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Hospital municipal é referência no tratamento de câncer

O Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas celebra um ano de funcionamento, com o marco de 60 mil atendimentos e mais de 7 mil cirurgias. O centro de alta tecnologia foi inaugurado em maio de 2022, em parceria da Prefeitura de São Paulo com o Hospital Israelita Albert Einstein, que instalou um equipamento robótico inovador para cirurgias.

Desde a implementação da tecnologia, foram realizadas mais de 80 cirurgias robóticas para o tratamento de diversos tipos de câncer e doenças do aparelho digestivo. Essa opção de intervenção tem se mostrado especialmente benéfica em casos complexos, proporcionando maior segurança aos pacientes.

O procedimento é uma técnica minimamente invasiva, assistida por robôs, na qual as manobras são conduzidas pelo cirurgião por meio do controle de movimentos de um robô usando joysticks. Os braços robóticos, com pinças acopladas, permitem manipulações com alta precisão em áreas de difícil acesso.

Menos trauma cirúrgico

O médico urologista e especialista em cirurgia robótica do hospital, Arie Carneiro, destaca os principais benefícios do procedimento para os pacientes, como a redução da dor e desconforto no pós-operatório, a diminuição do risco de sangramentos e a menor taxa de infecção.

“Além disso, o trauma cirúrgico é reduzido, permitindo que o indivíduo se recupere de forma mais rápida”, afirma.

A precisão da cirurgia robótica também é uma vantagem para os médicos, que controlam os movimentos do robô por meio de um console, possibilitando maior precisão e estabilidade durante os procedimentos. A visão tridimensional ampliada e detalhada fornecida pelo equipamento permite maior exatidão nas manobras em áreas de difícil alcance.

A disponibilização dessa tecnologia robótica representa um avanço no acesso dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a tratamentos mais eficientes e seguros.

Inaugurado em maio de 2022, o Centro de Diagnóstico e Tratamento Avançado em Oncologia Bruno Covas, localizado no Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho e pertencente à Prefeitura de São Paulo, tem capacidade para atender 10 mil pacientes por mês.

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Saúde vai ganhar novas unidades com atendimento 24 horas

O atendimento de serviços de urgências e emergências médicas será ampliado na capital. A Prefeitura de São Paulo vai investir cerca de R$ 28,5 milhões na construção de duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs): A UPA Cidade Tiradentes 2, na zona leste, e a Unidade Básica de Saúde (UBS)/UPA Integrada Anhanguera, na zona norte.

As UPAs, assim como as UBSs, são a porta de entrada para o atendimento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). Funcionam 24 horas por dia, todos os dias, e concentram atendimentos de alta complexidade. Podem ser acionadas em casos de urgências e emergências, relacionados à pressão, febre alta, fraturas, cortes, infarto ou derrame, por exemplo.

Os equipamentos possuem estrutura simplificada, com raio-x, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Da UPA, o paciente pode ser encaminhado para receber acompanhamento na UBS ou ser internado em hospital.

UBS/UPA Integrada Anhanguera

A Unidade Básica de Saúde/Unidade de Pronto Atendimento Integrada Anhanguera será construída na estrada Pirapora, 1.290, na região de Perus, zona norte. O início das obras está previsto para setembro deste ano e a conclusão deve ocorrer em até 18 meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

A UBS/UPA Integrada vai substituir a atual UBS Jardim Rosinha, situada na rua Dalva de Oliveira, 82, e  deverá proporcionar um espaço mais amplo e confortável aos moradores da região.

Com um investimento de R$ 14,5 milhões do fundo municipal de saúde, a unidade terá um custeio mensal de R$ 3,5 milhões. Serão 265 colaboradores no total, sendo 61 na UBS e 204 na UPA. O quadro de médicos será composto por 61 profissionais, quatro atuando na UBS e 57 em regime de plantão na UPA.

A capacidade da UBS/UPA Integrada Anhanguera será de mais de 13 mil consultas médicas por mês, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, enquanto a UPA estará disponível 24 horas por dia.

A líder comunitária Célia Maria Rocha da Silva comentou a importância da unidade integrada para a região.

“Vamos ganhar muito com esta unidade integrada, um equipamento de saúde que vai trazer mais médicos que poderão acompanhar nossa saúde e ainda mais próximo de casa, auxiliando assim muito a nossa região”, ressaltou.

UPA Cidade Tiradentes 2

A UPA Cidade Tiradentes 2 ficará na avenida dos Metalúrgicos, próximo ao número 1.800, na zona leste, com investimento aproximado de R$ 14 milhões, provenientes do programa Avança Saúde SP. As obras não têm data para começar, mas a SMS informou que a construção terá início logo após a licitação, já autorizada pelo prefeito, e vai durar até 18 meses.

A nova unidade terá capacidade para cerca de 13.500 atendimentos mensais e contará com 423 profissionais, além de 27 leitos para atendimento ininterrupto.

Expansão

As novas UPAs fazem parte do plano da rede municipal de saúde para aumentar a capacidade de atendimento, da atenção primária à hospitalar. Nos últimos anos, houve um aumento no número de equipamentos de saúde, que subiu de 910 para 1.030, ao todo.

Desde 2016, a cidade passou de três para 23 UPAs. O número de UBSs também aumentou: eram 451 e hoje são 470. A rede de saúde mental cresceu de 147 para 216 equipamentos, incluindo 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, a capital ganhou dez novos hospitais.

Segundo a Prefeitura, parte desse crescimento é resultado do Avança Saúde SP, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa já entregou 90 obras das 107 contratadas e 17 estão em andamento, sendo que oito estão previstas para 2023 e sete para 2024.

A SMS também firmou Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de mais 12 unidades de saúde, das quais três estão devem começar a funcionar neste segundo semestre e as outras nove, em 2024.

Novas unidades

Confira abaixo a relação de todas as novas unidades previstas, até o momento, para serem entregues no segundo semestre de 2023 e nos próximos anos:

 

2023

UPA Carrão (rua Luiz Pinto, 652)

HD São Mateus (rua São Carlos, 03)

UBS Keralux (rua Batuira da Campo, s/n)

UBS Atualpa (rua Antônio João de Medeiros, 136)

CCI Leste (rua Fioravante Lopes Garcia, 699)

UPA Jardim Helena (avenida Kumaki Aoki, 785)

UPA Rio Pequeno (avenida Politécnica/rua Pauli Batista Conte/ rua José Vicente da Cruz)

UBS Cosmopolita (rua Chuvas de Verão, s/n)

UPA Vila Maria Baixa (praça Engenheiro Hugo Brandi, 15)

Cies Luz – Campos Elíseos (alameda Glete, 49)

Caps AD 2 Perdizes – Manoel Munhoz (rua Cândido Espinheira, 616)

UBS Jardim Antártica (rua Solar, 400)

 

2024

UPA Atualpa (rua Ilha do Arvoredo, 10)

UBS Cidade Dutra (rua José André Pattini, 151)

UBS Reimberg (rua Rogério Fernandes, 468)

UBS Jardim São Bernardo (avenida Antônio Carlos Benjamin dos Santos, 1.580)

UBS Parque das Flores (rua Brassavolas, 151)

UBS Parque Santo Antônio II (rua José Manoel Camisa Nova, 39)

UBS Jardim Conquista II (travessa Somos Todos Iguais/ travessa Zazueira)

UPA 21 de Junho (avenida João Paulo I, 421)

UPA Lapa (avenida Queiroz Filho, 313)

UPA Augusto Gomes de Matos (rua Julio Felipe Guedes, 200)

UPA Jardim Peri (rua Afonso Lopes Vieira, 35)

UPA Butantã/ Caetano Virgilio Neto (rua Augusto Farina, 1.125)

UBS Malta 2 (rua Des. Homero Pinho, 105)

UBS Caju (rua Floresto Bandecchi, 1.000)

UPA Sacomã (estrada das Lágrimas, 1.403)

Centro Oncológico Bruno Covas (avenida Santa Catarina, 2.785)

 

2025

UPA Cidade Tiradentes 2 (avenida dos Metalúrgicos, próximo ao número 1.800)

UBS/UPA Integrada Anhanguera (estrada Pirapora, 1.290)

 

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Centro de Tratamento de Queimados é referência no país

O Brasil soma mais de um milhão de casos de queimaduras por ano, dos quais cerca de 40 mil requerem hospitalização, de acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras. Para lidar com essa demanda, o País conta com 57 unidades de terapia de queimados, sendo uma delas referência no tratamento: o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), instalado no Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

O CTQ é uma instituição que atende a pacientes com diversos graus de queimaduras, provenientes de diferentes tipos de acidentes. A maior parte dos atendimentos varia entre as queimaduras de primeiro e terceiro graus. Neste ano, já foram assistidos 266 pacientes.

A equipe do centro é composta por profissionais como cirurgiões plásticos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistente social e nutricionistas.

Para o coordenador do CTQ, André Toshiaki Nishimura, a presença de uma equipe qualificada é essencial para garantir atendimentos mais precisos e de melhor qualidade.

“Dependendo da gravidade da queimadura e do acidente, os pacientes podem necessitar de cuidados intensivos durante o tratamento. A pele com cicatriz perde elasticidade precisando de fisioterapeuta. Já os acidentes graves ou que atingem o rosto precisam de um acompanhamento psicológico.”

Estrutura

O CTQ possui 20 leitos de enfermaria e mais quatro unidades de cuidados intensivos. Em períodos específicos, o número de internações pode aumentar, principalmente devido a festas que envolvem o uso de fogo, como as comemorações de Ano Novo com fogos de artifício e as festas juninas com fogueiras improvisadas. 

O Hospital do Tatuapé, subordinado à Administração Hospitalar Municipal (AHM), pertence à Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste, que abrange uma população de mais de 2 milhões de moradores. Além de atender à população local, o hospital também recebe pacientes encaminhados de outros estados.

 

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Programa oferece cuidados para idosos em domicílio

Idosos da cidade de São Paulo têm direito a cuidados de um acompanhante em domicílio. O Programa Acompanhante de Idosos (PAI), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), disponibiliza atendimento em casa para pessoas acima de 60 anos em situação de fragilidade e alta vulnerabilidade social.

Além do cuidador, a SMS afirma que coloca uma equipe multiprofissional à disposição do atendido. Atualmente, o programa conta com 50 equipes do PAI, que tem cerca de 6 mil idosos em acompanhamento.

Cada equipe é composta por assistente social, enfermeiro, médico, acompanhantes de idosos, motorista e um profissional administrativo. O PAI se propõe a desenvolver um plano terapêutico personalizado para cada paciente.

Segundo a prefeitura, trata-se de um projeto para reinserir pessoas da terceira idade ao convívio social, trabalhando sua autonomia e qualidade de vida. Dos atendidos, 53% têm entre 75 a 89 anos, 77% são mulheres e 25% moram sozinhos.

Entre as atribuições do PAI está realizar, no domicílio, procedimentos de menor complexidade, como coleta de exames laboratoriais, curativos e administração de medicamentos prescritos, por exemplo. Os profissionais também oferecem orientações aos cuidadores familiares sobre higiene pessoal, leito e ambiente, auxiliando no banho, quando preciso.

Para integrar o idoso ao convívio social, há atividades em grupo como caminhada, atividade física, ações de estímulo cognitivo e de convivência social, entre outros serviços. Entre outras ações, os profissionais:

  • organizam os medicamentos;
  • orientam atividades físicas adequadas;
  • identificam possíveis dificuldades, a fim de garantir o bem-estar dos pacientes;
  • fornecem orientações para modificar hábitos que possam representar riscos à saúde, como medidas de prevenção contra quedas;
  • fomentam a autonomia e o autocuidado; e
  • acompanham em consultas, exames e atividades sociais.

Os trabalhos são desenvolvidos em conjunto com as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde é realizada a avaliação multidimensional (Ampi-AB), que identifica as condições de vulnerabilidade dos idosos.

Experiências

O auxílio no processo de aprendizado da leitura e escrita é um benefício adicional, que não está no escopo do PAI, mas é fornecido por algumas equipes, conforme a necessidade e o interesse do paciente, informa Prefeitura.

Marinalva dos Santos, de 69 anos, acorda às quartas-feiras para um compromisso: aprender a ler e escrever. Ela faz parte do PAI e é uma das participantes do projeto de alfabetização realizado na UBS Dr. Fernando Proença de Gouvêa Vera Cruz, na zona sul.

“Quando venho pra aula, nem durmo direito, de tão ansiosa que fico. Estou aprendendo muito, não vejo a hora da minha formatura. A nossa saúde até melhora”, elogia a idosa.

A aposentada Benedita Rosa também aprende por meio do PAI. “Enquanto estivermos vivos temos sempre que aprender. Hoje é melhor porque entendo mais as coisas. Estou vivendo outra vida”, comenta após mostrar o caderno onde registra as novas palavras aprendidas.

Segundo a enfermeira Cecília Sacramento, Benedita é mais independente hoje, pois lembra das coisas a serem feitas lendo os lembretes deixados pela equipe do PAI. “Dentro da equipe, buscamos atividades pensando não só nos desejos deles, mas na reabilitação da cognição, na questão do aprendizado, na independência”, explica.

Como entrar no programa?

O acesso ao PAI se dá exclusivamente por encaminhamento das UBSs, o que possibilita a seleção dos que mais necessitam. Para conseguir o acompanhamento ou ter acesso a outros serviços destinados à população idosa, basta procurar a UBS de referência do bairro. Os endereços podem ser encontrados na plataforma Busca Saúde.

O PAI existe desde 2008 e, recentemente, foi reconhecido por entidade internacional. Em outubro do ano passado, a iniciativa ganhou o prêmio espanhol Boas Práticas 2022, concedido a cada dois anos pela Fundación Pilares – para la autonomía personal às instituições que se destacam em ações relacionadas com o envelhecimento, a deficiência ou dependência.

 

Mylena Lira

 

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Cidade Tiradentes vai ganhar uma nova UPA

A Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta sexta-feira (7) a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cidade Tiradentes 2, na zona leste. Com investimento de R$ 14 milhões, o centro de saúde será instalado na Avenida dos Metalúrgicos.

Segundo a Prefeitura, já está em fase inicial o processo licitatório para construir essa nova UPA, que terá capacidade para realizar 13.500 atendimentos mensais, com a previsão de um quadro técnico composto por 423 profissionais e leitos para atendimento 24 horas.

Serão 27 leitos, sendo 7 de emergência e 20 de observação para internação de pacientes, informa a administração municipal. Estão previstos cirurgião, ortopedista, pediatria, clínica médica e odontologia, além de uma base do Samu.

Reestruturação no HM Cidade Tiradentes

A UTI do HM Cidade Tiradentes passou por uma reestruturação, que incluiu troca de mantas vinílicas em portas e paredes, além de novas instalações do posto de coleta de leite.

A unidade funciona desde julho de 2007 e conta com dez leitos de UTI neonatal, 11 leitos de UTI pediátrica e 16 leitos do Centro de Cuidados Intermediários, com média de 300 partos mensais.  A UTI conta com uma equipe de 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina, o HM Cidade Tiradentes tem custeio mensal de aproximadamente R$ 17 milhões e um total de 245 leitos.

No local são realizados 16 mil atendimentos mensalmente, em média, nas especialidades clínica médica, pediatria, cirurgia geral, psiquiatria, ginecologia e ortopedia.

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Hospital municipal é referência em cirurgia intrauterina

A cirurgia intrauterina é uma intervenção complexa e delicada, realizada dentro do útero materno para corrigir problemas que afetam o desenvolvimento do feto. Essa técnica permite tratar condições como espinha bífida, hidrocefalia e outras anomalias congênitas antes mesmo do nascimento da criança.

São poucos os hospitais, no entanto, com capacidade para realizar esse procedimento. O Hospital Municipal e Maternidade-Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva – Vila Nova Cachoeirinha, localizado na zona norte, destaca-se como o único na rede municipal de São Paulo a oferecer essa modalidade cirúrgica.

Em 2021, a equipe do hospital realizou a primeira cirurgia intrauterina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital, utilizando a técnica de mini-histerotomia para correção de coluna no feto.

A cirurgia, conduzida pelos obstetras especialistas em medicina fetal, Dr. Enoch Quinderé de Sá Barreto e Dra. Clarice Hideko Yamaguchi, teve duração aproximada de três horas. Os profissionais realizaram a correção da mielomeningocele, uma anomalia congênita, por meio de um orifício no útero da mãe, seguindo o mesmo procedimento utilizado em cirurgias neonatais.

A equipe médica do Hospital e Maternidade-Escola Vila Nova Cachoeirinha, composta por obstetras, neurocirurgiões infantis, anestesistas e intensivistas, passou por treinamento ministrado por Fabio Peralta, médico do renomado Hospital e Maternidade Santa Joana/Pro Matre e Hospital do Coração (HCOR).

Além disso, o Hospital e Maternidade Santa Joana contribuiu fornecendo materiais utilizados durante a cirurgia. O feito inédito despertou interesse e foi transmitido no anfiteatro do hospital, alcançando alunos, médicos e enfermeiros da unidade.

A Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha destaca-se como referência no atendimento à saúde da mulher e do recém-nascido. Além de sua expertise em assistência às gestantes de alto risco e seus bebês, o hospital oferece serviços especializados em ginecologia, oncologia pélvica e mamária, planejamento familiar e apoio às mulheres vítimas de violência sexual.

 

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Kilombrasa cuida da saúde da população negra na zona norte

Mensalmente, o Kilombrasa, coletivo formado por cerca de 300 pessoas, reúne diversos profissionais na zona norte para discutir, de forma transversal, questões étnico-raciais para a melhora contínua do acesso e cuidados à população negra nos serviços de saúde.

O próximo encontro será no dia 16 de junho na Fábrica de Cultura da Brasilândia. O bairro inspirou o nome do coletivo, formado pela palavra “kilombo”, que no idioma banto significa “local de pouso e acolhida”, e a forma abreviada pela qual a comunidade local se refere ao território. A iniciativa partiu de funcionários de um Centro de Atenção Psicossocial 2 Infantojuvenil (Caps) da região, em 2014.

A enfermeira Estefânia Ventura é uma das idealizadoras do Kilombrasa e continua ativa no coletivo. Lá atrás, começou com uma roda de conversa com trabalhadores do Caps, com o objetivo de racializar as práticas em saúde. Ela conta que até a estética do ambiente e os itens utilizados no tratamento eram “muito brancos, com influência europeia, da nossa colonização”.

Segundo Estefânia, não havia uma boneca preta, apenas brancas. Os livros não tinham personagens pretos com potência, apenas vulneráveis. A população da Brasilândia, majoritariamente parda e negra, não encontrava identificação no espaço, destinado aos cuidados mentais. Hoje, isso mudou.

“Uma das primeiras rodas foi sobre branquitude e os médicos começaram a entender que existe um lugar de privilégio e isso impacta na saúde”, diz. “O SUS faz um raciocínio clínico a partir da classe, mas não a partir da raça. E as questões de classe têm a ver com a raça, com a história escravocrata”, complementa.

Segundo a profissional, cerca de 70% dos pacientes do SUS são negros e muitos estão em situação de vulnerabilidade, que os expõem mais a certas doenças. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, os negros enfrentam enfermidades específicas.

As doenças genéticas ou hereditárias mais comuns são: anemia falciforme, diabetes mellitus (tipo 2), hipertensão arterial e deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, que resulta na destruição dos glóbulos vermelhos e leva à anemia hemolítica.

Em 2009, o Brasil criou a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) com o objetivo de combater as desigualdades no SUS e o racismo.

“O Kilombrasa não é militância, está embasado em uma política pública busca direitos às pessoas pretas”, ressalta Estefânia.

Até o preenchimento do quesito raça/cor na hora do atendimento é um desafio, pois a identidade é subjetiva, o que afeta a oferta de serviços de acordo com a necessidade da raça. A Secretaria Municipal da Saúde, da Prefeitura de São Paulo, informou que tem feito um trabalho em toda a cidade para capacitar os funcionários para coletar a raça/cor, a fim de aprimorar o desenvolvimento de políticas públicas.

Expansão

O movimento cresceu e rompeu as paredes do Caps. Hoje, abrange toda a rede da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte, incluindo as UBSs e outros equipamentos de saúde e envolve os serviços de assistência social e educação, além de contar com pesquisadores e universitários.

Cada encontro tem uma temática e dinâmica própria que pode compor oficinas, palestras temáticas, exposições de arte e cultura.

Entre 80 e 90 profissionais comparecem em cada evento, que também é aberto aos usuários da rede de saúde municipal. Todos os interessados podem participar do encontro de junho, que terá como tema “Os Atravesamentos da Racialidade LGBTI+”. A Fábrica de Cultura da Brasilândia, que vai sediar o evento, fica na avenida General Penha Brasil, 2508.

 

Mylena Lira

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A fase final no programa Mãe Paulistana

Com 31 semanas, a gravidez de Graciete Maria da Silva, de 41 anos, entrou no oitavo mês. Ela é uma das 51 mil gestantes atualmente acompanhadas pela Rede de Atenção Materno-Infantil Mãe Paulistana, programa conduzido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que já atendeu, nos últimos seis anos, mais de 500 mil mulheres.

A reportagem do Estadão Expresso Bairros acompanha a trajetória de Graciete no Mãe Paulistana desde a descoberta da gestação, com 11 semanas. Ela realiza seu pré-natal na UBS Jova Rural (localizada na região do Jaçanã/Tremembé, na zona norte), uma das 470 UBSs em que o programa está presente — além de 23 Ambulatórios de Especialidades, 16 maternidades e duas casas de parto.

O Mãe Paulistana tem entre suas diretrizes a captação precoce das gestantes, com até 12 semanas de gravidez, e garante sete ou mais consultas de pré-natal — que variam entre mensais, quinzenais e semanais a depender do período gestacional — e a realização de exames laboratoriais e ultrassonografia. Desde o sétimo mês, as consultas de Graciete passaram de mensais a quinzenais.

Em maio, ela descobriu que teria uma menina. Ana Clara já ganhou um chá de bebê e sua chegada é aguardada para o início do mês de julho. “A barriga está saudável, está tudo bem”, conta sobre a última consulta, em que recebeu instruções para os últimos exames de ultrassonografia. Ela também terá que refazer alguns exames de sangue: os anteriores haviam detectado um quadro leve de anemia, que já está sendo tratada.

Graciete não está em território desconhecido. Ela tem quatro filhos — Ana Clara será a quinta — e enxerga com naturalidade os processos e mudanças da gravidez: “A barriga vai crescendo e incomoda, cansa muito, mas são dores normais. Faço minhas coisas normalmente. Cansou a perna, ou doeu, eu me sento um pouco”.

Em todas as suas gestações, o pré-natal foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — que, segundo ela, não deixou a desejar em nenhuma das ocasiões. “Sempre que eu estive gestante, fui muito bem atendida”, relata.

Oito meses de gestação

No último trimestre de gestação, é recomendado que a gestante evite excesso de esforço físico e não caminhe por muito tempo sem estar acompanhada. Sinais como a sensação que a barriga está mais baixa informam que a hora do parto está se aproximando.

Com 31 semanas, Ana Clara tem o tamanho aproximado de um abacaxi e pesa cerca de 1 quilo e meio. Seus braços e pernas estão mais longos e proporcionais à cabeça e ao tronco, seu rosto mais arredondado e ela é capaz de abrir e fechar os olhos e reagir à luz. Seus pulmões estão um pouco mais maduros e seus rins já filtram o sangue, eliminando urina no líquido amniótico.

 

Raisa Toledo

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unidades de saúde do Avança SP

Obras na área da saúde avançam no Itaim Paulista

As obras de construção e reforma da Unidade Básica de Saúde (UBS) Atualpa e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Atualpa avançam no Itaim Paulista, na zona leste da Capital. Com investimento superior a R$ 21 milhões, os espaços vão aumentar a capacidade de atendimento.

A UBS Atualpa já compõe a rede de saúde do município, mas a Prefeitura de São Paulo identificou a necessidade de ampliar suas instalações. A unidade vai receber mais três equipes e passará a prestar atendimento odontológico, que não existia antes.

A infraestrutura vai contar com salas para consultórios, salas de medicação, inalação, farmácia, coleta e aplicação de vacinas, acolhimento, curativos, gerência e administração, além de banheiros adaptados, entre outros espaços para melhor acolher a população atendida no equipamento.

Segundo a Prefeitura, a nova UBS vai ficar pronta ainda neste ano e vai funcionar na rua Antônio João de Medeiros, 136. O seu custo foi de R$ 8.254.725,87. Já as obras da UPA Atualpa, também em andamento, estão previstas para serem concluídas em 2024 e receberam R$ 13.044.298,10 em investimento. A UPA vai atender onde ficava o Pronto Atendimento (PA) Dr. Atualpa Girão Rabelo, na rua Ilha do Arvoredo, 10.

Diferenças entre UBS e UPA

A UBS oferece serviços que englobam a Atenção Primária e dispõem de médico da Estratégia Saúde da Família (ESF), clínico geral, pediatra, ginecologista e 426 (90%) também prestam atendimento odontológico. É preciso agendar a consulta previamente na UBS que atende a localidade de residência ou via aplicativo Agenda Fácil. A UBS também pode ser procurada, sem agendamento, para vacinação ou ao apresentar sintomas como febre, dores de cabeça e tosse persistente.

Já a UPA funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e concentra atendimentos de saúde de alta complexidade. Podem ser acionadas em casos de urgências e emergências, relacionados à pressão, febre alta, fraturas, cortes, infarto ou derrame, por exemplo. Possuem estrutura simplificada, com raio-x, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. De lá, o paciente pode ser encaminhado para receber acompanhamento na UBS ou ser internado em hospital.

Avança Saúde SP

A iniciativa faz parte do programa Avança Saúde SP, que prevê investir R$ 275 milhões na construção, reforma e requalificação de postos de saúde em todas as regiões da cidade apenas em 2023. Para este ano, estão previstas as entregas de 17 unidades. Em 2024, mais seis ficarão prontas.

O projeto foi criado em 2019, com duração de cinco anos e investimento total de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão). Parte dos recursos é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Até o momento, das 107 obras contratadas pelo Avança Saúde SP, 87 já foram entregues.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) também firmou uma parceria público-privada (PPP) para a realização de outras 13 obras, sendo sete construções e seis reformas. Dessas, seis têm previsão de término em 2023 e sete, em 2024. Portanto, ao todo, a Capital vai contar com 36 novas unidades de saúde até o ano que vem.

 

Mylena Lira

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combate à dengue

Mutirão reforça combate à dengue na zona norte

A zona norte é a região com o maior número de casos de dengue confirmados este ano. A cidade registrou 28.284 notificações da doença em 2023 (até o dia 4 de maio) e 6.478 dos casos foram confirmados, sendo 2.122 (32,76%) na zona norte, onde ocorreram duas mortes neste ano causadas pela enfermidade. As vítimas residiam nas regiões de Casa Verde/Cachoeirinha e Vila Maria.

Ao considerar o tamanho da população local, três dos cinco bairros com maior incidência da doença por 100 mil habitantes são da zona norte: Vila Guilherme, Santana e Vila Maria. Em números absolutos, os bairros Tremembé (297), Santana (196), Vila Maria (168), Brasilândia (146) e Freguesia do Ó (145) concentram mais casos na região.

Para intensificar o combate ao mosquito transmissor Aedes aegypti na zona norte, a Prefeitura realizou nesta quarta-feira (10) um mutirão em dez bairros:

  • Brasilândia
  • Freguesia do Ó
  • Jaçanã
  • Tremembé
  • Santana;
  • Tucuruvi
  • Vila Guilherme
  • Vila Maria
  • Vila Medeiros

A iniciativa reuniu cerca de 700 agentes de endemias e agentes comunitários de saúde para a busca e a eliminação de criadouros do mosquito, nebulização veicular de inseticidas e orientação da população sobre as medidas de prevenção. Além dessas medidas, foram promovidas operações de zeladoria, como a realização de operações cata-bagulho e de combate ao descarte irregular de resíduos.

Fatores geográficos, como a proximidade de áreas de matas e florestas, aliados às condições climáticas favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, como calor e chuvas repentinas, têm sido determinantes para o cenário epidemiológico na zona norte, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.

A Prefeitura ressalta que são tomadas providências diariamente em todas as regiões da cidade, inclusive aos fins de semana e feriados, para prevenir e combater o avanço da doença.

Somente neste ano, segundo a administração municipal, já ocorreram mais de 1,9 milhão de ações, englobando visitas casa a casa, vistorias a imóveis especiais, bloqueios de criadouros e nebulização. Especificamente na região norte, ao todo, foram promovidas 435.949 atividades de combate à dengue.

 

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