Em função de sua urgência, “O que esperar da telemedicina no Brasil?” será o tema de abertura do Estadão Summit Saúde 2019, encontro que ocorre no auditório do Maksoud Plaza Hotel em 22 de agosto. Dá para acompanhar pela internet
OLIVIA FRAGA
ESPECIAL PARA O ESTADO
O termo telemedicina é um guarda-chuva abrangente para uma série de inovações tecnológicas que estão alterando o modo convencional de atendimento e diagnóstico. Do paciente curioso que chega ao consultório “autodiagnosticado” pelo “Doutor Google”, munido de informações da internet, até o acompanhamento remoto via WhatsApp que alguns especialistas realizam com pacientes longevos ou previamente examinados, a medicina a distância mobiliza e desafia o setor a responder aos novos tempos.
Em função de sua urgência, “O que esperar da telemedicina no Brasil?” será o tema de abertura do Estadão Summit Saúde 2019, encontro que ocorre no auditório do Maksoud Plaza Hotel em 22 de agosto. O assunto é controverso. Embora entidades médicas tenham mostrado resistência à implementação de práticas de telemedicina, serviços virtuais intermediados pela tecnologia já são realidade. Nas redes pública e particular, as pessoas já agendam consultas por aplicativos. Uma operadora até já lançou um serviço de atendimento médico virtual por videoconferência.
“A pressão que fazemos é fruto de nossa preocupação com os pacientes e com a qualidade do atendimento”
Mário Jorge Tsuchiya, presidente do Cremesp
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) afirma que o Código de Ética proíbe o atendimento médico a distância, “autorizando-o apenas em casos de urgência ou emergência e na impossibilidade comprovada de realizá-Lo presencialmente”. O órgão reforça que “não é contrário à telemedicina”. “Mas acredita que ela deva ser normatizada, de forma a proteger a segurança do paciente e a boa prática médica. Para isso, continuará em defesa da ampliação de debate com a classe médica.”
Inovação e novas tecnologias na medicina estarão em foco no Estadão Summit Saúde 2019. Em 22/8, o evento vai debater avanços e desafios diante de novos recursos e práticas disruptivas. Inf.: estadaosummitsaude.com.br
“A norma que regulamenta a atuação médica a distância tem 17 anos. Há muita coisa que é viável, mas são quase 20 anos sem atualizações
(…)
A gente vê a telemedicina avançar em países como Inglaterra, Portugal, em que usar WhatsApp para acompanhar pacientes é permitido. Em orientação e seguimento de pacientes, isso economiza tempo e recursos, diminui as filas em prontos-socorros, proporciona uma gestão eficiente e promove saúde em rincões desfavorecidos
(…)
Como essa é uma discussão ética, e não legal, trata-se de padronizar os procedimentos. Por exemplo, um atendimento desses deveria constar do prontuário do paciente? Que modalidades de videocirurgia podem ser permitidas?”
César Biselli, coordenador de inovação e tecnologia do Hospital Sírio-Libanês
EM QUE PÉ ESTÃO AS COISAS?
Em 2002, foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a norma 1643. Ela garante a proteção dos dados do paciente, sob responsabilidade do médico que o acompanha, e permite a prestação de serviços de telemedicina em áreas remotas e de difícil acesso, usando computador ou celular.
• O Conselho Federal de PsicoLogia já permite atendimentos psicológicos a distância.
• O Código de Ética Médica, discutido e apresentado em abril de 2019, não veda a modalidade, mas falta formalização.
• Quando o CFM publicou a resolução 2227/2018, documento que detalharia as modalidades de telemedicina permitidas – exigindo que o atendimento a distância só fosse feito depois da primeira consulta presencial –, conselhos regionais e entidades médicas protestaram, afirmando não terem sido consultados. A normativa foi revogada.
ESTADÃO SUMMIT SAÚDE BRASIL 2019
Maksoud Plaza Hotel
R. São Carlos Do Pinhal, 424. 22/8; das 8h às 18h
Informações: estadaosummitsaude.com.br
Ingresso presencial: R$ 1.312,50 (12x R$ 131,78), para assinantes do Estadão; e R$ 1.750,00 (12x R$ 175,70), para o público geral; na promoção Amigo Vip, use o cupom AMIGO50 e compre duas entradas pelo preço de uma: R$ 1.750,00 (12x R$ 175,70)
Transmissão online: R$ 157,50 (12x R$ 15,81), para assinantes do Estadão, e R$ 175,00 (12x R$ 17,57), para o público geral
Vendas até 21/08