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No Oiapoque, médica indígena é referência na comunidade

Yara Ayllyn pertence à etnia Karipuna e trabalha no hospital estadual da cidade

Cassio Miranda, Periferia em Foco Por Cassio Miranda, Periferia em Foco
20 de outubro de 2021
em A voz é delas, Ciência e Saúde, Na Perifa
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Yara trabalha no Hospital Estadual de Oiapoque (AP) e atende principalmente  pacientes indígenas. “Tenho um público indígena grande, que me acolhe e me vê como alguém para quem podem pedir ajuda. Sabem que, mais do que médica, os trato como família”, afirma. Foto: arquivo pessoal

Yara trabalha no Hospital Estadual de Oiapoque (AP) e atende principalmente  pacientes indígenas. “Tenho um público indígena grande, que me acolhe e me vê como alguém para quem podem pedir ajuda. Sabem que, mais do que médica, os trato como família”, afirma. Foto: arquivo pessoal

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“Me dê licença com o seu preconceito que meu cocar vai passar”, é assim que a médica indígena Yara Ayllyn, de 33 anos, costuma falar quando entra em algum espaço onde percebe olhares estranhos e comentários ruins. Ela pertence à etnia Karipuna, localizada no extremo norte da região de Oiapoque, no estado do Amapá. De pai cacique e mãe paraense, cresceu na aldeia vendo os costumes tradicionais da família. Sua avó era benzedeira e fazia partos, isso a despertou para estudar medicina. “Na aldeia, temos o conhecimento das ervas, a ciência nas mãos, e assim curamos muitos de nós, indígenas”, diz.

Yara cursou o fundamental junto a seu povo até a quarta série, concluiu o ensino médio na cidade e passou no processo seletivo para povos indígenas da Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2012. Foram seis anos de “muito estudo, sofrimento e aprendizado”.

A médica lembra que os aprovados naquele vestibular foram chamados de “projeto piloto”, porque formavam um grupo pré-selecionado à qualificação profissional de indígenas. Tudo era novo para ela, já que “ninguém sabia se íamos dar certo”, diz.

Na faculdade, longe da terra natal, Yara teve auxílio psicológico e participou de rodas de conversa e de reuniões com o apoio do corpo acadêmico da instituição. “O indígena entra na universidade com vários problemas, como dificuldade de se comunicar, relacionar em grupo e de expor suas hesitações”, conta a médica. Outro desafio foi distância da família. “Na época dos estudos, já tinha filhos e marido, além de uma casa para cuidar. Essa é a realidade de muitos de nós, e não temos o hábito de nos separar.”

Medicina e saúde indígena — Yara é clínica geral no Hospital Estadual de Oiapoque (AP) e atende principalmente  pacientes indígenas. “Tenho um público indígena grande, que me acolhe e me vê como alguém para quem podem pedir ajuda. Sabem que, mais do que médica, os trato como família”, afirma. Mas não é fácil. A sociedade, na avaliação de Yara, ainda precisa respeitar e conhecer melhor a realidade — ela já ouviu de uma colega de profissão a seguinte frase: “Você não é médica de índio”, por causa da atenção que dá aos pacientes indígenas. Ainda assim, Yara percebe e celebra o aumento de profissionais indígenas áreas comom enfermaria, odontologia e setores educacionais. “Hoje, nós ocupamos mais espaços nas universidades e isso mudará o nosso amanhã”, diz a médica.

INDÍGENAS NO AMAPÁ

 + de 10 mil habitantes
9 etnias

Oiapoque: 5.802
Parque do Tumucumaque: 3.043  
Pedra Branca do Amapari: 1.220 

Fonte: Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Amapá
INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE

57,7 mil alunos

Cursos com maior presença
Direito (5.509)
Pedagogia (5.064)
Administração (3.189)
Enfermagem (3.160)
Engenharia Civil (2.074)

Fonte: Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2018

VEJA TAMBÉM

  • Sem aulas, alimentação de estudantes indígenas é prejudicada
  • Com pandemia e sem escola, crianças indígenas enfrentam desafios
  • Ensino híbrido ainda reproduz dificuldades do modelo remoto

 

Tags: IndígenasPeriferia em Foco (PA)População indígenaYara Ayllyn
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Comments 3

  1. Ivete says:
    4 anos ago

    Parabéns pela excelente matéria!

  2. Kátia pantoja says:
    4 anos ago

    Parabéns prima todos nós temos muito orgulho de você .
    Todos sabemos que não foi fácil principalmente começa com tendo que ficar muitas vezes longe de sua família principalmente das filhotas .Mais hoje você merecer tudo que conquistou com garra e determinação e a luta continua mais você um dia vai olha pra traz e colher o frutos que você conquistou ao lado de Que mais ama que são seus pais filhas e familiares. 🙏🙌😘

  3. Pingback: Uma conversa com Angelo Madson Tupinambá, cientista social e comunicador - Mobilidade - Na perifa

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