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Estão abertas desde esta terça-feira (18) as inscrições para a 15ª edição do Contrata SP – Pessoa com Deficiência em celebração aos 32 anos do Dia Nacional da Lei de Cotas. O mutirão de empregabilidade promovido pela Prefeitura ocorre na segunda-feira, 24, na Praça das Artes, Vale do Anhangabaú, centro da Capital.
A equipe técnica do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo fará a pré-seleção voltada para profissionais com deficiência e reabilitados do INSS.
Os interessados têm até o dia 20 de julho para se cadastrarem no Portal Cate neste link. São mais de 300 vagas de emprego disponibilizadas nas áreas de comércio, serviços e saúde em empresas como Ultrafarma, Hospital Beneficência Portuguesa, Assaí Atacadista e Italac.
Entre os cargos destaque para oportunidades como operador de loja, cobrador de transporte coletivo, técnico de enfermagem, auxiliar administrativo, entre outros. Há vagas para todos os níveis de escolaridade e os salários variam entre R$ 660 (aprendiz) e R$ 3.900.
No dia do evento, os candidatos precisam levar RG, CPF, carteira de trabalho, que pode ser a versão digital, cópias de currículo para contato com as empresas no local e o laudo médico com data válida.
Os participantes terão à disposição equipe técnica da Fundação Paulistana, que irá oferecer oficinas sobre o mercado de trabalho, comportamento em entrevistas e como produzir um currículo para conquistar uma vaga de emprego.
A ação conta com a parceria da Câmara Paulista de Inclusão, movimento de articulação social coordenado pelo Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência da SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo), com a participação de instituições governamentais e não-governamentais, públicas e privadas.
Este ano, com o tema “Novos tempos, compromisso com avanços pela inclusão da pessoa com deficiência’’, a programação terá uma cerimônia em celebração ao 32º Aniversário da Lei de Cotas, que será transmitida no Youtube pelo canal @camarapaulistadeinclusao9215.
Serviço
15º Contrata SP – Pessoa com Deficiência
Inscrições: www.cate.prefeitura.sp.gov.br
O candidato tem até as 23h59 do dia 20/07 para realizar a sua inscrição
Processo Seletivo
Data: 24/07
Hora: 08h às 17h
Local: Praça das Artes
Endereço: Av. São João, 281 – Centro Histórico de São Paulo
Documentos: RG, CPF, carteira de trabalho (que pode ser a versão digital), cópias de currículo e laudo médico
Programação
9h30 – Recepção e Café
10h – Abertura Oficial – Celebração do 32º Aniversário da Lei de Cotas
10h30 – Painel Institucional
11h45 às 11h50 – Leitura da Carta
11h50 às 12h – Encerramento
12h às 12h50 – Apresentação cultural com Leilah Moreno
Nesta sexta-feira (21/7), termina o prazo para a população opinar sobre o projeto de revitalização do Largo do Arouche, no centro de São Paulo.
Com o objetivo de promover melhorias no local, a Prefeitura iniciou uma consulta pública para ouvir as sugestões e ideias dos moradores e frequentadores da região. O formulário de participação está disponível na plataforma Participe+.
O Largo do Arouche está situado no distrito da República e conecta o Centro Velho ao Novo, fazendo a articulação entre Praça da República, Avenida São João e bairro da Santa Cecília. Em 2017, a Associação Viva o Centro propôs um projeto de requalificação para o local.
As obras iniciaram em maio de 2019 com recursos doados por empresas francesas, mas foram temporariamente interrompidas pela Justiça. Após a apresentação de um projeto substitutivo, foram liberadas no mesmo ano.
A primeira e segunda etapas da requalificação do Arouche foram concluídas, incluindo a instalação de bancos e a reforma das calçadas e do calçadão. Falta, entretanto, a conclusão da terceira etapa, que envolve, por exemplo, a requalificação do Mercado de Flores.
Por meio da consulta pública, as pessoas poderão expressar suas opiniões sobre o que desejam ver no Largo do Arouche, seja em termos de infraestrutura, espaços públicos, áreas verdes ou serviços disponíveis.
Quem busca atendimento da Procuradoria Geral do Município de São Paulo (PGM-SP) não precisa mais enfrentar filas. Todos os serviços da PGM-SP estão acessíveis de forma 100% digital. A iniciativa faz parte do Programa Municipal de Transformação Digital, que visa a agilizar processos e reduzir a burocracia.
É possível obter informações, solicitar e acompanhar o progresso de processos sem sair de casa. São 24 serviços disponíveis, que abrangem seis grupos: desapropriação, dívida ativa, precatórios, protocolo de decisão judicial, reparação de danos e mediação de conflitos por meio do Cejusc Municipal. A maioria (87,5%) é isenta de taxa.
Histórico
A digitalização começou em 2019 com mudanças no Portal da Dívida Ativa e a digitalização dos serviços que necessitavam a abertura de um processo para análise pela PGM-SP. Desde então, mais de 9,7 milhões de acessos online foram registrados. Só no primeiro semestre deste ano houve quase um milhão de acessos únicos.
A pandemia acelerou o cronograma de digitalização dos demais serviços, que anteriormente exigiam a presença física do cidadão para a abertura de solicitações e apresentação de documentos. Além disso, foram implementadas iniciativas de suporte remoto, como os serviços de esclarecimento de dúvidas sobre dívida ativa e precatórios.
O Portal da Dívida Ativa também foi aprimorado, com navegação mais intuitiva. Foram removidas barreiras que demandavam o comparecimento presencial para a consulta e a regularização de débitos. Esse portal permite a realização de serviços imediatos que não requerem a abertura de solicitação.
Em 2022 e em 2023, até agora, os serviços online mais buscados foram justamente os relacionados à Dívida Ativa, como consultar débito, parcelar, emitir boleto, tirar dúvidas, contestar ou solicitar baixa de débito e comunicar leilão de imóvel. A certidão de desapropriação também é bastante requisitada.
Para fazer solicitações que necessitam de análise pela Procuradoria, os cidadãos podem utilizar o Portal SP 156. Basta acessar o portal, preencher o formulário e anexar os documentos solicitados. A resposta da Procuradoria é enviada pelo próprio portal. Até o momento, mais de 57 mil solicitações foram recebidas por essa via desde a implementação do primeiro serviço digitalizado.
Os serviços relacionados a acordos de precatórios e solução de conflitos (CEJUSC) também são disponibilizados digitalmente, mas são realizados em portais específicos. O CEJUSC Municipal funciona desde julho de 2016 e, até dezembro de 2022, cerca de 11,4 mil sessões de conciliação foram realizadas, resultando em mais de 10 mil acordos alcançados, o que corresponde a um índice de sucesso de 89%.
Serviços online
Ao todo, a Procuradoria prestou cerca de 24,5 mil serviços online em 2022 e, neste ano, 12,8 mil até o dia 13 de julho. Confira abaixo os serviços digitais oferecidos:
Mediação de conflitos
Conciliação e mediação – gratuito
Desapropriação
Certidão de Desapropriação – R$ 52,70
Planta expropriatória – R$ 26,40
Dívida Ativa
Consultar débitos – gratuito
Parcelar débitos – gratuito
Reparcelar débitos – gratuito (condições de pagamento: o valor da entrada será de 5%, 10%, 15% ou 20%, a depender do caso)
Pagar débito a vista – gratuito
Protesto – Consultar débitos – gratuito
Emitir boleto do mês – gratuito
Contestar ou solicitar baixa de débito – gratuito
Apresentar documentos solicitados pela procuradoria – gratuito
Pedir vista ou cópia de processo administrativo – gratuito (a cópia reprográfica: R$ 0,30 por página)
Quitar parte da dívida de IPTU sobre terreno total – fração ideal – gratuito
Comunicar leilão de imóvel – gratuito
Comunicar dívida de imóvel adquirido em leilão – gratuito
Solicitar triagem de agendamento – gratuito
Transação tributaria geral – gratuito
Transação de entidades religiosas e educacionais – gratuito
Tirar dúvidas sobre serviços – gratuito
Precatórios
Compensar débito inscrito em dívida ativa com precatórios – gratuito
Realizar acordo para receber pagamento antecipado – gratuito
Solicitar recurso – gratuito
Solicitar cessão – gratuito
Tirar dúvidas sobre serviços – gratuito
Protocolo de decisão judicial
Protocolar decisão judicial – gratuito
Reparação de danos
Solicitar indenização por danos materiais – gratuito
Para dar entrada aos pedidos é preciso estar com os documentos necessários em mãos, que deverão ser digitalizados e enviados pelo sistema online. Há documentos específicos para cada tipo de serviço. Para consultar o débito do imóvel na Dívida Ativa, por exemplo, é solicitado o Nº do Contribuinte – SQL (Setor/Quadra/Lote). Mas a documentação básica que todos os serviços vão exigir é CPF/CNPJ, RG e comprovante de endereço, além de e-mail e telefone.
Apoio a pequenos comerciantes e a pessoas em vulnerabilidade social ao mesmo tempo. Esse é o objetivo do programa Cozinha Cidadã, que conta com 72 restaurantes e distribui diariamente 14.400 marmitex em 20 comunidades e 6 pontos de fornecimento de alimentos.
Essa ação da Prefeitura de São Paulo, realizada por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), tornou-se política pública permanente em 2022 e é dividida com foco nas comunidades em todas as regiões da cidade e população em situação de rua.
Segundo a administração municipal, o Cozinha Cidadã salvou da falência muitas empresas e destaca o caso do restaurante do empresário Marcos Abrão. “Foi uma época de desafio para os empreendedores. Me vi nesse cenário difícil perdendo todo meu investimento no comércio. Muitos também estavam”, lembra ele, que tinha um pequeno negócio de marmitas fit por encomenda e mantinha parceria em um restaurante self-service de Interlagos, na zona sul.
Abrão teve de fechar o restaurante, que tinha mais de 30 anos. “Foi quando surgiu esse grande projeto da Prefeitura. Tive oportunidade de ajudar as pessoas em momento difícil e de ser ajudado também”, conta Abrão, que hoje distribui 400 refeições diárias em uma comunidade no Grajaú e outra no Jardim Colonial, ambas na zona sul.
Uma pesquisa realizada pela SMDHC para mensurar o impacto da iniciativa, apontou que 70,5% dos restaurantes que participaram do programa afirmaram que o Rede Cozinha Cidadã evitou a falência do negócio.
Distribuição na rede socioassistencial
Na rede socioassistencial, a Prefeitura afirma que fornece mais 235.288 refeições diárias à população mais vulnerável atendida em equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
– Em média, 136.380 refeições por dia nos CCA’s (Centro para Crianças e Adolescentes);
– Em média, 8.160 refeições por dia nos CJ’s (Centro para a Juventude);
– Em média, 9.900 refeições por dia nos SAICA’s (Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes)
– Em média, 500 refeições por dia nas Casas Lar;
– Em média, 69.392 refeições por dia nos Centros de Acolhimento;
– Em média, 10.956 refeições por dia nos Núcleos de Convivência.
Balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) repassado ao Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo mostra que o número de ocorrências causadas pelas chuvas vem caindo na Capital.
Durante a operação Chuvas de Verão, que vai de dezembro a abril, foram registradas 958 ocorrências de alagamentos em 2020. Em 2021, foram 682 e, em 2022, 490. Até o fim de janeiro deste ano, quando a operação ainda estava em andamento, foram contabilizadas 230 ocorrências de alagamentos.
Para combater enchentes, São Paulo conta com cerca de 60 estruturas, que incluem piscinões e polders (estações de bombeamento) — e novas intervenções estão sendo realizadas nas áreas de limpeza, manutenção nos sistemas de macro e microdrenagem e de proteção na contenção de encostas e estabilização de terrenos, especialmente em áreas de risco.
No momento, período mais seco do ano, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) mantém 51 obras de drenagem, entre elas estão a construção de novos piscinões e canalizações e a recuperação de galerias, margens e muros de arrimo em córregos.
Obras
Para combater enchentes na região do Ribeirão Perus a Prefeitura afirma que serão construídos quatro piscinões, 1,1 quilômetro de canalização do córrego e três pontes, obras com reflexos nos bairros de Vila Caiuba, Vila Inácio, Vila Perus, Recanto dos Humildes e Jardim Adelfiore. Cerca de 146 mil pessoas devem ser beneficiadas, de acordo com a administração municipal. O investimento é de R$ 130 milhões.
Com mais R$ 25 milhões, duas novas galerias, com 300 metros de extensão cada, estão sendo construídas sob a avenida Manoel Bolívar para melhorar a capacidade do sistema de drenagem no Jardim Carombé.
Também estão sendo feitos seis novos reservatórios para contenção de cheias: quatro deles estão na bacia do Ribeirão Perus, um na bacia do Morro do S e um no Córrego Antonico (realização em parceria com o Governo do Estado).
Outros R$ 179 milhões para a canalização do córrego Água dos Brancos e ações no Capão Redondo, Campo Limpo, Vila Andrade e Jardim São Luís devem ajudar 870 mil pessoas. A previsão de conclusão é para maio de 2025. Em Itaquera, mais de 124 mil moradores devem ser atendidos com as obras de contenção do córrego Jacupeval.
Inteligência artificial
Para monitorar os piscinões e as condições climáticas, são empregados sistemas inteligentes como o Urano, em operação desde o verão de 2021. Ele permite a previsão de eventos meteorológicos extremos (como chuvas intensas e ventos fortes) a partir da integração com instrumentos de superfície do Sistema de Alertas a Inundações de SP (Saisp) e do CGE.
No Centro de Controle Operacional, o monitoramento é feito por uma equipe em turnos alternados e ocorre 24 horas por dia, de domingo a domingo. Além de possibilitar o cruzamento de dados para calcular as probabilidades de alagamentos, inundações, queda de árvores e deslizamentos, Urano também centraliza o acompanhamento do armazenamento de água dos piscinões, drenagem e escoamento da água, realizado por sensores nos reservatórios e túneis.
Com cerca de 28 mil prédios com mais de 20 metros, São Paulo é predominantemente verticalizada, ou seja, tem mais prédios que casas. Ainda assim, 28% de seu território têm características rurais, segundo o Plano Municipal de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Um mapeamento da Sampa+Rural, plataforma da Prefeitura da Cidade de São Paulo, contabiliza que existam mais de mil áreas de cultivo distribuídas por toda a cidade.
Cerca de 80% da área com características rurais na Capital fica na zona sul, onde estão 571 das unidades de produção agropecuária levantadas pela Sampa+Rural. Em segundo lugar está a zona leste, com 126. Em muitas dessas áreas, famílias vindas do interior do estado e de outras partes do país preservam o hábito do cultivo de alimentos e plantas medicinais.
Assim é nas terras cultivadas pelos produtores que formam a Associação de Agricultores da Zona Leste (AAZL), que tem associados nas regiões de São Miguel Paulista, Guaianases, São Mateus, Itaquera e Cidade Tiradentes. A organização, que conta com 12 hortas, começou em 2004, em São Mateus, com reuniões em que os agricultores trocavam experiências e davam os primeiros passos para fortalecer sua representação como grupo.
Histórias
A pernambucana Sebastiana de Farias, de 72 anos, foi uma das pioneiras na movimentação e ajudou a fundar a AAZL junto com o marido, Genival de Farias, falecido em 2017. “Era um grupo pequeno, isolado, mas que não parava de produzir. Quando junta, enriquece muito a gente que trabalha com essas coisas diferentes, que precisa aprender a fazer adubos que não são agressivos. Então, a coisa cresceu”, diz.
Em São Mateus, ela tem sua horta no mesmo terreno há 12 anos, e conta que, no momento, colhe-se alface, salsinha, coentro, couve, almeirão, beterraba e cenoura. Também há as PANCs (Plantas Alimentícias Não-Convencionais) azedinha e peixinho-da-horta e ervas como hortelã, melissa e capim-santo.
Segundo a agricultora urbana, apesar de os associados trabalharem em locais distantes um dos outros, a troca de experiências constante traz a sensação de proximidade: “Pelo celular a gente fala sobre as dificuldades, manda fotos, participa das plantações”.
Representação e solidariedade
A psicóloga Regiane Nigro faz parte da AAZL e é vizinha de dona Sebastiana. Contribui, principalmente, sugerindo novos projetos, pesquisando e intermediando o acesso a políticas públicas e trazendo pautas para as reuniões mensais, que ocorrem de forma rotativa entre as hortas.
Embora os associados participem, eventualmente, de feiras como a do Parque do Carmo e a Feira Orgânica de Itaquera, na avenida Maria Luiza Americano, a maior parte da comercialização dos alimentos é feita nas hortas para vizinhos, amigos e membros da comunidade. Também existe uma parceria recente com as creches conveniadas do Município, que podem comprar diretamente dos agricultores.
Diferente de uma cooperativa, as hortas são independentes para desenvolver seus próprios modelos de gestão e aplicar seus próprios preços. “Como associação, o principal objetivo é trocar ideias, técnicas, trabalhar na segurança fundiária, ter uma representação política, ajudar quando alguém está doente. É mais a questão da solidariedade”, relata Regiane.
O perfil dos agricultores é predominantemente de idosos e mulheres. Muitos já estão aposentados, mas há quem tire da terra a principal renda da casa — e muitos geram empregos, contratando mão de obra para o cultivo. Os associados da AAZL praticam a agroecologia, técnica baseada em princípios como o respeito aos ciclos ecológicos, o comércio justo e as metodologias participativas, além do foco no aproveitamento dos recursos naturais e na preocupação com as condições de trabalho dos produtores.
A organização também mantém parcerias com instituições do terceiro setor, programas municipais e universidades. Por meio de parceria com a ONG Instituto Kairós, as sobras da colheita podem ser compradas e destinadas a cozinhas comunitárias espalhadas pela periferia paulistana. “A gente consegue distribuir isso da melhor forma e remunerar o agricultor”, explica a psicóloga.
Já um grupo da Universidade de São Paulo tem ensinado o funcionamento de um novo tipo de compostagem, técnica que transforma resíduos orgânicos da comunidade em adubo para as hortas. O processo aproveita materiais como cascas de verduras, folhas, galhos e pó de café.
Alimentação saudável
Na zona leste, a maioria das áreas de atividade agrícola fica embaixo de linhões de transmissão elétrica, formando uma espécie de “cinturão verde” de produção de hortaliças e verduras. “A gente gera um microclima melhor com as hortas e melhora a drenagem urbana com o aumento da penetração de água”, conta Regiane. “E, com relação ao mercado, não tem outro lugar que você possa comprar orgânicos em São Mateus”, exemplifica.
Uma pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou que, durante a pandemia, a preocupação com a alimentação saudável aumentou na cidade de São Paulo.
O levantamento foi realizado com agricultores e consumidores de alimentos agroecológicos e indica que 24% dos entrevistados começaram a consumir orgânicos motivados pelas circunstâncias do período pandêmico. Entre os motivos para a mudança de hábitos alimentares estão a preocupação com a saúde (84%), o aumento dos conhecimentos sobre o impacto dos agrotóxicos (32%) e a vontade de apoiar e valorizar a agroecologia e as práticas sustentáveis (24%).
Com a valorização do tema, as hortas e agroflorestas têm atraído também o interesse de pessoas mais jovens. Alguns têm procurado a AAZL para aprender com os agricultores mais experientes. “A gente veio da terra, eu já nasci dentro do campo, trabalhando, mas é importante mostrar para eles que a terra é a mãe que dá tudo para a gente comer, que precisa de cuidado para o alimento vir saudável”, reflete Sebastiana.
Para a agricultora, consumir alimentos como os plantados pelos membros da AAZL é uma forma de viver com mais qualidade e construir uma cidade melhor. “As pessoas que moram perto de uma horta e têm consciência do alimento que vem dali, não vão longe comprar. Evitam gastar gasolina ou ficar no trânsito e pegam a verdura tirada ali, no momento e levada pra casa”, enfatiza.
Junho registrou uma média nos dias úteis de 309.129 embarques de passageiros entre 60 e 64 anos que utilizaram o Bilhete Único – um crescimento de 61% em relação a fevereiro, segundo a SPTrans. A partir de 1ª de fevereiro deste ano, esse grupo etário pôde utilizar o cartão do BU para acessar o benefício da gratuidade.
Para obter o benefício, o usuário deve levar, sempre no início de cada mês, o cartão do Bilhete Único Comum e aproximá-lo de um dos equipamentos de recarga dos terminais, estações ou nos ônibus. A gratuidade para a faixa etária foi estabelecida pela Prefeitura de São Paulo em 14 de dezembro de 2022.
O Bilhete Único permite aos passageiros passar pela catraca e acessar a parte traseira do ônibus, onde há mais assentos. Quem preferir desembarcar pela frente pode apresentar o documento ao motorista, como prevê o Estatuto da Pessoa Idosa.
Quando a recarga é realizada são disponibilizadas cinco cotas de ônibus e, depois, cinco cotas de trilhos. Cada cota disponibilizada tem validade por sete dias a partir da primeira ativação. Passado o período de sete dias, uma nova cota temporal é ativada automaticamente. Não é preciso ir a um posto de atendimento ou fazer o procedimento de recarga novamente.
Para quem for completar 60 anos e tem um Bilhete Único Comum com seu CPF, a gratuidade é liberada em cinco dias, contados a partir da data de aniversário. Não há necessidade de ir a um posto de atendimento. Basta aproximar o cartão duas vezes de um equipamento de recarga. Enquanto aguarda a liberação da gratuidade, para andar nos ônibus na Capital, o passageiro poderá apresentar um documento oficial com foto ao motorista e desembarcar pela porta da frente.
Para pessoas com mais de 65 anos, não houve alteração, ou seja, podem continuar usando o Bilhete Único Especial que já possuem.
Como solicitar o BU Comum Personalizado
Quem ainda não tem o Bilhete Único Comum Personalizado deve solicitar no site . Quem já teve um cartão, mas o perdeu ou ele está danificado, pode pedir uma segunda via gratuitamente ligando na Central 156 para solicitar o cancelamento. Em 72 horas, o passageiro poderá retirar o cartão nos terminais municipais e recarregar a gratuidade.
A Copa do Mundo Feminina de Futebol está prestes a começar. O evento acontece entre os dias 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e Nova Zelândia. A Seleção Brasileira chega à competição com reforços de peso que tiveram sua formação no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) de São Paulo.
Nomes como Ary Borges (Palmeiras), Debinha (Kansas City FC), Gabi Nunes (Madrid Club), Tamires (Corinthians) e Luana (Corinthians), além de Letícia (Corinthians) e Lauren (Madrid Club) estão entre as jogadoras convocadas que passaram pelo COTP.
Gabi Nunes, ao visitar o Centro Olímpico em 2022, relembrou: “Foi um momento importante na minha trajetória como atleta. Tive a oportunidade de participar pela primeira vez da seleção enquanto ainda treinava aqui”. Durante sua passagem pelo COTP, em 2014, Gabi participou de 23 jogos e se tornou artilheira da equipe no ano, marcando 17 gols.
O COTP, localizado na Vila Clementino, foca no esporte de alto rendimento e investe na formação de talentos no futebol feminino. Desde sua fundação em 2007 pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, o centro de treinamento atende uma média mensal de 120 atletas. A cada semestre, é realizada uma peneira para meninas de 10 a 17 anos, que concorrem a bolsas pelo programa Bolsa Atleta Rei Pelé, no valor de R$ 700.
Além da estrutura de treinamento, o COTP oferece vale-transporte, lanches e suporte médico, contando ainda com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.
Os treinamentos são divididos em categorias: sub11 (terças e quintas, das 14h30 às 16h30), sub13 (segundas, quartas e sextas, das 14h30 às 16h30) e sub15/17 (segundas a sextas, das 16h30 às 18h30).
Conheça um pouco mais sobre as trajetórias das atletas convocadas que foram formadas no COTP:
– Ary Borges: meio-campista do Racing Louisville, dos Estados Unidos. Treinou no COTP de 2015 a 2017.
– Debinha: bicampeã da Copa América (2018 e 2022), atualmente atua no Kansas City, nos Estados Unidos. Passou pelo COTP de 2011 a 2015.
– Gabi Nunes: atacante do Madrid Club, na Espanha. Teve passagem pelo COTP em 2014.
– Tamires: lateral-esquerda do Corinthians e uma das líderes da seleção brasileira. Treinou no COTP de 2013 a 2015.
– Luana: meio-campista do Corinthians. Passou três anos no Paris Saint Germain, na França, e treinou no COTP de 2011 a 2014.
– Letícia: goleira do Corinthians, com títulos como a Libertadores da América, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Passou pelo Centro Olímpico em 2014.
– Lauren: zagueira do Madrid Club, na Espanha. Treinou no COTP em 2014.
O mês das férias é uma época do ano em que pais costumam buscar programas para tirar os filhos de casa. Neste mês, foi inaugurado em São Paulo o Play Lúdico, o primeiro parque especialmente projetado para atender às necessidades das crianças de zero a seis anos.
Localizado na Avenida Presidente Tancredo Neves, Praça São Sebastião, no bairro do Ipiranga, o parque oferece um ambiente para o desenvolvimento cognitivo e motor dos pequenos.
Em vez de brinquedos tradicionais, como balanças, gangorras ou trepa-trepa, o projeto arquitetônico se valeu do relevo do terreno e das construções arquitetônicas para criar espaços que estimulem os frequentadores. Rampas servem de escorregadores, declives funcionam como pistas radicais para andar de patinete ou bicicleta.
“Apesar de existirem alguns brinquedos industrializados para crianças, como balanças, optamos por não usá-los. Um dos motivos é que esses equipamentos possuem tempo de durabilidade e necessidade de manutenção”, explica Andrea Moraes, arquiteta da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), ao Estadão Expresso São Paulo. “A ideia é despertar a criatividade e a ludicidade nas crianças por meio da arquitetura, das formas e das cores.”
Sem concreto na composição, o piso monolítico, macio e amortecedor de impactos, foi instalado para garantir a segurança das crianças ao caírem. Além disso, o material é 100% drenante, o que contribui com uma questão séria na cidade de São Paulo — a falta de áreas que absorvam a água das chuvas.
Preservação
A revitalização da Praça São Sebastião incluiu adaptações para preservar as árvores existentes no local, tornando o ambiente também agradável em termos climáticos. A praça conta ainda com um espaço para cachorros e as áreas de recreação incluem mesas que também podem servir como bancos.
“Embora o Play Lúdico tenha sido pensado para crianças pequenas, ele pode ser aproveitado pela família inteira. Tem mesa e bancos para fazer piqueniques, levar um jogo de tabuleiro para jogar ou ser um ponto de encontro para as pessoas conversarem”, ressalta.
“O lugar chegou em um momento excelente, durante o início das férias. Fica perto de casa, então eles podem brincar, gastar energia e se divertir muito”, comemora Camila Nabor Câmara, mãe de quatro crianças com idades entre 1 e 16 anos, expressando sua satisfação com o novo espaço.
O Play Lúdico foi desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) e levou cinco meses para ser concluído. Um segundo parque com a mesma proposta está em construção no bairro da Saúde.
O programa Vai de Roteiro, que oferece passeios guiados gratuitos para conhecer pontos turísticos da cidade, vai incluir a partir de agosto o bairro Freguesia do Ó. Será o primeiro passeio dessa ação da Prefeitura na zona norte de São Paulo.
O bairro é um dos mais antigos da Capital e o ponto de partida e concentração da visitação será o Largo da Matriz, local escolhido para valorizar a história da região. Com atmosfera de uma pequena cidade do interior, o Largo tem opções de lazer, cultura, gastronomia e religião. A praça principal é palco de tradições antigas, festas religiosas, feira de artesanato, além de ser cercada por diversas atrações gastronômicas.
O tour guiado percorrerá pontos de destaque na região, como o próprio Largo da Matriz, a Igreja Nossa Senhora do Ó, o Mirante e o entorno da Matriz, o Casarão da Família Ribeiro, o Largo da Matriz Velha e a Casa de Cultura Salvador Ligabue. Um guia de turismo credenciado acompanhará o grupo, fornecendo informações históricas e curiosidades sobre os locais.
Os passeios pela Freguesia do Ó vão começar em 5 de agosto, sempre aos sábados, às 14h, com duração prevista de 1h30. É recomendado ir com roupa e calçado confortáveis porque o itinerário será feito a pé. O ingresso, sem custo, deve ser reservado pela plataforma Sympla, que libera semanalmente.
Outras opções
O Vai de Roteiro foi lançado em outubro de 2022 pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo (SMTUR), e tem 15 passeios disponíveis no momento. Os itinerários contemplam a diversidade cultural, gastronômica, ecológica e esportiva do município. Os outros roteiros ativos são:
Avenida Paulista;
Vila Madalena;
Bairro Ipiranga;
Baixo Augusta;
Ibirapuera;
Bom Retiro;
Liberdade;
Polo de Ecoturismo de São Paulo – Parelheiros;
Mercado Municipal;
Museu da Imigração;
Polo de Ecoturismo da Cantareira;
Neo Química Arena – Corinthians;
Triângulo Histórico; e
Museu do Ipiranga.
Os detalhes de cada um podem ser consultados nesta página. A iniciativa municipal foi inspirada em ações promovidas em outras grandes cidades no exterior. O programa oferece ônibus com seguro para os passeios, quando necessário. Alimentação e ingressos para os atrativos do roteiro que são cobrados, como museus, não estão inclusos.
Os pagamentos referentes ao almoço e às entradas das atrações deverão ser realizados diretamente nos locais.