compostagem, nas subprefeituras Lapa, Sé, Mooca, São Mateus e Ermelino Matarazzo. Basta contatar a Prefeitura pelo e-mail compostagem@smsub.prefeitura.sp.gov.br

A iniciativa está ligada ao projeto “Feiras e Jardins Sustentáveis”, que teve início em 2015. De janeiro a junho de 2023, esses espaços receberam mais de três mil toneladas de resíduos orgânicos e a criação de outros oito pátios está prevista pelo Plano de Metas da Prefeitura até o fim da gestão. 

Como funciona

De terça-feira a domingo, os resíduos de FLV que abastecem os pátios de compostagem vêm das feiras de alimentos realizadas na Capital paulista. Equipes de educação ambiental das empresas de varrição orientam os feirantes a participar do projeto e deixar os restos de frutas, verduras e legumes que iriam para o lixo dispostos em sacos da Prefeitura. 

Ao final da feira, os agentes de limpeza passam para recolher esse material, que é encaminhado para os pátios de compostagem da cidade. Lá, são misturados com restos de poda de árvore picada, provenientes do serviço público de poda, que têm a função de permitir a passagem de ar no interior da mistura. 

O material é então disposto em canteiros chamados leiras, onde ficam em contato com oxigênio e umidade — condições que permitem a ação dos microrganismos que transformam os resíduos em composto orgânico capaz de promover melhorias nas condições químicas e físicas do solo.

As leiras são alimentadas uma vez por semana e homogeneizadas a cada 30 dias. Ao final de 120 dias o composto está pronto e é retirado, peneirado e preparado para ser distribuído a agricultores familiares e projetos sociais desenvolvidos por ONGs. Ele tem cheiro, cor e textura parecidos com a terra comum. 

O processo de compostagem tem como vantagens reduzir a quantidade de alimentos descartados e encaminhados a aterros sanitários, contribuir para a manutenção de hortas, jardins e outras plantações pela cidade e colaborar com a redução das emissões de gases do efeito estufa. Ele também pode ser realizado de forma caseira. Um guia prático de compostagem doméstica está disponível aqui.

Serviço

Pátios de Compostagem da Prefeitura

  • Avenida José Maria de Faria, 487 – Lapa
  • Avenida do Estado, 3.330 – Sé
  • Rua Cirino de Abreu, 456 – Mooca
  • Rua Forte de Araxá, 409 – São Mateus
  • Rua Eduardo Kiyoshi Shimuta, próximo ao número 111 – Ermelino Matarazzo

Horário de funcionamento e visita: de terça-feira a domingo, das 6h às 22h. Caso haja interesse de visitar um dos pátios ou retirar composto orgânico em grande quantidade, é preciso entrar em contato pelo e-mail: compostagem@smsub.prefeitura.sp.gov.br 

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Cieja

Alunos do Cieja criam cordel com narrativa autobiográfica e são premiados

Os alunos do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos Rolando Boldrin estavam ensaiando para um coral a música “A vida de viajante,” de Luiz Gonzaga. A letra diz: “Minha vida é andar por esse país para ver se um dia descanso feliz. Guardando as recordações das terras onde passei, andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei”.

Partindo da música, junto com outros professores, a turma desenvolveu o projeto “Cordel do Viajante”, premiado na categoria Educação de Jovens e Adultos da 18ª edição do Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Fundamental.

“Muitos dos nossos alunos são migrantes ou de família de migrantes nordestinos e se identificaram com a letra,” conta a professora Josiane Rodrigues Marques ao Expresso São Paulo.

Cada aluno desenvolveu uma estrofe em uma linguagem poética, como a literatura de cordel, contando sua história de vida. “A turma está ainda na fase de alfabetização. Então, nada melhor do que escrever sobre si próprio para treinar a leitura, a escrita e a escuta”, aponta.

De acordo com a professora, todos os estudantes se empenharam no projeto e aprenderam a dar valor à sua própria história. “Eles trouxeram um conteúdo rico, apresentando questões da migração e os sonhos que levaram na mudança de cidade. Não imaginavam o quão valiosas eram essas experiências”, lembra.

Um dos versos de uma das alunas diz assim:

“Veio de Pernambuco por desentendimento familiar. Atrás de sua liberdade, casou. Como babá, doméstica e cozinheira, trabalhou. Teve um filho, motivo de seu orgulho. Seu sonho não cabe em São Paulo; deseja voltar para Pernambuco.”

Para ilustrar as histórias, os alunos desenvolveram ainda ilustrações usando a técnica da isogravura – parecida com a xilogravura, mas em vez de madeira, usaram placas de isopor. A linguagem também é muito aplicada nas publicações de cordel feitas no Nordeste.

Além de gramática, literatura e artes, os alunos estudaram geografia, analisando mapas interativos dos estados e regiões do país. Josiane ressalta ainda que o maior sonho desses estudantes é aprender a escrever e a ler.

“Eles não tiveram oportunidade de estudar na juventude, então, se esforçam muito nas aulas. Geralmente estão cansados após um dia de trabalho, mas o desejo de aprender é tão grande que eles não faltam. É gratificante,” diz.

Para a professora, o prêmio foi uma surpresa e um reconhecimento do trabalho dos estudantes. “Ficamos muito felizes e nos sentimos realizados, principalmente pelos alunos,” comemora. As histórias foram reunidas em uma publicação distribuída para cada um dos alunos participantes.

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campanha de multivacinação

Última semana da multivacinação para crianças e adolescentes

A cobertura vacinal na cidade de São Paulo tem atualmente uma média de 79% para as vacinas contra poliomielite, pneumonia, sarampo, caxumba e rubéola — números superiores aos atingidos em território nacional.

Segundo o Datasus, a cobertura vacinal dos imunizantes do Calendário Nacional de Imunização chegou a 85,31% no país em 2011. Em 2021, caiu para 59,50%. Na capital paulista, o objetivo é retornar aos níveis preconizados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), entre 90% e 95%.

Para cumprir essa meta, a Prefeitura informou que vem realizando ações em várias frentes, como difusão de informações para combater fake news relacionadas à segurança e efetividade das vacinas e preparação das equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Desde o dia 30 de setembro, a cidade conta com a campanha de multivacinação para crianças e adolescentes, que deve seguir até o fim deste mês. Até 16 de outubro haviam sido aplicadas mais de 192 mil doses de vacinas.

É possível buscar atendimento nas 470 UBSs da cidade, de segunda a sexta-feira; ou nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas durante a semana, inclusive aos sábados e feriados, das 7h às 19h.

Para encontrar a unidade de saúde mais próxima da sua residência, clique aqui

Estratégias de imunização

Em conjunto com a campanha, está sendo intensificada a vacinação de estudantes das escolas públicas, por meio da Declaração de Vacinação Atualizada (DVA) e da vacinação nas escolas.

A DVA é um documento de controle da situação vacinal dos estudantes emitido pelas UBSs e solicitado pelas escolas para matrícula e rematrícula nas unidades escolares.

O procedimento de busca ativa de faltosos à vacinação também vem sendo implementado pela Secretaria Municipal da Saúde. Mediante consulta aos registros dos sistemas de informação de imunização, as UBSs realizam a convocação de quem está com o esquema vacinal incompleto por ligações telefônicas e visitas domiciliares.

Os munícipes que possuem cadastro com número de celular no Sistema Integrado de Gestão da Assistência à Saúde (Siga-Saúde) também recebem o contato da Prefeitura por mensagens por SMS para pessoas que estão em atraso vacinal ou têm doses a serem tomadas em até cinco dias.

Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), os dados vacinais das 28 Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) da cidade são utilizados para planejar a adoção de ações específicas de acordo com cada região.

Vacinação em SP

Em 2021, a capital paulista aplicou 36.118.141 doses de vacinas. O total inclui os imunizantes de rotina que integram o Calendário Nacional de Imunização (5.309.276 doses), a campanha contra o vírus Influenza (4.497.165 doses) e a vacinação contra a Covid-19 (26.311.700 doses).

Além das campanhas contra a covid-19, gripe, sarampo e outras doenças, as UBSs têm salas de vacinas preparadas para aplicar os 20 imunizantes previstos no calendário nacional: basta ir à unidade mais próxima levando a caderneta de vacinação.

Caso a pessoa não possua o documento, pode recuperá-lo na unidade que aplicou as vacinas originalmente e, mesmo que não tenha nenhum registro dos imunizantes que tomou ao longo da vida, pode receber as vacinas indicadas para a sua faixa etária.

Mais informações sobre as ações de vacinação podem ser obtidas aqui.

 

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Aluna do Cozinha Escola cria marca para vender doces e salgados

Foi pelas redes sociais que Rosiane Aparecida Ramos, de 52 anos, soube do programa Cozinha Escola, cujo objetivo é qualificar mão de obra de pessoas da periferia no ramo da gastronomia para geração de renda.

“Mas, infelizmente, não havia aulas na zona sul na época, só na zona leste. Deixei um comentário no post pedindo informação sobre cursos em outras regiões”, lembra. O pedido de Rosiane foi atendido.

Depois, novamente pelas redes sociais, leu que haveria um curso do Cozinha Escola no CEU Campo Limpo, perto de sua casa, no Jardim Mitsutani. Ela se inscreveu na hora.

A primeira oficina que assistiu foi sobre como fazer feijoada tradicional e vegana. Depois seguiu para o curso de cozinha básica, auxiliar de cozinha, de petiscos, como coxinha, bolinho de bacalhau, croquete e de tortas.

“Com a minha idade, não é fácil conseguir emprego fixo. Então, eu sabia que teria de partir para o empreendedorismo”, afirma.

Com formação em gestão empresarial, Rosiane estava desempregada havia dez anos. Para ajudar nas contas de casa fazia salgados e bolos para vender, mas sentia que faltava base de conhecimento que lhe desse segurança e praticidade na cozinha para seguir no ramo.

“Foi mágico”, lembra da sensação logo após terminar o primeiro curso em 2022. “Você recebe informações sobre produtos e insumos; aprende técnicas de preparo e combinações de ingredientes que trazem resultados mais saborosos. As aulas me deram embasamento e confiança para fazer as receitas e vendê-las”, diz.

Foto: L. Santana/Especial para o Estadão

 

Rosilícias

Além do dia a dia da cozinha, nos cursos, Rosiane criou sua marca, a Rosilícias, e aprendeu como determinar seu público-alvo e vender. “Tive lições de marketing e empreendedorismo que me ensinaram como atender e apresentar o que faço.”

Hoje, Rosiane atende regiões como Morumbi e Moema, vendendo tortas, quiches e bolos, além do Jardim Mitsutani, onde faz parcerias com comerciantes locais. “Vendo para barzinhos salgadinhos congelados ou fritos na hora.”

Para conquistar novos clientes, participa de feiras e eventos. Os principais canais de atendimento e atração, porém, são as redes sociais, Instagram e Facebook. “Mas você me encontra no Google”, alerta.

O Cozinha Escola foi criado em 2019 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e executado pela Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura.

Desde 2017 existem políticas voltadas à capacitação gastronômica que foram incorporadas pelo projeto. Já foram oferecidas 34,5 mil formações. No site da Prefeitura você encontra mais informações e o calendário de cursos. 

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CEUs sediam sessões gratuitas da Mostra Internacional de Cinema

Até 1º de novembro, acontece a 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É possível assistir a filmes gratuitamente ou a preços populares nas salas do circuito SPCine.

As sessões ocorrem diariamente nas salas do Centro Cultural São Paulo, Centro Cultural Olido e Biblioteca Roberto Santos, com ingressos a R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Já as exibições no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e nos CEUs Meninos, Butantã e Vila Atlântica serão gratuitas.

Nesta quarta-feira (25/10), às 18h, na sala no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, ocorrerá uma sessão especial gratuita do filme “Raízes Africanas”, dirigido por Jefferson Melo, com a participação do diretor para uma fala de abertura. O longa oferece um retrato intimista do resgate da identidade de três gêneros musicais de origem na África, mas que se popularizaram nas Américas: o blues, a rumba e o jongo.

Para quem não desejar sair de casa, a Spcine disponibiliza alguns filmes da seleção oficial deste ano no catálogo da Spcine Play, a primeira plataforma de streaming pública do Brasil. São cinco títulos selecionados de diferentes países, que podem ser acessados gratuitamente durante o período oficial da 47ª Mostra.

Confira a programação:

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O envio é semanal, sempre às sextas-feiras.

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Spcine Play

– Fábrica de Realizadoras: Norte de Portugal | Direção: André Guiomar, Mya Kaplan, Mario Macedo, Dornaz Hajiha, Mariana Bártolo, Guillermo García López | 2023 | Portugal e França

– Como Você se Atreve a Desejar Algo Tão Terrível | Direção: Mania Akbari | 2022 | Irã e Reino Unido

– O Mel É Mais Doce que o Sangue | Direção: André Guerreiro Lopes | 2023 | Brasil

– 6 filmes de 6 diretoras | Direção: Nafiseh Zare, Peivand Eghtesadi, Sepideh Berenji, Dorsa Shirazinasab, Kiana Montajabi, Samaneh Yadollahi | 2023 | Irã

– Uma Vida de Ouro | Direção: Boubacar Sangare | 2023 | Burkina Faso, Benin, França

 

CIRCUITO SPCINE – CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURAL CIDADE TIRADENTES (gratuita)

– 25/10/2023 – Quarta, Sessão – 18h 

– RAÍZES AFRICANAS, de Jefferson Mello. Brasil, EUA, Cuba, Angola, Mali, República Democrática do Congo. 2023. Documentário (90’). Indicado para: Livre

 

CIRCUITO SPCINE CEU MENINOS (gratuita)

– 26/10/23 – Quinta, Sessão 553 – 15h 

– NAHUEL E O LIVRO MÁGICO (DUBLADO) (NAHUEL Y EL  LIBRO MÁGICO (DUBLADO)), de Germán Acuña (98′). CHILE, BRASIL. Falado em português. Indicado para: Livre.

 

CIRCUITO SPCINE CEU BUTANTÃ (gratuita)

– 26/10/23 – Quinta, Sessão 554 – 15h 

– NAHUEL E O LIVRO MÁGICO (DUBLADO) (NAHUEL Y EL  LIBRO MÁGICO (DUBLADO)), de Germán Acuña (98′). CHILE, BRASIL. Falado em português. Indicado para: Livre.

 

CIRCUITO SPCINE CEU VILA ATLÂNTICA (gratuita)

– 26/10/23 – Quinta, Sessão 555 – 15h 

– NAHUEL E O LIVRO MÁGICO (DUBLADO) (NAHUEL Y EL  LIBRO MÁGICO (DUBLADO)), de Germán Acuña (98′). CHILE, BRASIL. Falado em português. Indicado para: Livre.

 

CIRCUITO SPCINE – BIBLIOTECA ROBERTO SANTOS (R$4 Inteira / R$2 meia)

– 24/10/23 – Terça, Sessão 403 – 19h 

– FILMES CULTURAS DA RESISTÊNCIA (CULTURES OF  RESISTANCE FILMS), de Iara Lee (81′). GUINÉ-BISSAU, PORTUGAL, BRASIL, EUA, LESOTO, EUA, BRASIL, BULGÁRIA.  Curta: DO LIXO AO TESOURO: TRANSFORMANDO NEGATIVOS EM POSITIVOS (FROM TRASH TO TREASURE: TURNING NEGATIVES INTO POSITIVES), de Iara Lee (25′).

 

– 25/10/23 – Quarta, Sessão 479 – 19h

– CROMA KID (CROMA KID), de Pablo Chea (92′). REPÚBLICA  DOMINICANA. Falado em espanhol, francês. Legendas em inglês. Indicado para: Livre.

 

– 26/10/23 – Quinta, Sessão 552 – 19h 

– TOMANDO VENEZA (TAKING VENICE), de Amei Wallach  (98′). EUA. Falado em inglês, italiano. Legendas em português. Indicado para: Livre.

 

– 27/10/23 – Sexta, Sessão 628 – 19h

– DULCINEIA (DULCINEIA), de Luís Suares (92′). BRASIL, PERU. Falado em português, espanhol, inglês. Legendas em português. Indicado para: Livre.

 

A programação completa e outras informações estão disponíveis no site oficial da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

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Com parcerias, filas em creches estão zeradas na capital

A fila para o atendimento em creches é considerada zerada desde 2020 pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

Segundo o portal do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo (ObservaSampa), que apresenta dados e indicadores e evidências sobre a capital, as creches paulistanas têm hoje 361.257 matrículas e uma porcentagem de atendimento de 99,81%. O percentual era de 96,31% em 2019.

Para ampliar o atendimento a bebês e crianças de até três anos de idade, foram firmadas parcerias com cerca de 700 Organizações da Sociedade Civil (OSCs), assim como ampliadas as vagas nos Centros de Educação Infantil (CEIs) já existentes.

Neste ano, foram criadas 1,9 mil vagas para atendimento e recebimento de novos matriculados, com a inauguração de nove unidades de educação infantil: são seis Centros de Educação Infantil (CEIs) e três Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs), localizadas nas regiões de Butantã, Campo Limpo, Capela do Socorro, Guaianases e São Mateus.

O horário de atendimento das creches também mudou. Um projeto-piloto testa a sua ampliação para 12 horas, com funcionamento das 7h às 19h — o que implica em duas horas de expansão.

No momento, o projeto funciona em 13 CEIs, nas regiões do Butantã, Campo Limpo, Capela do Socorro, Freguesia/Brasilândia, Guaianases, Ipiranga, Itaquera, Jaçanã/Tremembé, São Miguel, Penha, Pirituba/Jaraguá, Santo Amaro e São Mateus — uma por área de abrangência de cada Diretoria Regional de Educação (DRE).

A mudança foi pensada a partir de uma pesquisa da SME com os pais e responsáveis de crianças matriculadas nesses CEIs, em que mais de 70% dos entrevistados apontaram a necessidade de ampliação do tempo de atendimento.

O levantamento constatou que, após o horário normal da creche, muitos bebês e crianças precisam ficar com outros cuidadores, como familiares ou vizinhos, até que os pais ou responsáveis retornem do trabalho.

Educação infantil 

A educação infantil desempenha um papel importante no desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e emocionais das crianças, preparando-as para as etapas escolares seguintes.

Nos CEIs, elas têm direito a cinco refeições diárias, com cardápio elaborado por nutricionistas que prioriza a oferta de alimentos in natura e minimamente processados — o que vai ao encontro das diretrizes nutricionais estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 

As matrículas para atendimento nas creches permanecem abertas durante o ano todo, e o sistema de vagas prioriza o encaminhamento dos bebês e crianças para as unidades mais próximas dos endereços cadastrados. Caso haja necessidade, dentro das diretrizes, os alunos da rede municipal são atendidos pelo Transporte Escolar Gratuito (TEG)

 

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Obras do novo terminal de ônibus de Itaquera são retomadas

Faz tempo que a população do bairro de Itaquera ouve falar do Terminal de ônibus Satélite. As obras começaram em 2014, mas estavam suspensas desde 2018.

Neste mês, a Prefeitura de São Paulo anunciou a retomada das obras após vistoria no trecho 1 do corredor Itaquera-Líder. O novo terminal deve beneficiar cerca de 430 mil usuários de transporte público da zona leste.

As obras do novo terminal começaram em outubro de 2014, foram interrompidas em dezembro de 2018 e oficialmente encerradas em fevereiro de 2020 devido a recomendações do Tribunal de Contas da União.

Em 2021, a Prefeitura conseguiu desbloquear fundos federais para terminar a construção. O terminal deve ficar pronto em 30 meses e o investimento total é de R$ 252,3 milhões, sendo R$ 176,9 milhões de recursos da Prefeitura de São Paulo e R$ 75,4 milhões financiados pelo Governo Federal.

Com uma área total de 36 mil m², a estrutura terá três andares (mezanino, térreo e piso intermediário), além de dois níveis subterrâneos para estacionamento, com aproximadamente 460 vagas para carros e 95 vagas para motos. A ampliação permitirá acomodar mais linhas de ônibus. 

Projeto em 3D do novo Terminal de ônibus de Itaquera – Imagem: Prefeitura SP/Divulgação

 

O novo terminal facilitará a integração com as linhas de metrô (Linha 3 – Vermelha – Corinthians/Itaquera) e da CPTM (Linha 11 – Coral). Uma passarela de interligação será concluída para acesso dos passageiros ao Metrô, CPTM e Poupatempo. Essa iniciativa proporcionará um ambiente mais espaçoso, confortável e funcional, reduzindo o tempo de espera e oferecendo comodidades adicionais à população.

Haverá novas plataformas de embarque e desembarque de ônibus, salas operacionais, sala de vigilância, salas multiuso, serviços de informações, guichês de bilheteria, escadas rolantes, rampas, elevadores panorâmicos, banheiros públicos, fraldário, refeitório, vestiários, quiosques comerciais, acessibilidade e paisagismo.

 

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Teatro é ferramenta para tratar dependentes químicos

Teatro é ferramenta para tratar dependentes químicos em SP

Controle emocional. Mais do que isso: responsabilidade emocional. Essa é a mensagem da peça “Emoções”, protagonizada por dependentes químicos em tratamento no Serviço de Cuidados Prolongados (SCP) Álcool e Drogas Boracea, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Encenada pela terceira vez no último dia 18 de outubro, a peça é resultado das atividades de expressões corporais.

Os cenários foram confeccionados pelo grupo, que se apresentou pela primeira vez em agosto, após um mês de ensaios. Segundo a SMS, a proposta é proporcionar autonomia, protagonismo e autopercepção pela expressão corporal, verbal e interação interpessoal.

O SCP disponibiliza cuidado intermediário entre a desintoxicação e a volta às atividades cotidianas. O tratamento é multidisciplinar e envolve técnicas terapêuticas que vão além das convencionais.

Meditação, musicoterapia, terapia em grupo, arteterapia, yoga e atividades físicas, por exemplo, são utilizadas no processo rumo à alta qualificada, quando o usuário do serviço retorna para casa.

Foi o que aconteceu com R. C., de 54 anos, em 20 de julho deste ano. As drogas entraram na vida do cuidador de idosos ainda na sua juventude, trazendo prejuízos profissionais e familiares.

Após cerca de quatro meses no SCP, ele recebeu alta e conseguiu um emprego. O acompanhamento periódico é realizado em consultas no SCP.

R. ressalta que as palestras e as atividades em grupo deram sentido para buscar sua recuperação. “Quando você entra aqui (SCP) as coisas começam a melhorar e ter nexo. Fui aceitando minha condição e interrompendo o fluxo”, conta.

A capacidade de acolhimento é de até 39 pacientes e a casa está completa atualmente, de acordo com a SMS. A pasta informou que, desde a abertura do SCP, mais de 120 acolhidos receberam tratamento no serviço, que tem uma equipe externa responsável por abordar os dependentes nas cenas de uso de drogas.

Acesso

O SCP Boracea, aberto em 2022, funciona no mesmo prédio em que fica o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) AD 3 Boracea, na rua Boracea, Barra Funda. A porta de entrada para o serviço é o Caps AD 4 Redenção.

De lá, os dependentes são encaminhados ao Hospital Cantareira, onde ocorre a desintoxicação. Só após esse procedimento, o paciente é convidado a ir ao SCP Boracea dar continuidade ao tratamento.

No SCP, de forma voluntária, o usuário é acolhido de maneira integral por até 90 dias. A estadia pode durar até 120 dias, conforme o projeto terapêutico singular definido, um tratamento individualizado e elaborado para cada paciente.

O local dispõe de quatro dormitórios, quatro consultórios, quadra, sala de ambiência, sala de estar, sala de grupo e refeitório. O corpo técnico conta com médicos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros profissionais.

 

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Requalificação dos baixos do Viaduto da Lapa abre espaço para microempreendedores

Foi entregue pela Prefeitura no último dia 20 a primeira etapa da requalificação dos baixos do Viaduto da Lapa. As paredes escuras e pichadas foram pintadas de branco e ganharam molduras coloridas no acesso ao corredor que liga a linha 8 (Diamante) da CPTM ao terminal de ônibus.

O empreendedor Claudio Joaquim de Lima era dos vendedores informais que trabalhavam no local. “Eu ficava aqui neste espaço, só que era no chão, tinha muito rato e sujeira”, disse.

Com novas instalações elétricas e hidráulicas e um projeto de iluminação, a via recebeu 52 lojas, com 5m² a 10m², que vão oferecer serviços de alimentação, moda e de conveniência.

Alguns dos locatários são ambulantes que atuavam na região e que receberam apoio do concessionário para se qualificar e se formalizar. Outra mudança é o mobiliário urbano – bancos e mesas – disposto em volta das árvores já existentes que servirá de área de lazer.

Foto: Edson Lopes Jr./Prefeitura SP/Divulgação

 

Investimento

Segundo a Prefeitura, o empreendimento contará com iniciativas como a política de lixo zero, ou seja, reaproveitamento de todos os resíduos, Wi-Fi gratuito e câmeras de segurança integradas ao sistema de monitoramento público. O investimento previsto até o final do ano é de mais de R$ 8 milhões.

A segunda etapa da requalificação, na Praça Miguel Dell’Erba (que dá acesso à estação Lapa da linha 8 da CPTM) e áreas no entorno do viaduto, já começou e deve ser entregue até dezembro, de acordo com a administração municipal.

Na praça está prevista, por exemplo, a criação de uma arena para eventos ao ar livre, como apresentações culturais e feiras.

A concessão inclui, também, a área do outro lado da linha do trem, a parte norte do baixo do Viaduto da Lapa, com obras em andamento, e a Toca da Onça, passagem subterrânea que liga a Lapa de Baixo ao comércio local, ao terminal de ônibus e à estação de trem e que recebeu nova pintura, aplicação de verniz antipichação e outras melhorias.

O Consórcio Viva a Lapa assumirá a zeladoria da região pelos próximos dez anos, incluindo limpeza, jardinagem e vigilância de uma área de quase 11 mil m², bem como a realização de atividades gratuitas para a comunidade e a disponibilização de mais lojass para pequenos e médios comerciantes da região.

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Grêmios estimulam participação estudantil nas escolas 

Aos 13 anos, Letícia Barros gosta de se envolver nas ações desenvolvidas na escola municipal onde estuda, a Emef Professor Dr. Paulo Gomes Cardim, no distrito Cidade Líder, zona leste de São Paulo.

Cursando o oitavo ano, ela encontrou no grêmio estudantil a oportunidade de participar não apenas das atividades escolares, mas também da mobilização comunitária na região.

Como primeira secretária do grêmio, Letícia apoia a organização de eventos, como competições entre as classes e campanhas sociais para coleta de agasalhos e alimentos.

“O grêmio estudantil é a voz dos alunos na diretoria. Buscamos ouvir as reclamações e sugestões para melhorar a escola. Na campanha, nossa chapa fez até pesquisa para saber o que alunos queriam.”

Todo ano a Emef elege novos membros da agremiação. São organizadas campanhas, debates e votações que, a partir de aplicativos, simulam a urna eletrônica. Com mandato de um ano, a diretoria é composta por 13 alunos que desempenham funções como presidente, orador e diretor cultural.

Para o professor da sala de informática e um dos orientadores do grêmio, Orlando Nagata Junior, o processo eleitoral ajuda no desenvolvimento da consciência política: o exercício de escolher os seus representantes, acompanhar o desempenho e fazer cobranças. Além disso, aprendem, por exemplo, a elaborar projetos, acrescenta.

Fomento

O programa Grêmios Estudantis estimula a participação dos alunos no cotidiano das escolas, incentiva o exercício da cidadania e o engajamento democrático, conforme o decreto nº 58.840, de 2019. Hoje, a iniciativa alcança 100% da rede de ensino fundamental e médio, somando  578 agremiações.

O grêmio tem autonomia para defender, com responsabilidade e de acordo com as leis, os interesses e a participação dos estudantes e promover atividades educacionais, culturais, esportivas, cívicas e sociais.

Podem também dialogar com os demais membros da comunidade escolar, como equipe gestora e Conselho da Escola, para alcançar melhorias.

Segundo a Prefeitura, o repasse anual para o cada grêmio realizar seus projetos é de R$ 10 mil. O recurso é gerenciado de forma compartilhada entre a escola e a entidade representativa do aluno.

Como são formados

A criação de um grêmio estudantil ocorre por convocação de assembleia geral dos estudantes, que pode ser feita pela  Diretoria Regional de Educação; gestores da escola; estudantes, mediante abaixo-assinado com assinaturas de 5% dos matriculados na unidade; Associação de Pais e Mestres ou o Conselho de Representantes de Turma.

Nessa assembleia, serão decididos o nome, estatuto, formato e membros da Comissão Eleitoral para escolha dos membros da diretoria gremista (os representantes dos alunos eleitos), datas do processo eleitoral e definição do orientador da entidade, que pode ser um professor.

Já a escola deve proporcionar aos grêmios, segundo o decreto que instituiu o programa, recursos e meios para realização de atividades; livre alocação e circulação de cartazes, panfletos, jornais e publicações e acesso dos representantes às dependências da instituição.

 

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