O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou neste sábado 2, durante evento da Cúpula do Clima da ONU, COP-28, em Dubai, ao ceder seu espaço na plenária de países florestais para que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, discursasse em seu lugar. Lula faria o discurso final do painel sobre florestas, mas quebrou o protocolo e passou a palavra para Marina, chorando ao apresentá-la como “uma pessoa da floresta”.
“Precisamos de muita, muita coisa. Vinte e oito edições da COP para que pela primeira vez as florestas viessem falar por si só. E eu não poderia utilizar a palavra sobre as florestas, se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos”, afirmou Lula.
Antes de passar a palavra para a ministra, o presidente aproveitou para cobrar mais uma vez que os países riscos concedam financiamento aos países florestais.
“É a primeira vez que estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar das florestas, das pessoas que moram na floresta. Isso custa muito dinheiro e os países ricos têm que ajudar a pagar”, disse Lula.
Ao assumir a palavra, Marina falou a respeito das ações do governo na área e afirmou que é preciso que todos os setores assumam suas responsabilidades nesse processo.
“Compromisso com floresta não é só de governo, é de empresa, sociedade e da ciência. E nós contamos com toda sociedade”, disse.
Na última sexta-feira, 1º, o governo brasileiro lançou uma proposta para ampliar o financiamento destinado à conservação de florestas. O mecanismo sugere a criação de um fundo para captar investimentos que serão revertidos em uma remuneração por hectare preservado. A ideia do Brasil é que pessoas que conservem a floresta sejam pagas por esse serviço prestado. O projeto, ainda em fase preliminar, pretende captar inicialmente US$ 250 bilhões (R$ 1,23 trilhão) para até 80 nações florestais.
A manutenção e recuperação de florestas é a grande aposta do Brasil na COP-28. O País levou à conferência números relativos à queda do desmatamento na Amazônia. De acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que houve uma redução de 22% no desmatamento da Amazônia em um ano. A análise inclui o período de agosto de 2022 a julho de 2023.
Esse foi o terceiro discurso feito pelo presidente neste sábado, 2, na COP-28. Antes, Lula falou durante uma reunião do G77+China que reúne países em desenvolvimento. Na ocasião, o presidente apelou aos países em guerra para que abram negociação pela paz e defendeu a mudança no Conselho de Segurança da ONU.
Lula também participou de um encontro com a sociedade civil, quando ouviu as demandas de representantes de organizações do terceiro setor. O presidente confirmou que o Brasil vai participar da Opep+, criada pela Organização dos Países Produtores de Petróleo, mas afirmou que o país tentará convencer outras nações a reduzirem a aposta nos combustíveis fósseis.
Emocionado, Lula quebra protocolo para Marina Silva discursar: ‘Pessoa da floresta’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou neste sábado 2, durante evento da Cúpula do Clima da ONU, COP-28, em Dubai, ao ceder seu espaço na plenária de países florestais para que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, discursasse em seu lugar. Lula faria o discurso final do painel sobre florestas, mas quebrou o protocolo e passou a palavra para Marina, chorando ao apresentá-la como “uma pessoa da floresta”.
“Precisamos de muita, muita coisa. Vinte e oito edições da COP para que pela primeira vez as florestas viessem falar por si só. E eu não poderia utilizar a palavra sobre as florestas, se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta. A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos”, afirmou Lula.
Antes de passar a palavra para a ministra, o presidente aproveitou para cobrar mais uma vez que os países riscos concedam financiamento aos países florestais.
“É a primeira vez que estamos dizendo: não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar das florestas, das pessoas que moram na floresta. Isso custa muito dinheiro e os países ricos têm que ajudar a pagar”, disse Lula.
Ao assumir a palavra, Marina falou a respeito das ações do governo na área e afirmou que é preciso que todos os setores assumam suas responsabilidades nesse processo.
“Compromisso com floresta não é só de governo, é de empresa, sociedade e da ciência. E nós contamos com toda sociedade”, disse.
Na última sexta-feira, 1º, o governo brasileiro lançou uma proposta para ampliar o financiamento destinado à conservação de florestas. O mecanismo sugere a criação de um fundo para captar investimentos que serão revertidos em uma remuneração por hectare preservado. A ideia do Brasil é que pessoas que conservem a floresta sejam pagas por esse serviço prestado. O projeto, ainda em fase preliminar, pretende captar inicialmente US$ 250 bilhões (R$ 1,23 trilhão) para até 80 nações florestais.
A manutenção e recuperação de florestas é a grande aposta do Brasil na COP-28. O País levou à conferência números relativos à queda do desmatamento na Amazônia. De acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que houve uma redução de 22% no desmatamento da Amazônia em um ano. A análise inclui o período de agosto de 2022 a julho de 2023.
Esse foi o terceiro discurso feito pelo presidente neste sábado, 2, na COP-28. Antes, Lula falou durante uma reunião do G77+China que reúne países em desenvolvimento. Na ocasião, o presidente apelou aos países em guerra para que abram negociação pela paz e defendeu a mudança no Conselho de Segurança da ONU.
Lula também participou de um encontro com a sociedade civil, quando ouviu as demandas de representantes de organizações do terceiro setor. O presidente confirmou que o Brasil vai participar da Opep+, criada pela Organização dos Países Produtores de Petróleo, mas afirmou que o país tentará convencer outras nações a reduzirem a aposta nos combustíveis fósseis.