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Artistas lutam contra privatização das Casas de Cultura em São Paulo

Prefeitura aponta estudos para dividir gestão com Organizações Sociais

Luiz Carvalho, colaborador do Na Perifa Por Luiz Carvalho, colaborador do Na Perifa
1 de junho de 2022
em Ação social, Cidadania e Política, Cultura e Lazer, Educação, Na Perifa
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Casas de Cultura como a de M´Boi Mirim, extremo sul de São Paulo, podem passar para as mãos de organizações sociais da sociedade civil (OSCs), como quer a Prefeitura. Foto: divulgação

Casas de Cultura como a de M´Boi Mirim, extremo sul de São Paulo, podem passar para as mãos de organizações sociais da sociedade civil (OSCs), como quer a Prefeitura. Foto: divulgação

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O produtor e articulador cultural Jonas Gariglio Barbosa, o Arakunrin, usa aulas de capoeira para falar de resistência e luta por direitos. E seu engajamento social extrapola as rodas. Atualmente, o instrutor batalha para que Casas de Cultura como a de M´Boi Mirim, extremo sul de São Paulo, onde dá aulas, não passem para as mãos de organizações sociais da sociedade civil (OSCs).

Em fevereiro de 2022, a informação de que a Secretaria Municipal de Cultura pretendia compartilhar a administração dos 20 aparelhos — todos instalados em bairros distantes do centro da capital paulista — surpreendeu as comunidades e gerou protestos.

O projeto dos equipamentos foi criado pela então prefeita Luiza Erundina, por meio da Lei 11.325, em dezembro de 1992. O objetivo era descentralizar atividades, programas e iniciativas artísticas. Na época, muitas dessas unidades já funcionavam como espaço de encontro nos bairros. É o caso da casa de M´Boi Mirim, construída a partir de um mutirão organizado por movimentos populares em 1984.

“A privatização ameaça um direito que é nosso. O que sou hoje eu devo a essa casa. Foi com as mulheres fundadoras da casa, minhas grandes mestras, que aprendi sobre comunidade e questões sociais que me transformaram”, recorda Arakunrin.

Para ele, o embate é mais uma página na defesa da cultura periférica. Em 1985, o prefeito Jânio Quadros mandou um ultimato numa quinta-feira para que desocupassem o espaço até a segunda seguinte. Seria construído no lugar um sacolão. A mobilização social pressionou e a desocupação não aconteceu.

Em 1999, foi a vez de Celso Pitta fechar o local. Novamente, manifestações fizeram reabrir o espaço, que sobreviveu até mesmo a uma tentativa de instalar ali um posto da polícia. Outra lembrança de Arakunrin: “O [político] Milton Leite (DEM) tentou fazer isso, mas também fomos para cima.”

Falta de transparência — Em documentos enviados aos vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Toninho Véspoli (Psol), a Prefeitura alega que o processo será precedido por diálogos e estudos, mas não é o que tem ocorrido, alegam os movimentos contrários à parceria.

Segundo relatos de agentes culturais e artistas, em novembro de 2021, durante audiência sobre o orçamento a ser destinado para a área cultural, a secretária de cultura Aline Torres deixou o encontro sem responder perguntas. Em abril de 2022, ela não compareceu à audiência que discutiu as parcerias com as OSCs.

Integrante do Movimento Cultural das Periferias (MCP) e dos Movimentos Culturais da Cidade de São Paulo, o artista independente Aurélio Prates destaca uma série de preocupações que envolvem a relação do poder público com essas organizações. A primeira delas é a dificuldade em fiscalizar os recursos. “A prestação de contas é genérica”, diz Aurélio. “Já foi dito isso em encontros com a participação do Tribunal de Contas do Município. Fazem prestação do serviço, mas não [explicam] como o dinheiro foi carimbado, quanto foi destinado aos oficineiros, aos diretores e coordenadores, por exemplo.”

As tentativas de entender, acompanhar e obter acesso a contratos já trouxeram à tona casos de corrupção como o desvio de R$ 15 milhões da Fundação Theatro Municipal — entre os anos de 2013 e 2015 — por meio de empresas fantasmas, notas frias e pagamentos superfaturados.

Outro ponto problemático, avalia Aurélio, é a falta de diálogo entre a comunidade e a gestão das casas, para definir atrações que estejam de acordo com as necessidades e as características da região onde estão inseridas. Além disso, ele explica que as OSCs têm sido uma forma de ampliar a inserção de representantes de religiões protestantes em órgãos públicos, com a alteração das programações e o combate a iniciativas que tratem de temas voltados à cultura afro-brasileira e à comunidade LGBTQIA+.

A falta de pessoal é injustificável, afirma artista. Segundo a prefeitura, 30% dos funcionários das Casas de Cultura podem ser aposentados. “Fazemos esse diagnóstico há 10 anos, tempo suficiente para que fossem substituídos”, explica Aurélio. E acrescenta: “Em caráter emergencial, temos um concurso realizado para gestores de políticas públicas há ao menos sete anos e que reuniu aproximadamente mil pessoas aptas a entrar na secretaria e que jamais foram convocadas. Isso é uma decisão política, não financeira.”

Caso avance, a proposta de parceria com as OSCs irá contra o Plano Municipal de Cultura, aprovado em novembro de 2016, que apresenta como primeira meta a reestruturação da Secretaria de Cultura com a contratação de funcionários por meio de concursos e a criação de cargos públicos.

Para Arakunrin, defender as Casas de Cultura é brigar pela própria história. “A Casa de Cultura é meu quilombo. O que passo até hoje para as crianças é o espírito de Zumbi da Palmares, de lutar pelo que é de nosso direito. Essa casa é uma parte viva de mim.”

O Expresso na Perifa entrou em contato com a Prefeitura. Em resposta à reportagem, a Secretaria Municipal de Cultura informou que a pasta está estudando a possibilidade de concessão das Casas de Cultura e que, por enquanto, não há nada conclusivo a ser divulgado. Também apontou que não tomará nenhuma decisão sem consultar a sociedade civil.​ De acordo com o órgão, a programação das casas é realizada pelas próprias, sob a supervisão do Núcleo de Casas de Cultura da pasta.


 

Tags: Casa de CulturaOrganizações Sociais de Cultura
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Comments 1

  1. Assessoria jurídica says:
    3 anos ago

    triste estão privatizando tudo, dou maior apoio aos artistas.

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